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Caro Dinheiro

por Samy Dana

Perfil Samy Dana é Ph.D em Business, professor da FGV e escreve no caderno Mercado

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Instrumentos Financeiros nº3: Letra de Crédito do Agronegócio (LCA)

Por Samy
02/10/12 02:29

Entenda porque a Letra de Crédito do Agronegócio atrai cada vez mais investidores.

A Letra de Crédito do Agronegócio (LCA) é um investimento de renda fixa em que os recursos são destinados ao fomento do agronegócio.

A LCA pode ser entendida como um empréstimo que o investidor faz a uma instituição financeira pública ou privada e, para tanto, recebe uma remuneração, que pode ser um percentual do CDI, uma taxa prefixada ou ainda inflação mais juros prefixados.

A LCA possui isenção de imposto de renda (IR) sobre os rendimentos para pessoas físicas e isenção de imposto sobre operações financeiras (IOF) tanto para pessoas físicas quanto para pessoas jurídicas.

Por ser isenta de tributos, a LCA oferece, via de regra, uma rentabilidade superior às aplicações mais tradicionais como CDBs e Fundos Referenciados DI.

Pode-se dizer que a LCA é um instrumento financeiro de baixo risco. A chance do investidor não receber o dinheiro investido corrigido pelos juros está associada à quebra do banco emissor – ou seja, o mesmo risco do CDB e da Poupança.

Além da garantia do emitente, a Letra de Crédito do Agronegócio conta com a garantia adicional do lastro da operação de crédito rural à qual ela está vinculada. Por outro lado, a LCA não possui garantia do Fundo Garantidor de Crédito (FGC) até R$ 70 mil, diferentemente de outros instrumentos de renda fixa como o CDB e a Poupança, por exemplo.

Outra característica importante da LCA é o prazo de vencimento para resgate. Ao contrário de varias aplicações financeiras de renda fixa, que garantem liquidez diária, o investimento em LCA pode estabelecer um período de aplicação mais longo.

Em razão da liquidez, o investidor não deve aplicar os recursos destinados às reservas de emergência, pois no caso de imprevistos não será possível resgatar o dinheiro, obrigando-se a contrair empréstimos com juros superiores ao da aplicação.

Em regra, é um instrumento financeiro destinado a médios e grandes investidores, pois o valor mínimo para investimento em bancos de grande porte pode variar entre R$ 100 mil e R$ 1 milhão. Entretanto, há algumas opções para os investidores menos abastados, em instituições financeiras de menor porte, a partir de R$ 10 mil.

O maior emissor de LCAs é o Banco do Brasil, que é líder no fomento de crédito ao agronegócio. Outros bancos de grande porte também distribuem em pequena escala este produto. Entre os bancos de menor porte, que distribuem as LCAs destacam-se o Banco ABC, Bonsucesso, Intermedium, Pine e Rabobank.

Sempre que a LCA for emitida por instituições de menor porte, é fundamental que o investidor se preocupe com a classificação de crédito atribuída pelas agências de rating, pois se a instituição financeira emissora quebrar e, ainda, o lastro não for suficiente para cobrir a dívida, o investidor perderá todo o recurso aplicado.

A maioria das LCAs é indexada ao Certificado de Depósito Interbancário (CDI), e costuma remunerar entre 85% e 100% do CDI a depender do porte da instituição financeira emissora.

É possível obter ainda remunerações mais atraentes se o investidor aportar um volume bem alto de recursos ou se estiver disposto a acolher um prazo de vencimento longo.

A seguir uma simples ilustração da rentabilidade das LCAs frente à poupança e aos CDBs. Neste caso, poupança e CDBs possuem garantia do FGC até 70 mil.

Interessante notar que a taxa de remuneração de uma LCA varia de acordo com o risco do investimento. Dessa forma, pode-se dizer que bancos menores oferecem maiores retornos e aceitam que o valor aplicado seja menor.

Além disso, os bancos oferecem remunerações distintas de acordo com os prazos e montantes, ou seja, o investidor interessado em adquirir uma LCA deve negociar com seu gerente ou assessor de investimento as melhores oportunidades de acordo com seu horizonte de investimento e valor disponível.

Bons investimentos!

Post em parceria com Alex Del Giglio que é graduado em economia pela USP com extensão em finanças pela ESC Bordeaux e mestre em Administração pela FGV. Responsável pela área educacional da Prime Finance Investimentos AAI Ltda com sede em Manaus.

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