Folha de S.Paulo

Um jornal a serviço do Brasil

  • Assine a Folha
  • Atendimento
  • Versão Impressa
Seções
  • Opinião
  • Política
  • Mundo
  • Economia
  • Cotidiano
  • Esporte
  • Cultura
  • F5
  • Classificados
Últimas notícias
Busca
Publicidade

Caro Dinheiro

por Samy Dana

Perfil Samy Dana é Ph.D em Business, professor da FGV e escreve no caderno Mercado

Perfil completo

Análise das tarifas de transporte público e dos salários

Por Samy
19/06/13 09:53

Fontes: INPC-IBGE, Sptrans- tarifas, Ipeadata- salário mínimo

 

Diversas análises econômicas foram feitas sobre a questão do transporte público em São Paulo. A maioria delas avalia qual deveria ser o valor da tarifa caso o valor inicial, de 1994, fosse corrigido pela inflação acumulada.

Optamos, então, por fazer uma análise diferente, considerando a relação entre o salário mínimo e as tarifas. Para tanto, devemos considerar ambas variáveis reais, ou seja, descontadas da inflação.

A medida de inflação escolhida foi o INPC, pois ele abrange as famílias com rendimentos mensais compreendidos entre 1 e 5 salários-mínimos, cujo chefe é assalariado em sua ocupação principal e residente nas áreas urbanas das regiões.

A estrutura do índice de preços era composta de 7 grupos: 1. Alimentação e bebidas; 2. Habitação; 3. Artigos de residência; 4. Vestuário; 5. Transportes e comunicação; 6. Saúde e cuidados pessoais; 7. Despesas pessoais. A partir de ago. 1999, passou a ser composta de 9 grupos: 1. Alimentação e bebidas; 2. Habitação; 3. Artigos de residência; 4. Vestuário; 5. Transportes; 6. Saúde e cuidados pessoais; 7. Despesas pessoais; 8. Educação, leitura e papelaria; 9. Comunicação.

Assim, acreditamos que essa seja a inflação que, de fato, incide sobre a maioria dos usuários de transporte público.

Da análise do gráfico apresentado no início, percebe-se que, ano a ano, em geral, as tarifas crescem mais, percentualmente, do que o salário mínimo. Em todo o período, a variação de 1994 a 2013 dos salários foi de 161,41%, enquanto a variação da tarifa real de metrô foi de 240,25% e a de ônibus foi de 308,29%.

Outro indicador interessante é analisar a relação entre as tarifas reais e o salário mínimo real ao longo do tempo. Intuitivamente, quando maior essa relação, pior a situação do trabalhador que utiliza transporte público.

Fontes: IBGE, Ipeadata, Sptrans

Como se observa, a tendência para o período é de alta dessa relação. Vale destacar que, em 2013, ela atinge seu valor máximo. Tanto para o metrô quando para o ônibus, essa relação é de  0,0046984 atualmente.

Queremos destacar, nessa análise, que o comprometimento do salário do trabalhador tem sido maior a cada ano, o que fere, fundamentalmente, seu direito de ir e vir.

Mais do que uma ciência, a economia é uma ciência humana, e, como tal, deve levar em consideração os direitos dos seres humanos, fundamentalmente.

Basicamente, o papel de todo governo democrático é assegurar o direito dos cidadãos à saúde, educação, segurança, emprego e suas liberdades, como, por exemplo, a de locomoção.

Estaria o governo assegurando esses direitos?

A isenção de PIS e Cofins e redução do ISS de 2,5% para 2% beiram a insignificância, pois diminuiriam em 4,15% os encargos das empresas. O subsídio de R$1,5 bilhão às passagens tem se mostrado insuficiente. É hora de redirecionar o orçamento. Mais sobre isso em posts  futuros.

Post em Parceria com Gisela Chulman e Giovana Carvalho, graduandas em Economia pela FGV-EESP.

 

Mais opções
  • Google+
  • Facebook
  • Copiar url
  • Imprimir
  • RSS
  • Maior | Menor
Publicidade
Publicidade
  • RSSAssinar o Feed do blog

Buscar

Busca

Categorias

  • Caro Dinheiro Impresso
  • Economicamente Viável
  • Em busca do Tesouro Direto
  • Faz sentido isso???
  • Instrumentos Financeiros
  • Mundo Econômico
  • Perfil Econômico
  • Recent posts Caro Dinheiro
  1. 1

    Estamos de mudança

  2. 2

    Mundo Econômico - 18 de Agosto

  3. 3

    Inteligência financeira em família

  4. 4

    Por que os juros são tão altos no Brasil?

  5. 5

    Vantagens e desvantagens das compras coletivas

SEE PREVIOUS POSTS

Categorias

  • Caro Dinheiro Impresso
  • Economicamente Viável
  • Em busca do Tesouro Direto
  • Faz sentido isso???
  • Instrumentos Financeiros
  • Mundo Econômico
  • Perfil Econômico
Publicidade
Publicidade
Publicidade
  • Folha de S.Paulo
    • Folha de S.Paulo
    • Opinião
    • Assine a Folha
    • Atendimento
    • Versão Impressa
    • Política
    • Mundo
    • Economia
    • Painel do Leitor
    • Cotidiano
    • Esporte
    • Ciência
    • Saúde
    • Cultura
    • Tec
    • F5
    • + Seções
    • Especiais
    • TV Folha
    • Classificados
    • Redes Sociais
Acesso o aplicativo para tablets e smartphones

Copyright Folha de S.Paulo. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress (pesquisa@folhapress.com.br).