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Caro Dinheiro

por Samy Dana

Perfil Samy Dana é Ph.D em Business, professor da FGV e escreve no caderno Mercado

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Por que os juros são tão altos no Brasil?

Por Samy
14/08/13 17:08

Muito se discute sobre os juros elevados no Brasil, e, principalmente sobre as altas margens dos bancos na concessão de crédito, conhecidas, economicamente, como spreads bancários.

Ontem mesmo, o Banco do Brasil anunciou lucro semestral recorde de R$ 10 bilhões, decorrente, em boa parte dos rendimentos obtidos a partir de juros incidentes sobre a concessão de crédito, principalmente destinado ao agronegócio, conforme divulgação do próprio banco.

As estatísticas internacionais corroboram a validade da discussão. Segundo World Economic Forum (2011), o Brasil tem o segundo maior spread do mundo, atrás somente de Madagascar.

Mas o que compõe essa margem dos bancos?

Segundo o Banco Central, 5 fatores:
despesas administrativas (gastos com capital físico, pessoal),
inadimplência (prevenção contra maus pagadores),
depósito compulsório ( custo de oportunidade do depósito feito no Banco Central, sem rendimentos),
tributos e taxas ,
lucro.

Além disso, o ambiente econômico tem influência sobre os spreads através do ambiente legal, do nível de risco da economia, da taxa de crescimento, e da taxa básica de juros da economia.

Quando analisamos esses fatores, percebemos que a justificativa de elevados spreads é fraca, uma vez que, paulatinamente, os bancos têm atingido maior eficiência operacional, reduzindo suas despesas administrativas.

Além disso, o sistema bancário brasileiro é um dos mais consolidados do mundo, com vasta capilaridade, regulamentação e estruturas eficientes.

A Selic, vista tradicionalmente como entrave para diminuição dos juros tem convergido para patamares internacionais.
E também a porcentagem de depósito compulsório tem reduzido. Ou seja, cada vez mais, o spread brasileiro tem parecido exagerado.

Essa questão apresenta um problema muito grande, uma vez que a margem dos bancos e o custo de captação são os principais entraves ao acesso ao crédito por parte das famílias e das empresas.

Para elucidar essa dificuldade, é importante saber que, em 2012, pela primeira vez o crédito bancário brasileiro superou a proporção de 50% em relação ao PIB. Ainda assim, essa relação é muito baixa, por exemplo, nos EUA, ela chega a 200% do PIB, segundo o DIEESE.

Post em Parceria com Giovana Carvalho, graduanda em Economia pela FGV-EESP.

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