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Caro Dinheiro

por Samy Dana

Perfil Samy Dana é Ph.D em Business, professor da FGV e escreve no caderno Mercado

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Mundo Econômico - 26 de Maio

Por Samy
26/05/13 16:00

Panorama Mundo

Contrabalanceando semanas anteriores, a maioria das bolsas mundiais fechou a semana em baixa. O principal motivo foi as evidências de que o programa de compra de ativos do FED* pode parar antes do previsto.

O começo da semana girou em torno de especulações sobre a ata do FOMC*. Quaisquer sinais de parada no programa de compras de ativos significaria menor ímpeto no mercado de ações.

Na quarta-feira, o presidente do FED*, Ben Bernanke, afirmou que o fim prematuro da política de estímulos não levaria a um crescimento sustentável. No entanto, a ata do FOMC* mostrou, no mesmo dia, que há membros do comitê que são a favor da redução dos estímulos. Assim, o mercado reverteu a tendência de alta e se manteve mais pessimista.

Na Europa, foram divulgados os PMIs* da zona do euro. O PMI da zona como um todo aumentou de 46,9 pontos em abril para 47,7 na leitura preliminar de maio, superando a previsão de entre 47,1 e 47,2 pontos. No entanto, valores abaixo de 50 indicam contração, o que mostra que a recuperação da região ainda é muito lenta.

Além disso, o PIB do Reino Unido cresceu 0,3% no primeiro trimestre deste ano em comparação com o quarto trimestre do ano passado e 0,6% ante o primeiro trimestre de 2012. O resultado indica, pelo menos, que há probabilidade de recuperação no país.

Na Ásia, a maior notícia da semana diz respeito à divulgação da prévia do PMI* da indústria chinesa, o qual deve recuar de 50,4 em abril para 49,6 em maio, o pior resultado em 7 meses.

Panorama Brasil

No Brasil, o Ibovespa teve uma alta semanal de 2,25%. O descolamento geral foi devido a altas da blue chips*.

É interessante destacar que instituições internacionais reduziram suas expectativas para o crescimento do Brasil em 2013. Órgãos como o Instituto Nacional de Finanças (IFF) e a ONU divulgaram suas projeções de 2,9% e 3%, respectivamente, para o crescimento da economia brasileira.

O destaque nacional ainda é a inflação e as medidas para combatê-la. Na semana passada, foi divulgado o IPCA-15, prévia oficial da inflação, que apresentou alta de 0,46% em abril, com uma leve desaceleração.

Diante desse cenário e das declarações de vigilância do BC, o mercado começa a precificar aumentos mais significativos na taxa Selic. Assim, a curva de juros apresentou leve alta.

Quanto ao câmbio, o dólar a R$2,037 e teve alta, terminando a semana em R$2,052, com o mercado alerta a possíveis intervenções do BC. Com os estímulos monetários norte-americanos com riscos de acabarem, o mercado começou a prever uma queda na oferta de dólares.

Expectativas da Semana

Na próxima semana, com um feriado na segunda-feira nos EUA, o destaque deve ser as notícias internas. Mesmo com o feriado de quinta-feira, haverá a divulgação do PIB brasileiro do primeiro trimestre, o IGP-M e a reunião do Copom na semana.

O PIB  deve apresentar crescimento próximo a 1%, indicando recuperação moderada da economia. Enquanto isso, o IGP-M deve manter a tendência de baixa inflação aos produtores.

Por fim, o BC deve manter a ação e o discurso de combate moderado à inflação. A esperança é de que haverá aumentos na taxa SELIC. Esse aumento pode ser de 0,25% ou de 0,50%, com o segundo sendo mais provável por conta da recente ênfase na vigilância dada pelo BC.

Quanto ao câmbio, o BC deve conter a alta do dólar, seja por uma intervenção direta seja pelo aumento dos juros básicos

*Dicionário Economês-Português

FED (Federal Reserve) – Banco Central norte-americano.

FOMC –O “Federal Open Marketing Committee” é o equivalente norte-americano do Copom Brasileiro. O FOMC é o comitê que decide a política monetária do país do Tio Sam periodicamente.

PMI – O Purchasing Managers Index, ou “Índice dos Gestores de Compras”, é um indicador econômico que procura prever a atividade econômica através de pesquisas junto ao setor privado.

Blue chips – É o termo empregado nos mercados de ações para designar ações de empresas de alto valor de mercado e/ou bem estabelecidas com comprovada lucratividade. No caso brasileiro, o termo refere-se, principalmente, à Petrobrás e à Vale.

Post em Parceria com João Lídio Bisneto, graduando em Economia pela FGV-EESP e Presidente da Consultoria Júnior em Economia (CJE) da FGV, em nome da área de pesquisa da empresa.

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