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Caro Dinheiro

por Samy Dana

Perfil Samy Dana é Ph.D em Business, professor da FGV e escreve no caderno Mercado

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Mundo Econômico - 23 de dezembro

Por Samy
23/12/12 07:00

Panorama Mundo

Na última sexta-feira, o primeiro-ministro italiano, Mario Monti, renunciou após ficar um um pouco mais de um ano no poder . O tecnocrata decidiu dar espaço para eleições no país.

Parte dos as analistas entendem essa medida um avanço pois o país precisa de mudanças , no entanto, a sinalização de Silvio Berlusconi em voltar ao poder causou uma tensão.

Caso Berlusconi assuma, a economia européia pode ser abalada uma vez que ele já declarou a possibilidade de o país sair da zona do euro.

Ainda no mundo político, o Partido Liberal Democrático japonês ganhou as eleições do domingo passado e causou alvoroço no mercado. O futuro primeiro-ministro, Shinzo Abe, já declarou que a política monetária do país deve ser mais frouxa* e, inclusive, financiar gastos públicos por meio da emissão de moeda. O resultado foi uma desvalorização expressiva do Iene.

Por fim, para não perder o costume, ainda não houve acordo sobre o fiscal cliff* nos Estados Unidos. .

De positivo para o país do “Tio Sam”, há o crescimento do PIB do terceiro trimestre. Em taxa anualizada, a variação foi de 3,1%, acima da expectativa do mercado de 2,8%.

O mercado americano respondeu  de forma positiva a esses eventos com altas semanais. Porém, com a indecisão em relação ao fiscal cliff* e a renúncia de Mario Monti, as bolsas caíram na sexta-feira e mostraram que podem seguir essa tendência na semana que entra.

Panorama Brasil

No Brasil, o Ibovespa seguiu a mesma tendência: teve alta na semana, mas demonstrou tendência de queda na sexta-feira.

Enquanto isso,  a presidente Dilma Rousseff tenta pressionar o Legislativo para que a votação do orçamento de 2013 seja feita o mais rápido possível para que não haja problemas nos planos de investimento do governo.

Além disso, o governo brasileiro adiou a votação do veto presidencial sobre a decisão parlamentar sobre os royalties do Petróleo.

Foi decidido que os royalties de contratos já assinados e futuros seriam divididos entre todos os estados da nação. A presidente vetou a medida como forma de garantir o mercado internacional não veja o Brasil como um país que muda as regras do jogo durante o próprio jogo.

Em relação à inflação, o mais importante fato foi a divulgação do IPCA-15. O índice que serve como prévia da inflação oficial subiu 0,69% em dezembro, acima das expectativas do mercado de 0,66%.

Quanto aos juros, a semana foi marcado por leves altas na curva de juros, resultantes de maiores expectativas de inflação. No entanto, o nível dos juros continua historicamente baixo. Isso ocorreu devido a crença de que o Banco Central não irá combater a inflação por meio dos juros e sim com  outras medidas disponíveis, como o compulsório.

Enfim, o dólar fechou a semana em R$2,073 com leve depreciação. A variação ocorreu graças às intervenções do BC para impedir a valorização da moeda estrangeira.

Expectativas da Semana

Na próxima semana, as comuns altas de fim de ano da bolsa podem não ocorrer. Com o problema do fiscal cliff* norte-americano, o Ibovespa ameaça andar de lado.

Ao mesmo tempo, os juros devem continuar bem ancorados em valores historicamente baixos e as expectativas de inflação aumentando vagarosamente.

O dólar deve variar próximo aos valores de R$2,07 e R$2,08 enquanto o BC luta para manter um regime cambial praticamente fixo.

*Dicionário Economês-Português

Política monetária frouxa – Política monetária que possui como objetivo estimular a economia seja por meio de queda na taxa de juros, seja por meio de outras medidas como diminuição dos compulsórios ou compra de títulos públicos.

Fiscal cliff (abismo fiscal) – Aumento de impostos e corte de gastos governamentais automáticos previstos para ocorrerem no início de 2013 nos EUA. Se realmente ocorrer, o país pode entrar em outra recessão.

Post em Parceria com a Consultoria Júnior em Economia (CJE) da Fundação Getúlio Vargas de São Paulo.

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