Muitos esperam o final de semana ,  não apenas pelo fato do descaso mas também pela possibilidade possibilidade de faltar a academia, beber tudo que não bebeu durante a semana, comer todos os doces que a mae puser na mesa de domingo. Mas como isso poderia ser explicado? Por que, no fim de semana, esse efeito e maior?

A lógica é a mesma de quando você tem um dia estressante e, chegando em casa, resolve se entupir de comida gordurosa ou de chocolates igualmente saborosos.

Interessante que muitas usam esse tipo de imprudência a saúde como recompensa pelo seu esforço.

O fato é que situações como essa podem ser explicadas com o constante embate, inevitável para os seres humanos, entre os impulsos (o lado emocional) e a racionalidade.

Quando você passa muito tempo resistindo repetidamente a seus impulsos, por exemplo, procurando manter uma dieta, ou insistindo em desempenhar atividades que você odeia no trabalho, você se desgasta, ou melhor, se esgota.

Essa tensão cognitiva levara a uma predominância dos impulsos sobre a racionalidade, levando você a ‘enfiar o pé na jaca’.

Não estamos pregando uma vida de uma monge, no entanto recomendamos que você ceda a seus desejos com parcimônia e sempre que ceder volte a racionalidade rapidamente, sem acarretar grandes prejuízos.

A ideia não é que essa visão funcione como auto-indulgência, ou melhor dizendo, uma desculpa para autoenganar-se, mas sim, seja utilizada de forma inteligente para prevenir interferências do cansaço em seu comportamento.

Curiosidade

Há pesquisas de profissionais da Tel Aviv University (Shai Danziger), Stanford University( Jonathan Levav)  e Ben-Gurion University (Liora Avnaim-Pesso), que analisam decisões judiciais de Israel e comprovam que, em média, o número de concessões de liberdade condicional por parte dos juízes, é muito maior quando o julgamento é o primeiro logo pela manhã ou o primeiro após o almoço.

Post em Parceria com Giovana Carvalho, graduanda em Economia pela FGV-EESP