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Caro Dinheiro

por Samy Dana

Perfil Samy Dana é Ph.D em Business, professor da FGV e escreve no caderno Mercado

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O porquê do "Pibinho"

Por Samy
16/03/13 07:00

O PIB Brasileiro cresceu apenas 0,9% em 2012. Praticamente todos veículos lamentaram ou criticaram o resultado, disseram que o crescimento foi pequeno. Mas o que isso significa?

Comecemos pelo básico: PIB significa Produto Interno Bruto e é a medida de todos os bens e serviços finais que foram produzidos em um país ou região durante certo período de tempo.

Ou seja, o PIB é, consequentemente, a principal medida de riqueza de um país, afinal quanto mais um país produz mais ele pode consumir.

Existem várias formas de medir o PIB, uma delas é pela ótica da produção. Por esse meio, o IBGE procura medir o valor da produção de vários setores e somá-los.

Se pensarmos que tudo que é produzido deve ser consumido, podemos medir o PIB pela ótica da demanda também.

Diante disso, o IBGE mede o consumo das famílias e do governo e depois os ajusta para as importações e exportações. Após isso, adiciona o que chamamos de formação bruta de capital fixo que explicaremos mais adiante.

Então, se o PIB cresceu 0,9% em 2012, a produção brasileira também cresceu e o país está consumindo mais que 2011, não? Sim! A produção realmente cresceu, mas países em desenvolvimento, como o Brasil, tendem a ter taxas de crescimento superiores a 3% ao ano. Crescer somente 0,9% é ruim.

E por que foi tão ruim? Se analisarmos a tabela do IBGE  a seguir, podemos ver que, em 2012, o único setor que cresceu foi o de serviços (1,7%).  O setor de agropecuário sofreu com os preços de commodities e encolheu 2,3%. A indústria também deixou a desejar com sua produção caindo 0,8%.

O setor de serviços impulsionou o PIB, mas não podemos dizer que agricultores, pecuaristas ou indústrias foram os responsáveis pelo problema. O baixo crescimento foi generalizado.

Se pensarmos pelo lado da demanda, podemos ver que a despesa de consumo das famílias e do governo aumentaram 3,1% e 3,2%, respectivamente. As exportações também aumentaram em 0,5%. A importação, que é subtraída do total, aumentou 0,2%, contribuindo negativamente para o PIB. Por fim, a formação bruta de capital fixo (FBKF) caiu 4,0%.

Então, se continuamos consumindo e exportando, o vilão da história foi essa tal de FBKF. E o que seria isso?

A formação bruta de capital fixo é equivalente a todo o investimento feito em bens de capital. Esses são bens que são utilizados para produzir outros bens, como máquinas e equipamentos. Logo, mesmo consumindo, o Brasil deixou de investir. No fim, o verdadeiro vilão foi a falta de confiança dos investidores.

E o que podemos concluir de tudo isso? Podemos dizer que nem tudo está ruim. O brasileiro consome mais e a demanda interna continua aquecida.

Se isso continuar assim, as empresas devem chegar à conclusão de que sempre haverá consumo para seus produtos e, consequentemente, lucro. Assim, o investimento volta a ocorrer no país.

Resta-nos torcer para que isso ocorra antes que a falta de investimento diminua a renda da população e, portanto, reduza o consumo e o crescimento do PIB.

Post em Parceria com João Lídio Bisneto, graduando em Economia pela FGV-EESP e Presidente da Consultoria Júnior em Economia (CJE) da Fundação Getúlio Vargas.

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