Folha de S.Paulo

Um jornal a serviço do Brasil

  • Assine a Folha
  • Atendimento
  • Versão Impressa
Seções
  • Opinião
  • Política
  • Mundo
  • Economia
  • Cotidiano
  • Esporte
  • Cultura
  • F5
  • Classificados
Últimas notícias
Busca
Publicidade

Caro Dinheiro

por Samy Dana

Perfil Samy Dana é Ph.D em Business, professor da FGV e escreve no caderno Mercado

Perfil completo

Instrumentos Financeiros nº20: Mercado a Termo

Por Samy
05/02/13 07:00

O mercado a termo foi à primeira espécie de derivativo conhecida pela sociedade e é negociado, principalmente, sobre mercadorias, ações, moedas e títulos públicos.

É um acordo entre duas partes para comprar ou vender um ativo em determinada data futura, por preço certo e ajustado.

Quando negociado em bolsas de valores e mercadorias, possui características muito especificas em relação às outras espécies de derivativos, uma vez que é um acordo entre duas instituições financeiras e/ou seus clientes.

Este instrumento é liquidado integralmente no vencimento, não havendo possibilidade de sair da posição antes disso. Essa impossibilidade de recompra e revenda antes do vencimento (ausência de mobilidade de posições) torna o contrato a termo ilíquido.

Além da baixa liquidez, o risco de crédito no contrato a termo é substancialmente elevado, pois ocorre um único ajuste na data de vencimento, de maneira que uma das partes acumula todas as perdas para o último dia do contrato.

Para evitar a inadimplência dos contratos nas operações a termo, a bolsa exige um depósito de garantia e, ainda, há as garantias adicionais requeridas pelas corretoras de seus clientes.

As garantias podem se constituir nas modalidades de cobertura ou margem. O mais comum são as margens de garantia, estabelecidas por um percentual do valor do contrato dependendo da volatilidade e liquidez do ativo negociado.

Existem, basicamente, três tipos de operações a termo:

a) Operação simples: nesta modalidade, o comprador e vendedor acordam o vencimento e o preço do contrato. Na data acordada, o comprador entrega o dinheiro e recebe o ativo objeto do contrato.

b) Operação a prazo com prêmio: esta modalidade permite a desistência de uma das partes do contrato, comprador ou vendedor, mediante o pagamento de um prêmio (multa)  estipulado previamente.

c) Operação de report: esta operação funciona como se fosse uma concessão de um empréstimo-financiamento a taxa pré-fixada. O comprador adquire o ativo objeto à vista e realiza uma venda simultânea. Na prática, ele esta pagando a prazo com uma taxa de juros já estabelecida.

Os custos para operar no mercado a termo são constituídos em taxa de corretagem, registro, liquidação e emolumentos. A taxa de corretagem é livremente pactuada entre o investidor e a corretora de valores.

Nos contratos a termo não há incidência de imposto sobre operações financeiras (IOF), e o imposto de renda (IR) incide sobre todas as operações, sendo que os procedimentos são diferenciados para operações financeiras e não financeiras.

Segue, a título ilustrativo, um exemplo de operação a termo, adaptado do livro de John Hull, Opções, Futuros e Outros Derivativos. Neste exemplo, vale notar que não são considerados os custos operacionais e os tributos .

Cotações a vista e a termo do dólar em 8 de maio de 2012
a vista 1,6080
termo de 30 dias 1,6076
termo de 90 dias 1,6056
termo de 180 dias 1,6018

Um investidor realiza um contrato a termo para comprar 1 milhão de dólares em 90 dias. Suponha que a taxa de câmbio a vista suba para 1,6500 no final de 90 dias.

Pergunta: O investidor obtém êxito em termos financeiros?

Resposta: Sim, o investidor obtém êxito. O investidor acordou pagar R$ 1,6056 por dólar após 90 dias do contrato. Como, no vencimento do contrato, o dólar se valorizou ante ao real, o investidor pagará 1,6056 por uma moeda que vale R$1,6500.

A fórmula de cálculo é: St-K

Em que: St – preço a vista no vencimento do contrato;   K – preço de entrega.

Portanto: R$ 1.650.000 – R$ 1.605.600 = R$ 44.400

É possível acompanhar o mercado através da BM&FBovespa ou ainda contar com assessoria de profissionais de investimentos.

Bons investimentos!

Post em parceria com Alex Del Giglio que é graduado em economia pela USP com extensão em finanças pela ESC Bordeaux e mestre em Administração pela FGV. Responsável pela área educacional da Prime Finance Investimentos AAI Ltda com sede em Manaus.

Mais opções
  • Google+
  • Facebook
  • Copiar url
  • Imprimir
  • RSS
  • Maior | Menor
Publicidade
Publicidade
  • RSSAssinar o Feed do blog

Buscar

Busca

Categorias

  • Caro Dinheiro Impresso
  • Economicamente Viável
  • Em busca do Tesouro Direto
  • Faz sentido isso???
  • Instrumentos Financeiros
  • Mundo Econômico
  • Perfil Econômico
  • Recent posts Caro Dinheiro
  1. 1

    Estamos de mudança

  2. 2

    Mundo Econômico - 18 de Agosto

  3. 3

    Inteligência financeira em família

  4. 4

    Por que os juros são tão altos no Brasil?

  5. 5

    Vantagens e desvantagens das compras coletivas

SEE PREVIOUS POSTS

Categorias

  • Caro Dinheiro Impresso
  • Economicamente Viável
  • Em busca do Tesouro Direto
  • Faz sentido isso???
  • Instrumentos Financeiros
  • Mundo Econômico
  • Perfil Econômico
Publicidade
Publicidade
Publicidade
  • Folha de S.Paulo
    • Folha de S.Paulo
    • Opinião
    • Assine a Folha
    • Atendimento
    • Versão Impressa
    • Política
    • Mundo
    • Economia
    • Painel do Leitor
    • Cotidiano
    • Esporte
    • Ciência
    • Saúde
    • Cultura
    • Tec
    • F5
    • + Seções
    • Especiais
    • TV Folha
    • Classificados
    • Redes Sociais
Acesso o aplicativo para tablets e smartphones

Copyright Folha de S.Paulo. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress (pesquisa@folhapress.com.br).