Em continuação ao tema abordado no último post dessa coluna, percebe-se facilmente que o ‘medo da perda’ é um conceito que se aplica em áreas não econômicas da nossa vida, por exemplo , é muito presente nos relacionamentos.

Um grande número de pessoas se dizem insatisfeitas ou até mesmo infelizes em seus casamentos ou namoros, porém tem receio de terminá-los .

Mesmo sabendo que  situação atual do relacionamento desagrada e que há muita esperança de mudança para o futuro,  pelo medo de sentir falta da pessoa, da companhia, de alguém disposto a te escutar e dar atenção ou carinho.

Ou seja, basicamente, pode-se explicar tal comportamento apenas por mero apego ou por uma crença irracional de que,posteriormente, a pessoa melhore e se torne alguém cuja companhia seja ideal e indispensável, ao contrário do que era previamente.

Esse caso é análogo é um típico medo da perda, assim como a roupa que não se doa, com a esperança de que volte a usá-la no futuro. Não queremos aqui comparar pessoas a roupas, mas, em ambos os casos, não há motivos para crer que a necessidade, que não é enxergada no presente, o seja no futuro.

Quando perdemos algo ou alguém, temos tendência a pensar que ‘só damos valor ao perder’, mas não seria esse sentimento ruim associado à perda do efeito dotação e não da pessoas em si?

As pessoas muitas vezes quando reclamam por falta do relacionamento, se referem a dias específicos e ignoram os problemas e insatisfações da maioria dos demais dias.

Post em Parceria com Giovana Carvalho, graduanda em Economia pela FGV-EESP