Cartão de crédito no Brasil e no mundo
17/04/13 07:00Durante o dia de hoje, especialistas e analistas de mercado especularam sobre a decisão do Copom, a ser anunciada amanhã, de manter ou aumentar a taxa de juros básica da economia, a Selic.
Mas valeria tanto a pena, para o consumidor comum, conjeturar acerca da Selic quando, na verdade, os juros do crédito de mais fácil acesso a ele são tão abusivos? Quando se pensa na variação da primeira, fala-se geralmente em 0,25% ao ano. Já o patamar de juros incidentes sobre a modalidade de crédito mais utilizada gira em torno de 130% ao ano.
Que as taxas de juros do rotativo do cartão de crédito no Brasil estão entre as mais caras do mundo, todos já ouviram falar. Mas quão grande seria essa discrepância?
Em uma consulta ao Banco Central, obtivemos as taxas em questão para os 6 maiores bancos brasileiros. Como se pode ver, o Santander lidera o ranking com a taxa mais alta , 207,21% ao ano. A taxa mais baixa é a da Caixa Econômica Federal, de 60,37% ao ano
Vale nota que mesmo a Caixa, mesmo sendo lanterninha em nossa na pesquisa tupiniquim, possui uma taxa enorme quando comparada as médias praticas em outros países.
Países desenvolvidos como os EUA e Suiça possuem taxas na casa de 13% , já países emergente como China e África do Sul operam em torno de 19%.
A eventual elevação de 0,25% e 0,5% na Selic deveria incomodar muitos menos que o spread bancário praticado pelos bancos no Brasil, o foco não deveria ser no custo Brasil e sim o Lucro.
Post em Parceria com Giovana Carvalho, graduanda em Economia pela FGV-EESP