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Caro Dinheiro

por Samy Dana

Perfil Samy Dana é Ph.D em Business, professor da FGV e escreve no caderno Mercado

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Mundo Econômico - 02 de Junho

Por Samy
02/06/13 11:00

Panorama Mundo

Na semana passada, as principais bolsas mundiais não apresentaram tendência e fecharam o período em queda.

Nos Estados Unidos, notícias boas não mais, necessariamente, causam altas no mercado. Como uma economia forte pode indicar redução dos estímulos monetários, dados positivos e negativos começam a apresentar consequências ambíguas.

Mesmo coma semana apresentando dados positivos, como o PMI* de Chicago, que ficou em 58,7, ante expectativas de 49,3, as bolsas norte-americanas apresentaram quedas semanais.

Na Europa, a reforma do pensamento político continua. A União Europeia (UE) admitiu que austeridade não trará saída para a crise, permitindo que três das cinco maiores economias da região (França, Espanha e Holanda) estourem o limite de déficit orçamentário, sob a condição de reformas no mercado de trabalho.

Enquanto isso, na Alemanha, o número de pedidos de seguro-desemprego aumentou em 21 mil em maio na comparação com abril, em termos sazonalmente ajustados. O resultado veio bem acima da previsão de analistas, que era de alta de 3 mil pedidos.

Na Ásia, foi divulgado o Índice dos Gerentes de Compras (PMI) da indústria chinesa. O indicador ficou em 50,8 em maio (contra 50,6 em abril), superando as expectativas do mercado. O FMI ainda reduziu a previsão de crescimento da China em 2013 de 8% para 7,75%.

Na Índia, o elevado déficit de 7% do PIB na conta corrente começa a preocupar, como deixou claro o presidente do banco central do país.

Panorama Brasil

No Brasil, o Ibovespa amargou uma queda semanal de 5,14%, puxado pelo desempenho ruim das blue chips*.

Outro motivo para a queda da bolsa foi o crescimento do PIB brasileiro de 0,6% no primeiro trimestre. A expectativa era de 0,9%.

Com a economia mostrando desempenho abaixo do esperado, o mercado rebaixou suas previsões para a alta da SELIC: começaram a ver uma alta de 0,25 p.p ao invés de 0,50p.p. No entanto, o Banco Central surpreendeu o mercado e colocou a SELIC no patamar de 8% a.a., com uma elevação de 0,50%, o que também ajudou na queda da bolsa. Assim, a curva de juros teve movimentações bruscas na semana com uma alta generalizada no total.

Quanto à inflação, com poucas novidades, o IPC-Fipe mostrou que a inflação na cidade de São Paulo continua no mesmo patamar: alta de 0,18% na terceira quadrissemana de maio.

Por fim, o mercado de moedas trouxe surpresas. O dólar apresentou uma alta expressiva na semana, saindo de R$2,0525 na sexta-feira, dia 24, para R$2,1424 na última sexta-feira. O dado ruim do PIB aliado a expectativas de retirada dos estímulos monetários nos EUA foi o principal responsável por essa movimentação. Nem a alta acima do esperado da SELIC nem a intervenção do BC na sexta-feira foram capazes de frear a moeda norte-americana.

Expectativas da Semana

Agora, com os investidores estrangeiros incapazes de definir o ideal (dados positivos ou negativos nos EUA), o ato de prever resultados torna-se mais difícil. O que se pode afirmar é que se inicia um período de algumas semanas em que os mercados tenderão a andar lateralmente, talvez, com um viés de baixa.

No Brasil, os investidores, que já não se apresentavam otimistas, devem levar o Ibovespa a ter, novamente, resultados ruins.

Para a próxima semana, especificamente, deverá se basear em informações advindas do FED*. Haverá quatro discursos de diretores e a instituição divulgará o Beige Book*. Também serão divulgados PMIs* da Europa e da China.

No Brasil, destaque para a inflação, com o anúncio do IPCA de maio, e para a ata do Copom. Além disso, investidores ficarão atentos às novas movimentações do câmbio. O dólar deve apresentar maior volatilidade na semana e intervenções do BC são esperadas, pois a entidade já indicou que sua preocupação é a volatilidade desse mercado.

*Dicionário Economês-Português

PMI – O Purchasing Managers Index, ou “Índice dos Gestores de Compras”, é um indicador econômico que procura prever a atividade econômica através de pesquisas junto ao setor privado.

Blue chips – É o termo empregado nos mercados de ações para designar ações de empresas de empresas de alto valor de mercado e/ou bem estabelecidas com comprovada lucratividade. No caso brasileiro, o termo refere-se, principalmente, à Petrobrás e à Vale.

FED (Federal Reserve) – Banco Central norte-americano.

Beige Book – O “Livro Bege” é um relatório publicado oito vezes ao ano pelo FED* que indica o estado da economia do país. A informação apresentada é baseada em dados, pesquisas e entrevistas.

Post em Parceria com João Lídio Bisneto, graduando em Economia pela FGV-EESP e Presidente da Consultoria Júnior em Economia (CJE) da FGV, em nome da área de pesquisa da empresa.

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