Caro DinheiroFaz sentido isso??? – Caro Dinheiro http://carodinheiro.blogfolha.uol.com.br por Samy Dana Mon, 18 Nov 2013 13:28:57 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Estamos de mudança http://carodinheiro.blogfolha.uol.com.br/2013/08/19/estamos-de-mudanca/ http://carodinheiro.blogfolha.uol.com.br/2013/08/19/estamos-de-mudanca/#respond Mon, 19 Aug 2013 10:00:29 +0000 http://carodinheiro.blogfolha.uol.com.br/?p=3733 Continue lendo →]]>

Queridos leitores,

Estamos de mudança.

Agradeço a todos que nos prestigiaram nesses 6 meses de vida do blog.

Contamos com milhões de acessos nos seus mais de 220 posts e calculadoras nas diferentes seções. No entanto, crescemos e estamos a partir de segunda-feira o Caro Dinheiro passará a ser uma coluna dentro da Folha.com

O novo formato contará com imperdíveis novidades. Para conhecer, clique aqui

Espero vê-los em nosso novo endereço, ainda sob a mesma administração

Com carinho,

Samy


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Vantagens e desvantagens das compras coletivas http://carodinheiro.blogfolha.uol.com.br/2013/08/13/3708/ http://carodinheiro.blogfolha.uol.com.br/2013/08/13/3708/#respond Tue, 13 Aug 2013 12:00:42 +0000 http://carodinheiro.blogfolha.uol.com.br/?p=3708 Complemento da matéria de ontem

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Inteligência financeira no ambiente de trabalho http://carodinheiro.blogfolha.uol.com.br/2013/08/08/inteligencia-financeira-no-ambiente-de-trabalho/ http://carodinheiro.blogfolha.uol.com.br/2013/08/08/inteligencia-financeira-no-ambiente-de-trabalho/#respond Thu, 08 Aug 2013 11:00:21 +0000 http://carodinheiro.blogfolha.uol.com.br/?p=3691 Continue lendo →]]>

A inteligência financeira se faz presente e essencial em diversos campos da vida.

A verdade é que a maneira de se relacionar com o dinheiro traz impactos não só na conta bancária das pessoas, mas também em seus relacionamentos domésticos, afetivos e profissionais.

No ambiente de trabalho, onde usualmente passamos a maior parte de nossos dias, a inteligência financeira se apresenta por meio do combate ao desperdício.

Isso decorre do fato óbvio de que, menor o desperdício, menores os dispêndios desnecessários da empresa, melhor sua saúde financeira. E se a empresa vai bem, nosso emprego idem.

Um simples exemplo: suponha um professor que, ao acabar a sua aula no turno da noite, deixe o quadro branco todo escrito com pincel atômico e esqueça-se de desligar as lâmpadas e o condicionador de ar.

No dia seguinte, pela manhã, o professor da primeira aula terá que fazer uma ginástica laboral matutina para apagar o quadro enquanto poderia ter passado esse tempo passando maior conteúdo acadêmico aos alunos, e as despesas com energia elétrica serão maiores do que o necessário.

Esse cenário é ruim para a faculdade, que poderia utilizar recursos de forma mais eficiente, aumentando sua competitividade.

Portanto, tendo em vista que a concorrência entre as empresas está cada vez mais acirrada e a equação aumento da qualidade versus redução de custo é essencial para a sobrevivência, o desperdício mostra-se um inimigo invisível.

Cada vez mais, programas de treinamento de educação financeira aos funcionários apresentam-se como alternativas para redução de custos e aumento da competitividade do empregador.

Tais investimentos geram benefícios mútuos, uma vez que, se por um lado o empregador se beneficiará com a redução dos custos, os empregados poderão levar para sua vida pessoal o aprendizado adquirido, tendo a chance de tornar suas próprias finanças mais saudáveis.

