A “experiência” como produto
07/11/12 03:00Uma das maiores qualidades do ser humano é a capacidade de se adaptar a situações novas. Não é incomum histórias de pessoas que passaram a viver de forma brutalmente distinta do que viviam.
Em economia comportamental, situações extremas, sejam de dolorosas ou prazerosas são chamadas de hedonistas.
Como o indivíduo se adapta com facilidade , experiências ocasionais podem marcar muito mais a memória do que mudanças de prazo mais longo.
Um exemplo dessa característica é o valor que as pessoas dão para viagem ou jantares especiais. De uns anos para cá algumas empresas se especializaram a proporcionar experiências efêmeras como, por exemplo, passeios de com carros de corrida, viagens de balão, saltos de para quedas etc.
De modo geral, a felicidade tende a ser maior com experiências intensas e esporádicas do que com experiências contínuas para grande parte das pessoas .
Por exemplo, muitos preferem ir a um jogo de futebol, assistir a um show bacana ou comer em um restaurante refinado, a comprar uma televisão nova ou fazer reparos na casa.
Isso acontece pois os indivíduos adaptam-se às mudanças mais prolongadas e deixam de notar seus benefícios, acostumando-se a elas, o que não acontece com as experiências momentâneas, cujas lembranças positivas são levadas para sempre.
Post em parceria com Giovana Carvalho, graduanda em Economia pela FGV-EESP