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Caro Dinheiro

por Samy Dana

Perfil Samy Dana é Ph.D em Business, professor da FGV e escreve no caderno Mercado

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Instrumentos Financeiros nº19: Fundos Private Equity ou Fundos de Investimento em Participações (FIP)

Por Samy
29/01/13 07:00

Fundos de alto risco, baixa liquidez, mas com excelente expectativa de retorno.

Os Fundos de Private Equity são constituídos sob a forma de condomínio fechado e investem em empresas que possuem bom potencial de crescimento e valorização. O objetivo desses fundos é capitalizar tais empresas, ajustar a administração e vender a participação por um valor substancialmente superior ao comprado.

O principal papel dos gestores dessa modalidade de investimento é o de mapear empresas atraentes para serem adquiridas, total ou parcialmente.

Esses fundos foram regulamentados e denominados oficialmente de Fundos de Investimento em Participações (FIP), pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), no ano de 2003.

Os investidores que aplicam nesse instrumento financeiro se tornam proprietários de cotas do fundo e participam do processo decisório da empresa investida, com influencia na gestão e política estratégica, uma vez que possuem a prerrogativa de indicarem membros do conselho de administração.

Como, normalmente, os fundos possuem uma primeira fase de pesquisa para detectar empresas atraentes para investimento, somente após profunda análise o cotista compromete o recurso financeiro, denominado de “capital comprometido”, que pode ser desembolsado em um tempo pré-acordado com o gestor.

São fundos que possuem baixa liquidez, horizonte de retorno de longo prazo e significativa assimetria informacional. Por essas razões, possuem riscos elevados, que devem ser avaliados e mensurados pelos investidores.

Os fundos de Private Equity são destinados aos investidores qualificados. O aporte mínimo para o investidor iniciar as aplicações é de aproximadamente R$ 100 mil. As negociações podem ocorrer em bolsa de valores ou mercados de balcão organizado.

A indústria de fundos Private Equity vem crescendo muito em nosso país. Esse sucesso de deve a alguns fundamentos macroeconômicos, como, a taxa básica de juros da economia em declínio, redução do risco pais, aumento substancial das reservas internacionais e redução da variabilidade da taxa de câmbio.

Grande parte das empresas investidas é de tecnologia, pela característica de precisarem de dinheiro no inicio, terem um risco alto e expectativa de retorno grande

Os custos para operar no mercado de Fundos Private Equity são compostos, fundamentalmente, por taxa de administração e performance.

A taxa de administração é o valor cobrado do cotista pela administração. Serve para remunerar o administrador pelos serviços prestados. A base para o cálculo da taxa de administração nos Fundos Private Equity é o capital comprometido.

A taxa de performance é uma percentagem paga caso os retornos dos investimentos superem uma referência pré-estabelecida. Nesses fundos, o benchmark é, em geral, o custo de oportunidade exigido pelo investidor ao comprometer os seus recursos em ativos com perfil de risco e iliquidez superior ao mercado público de ações.

Em relação à tributação, a rentabilidade obtida constitui a base de cálculo do imposto de renda devido. O tratamento tributário é distinto para pessoas físicas e jurídicas, residentes e não residentes.

Vale notar que os Fundos Private Equity destinam seus recursos para a aquisição de ações, debêntures, bônus de subscrição e demais valores mobiliários conversíveis ou permutáveis em ações.

Embora seja um investimento de alto risco, é vedada ao Fundo a realização de operações com derivativos, exceto quando tais operações sejam realizadas com finalidade de hedge (proteção).

Algumas das maiores gestoras de Fundos Private Equity do Brasil são: CRP Participações, GP Investimentos, Pátria Investimentos, Gávea e Angra Partners.

É possível acompanhar o mercado de fundos private equity por meio de revistas, jornais e sites especializados ou ainda contar com assessoria de profissionais de investimentos.

Bons investimentos!

Post em parceria com Alex Del Giglio que é graduado em economia pela USP com extensão em finanças pela ESC Bordeaux e mestre em Administração pela FGV. Responsável pela área educacional da Prime Finance Investimentos AAI Ltda com sede em Manaus.

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