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Caro Dinheiro

por Samy Dana

Perfil Samy Dana é Ph.D em Business, professor da FGV e escreve no caderno Mercado

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Porque os sindicatos não favorecem os desempregados

Por Samy
23/02/13 09:44

Diante das declarações recentes da Organização Internacional do Trabalho, de previsão de aumento do desemprego nos próximos anos no Brasil, vale a pena refletir o tema.

A organização aponta que, com a queda do preço das commodities, a redução do comércio global e a volatilidade dos capital investido no , O Brasil sofrerá de forma mais contundente os efeitos da crise global..

A previsão não é animadora, estima-se um aumento de 500 mil desempregados em dois anos. Se se concretizar,  a taxa de desemprego que encerrou 2012 em 6,3%, passaria a 6,5% em 2013 e 6,6% em 2014, maior valor desde 2009, e acima da média mundial.

Diante da desanimadora previsão na taxa de desemprego, há de se analisar o impacto no salários, na produtividade e dos interesses do empregador, dos empregados e dos desempregados.

Segundo a teoria econômica clássica, que sustenta que os salários reais (ou seja, descontados a inflação) devem estar em equilíbrio com a produtividade marginal. Traduzindo o economês, isso significa que se um trabalhador adiciona R$ 30 de valor a cada hora para uma empresa, deve receber R$ 30 descontados da inflação a cada hora.

Assim sendo, quando acontece um aumento da produtividade, os empregadores têm incentivos a contratar mais pessoas, pois o salário, apresentando certa rigidez, ficaria inferior à nova produtividade.

Por outro lado, com a pressão dos sindicatos, os empresários são forçados a elevar os salários, de forma que eles novamente se igualam à produtividade marginal.

Com tal acontecimento, eles não têm mais interesse em contratar novos trabalhadores, de forma que os desempregados não têm mais a oportunidade aberta anteriormente.

Assim, costuma-se dizer que os sindicatos protegem os empregados e não os trabalhadores, como um todo.

Para se ter ideia da dimensão desse problema, a produtividade do Brasil em 2012 foi de US$20,9 mil, em 2013, espera-se que seja de US$21,4 mil e US$22 mil em 2014, quando, finalmente, equipara-se à média de produtividade atual da América Latina.

Pode-se esperar, portanto, com esse aumento da produtividade, forte pressão, por parte dos sindicatos, para a elevação dos salários. No entanto, com essa elevação, os lucros da empresa se reduzem, de modo que os empresários não têm mais incentivo a contratar mais trabalhadores e, sim, a exigir maior produtividade de seus atuais funcionários.

Seria interessante, para reverter essa situação, uma mudança na desmobilização que se constata, atualmente, entre os desempregados, sendo necessária maior organização setorial.

Assim a sociedade estaria mais preparada para superar os dias, que, segundo a OIT, estão por vir.

 

Post em Parceria com Giovana Carvalho, graduanda em Economia pela FGV-EESP

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