Post em parceria com Fernando Antônio Agra Santos é Economista graduado pela UFAL, Doutor em Economia Aplicada pela UFV, Economista da UFJF, Professor Universitário em Juiz de Fora – MG e palestrante nas áreas de Inteligência Financeira e Gestão de Pessoas e comanda o site www.fernandoagra.webnode.com

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Educação financeira ainda engatinha no Brasil http://carodinheiro.blogfolha.uol.com.br/2013/08/06/educacao-financeira-ainda-engatinha-no-brasil/ http://carodinheiro.blogfolha.uol.com.br/2013/08/06/educacao-financeira-ainda-engatinha-no-brasil/#respond Tue, 06 Aug 2013 10:01:43 +0000 http://carodinheiro.blogfolha.uol.com.br/?p=3676 Continue lendo →]]>

Esta semana o PNUD (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento) divulgou o ranking do IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) das cidades brasileiras.

O IDH é composto basicamente por três itens: expectativa vida, nível de escolaridade e Renda Nacional Bruta (RNB) per capita.

Nas cidades brasileiras, a educação é o que oferece o pior desempenho no resultado final do índice, apesar de ter sido o componente que apresentou maior avanço – cerca de 130% entre 1991 e 2010.

Apesar da melhora, ainda estamos muito distantes de ser uma referência. Em relação a educação financeira, o país precisa evoluir urgentemente.

Estudos de especialistas do Banco Mundial, crianças e jovens que têm educação financeira na escola tendem a pensar mais a longo prazo e aumentam a intenção de economizar e poupar.

As vantagens não param somente nos alunos. Ao implementar um programa de educação financeira, a escola faz com que professores também estudem o assunto, além do fato de que as próprias crianças compartilham o conhecimento com os pais.

A pesquisa ainda aponta que a falta de conhecimento financeiro por grande parte da população é um gargalo no Brasil.

Para tentar consertar este problema, está em tramitação desde 2009 um projeto para incluir a disciplina de educação financeira no currículo de matemática das redes de ensino tanto pública como privada.

Alguns estudiosos do assunto, como os autores norte-americanos do estudo “High School and Financial Outcomes: The Impact of Mandated Personal Finance and Mathematics Courses” sugerem que um bom comportamento financeiro de crianças e jovens não é atingido com cursos de finanças e sim com treinos adicionais em matemática. Ou seja, o conteúdo financeiro deve ser integrado às demais matérias como matemática e história.

Resta a nós, brasileiros, torcer pela melhora constante no sistema educacional, bem como, na medida do possível, seja inserida da maneira mais eficaz a educação financeira. Diante dos fatos, parece que estamos no caminho correto para buscar tal resultado. Mas não podemos esquecer que há muito ainda a ser feito.

Artigo em parceria com Miguel Longuini, graduando em Administração de Empresas pela FGV-EAESP e membro da Consultoria Júnior de Economia (CJE) da FGV.

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A crise ainda nem chegou e o pior ainda está por vir... http://carodinheiro.blogfolha.uol.com.br/2013/08/03/a-crise-ainda-nem-chegou-e-o-pior-ainda-esta-por-vir/ http://carodinheiro.blogfolha.uol.com.br/2013/08/03/a-crise-ainda-nem-chegou-e-o-pior-ainda-esta-por-vir/#respond Sat, 03 Aug 2013 16:54:15 +0000 http://carodinheiro.blogfolha.uol.com.br/?p=3648 Continue lendo →]]>

Protestos e greves pelas ruas, crescimento sendo revisado para baixo a cada dia, popularidade da presidente despencando, rebaixamento de nota de dívida pela Fitch e o índice Bovespa atingindo o menor nível em quatro anos…

O Brasil vem apresentando um grande problema nos últimos anos, baixo crescimento e inflação elevada. O chamado voo de galinha já é responsável por fazer o governo Dilma apresentar um crescimento médio do PIB de apenas 1,8% e inflação de 6,2%. Sim, o pior desempenho desde o governo Collor…

Diante desse tenebroso cenário, fica uma pergunta: existe saída para se livrar dessa maldição que o assombra o Brasil há anos?

