Caro DinheiroCaro Dinheiro Impresso – Caro Dinheiro http://carodinheiro.blogfolha.uol.com.br por Samy Dana Mon, 18 Nov 2013 13:28:57 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Inteligência financeira em família http://carodinheiro.blogfolha.uol.com.br/2013/08/15/inteligencia-financeira-em-familia/ http://carodinheiro.blogfolha.uol.com.br/2013/08/15/inteligencia-financeira-em-familia/#respond Thu, 15 Aug 2013 10:00:58 +0000 http://carodinheiro.blogfolha.uol.com.br/?p=3729 Continue lendo →]]> É fundamental conversar em família assuntos relacionados ao dinheiro.

Recomenda-se que, respeitada a individualidade de seus membros, os valores das receitas e despesas sejam discutidos para que o planejamento conte com a participação e o envolvimento de pais e filhos.

Questão relevante e que deve ser frequentemente discutida diz respeito às reservas que a família pode fazer periodicamente para pagar grandes despesas (como as que usualmente são verificadas no início do ano) ou para quitação de financiamentos, a fim de que entradas excepcionais de dinheiro possam, sempre com cautela, ser utilizadas para o pagamento de supérfluos sem comprometer o orçamento.

Famílias que possuem um orçamento doméstico anual organizado podem, por exemplo, considerar o 13o salário como um prêmio a ser gasto com aquilo que se quer e não necessariamente com o que se necessita.

Uma sugestão de provisão é a seguinte: se a família gastou, por exemplo, R$ 3.600,00 em janeiro de 2013 com IPTU, IPVA e matrícula escolar, pode-se dividir esse valor por 12, a fim de se estimar o valor que deve ser poupado para fazer frente a tais gastos no ano seguinte. Em nosso exemplo, a família deverá poupar R$ 300,00 por mês, durante todo o ano de 2013, para que, em janeiro de 2014, tenha o montante necessário para o pagamento das mesmas despesas em 2014.

Além da provisão citada, desenvolver o hábito mensal de poupar é fundamental no ambiente familiar, sobretudo para aumentar o patrimônio e aproveitar boas oportunidades de investimento ou quitação de dívidas.

Contudo, imprevistos podem acontecer e para isso, é importante se ter uma reserva. E quando os pais têm esse hábito, eles influenciam o comportamento dos filhos para utilizarem bem o dinheiro quando adultos.

Mais do que isso, um planejamento financeiro adequado reduz a carga de estresse das famílias, já que é fato que problemas financeiros podem atrapalhar as relações afetivas.

Uma ex-aluna relatou certa vez, publicamente, que “falta de educação financeira acaba com qualquer amor”. Ela era noiva e estava de casamento marcado. A mobília da casa havia sido comprada exclusivamente por ela e o noivo gastava todo o salário em consumo de supérfluos. Ela vislumbrou que teria maiores problemas após o casamento e com isso, terminou o noivado.

Afirmar que os opostos se atraem não funciona no mundo das finanças. Dificilmente um casal viverá em harmonia se um dos parceiros (seja cônjuge, companheiro, namorado) é educado financeiramente e, portanto, capaz de contribuir para a segurança financeira do casal e o outro é desequilibrado nas relações de consumo.

Conversar sobre dinheiro com o marido, com a esposa, com os filhos entre outros membros que dividem o mesmo teto é fundamental, pois possibilita o alinhamento de expectativas e desejos, viabilizando um planejamento que agrade e envolva todos.

Post em parceria com Fernando Antônio Agra Santos é Economista graduado pela UFAL, Doutor em Economia Aplicada pela UFV, Economista da UFJF, Professor Universitário em Juiz de Fora – MG e palestrante nas áreas de Inteligência Financeira e Gestão de Pessoas e comanda o site www.fernandoagra.webnode.com

]]>
0
Sites de compra coletiva tendem a estimular aquisição desnecessária de bens http://carodinheiro.blogfolha.uol.com.br/2013/08/12/sites-de-compra-coletiva-tendem-a-estimular-aquisicao-desnecessaria-de-bens/ http://carodinheiro.blogfolha.uol.com.br/2013/08/12/sites-de-compra-coletiva-tendem-a-estimular-aquisicao-desnecessaria-de-bens/#respond Mon, 12 Aug 2013 13:13:45 +0000 http://carodinheiro.blogfolha.uol.com.br/?p=3704 Continue lendo →]]> Vendas on-line ganham cada vez mais espaço no Brasil, dando abertura a diferentes métodos de venda.

