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Caro Dinheiro

por Samy Dana

Perfil Samy Dana é Ph.D em Business, professor da FGV e escreve no caderno Mercado

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Homo Sexualis Economicus

Por Samy
18/04/13 07:00

Que o consumo das famílias se difere por hábitos socioculturais e econômicos não é novidade para ninguém. Com a velocidade da transformação, ficou claro que as empresas que buscam o sucesso devem estar preparadas para atender a todos os públicos: solteiros, divorciados, famílias uniparentais, gays e heterossexuais.

Ao reconhecer as diferentes formas de família, é indiscutível que a sociedade obtém ganhos em termos econômicos.

Por exemplo, quando gays constituem famílias começam a demandar produtos como plano de saúde familiar, titularidade conjunta em clubes para esporte e lazer, imóveis maiores, seguros, acesso a mais produtos financeiros etc.

Assim como ocorre com um casal heterossexual, a somatória da renda permite o acesso a outro patamar de consumo.

Levando em conta que quanto mais tempo livre as pessoas tem, mais elas gastam e menos elas poupam, é possível explicar os resultados de 2010 expostos pela CMI (Community Marketing Inc.).

A pesquisa aponta que os gays fazem em torno de 6 viagens de longa distância ao ano enquanto ao héteros apenas 1,4. Essa diferença provavelmente advém do fato de que a maioria das famílias homoafetivas não possuem filhos e acabam tendo mais renda e tempo livre para gastar com lazer.

De acordo com a World Travel Market, o público gay movimenta, só na economia americana, aproximadamente USD 700 Bilhões. No Brasil, estima-se um gasto de USD 6,5 Bilhões, influenciando de forma significativa a arrecadação de impostos.

A Parada LGBT de São Paulo, além de ser uma das maiores do mundo, é o segundo maior evento econômico da principal cidade, perdendo apenas para a Formula 1 .

Segundo dados de 2012 da SPTuris, do público que esteve na cidade durante o evento, 39,5% era turista, sendo 63,3% homens, 36,7% mulheres. A média de estadias foi de 3,6 dias e um gasto de R$ 1.272,45 por pessoa.

Estudos como o do Instituto Great Place to Work mostram ainda que empresas que respeitam a diversidade entre seus funcionários são mais eficientes.

Destaque especial para Hotel Mercure que há duas semanas respondeu de forma criativa e divertida a uma piada feita por Rafinha Bastos referente ao casamento de Daniela Mercury, dizendo “O CANTO DESTA CIDADE SOMOS TODOS NÓS” posicionando-se assim a favor de tratamento igualitário a qualquer hóspede ou funcionário.

Apesar de ter uma postura tradicional, o mercado financeiro já abriu os olhos para este perfil de cliente. Em agosto de 2010, o produto BB Crédito Imobiliário passou a aceitar rendas compostas por casais homoafetivos criando, assim, um novo paradigma de análise de crédito.

Segundo matéria da revista Exame em 2013, inúmeras outras marcas como Ponto Frio, Itaú, Walmart Brasil, Sonho de Valsa, Halls Brasil, Bonafonte e Contigo, recentemente também se posicionaram a favor do casamento igualitário.

Seja por interesses financeiros ou morais, a economia parece ceder, mesmo que de forma retardatária, aos expressivos números – que entremos a era do homo sexualis economicus.

Post em parceria com Gabriel Armando Barreiros, Economista pela Fundação Armando Alvares Penteado.

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