Sim, e os economistas, pelo menos dessa vez, parecem ter um consenso para solucionar: é necessário um ajuste fiscal urgente para combater a inflação!

A notícia triste é que já sabemos que esse ajuste não será feito… Reduzir gastos do governo significaria no curto prazo, desaquecer a economia. Tarefa indigesta já que amargamos um crescimento de 0,9% em 2012. As projeções também não nos dão motivos para animar: para 2013 e 2014 espera-se um crescimento do PIB de apenas 2%.

Além disso, não podemos esquecer que o governo já entrou em campanha eleitoral e medidas impopulares como corte de gastos não parecem ser politicamente viáveis nas atuais circunstâncias. Dessa maneira abre-se espaço para outras medidas menos impopulares como um aumento significativo dos juros, dessa vez para a casa dos dois dígitos.

O problema nessa segunda alternativa é que com juros maiores, o custo de captação das empresas aumenta e diversos investimentos deixam de ser viáveis. Investimentos esses que são extremamente importantes para melhorar a infraestrutura do país.

Para piorar, o cenário de baixo crescimento acabará desaquecendo o mercado de trabalho e direciona o país para uma situação das mais críticas: inflação alta, baixo crescimento e aumento do desemprego.

Ou se faz esse ajuste, ou podemos afirmar sem sombra de dúvidas que a crise ainda nem chegou e o pior está por vir. Se o governo continuar postergando a necessidade de reforma para depois das eleições em 2015, essa conta chegará com juros e correção monetária para toda sociedade. Nós não somos a prova de crise!

Post em Parceria com Leonardo de Siqueira Lima, Economista pela FGV-EESP.

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A importância da inteligência financeira http://carodinheiro.blogfolha.uol.com.br/2013/08/01/a-importancia-da-inteligencia-financeira/ http://carodinheiro.blogfolha.uol.com.br/2013/08/01/a-importancia-da-inteligencia-financeira/#respond Thu, 01 Aug 2013 10:00:16 +0000 http://carodinheiro.blogfolha.uol.com.br/?p=3638 Continue lendo →]]> Gostando ou não, todos precisam lidar com dinheiro. As fontes de renda, as necessidades e os desejos variam muito ao longo da vida.

Mesmo os mais jovens, que ainda não ingressaram no mercado de trabalho e não possuem renda propriamente dita, têm contato com dinheiro (uma mesada, por exemplo) e precisam saber administrar de modo inteligente.

Assim, em cada fase, as pessoas precisam se adaptar para que os recursos disponíveis sejam empregados da forma mais adequada. Para que isso seja possível, é essencial o desenvolvimento de uma inteligência financeira.

Sendo todos administradores das nossas próprias finanças, devemos buscar cada vez mais informações de qualidade para utilizar melhor o nosso dinheiro e fazer com que a nossa empresa individual (nossas finanças pessoais) seja sustentável.

Mas então, o que é inteligência financeira? Em suma, é a capacidade de saber separar desejo de necessidade.

Ser inteligente financeiramente não significa comprar exclusivamente o necessário, mas estabelecer prioridades, atendendo primeiro aquilo que se mostra indispensável e somente depois os desejos.

O estabelecimento de prioridades faz com que sejam evitadas situações prejudiciais à saúde financeira, como contração de dívidas para, por exemplo, viabilizar o pagamento do aluguel, da escola dos filhos etc.

Ter inteligência financeira é, em última análise, usufruir o presente sem comprometer o futuro.

Post em parceria com Fernando Antônio Agra Santos é Economista graduado pela UFAL, Doutor em Economia Aplicada pela UFV, Economista da UFJF, Professor Universitário em Juiz de Fora – MG e palestrante nas áreas de Inteligência Financeira e Gestão de Pessoas e comanda o site www.fernandoagra.webnode.com

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Vai viajar para o exterior? conheça as melhores formas para comprar dólar http://carodinheiro.blogfolha.uol.com.br/2013/07/15/vai-viajar-para-o-exterior-conheca-as-melhores-formas-para-comprar-dolar/ http://carodinheiro.blogfolha.uol.com.br/2013/07/15/vai-viajar-para-o-exterior-conheca-as-melhores-formas-para-comprar-dolar/#respond Mon, 15 Jul 2013 19:13:21 +0000 http://carodinheiro.blogfolha.uol.com.br/?p=3570 Continue lendo →]]>

Graças à internet, é possível hoje obter boas estimativas das despesas com as viagens ao exterior, e calcular os gastos tem se tornado um problema menor. A forma de pagamento, porém, continua motivo de dúvida para a maioria dos brasileiros.

