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Caro Dinheiro

por Samy Dana

Perfil Samy Dana é Ph.D em Business, professor da FGV e escreve no caderno Mercado

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Um brasileiro na OMC

Por Samy
08/05/13 09:34

 

A eleição de um brasileiro para a diretoria geral da Organização Mundial do Comércio sinaliza a mudança de importantes paradigmas na esfera das relações comerciais internacionais.

Primeiramente, vale frisar que a OMC, fundada em 1995, em substituição ao GATT, é responsável pela fiscalização e regulação do comércio entre os países. Quando necessário, arbitrando disputas entre eles.

Roberto Azevêdo ganhou a disputa pelo comando da organização contra um mexicano, Herminio Blanco, que contava com o apoio das nações mais ricas do planeta, dentre elas o Reino Unido, defensor ferrenho do candidato.

O brasileiro contava com o endosso majoritário dos países africanos, a aprovação de Rússia, China, Índia e África do Sul e a articulação dos mais altos diplomatas de Brasília.

A conquista é considerada, pelos assessores da Presidência, um resultado de uma postura iniciada em 2003, de aproximação do Itamaraty dos países emergentes e consolidada com a criação do G-20.

Essa vitória, como o próprio chanceler Antonio Patriota afirmou, representa uma “ordem internacional em transformação”, na medida em que atribui maior relevância a países emergentes, como os BRICS.

Esses países em desenvolvimento apresentam, com esse fato, capacidade de liderança, a qual tem apoio entre esses mesmos países e reconhecimento entre os países desenvolvidos.

A presidente Dilma Rousseff afirmou que “essa não é uma vitória do Brasil nem de um grupo de países, mas da OMC”, embora seus interlocutores afirmem que ela teria apreciado o endosso que a vitória dá à política externa petista, de aproximação ao hemisfério Sul.

No que diz respeito à teoria da economia internacional, esse enfoque do comércio exterior em países do Sul, através de acordos regionais, tenderia a gerar “desvios de comércio”. Tal fenômeno se caracteriza por um aumento do fluxo de comércio com esses países preferenciais, menos eficientes, em substituição ao produtor mais eficiente dos mesmos bens.

Nesse caso, em específico, considera-se que haja sempre perda de bem-estar para o país em questão, no caso, o Brasil.

A experiência externa brasileira dá margem para questionamentos como esse, uma vez que, verificam-se, nos últimos anos, constantes complicações e prejuízos ao Brasil em decorrência do Mercosul, cujo funcionamento figura bem distante do ideal.

Vale, assim, considerar as ressalvas à política atual, embora seja sempre um orgulho ter um compatriota em um cargo tão relevante.

 

Post em Parceria com Giovana Carvalho, graduanda em Economia pela FGV-EESP

 

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