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Caro Dinheiro

por Samy Dana

Perfil Samy Dana é Ph.D em Business, professor da FGV e escreve no caderno Mercado

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“Ai seu foguista, bota fogo na fornalha, que eu preciso muita força, muita força, muita força”

Por Samy
12/09/12 18:22

Entenda o que o mais recente anúncio do governo de redução das tarifas de energia tem a ver com seu orçamento e com o crescimento nacional

Nenhum jornalista econômico pode reclamar de falta de pautas, praticamente toda semana o governo anuncia uma nova medida.

Ontem, nossa presidente Dilma Rousseff anunciou que, a partir de janeiro de 2013, haverá um corte nas tarifas de energia de 16,2% para consumidores residenciais e de até 28% para as indústrias, notícia que tem grande impacto no cenário nacional.

Segundo a Confederação Nacional das Indústrias (CNI), os gastos com energia correspondem a, em média, 4% dos gastos totais das empresas, de tal forma que o corte possibilitaria a realização de novos investimentos.

No caso das famílias, gastos com energia geram uma folga no orçamento, que pode ser destinado a consumo de outros bens ou à poupança.

Associando essa medida de desoneração energética com as recentes quedas nos juros, que atingiram o menor patamar histórico, 7,5%, o Brasil caminha para uma diminuição do seu custo e risco.

Vale notar que o anúncio é bastante oportuno, pois a expectativa dos analistas de mercado financeiro divulgada no boletim Focus mais recente do Banco Central é pessimista, esperando um pífio crescimento de, apenas, 1,62% do PIB e ainda um tímido crescimento de 4% para 2013. Essas projeções, que vinham caindo, devem ser revistas após o informe feito pela presidente.

Outro impacto dessa redução está na inflação. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou acreditar que possa haver redução de 0,5 a 1% na inflação do ano que vem devido à desoneração. Provavelmente os analistas irão rever os 5,54% projetados para 2013. Vale lembrar, que este valor é bastante alto quando comparamos ao PIB esperado deste e do próximo anos.

As expectativas atuais dos analistas revelam uma descrença, por parte do mercado, na capacidade do governo de atingimento das metas de inflação e em um crescimento grande.

Essa redução da tarifa energética já era esperada e cobrada há muito tempo, uma vez que a tarifa tupiniquim é uma das maiores do mundo e não leva a uma eficiência energética comparável a de países como mais desenvolvidos como Reino Unido, a Alemanha ou o Japão.

De forma geral, a notícia soará harmonicamente nos ouvidos dos analistas. Espera-se que, com ela, não só o país torne-se mais eficiente, como tenha mecanismos facilitadores de seu crescimento, em um contexto mundial marcado por desaquecimento econômico e incertezas.

Intuitivamente, como retrata bem um poema de Manuel Bandeira, é como se o país tivesse pedido ao governo “Ai seu foguista, bota fogo na fornalha, que eu preciso muita força, muita força, muita força”.

Post em Parceria com Giovana Carvalho, graduanda em economia pela EESP – FGV

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