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Caro Dinheiro

por Samy Dana

Perfil Samy Dana é Ph.D em Business, professor da FGV e escreve no caderno Mercado

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Alta do dólar, populismo cambial e produção industrial baixa

Por Samy
03/07/13 06:00

A recente alta do dólar pode ter surpreendido alguns brasileiros, que confiavam na tendência de apreciação do real e não se planejaram com antecedência para viajar, importar determinado produto ou mesmo investir.

O gráfico a seguir mostra a evolução da cotação dessa moeda no último mês.

Fonte: Valor Data

Como se pode perceber, há uma tendência de depreciação do real frente ao dólar. Esse movimento ocorre a despeito das tentativas do governo de segurar a cotação do real e impedi-lo, aumentando a oferta de dólares no mercado, gastando, para isso, boa parte de suas reservas internacionais.

Esse fenômeno poderia ser explicado através de uma eventual crença, por parte do mercado, de que o real estava, anteriormente, sendo comercializado por um valor maior do que os condizentes com fatores reais da economia, como a produtividade, eficiência…

Populismo Cambial

Mas por que estaria o governo tão preocupado em impedir essa depreciação, considerando-se a eterna pressão da indústria nacional por um câmbio mais depreciado, para aumentar a competitividade de suas exportações?

Seu interesse principal, nesse caso, é conter a inflação. Se o Real está apreciado, os produtos importados ficam mais baratos em moeda local. Como boa parte dos insumos das indústrias brasileiras e uma parcela significativa da cesta de consumo da população são importados, há um repasse para o nível de preços brasileiro desse “barateamento”, contribuindo para a manutenção do patamar dos preços ou até mesmo, sua redução.

Além disso, quando o Real está apreciado, o salário real dos trabalhadores, em moeda estrangeira, fica maior, de modo que a população tem sensação de maior poder aquisitivo.

Assim, quando consideramos a iminência das eleições de 2014, é de interesse do governo tentar manter o Real apreciado, para garantir esse “populismo cambial”.

Quanto à indústria, é (des)interessante constatar, que, mesmo nesse mês, com um câmbio mais depreciado, a produção industrial de maio apresentou queda de 2% em relação a abril, segundo dados publicados ontem. Desse modo, podemos pensar que os gargalos da indústria e do produção nacionais estão muito mais relacionados à infra-estrutura, à confiança e à facilidade do empresário para investir, problemas muito mais graves e de resolução mais demorada do que a cotação do câmbio.

 

Post em Parceria com Giovana Carvalho, graduanda em Economia pela FGV-EESP

 

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