Há três modalidades predominantes para uso da moeda estrangeira, cada uma com seus custos e vantagens: o dinheiro, o cartão de crédito e os cartões pré-pagos.

O dinheiro envolve taxas de corretagem em alguns casos e 0,38% de IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), ambos pagos diretamente à casa de câmbio. Apesar de ser pouco cômodo, já que precisa ser carregado e escondido, é o meio de pagamento mais aceito, sendo interessante sempre portá-lo em pequenas quantidades.

No cartão pré-pago, são gastos os mesmos 0,38% de IOF, mas, a cada saque, paga-se, em média, US$ 2,50. Muitas lojas, sobretudo nos EUA, aceitam essa forma de pagamento e, nesse caso, a taxa não é descontada.

Com o cartão de crédito, a segurança e a praticidade são pontos a favor, mas o IOF assusta: 6,38%. Por isso, é melhor mantê-lo guardado na carteira em viagens.

Um indivíduo que deseja trocar R$ 10 mil por dólares terá um custo de R$ 138 caso opte pelo dinheiro (considerando uma taxa de corretagem de R$ 100), R$ 95 utilizando o cartão pré-pago em dez saques e R$ 638 apenas de IOF com o cartão de crédito –não sendo computada a taxa de câmbio menos vantajosa do cartão nesse cálculo.

A melhor opção talvez seja balancear: dinheiro para despesas miúdas, cartão pré-pago para valores maiores e cartão de crédito apenas em emergências.

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Renda fixa ganha da bolsa no longo prazo http://carodinheiro.blogfolha.uol.com.br/2013/07/08/renda-fixa-ganha-ganha-da-bolsa-no-longo-prazo/ http://carodinheiro.blogfolha.uol.com.br/2013/07/08/renda-fixa-ganha-ganha-da-bolsa-no-longo-prazo/#respond Tue, 09 Jul 2013 02:06:48 +0000 http://carodinheiro.blogfolha.uol.com.br/?p=3548 Continue lendo →]]>

O princípio de risco-retorno na teoria das finanças sugere que, quanto maior o risco assumido, maior a rentabilidade (ou o prejuízo) de determinado investimento. Em alguns casos, porém, essa suposição pode gerar confusão.

A maior parte dos analistas e investidores brasileiros defende que a rentabilidade da Bolsa supera a de títulos de renda fixa no longo prazo.

Muitos evocam o princípio acima para dizer que, por ser bem mais arriscada, a Bolsa produz retornos maiores. Sustentam ainda que a Bolsa pode ser volátil no curto prazo, mas no longo prazo seu risco é diluído e o lucro sobe.

Contrariando o que diz a maioria dos analistas, um estudo sobre a rentabilidade dessas duas formas de investimento em janelas de 1 a 18 anos no período pós-Plano Real mostra que a melhor forma de aplicação foi a renda fixa (nessa análise, o CDI, juros dos empréstimos entre bancos), com a Bolsa (Ibovespa incluindo dividendos e outros proventos) bem atrás.

De 4.010 simulações realizadas em um horizonte de três anos, em 43,69% dos casos a Bolsa se saiu melhor. Mas, ao contrário do que alegam os financistas, em um horizonte maior, de 12 anos, a Bolsa venceu em apenas 39,5% dos casos em 1.742 simulações realizadas.

A grande confusão é achar que a Bolsa nacional segue o modelo dos mercados desenvolvidos, como o dos EUA.