Dentre esses formatos, destacam-se as plataformas de compras coletivas, nas quais o usuário pode ter descontos na aquisição de diversos produtos e serviços se finalizar a compra dentro de um prazo determinado pelo site.

Como um consórcio de curtíssimo prazo, os preços individuais são reduzidos diante da ampla demanda formada, com descontos que podem chegar a 90% e ofertas que vão desde pacotes de viagem e cupons para restaurante até celulares e eletrodomésticos.

Para o fornecedor, que tem a oportunidade de vender mais e, principalmente, de fidelizar o cliente, os benefícios são consideráveis.

Segundo análise do instituto de pesquisa Lab42, cerca de 80% dos usuários de compras coletivas dos Estados Unidos retornam à loja ou estabelecimento que os concedeu a oferta.

Por mais que o comerciante tenha azar e venda poucos itens, a ferramenta ainda terá sido útil como marketing.

É necessário destacar, porém, que também há pontos negativos para quem compra.

Como as ofertas têm prazos curtos e, em alguns casos, quantidade limitada, o usuário se vê na urgência de adquirir o produto e, muitas vezes, efetua a compra sem avaliar sua real utilidade.

Os resultados são casos em que o comprador esquece do prazo de expiração do cupom e perde o benefício ou percebe, depois da compra, que o produto comprado não era bem o que desejava. Assim, é sempre bom pensar bem antes da compra para que a dor de cabeça não seja maior que a suposta economia.

]]>
0
Queda de preço vem por meio de descontos no mercado imobiliário http://carodinheiro.blogfolha.uol.com.br/2013/08/05/queda-de-preco-vem-por-meio-de-descontos-no-mercado-imobiliario/ http://carodinheiro.blogfolha.uol.com.br/2013/08/05/queda-de-preco-vem-por-meio-de-descontos-no-mercado-imobiliario/#respond Mon, 05 Aug 2013 12:00:53 +0000 http://carodinheiro.blogfolha.uol.com.br/?p=3671 Continue lendo →]]>

Em mais um sinal do desaquecimento imobiliário, dados do Creci-SP (Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Estado de São Paulo) mostram que os preços de venda e locação de imóveis paulistas caíram mais de 20% desde o começo de 2013.

Os números chamam a atenção principalmente na cidade de São Paulo, onde pequenos imóveis já estão sendo negociados com 8,5% a 15% de redução no valor total. Construtoras e corretoras não deixam de tratar a queda como “desconto”, mas já notam a dificuldade em vender ou alugar, que persiste pelo quarto mês seguido.

Consumidores mais precavidos, que aguardaram a estabilização dos preços, já conseguem comprar por valores bem abaixo dos encontrados há cerca de seis meses.

Contudo, o custo ainda é altíssimo e prejudica também quem depende de espaços comerciais. Restaurantes e lojas, por exemplo, estão sujeitos a aluguéis em patamares bastante elevados.

Suponha um restaurante que aluga um imóvel na região central de São Paulo, no valor de R$ 3 milhões. Considerando uma taxa de aluguel de 0,4%, o dono do estabelecimento deve pagar R$ 12 mil por mês por um espaço de tamanho adequado a suas necessidades –um custo, muitas vezes, insustentável.

Dessa forma, com o exagero dos preço imobiliários, comércios ficam restritos pelo alto custo e muitos acabam fechando as portas.

Empresas que não dependem de exposição, mas necessitam de um espaço físico, têm optado por alternativas mais baratas, como escritórios compartilhados.

]]>
0
Preços de restaurantes: reclama, mas vai http://carodinheiro.blogfolha.uol.com.br/2013/08/02/reclama-mas-vai/ http://carodinheiro.blogfolha.uol.com.br/2013/08/02/reclama-mas-vai/#respond Fri, 02 Aug 2013 10:00:32 +0000 http://carodinheiro.blogfolha.uol.com.br/?p=3643 Continue lendo →]]>

O Datafolha mostra que os paulistanos não estão nem um pouco contentes com o valor desembolsado para comer fora de casa.

Não é de hoje que rankings apontam São Paulo como uma das cidades mais caras do mundo para lazer.

Cinemas, teatros, restaurantes, casas de show e até mesmo shoppings são sinônimos de custos altíssimos, do estacionamento à pipoca.

Curiosamente, a frequência de ida a restaurantes aumentou entre alguns dos entrevistados nos últimos seis meses. Tal fenômeno pode ser explicado pela análise dos preços relativos.

Na hora de avaliar as opções e comparar os gastos de diferentes serviços, o cidadão atesta que o custo do restaurante é tão alto quanto o dos demais e acaba por manter tal passeio.

Por mais que reclame dos preços e que estes aumentem cada vez mais, o paulistano aceita pagar caro por tudo.

]]>
0
Contos do vigário só funcionam quando o vigarista encontra alguém querendo ganho fácil http://carodinheiro.blogfolha.uol.com.br/2013/07/29/contos-do-vigario-so-funcionam-quando-o-vigarista-encontra-alguem-querendo-ganho-facil/ http://carodinheiro.blogfolha.uol.com.br/2013/07/29/contos-do-vigario-so-funcionam-quando-o-vigarista-encontra-alguem-querendo-ganho-facil/#respond Mon, 29 Jul 2013 19:34:36 +0000 http://carodinheiro.blogfolha.uol.com.br/?p=3628 Continue lendo →]]> De tempos em tempos, empresas entram no mercado com propostas encantadoras que prometem milhões de reais, viagens, imóveis e carros de luxo a troco de pouco ou quase nenhum trabalho.

Tudo o que o participante precisa fazer é convidar amigos para o negócio e vender alguns itens mensalmente.

Práticas desse tipo, conhecidas como pirâmides, estão se espalhando.

De fato, a proposta é tentadora. Mas não é curioso que, em um mercado tão lucrativo, bancos –reconhecidamente milionários e rentáveis– efetuem uma série de avaliações de risco antes de conceder empréstimos a qualquer negócio?

Pela teoria das finanças, os bancos estão certos. A relação de risco-retorno sugere que, quanto maior o risco tomado, maior o retorno possível. Mas é importante ter claro que a chance de efetivar esse retorno cai conforme o risco aumenta, e por isso o mercado está repleto de analistas em busca de sua minimização.

No caso dos golpes, o risco proposto é baixíssimo, o esforço, relativamente baixo, e o lucro prometido, enorme. O fato é que essas estruturas insustentáveis acabam causando enormes prejuízos.

Por meios legais, enriquecer sem trabalhar ainda é uma realidade bastante distante, ou quase impossível.

“Quer ficar rico em menos de um ano?” É sempre bom desconfiar quando o ganho do recrutamento é maior que o das vendas do produto.

Esquemas de pirâmides e outros tipos de contos do vigário só funcionam quando o vigarista encontra alguém querendo ganho fácil e aparentemente sem risco. Qualquer proposta de dinheiro fácil é questionável e deve ser vista com muita cautela.

]]>
0
Previdência privada pode representar desvantagem http://carodinheiro.blogfolha.uol.com.br/2013/07/22/previdencia-privada-pode-representar-desvantagem/ http://carodinheiro.blogfolha.uol.com.br/2013/07/22/previdencia-privada-pode-representar-desvantagem/#respond Mon, 22 Jul 2013 20:45:22 +0000 http://carodinheiro.blogfolha.uol.com.br/?p=3608 Continue lendo →]]>

O investimento em planos abertos de previdência privada como forma de seguro para o planejamento familiar tem se tornado mais comum.

Segundo associação do setor, no primeiro semestre foram arrecadados R$ 18,9 bilhões, 26,8% a mais que no mesmo período de 2012.