As realidades são distintas. Lá, os investidores conseguem prever melhor a fatia do lucro da empresa que será distribuída aos acionistas. Além disso, uma economia emergente oscila mais.
Com taxas de juros menores e o desenvolvimento, porém, o cenário pode mudar.

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Pedágio Urbano... Sim ele pode ser uma saída. http://carodinheiro.blogfolha.uol.com.br/2013/06/25/pedagio-urbano-sim-ele-pode-ser-uma-saida/ http://carodinheiro.blogfolha.uol.com.br/2013/06/25/pedagio-urbano-sim-ele-pode-ser-uma-saida/#respond Tue, 25 Jun 2013 10:00:58 +0000 http://carodinheiro.blogfolha.uol.com.br/?p=3499 Continue lendo →]]>

Após as semanas de manifestações que marcaram a história do país, o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, declarou em reunião aberta com a sociedade: “quem deve financiar o transporte público é o transporte individual”. A declaração causou agitação e deixou a dúvida se isso seria possível.

A operação dos ônibus custa R$ 6 bilhões ao ano, dos quais R$ 1,5 bilhão é de subsídio público. O prefeito defende a tese da oneração do preço dos combustíveis, o que além de financiar investimentos no transporte público, reduziria o número de automóveis nas ruas, diminuindo o trânsito e trazendo benefícios ecológicos.

Uma alternativa ao aumento do preço do combustível, que pode ter um efeito ainda mais eficiente (respire fundo!): o pedágio urbano. A ideia é bastante simples: quem utiliza o espaço das vias com seu carro, subsidia investimentos em um transporte público de maior qualidade e como sabemos uma faixa de ônibus consegue transportar até dez vezes mais do que uma faixa comum para carros.

Esta medida foi adotada em cidades como Londres e Estocolmo; esta última tinha apenas 30% de aprovação da população antes de sua aplicação – hoje, a aprovação subiu para 70%. As pessoas pegam menos trânsito e o transporte público é referência mundial.

O pedágio urbano é de fato polêmico: a ideia de pagar para circular com seu carro não agrada a população em princípio. Mas será que já não pagamos por isso?

O paulistano amarga, em média, mais de 10% do seu dia no trânsito, este tempo poderia estar sendo usado para o lazer como estar com a família, visitar os amigos, praticar esportes, ou mesmo trabalhar horas-extra e aumentar sua renda.

Os economistas chamam este conceito de custo de oportunidade, ou seja, o que uma pessoa está abrindo mão quando toma alguma decisão. Aplicando ao caso, esse tempo no trânsito possui um valor e não é pequeno. Muitos pagariam para ter um tempo livre, seja para trabalhar ou para lazer ou até mesmo para não ter esse estresse diário

Um estudo realizado pelo Instituto de Ensino e Pesquisa – Insper mostra que se fossem cobrados uma tarifa de R$ 5,00 ao dia por carro que circula no centro expandido de São Paulo, o número de carros em circulação diminuiria em 28% (mais do que em Estocolmo, por exemplo).

No ano, nossas estimativas com base em dados públicos e nos números do Insper dizem que o pedágio iria gerar uma receita de aproximadamente R$ 1 bilhão, que poderia ser reinvestido em melhorias na qualidade do transporte público que passaria a atender a uma maior parte da população. Ou seja, tanto os usuários de transporte público quanto os usuários de carro iriam se beneficiar dessa medida.

Para se ter uma ideia, em Londres, no dia seguinte a implementação do pedágio, a velocidade média do tráfego dobrou e os atrasos de ônibus caíram 95%.

Mas da solução surge uma preocupação: como atender a esse aumento súbito da demanda por transporte público se – mesmo hoje – há deficiências em seu funcionamento?

A melhor forma seria uma implementação parcial da tarifa. Por exemplo: ao invés de cobrar uma tarifa de R$ 5,00, tivéssemos uma tarifa de R$ 1,00, a grande maioria das pessoas iria preferir pagar a tal tarifa e continuar utilizando seu automóvel. Esta receita já poderia ser investida em melhorias nos ônibus e metrô, o que gradualmente iria atrair pessoas a utilizar um transporte público de maior qualidade.