Duas categorias predominam: o PGBL (Plano Gerador de Benefício Livre), que permite deduzir até 12% no Imposto de Renda e é tributado só no resgate com uma alíquota menor, e o VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre), que também tem alíquota reduzida, incidente sobre rendimentos, e serve para o investidor que já ultrapassou os 12% do PGBL ou para quem faz a declaração simplificada de IR.

Para obter as vantagens fiscais dos planos de previdência, o investidor paga taxas de administração, que variam de 0,8% ao ano a 2,5% ao ano, e taxas de carregamento sobre os aportes, em torno de 3%.

Uma breve análise considerando custos e taxas mostra que o resultado no longo prazo pode não ser bom.

Suponha alguém com renda mensal de R$ 10 mil que queira guardar 10% desse valor por 40 anos para passar as duas últimas décadas de vida sem preocupação. Tem três opções: PGBL, VGBL ou cuidar do dinheiro sozinho.

No mercado, pagará 2,5% de taxa de administração e 3% de taxa de carregamento.

Uma simulação que considera declaração simples de IR e tributação regressiva mostra que, em um caso como esse, as taxas tornam a previdência menos interessante do que o cuidado pessoal dos investimentos.

Talvez para quem não tem controle dos gastos a previdência seja interessante. Para os demais, é válido refletir um pouco mais sobre o tema.

]]>
0
Minoritários devem cobrar transparência dos gestores http://carodinheiro.blogfolha.uol.com.br/2013/07/01/minoritarios-devem-cobrar-transparencia-dos-gestores/ http://carodinheiro.blogfolha.uol.com.br/2013/07/01/minoritarios-devem-cobrar-transparencia-dos-gestores/#respond Mon, 01 Jul 2013 18:35:43 +0000 http://carodinheiro.blogfolha.uol.com.br/?p=3518 Continue lendo →]]>

Um acionista majoritário ou gestor contratado pode optar por tomar decisões quanto ao rumo da empresa que desagradam à maior parte dos demais investidores.

As deliberações podem ser baseadas em informações restritas e utilizadas para melhorar as operações favorecendo a todos os sócios, ou beneficiar um grupo restrito levando ao chamado conflito de agência.

Por isso, é essencial que todos estejam totalmente a par das novas ações da empresa. Ser o acionista majoritário ou o gestor do negócio não é sinônimo de poder agir sem consultar os demais.

Sócios minoritários também têm direito a informações, fiscalização e voto em assembleias, conforme previsto na Lei das Sociedades por Ações.

Dados como datas e local das assembleias de empresas listadas podem ser acompanhadas pelo Boletim Diário da BM&FBovespa. O acionista, mesmo que minoritário, pode ir e debater assuntos como decisões de investimento, financiamento e política de dividendos.

Quanto mais minoritários participarem, maior a chance de as decisões tomadas não serem enviesadas para favorecer os majoritários. Esse tipo de acompanhamento pressiona o gestor.

Um paralelo pode ser feito em relação à recente onda de insatisfação no Brasil. Os “gestores” são eleitos e frequentemente tomam medidas sem consultar a opinião pública ou prestar contas.

Exigir mais transparência e outras formas de governança corporativa é um direito do acionista qualquer que seja seu nível de investimento, assim como de todos os cidadãos em relação ao governo.

________________________________________________________________

Twitter: @samydana

Facebook: facebook.com/carodinheiro

Email: caro.dinheiro@grupofolha.com.br

]]>
0
Como se programar paras férias no exterior http://carodinheiro.blogfolha.uol.com.br/2013/06/24/como-se-programar-paras-ferias-no-exterior/ http://carodinheiro.blogfolha.uol.com.br/2013/06/24/como-se-programar-paras-ferias-no-exterior/#respond Mon, 24 Jun 2013 10:00:39 +0000 http://carodinheiro.blogfolha.uol.com.br/?p=3490 Continue lendo →]]> Vai chegando ao fim o primeiro semestre. O mês de Julho está chegando, e traz consigo o vento frio do inverno. Para muitos, é hora de aproveitar o período de férias das crianças para realizar uma viagem e relaxar no verão dos países do hemisfério norte.

As viagens familiares para o exterior costumam ser custosas, e por isso o planejamento normalmente ocorre com bastante antecedência. Na hora do embarque, a maior parte dos gastos com estadia já deve estar sendo paga, mas é bastante provável que muitos ainda não tenham cumprido a tarefa mais perturbadora de todas: comprar moeda estrangeira.

Sempre surge a dúvida: é melhor comprar tudo de uma vez e contar com a sorte para pagar menos, ou vale a pena comprar de pouco em pouco?

Não há resposta infalível, mas um dos caminhos interessantes é diversificar, pois reduz-se o risco de variações na moeda. Vale a pena trocar aos poucos para evitar altas de última hora, afinal, trata-se de um passeio, e não de uma especulação cambial.

Em dezembro de 2012, quando a maior parte dos futuros viajantes optou por guardar uma parcela do décimo terceiro para poder sair do país, o dólar estava próximo de R$2,08, mas logo no início de janeiro de 2013 começou a cair, chegando a R$1,96 em fevereiro e permanecendo neste patamar até meados de março. Contudo, desde então o preço disparou, e já atingiu os R$2,24 na última semana.

O turista que dividiu sua compra de dólares em duas parcelas de R$5.000,00 e efetuou as transações em fevereiro e junho obteve, considerando um IOF de 0,38% e desconsiderando outros custos, US$4.879,89. Já aquele que comprou R$10.000,00 de última hora ficará com US$4.677,06 – US$202,83 a menos. Se essa compra de R$ 10.000,00 fosse feita durante a viagem pelo cartão, o resultado seria ainda pior, o viajante teria gasto apenas US$4.413,27 – ou seja, US$466,13 a menos.

Para evitar surpresas e desagrados, a melhor opção é estimar os gastos antecipadamente, pesquisando custos de hotéis, passeios, compras pretendidas e alimentação nas cidades de destino. Também não se deve esquecer que os preços das moedas estrangeiras variam muito entre as casas de câmbio, valendo a pena negociar ao máximo.

Viagens sempre envolvem gastos elevados, mas um bom planejamento pode ajudar a família a desfrutar da experiência sem arrependimentos futuros.

________________________________________________________________

Twitter: @samydana

Facebook: https://www.facebook.com/CaroDinheiro?ref=tn_tnmn

]]>
0
A passagem mais cara de todas...Claro é nossa! http://carodinheiro.blogfolha.uol.com.br/2013/06/18/a-passagem-mais-cara-de-todas-claro-e-nossa/ http://carodinheiro.blogfolha.uol.com.br/2013/06/18/a-passagem-mais-cara-de-todas-claro-e-nossa/#respond Tue, 18 Jun 2013 10:00:57 +0000 http://carodinheiro.blogfolha.uol.com.br/?p=3434 Continue lendo →]]> A semana que passou for marcada pelos inúmeros protestos contra o aumento das passagens de ônibus ao redor do Brasil. Já conhecida como A Revolta do Vinagre, parece que manifestação originada na capital paulista está escrevendo um capítulo da história.

Embora o movimento tenha se difundido e hoje tenha diversos propósitos, ele se iniciou com o aumento das passagens. Mas será que nossa passagem de ônibus é tão cara assim?

Decidimos pesquisar o preço das passagens de ônibus em dez cidades ao redor do mundo e compará-los com Rio de Janeiro e São Paulo, onde os protestos foram mais intensos.

Muitas análises pesquisam o preço na moeda local de cada cidade e as transformam em dólar. Esses resultados chegam à mesma conclusão: o Brasil está longe de ser o local com passagens mais caras, como vemos na tabela abaixo.

Dados Retirados da Bloomberg. Taxa de câmbio considerada em 13/06/2013.

No entanto, esse tipo de análise é muito superficial, pois não considera o salário médio, ou seja, um dólar em um país ser mais fácil de ganhar do que em outro.

Para se fazer uma análise realista, resolvemos mostrar o preço das passagens em número de minutos trabalhados considerando portanto a renda média e número de horas trabalhadas em cada cidade.