Simultaneamente, com aumentos graduais no pedágio, os investimentos aumentariam e menos pessoas passariam a utilizar seus carros, reduzindo assim também o trânsito nas ruas. Em um dado momento, aqueles que continuam a utilizar seus automóveis pagam pelo privilégio de circular pela cidade com menos trânsito e aqueles que utilizam o transporte público, pagam a tarifa por um serviço de qualidade e – adivinhe – também chegando a seus destinos mais cedo.

A ideia central é quebrar o ciclo vicioso da mobilidade urbana: a tarifa é alta porque o transporte precisa de investimento, e sem investimento, os paulistanos não estão dispostos a pagar uma tarifa alta. O pedágio urbano pode ser uma boa solução se for visto como, ao invés de um gasto adicional, uma fonte de investimento no transporte de todos.

Post em parceria com Bruno Nogueira – Graduando em Administração pela FGV e Gabriel Della Nina – Graduando em Administração pela FGV e ex-presidente da RH Junior Consultoria

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O preço das passagens abaixou. E agora? A questão do transporte foi resolvida? http://carodinheiro.blogfolha.uol.com.br/2013/06/21/o-preco-das-passagens-abaixaram-e-agora-o-transporte-esta-resolvido/ http://carodinheiro.blogfolha.uol.com.br/2013/06/21/o-preco-das-passagens-abaixaram-e-agora-o-transporte-esta-resolvido/#respond Fri, 21 Jun 2013 10:33:01 +0000 http://carodinheiro.blogfolha.uol.com.br/?p=3455 Continue lendo →]]> Com as sucessivas revoltas da população brasileira, os cidadãos conseguiram o que queriam, fazer com que o preço das passagens fosse reduzido. Mas após essa revogação dos preços, como fica a passagem nas cidades?

Para responder essa pergunta, calculamos o preço das passagens nas capitais dos 26 Estados do País, mais o Distrito Federal. Além disso, calculamos o quanto cada cidadão precisa trabalhar em sua respectiva cidade para poder pagar o valor de uma passagem, considerando o salário médio de cada região de acordo com as estatísticas do último relatório de salário do IBGE.

Esse estudo é importante, pois, assim como fizemos no artigo citado e publicado na folha de 17/06/2013 (clique aqui para ver), quando comparamos o Brasil aos 11 países ao redor do mundo, esse estudo considera as discrepâncias existentes em cada região. Ou seja, o poder de compra que cada cidadão.

Como resultado, constatamos que Manaus é a cidade em que mais se precisa trabalhar para pagar o valor de uma passagem, cerca de 16,7 minutos, sendo que São Paulo é o Estado que apresenta a passagem mais cara, encontrando-se na 16º posição.

Isso acontece, pois, mesmo com uma passagem mais cara, o salário médio em Manaus é 3,4 salários mínimos, enquanto em São Paulo esse valor é de 4,6. Em outras palavras, São Paulo apresenta um salário médio maior do que em Manaus, ou seja, é mais difícil para o Manauara ganhar o valor da passagem do que para o paulista.

No lado oposto está Brasília, que, além de possuir uma tarifa de valor baixo, apresenta a maior renda do País. O salário médio é de 6 salários mínimos contra 3,8 da média nacional.

Quando comparamos o Brasil com 12 cidades do mundo, mesmo com a redução das tarifas, vemos que ainda temos as passagens mais caras do mundo.

Ainda que tivéssemos o mesmo preço da passagem de outras cidades ao redor do mundo, estaríamos em desvantagem, pois nesses diversos países o transporte público chega em mais lugares, funciona durante a madrugada e apresenta maior qualidade.

Para o nosso azar, além de perdermos em quantidade, pagamos por algo que não temos: um serviço de qualidade. E é por isso que o povo luta a partir de agora. O primeiro passo já foi dado!

Post em parceria com Leonardo de Siqueira Lima , economista pela FGV.

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