Fazendo estes ajustes os resultados são incrivelmente diferentes. No ranking anterior, as cidades do Rio de Janeiro e São Paulo estavam, respectivamente, na oitava e nona colocação entre as doze cidades pesquisadas. Quando ponderamos os preços pelos salários, São Paulo e Rio ficam nas duas primeiras posições, ou seja, nossa passagem é a mais cara do mundo em termos de poder de compra.

Enquanto os paulistanos têm que trabalhar quase 14 minutos para pagar uma passagem, aos cariocas são demandados aproximadamente 13 minutos. Esses resultados são incrivelmente maiores que os cerca de 4 minutos dos chineses e os quase 2 minutos de nossos hermanos portenhos.

Talvez, as manifestações não sejam contra 20 centavos, mas contra um transporte que há tempos está entre os mais caros e não apresenta os mesmos serviços que os encontrados ao redor do mundo.

Não é por acaso que o trânsito aumenta dia após dia. Como diria o ex-Prefeito de Bogotá, Enrique Peñalosa, “A cidade avançada não é aquela em que os pobres andam de carro, mas aquela em que os ricos usam transporte público”. E o que está acontecendo aqui parece ser exatamente o oposto.

Post em parceria com Leonardo Siqueira , economista pela FGV.

]]>
0
Depois de 5 meses trabalhando para pagar impostos, brasileiro começa a trabalhar para si http://carodinheiro.blogfolha.uol.com.br/2013/06/17/depois-de-5-meses-trabalhando-para-pagar-impostos-brasileiro-comeca-a-trabalhar-para-si/ http://carodinheiro.blogfolha.uol.com.br/2013/06/17/depois-de-5-meses-trabalhando-para-pagar-impostos-brasileiro-comeca-a-trabalhar-para-si/#respond Mon, 17 Jun 2013 11:00:29 +0000 http://carodinheiro.blogfolha.uol.com.br/?p=3430 Continue lendo →]]> O consumidor brasileiro paga impostos a cada dia, mas os primeiros meses do ano são um período especialmente difícil, no qual o cidadão recebe o seu carnê do IPTU, os boletos do IPVA e ainda tem que saldar suas contas com o leão do Imposto de Renda (IRPF).

Tomemos como exemplo o caso de um trabalhador assalariado, na cidade de São Paulo, que ganhe R$4.000,00 por mês, trabalhando 8 horas por dia, possua um carro de R$30.000,00 e viva sozinho em um imóvel próprio no valor de R$300.000,00. Esse cidadão desembolsaria aproximadamente R$18.500,00 com pagamento dos três impostos acima citados. Esse valor representa 803 horas (considerando R$22,73 o valor de cada hora) ou cerca de quatro meses e meio de seu trabalho  – só para pagar o IPTU, o IPVA e o IRPF. Isso sem levar em conta nenhum outro imposto sobre bens ou serviços – um cenário bastante distante da realidade no Brasil.

Segundo dados do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT), o brasileiro gasta, em média, 150 dias do ano apenas para pagar seus impostos, sendo um dos países mais caros do mundo – à frente de França, Espanha e Estados Unidos, por exemplo, que oferecem serviços públicos consideravelmente melhores a seus cidadãos.

O imposto de renda do assalariado é debitado na fonte. Se houver recebimentos de mais de uma fonte pagadora, vale a pena deixar o acerto de contas para o final do ano e reinvestir a diferença em poupança ou outros fundos. Se for feito tal investimento, por incrível que pareça, ter imposto a pagar no final do ano pode ser melhor do que ter a receber.

Quanto aos demais impostos diretos, é necessário criar uma reserva para suportar a pesada carga tributária do nosso país. Uma parcela do 13º, por exemplo, pode ser destinada para o pagamento desses encargos à vista.

Anotar os gastos mensais, comparar preços e reduzir ao máximo os custos fixos são medidas que também podem contribuir para um melhor planejamento familiar, aliviando o sufoco do início de ano e dando maior flexibilidade para gastos com lazer em períodos de maior calmaria financeira.

]]>
0