Caro DinheiroMundo Econômico – Caro Dinheiro http://carodinheiro.blogfolha.uol.com.br por Samy Dana Mon, 18 Nov 2013 13:28:57 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Mundo Econômico - 18 de Agosto http://carodinheiro.blogfolha.uol.com.br/2013/08/18/mundo-economico-18-de-agosto/ http://carodinheiro.blogfolha.uol.com.br/2013/08/18/mundo-economico-18-de-agosto/#respond Sun, 18 Aug 2013 17:00:03 +0000 http://carodinheiro.blogfolha.uol.com.br/?p=3739 Continue lendo →]]>

Panorama Mundo

A semana apresentou leves altas nas bolsas internacionais. A exceção ficou com o mercado acionário norte-americano, todos os três principais índices do país tiveram quedas na semana.

É importante destacar que o mau desempenho do mercado de ações norte-americano não foi causado por dados ruins no país.  Na verdade, o motivo foi inteiramente o contrário.

Dados dos EUA na semana foram ou dentro do esperado ou surpresas positivas. Os pedidos de auxílio-desemprego, por exemplo, vieram abaixo do esperado e, mesmo sendo uma ótimo notícia, levaram à maior queda diária dos índices acionários na semana passada.

A dinâmica que dita tais movimentos é a de que dados positivos no país podem levar o FED* a retirar os estímulos monetários, o que afeta negativamente a bolsa. O interessante é que diretores da instituição discursaram na semana e comentaram que a retirada desses estímulos estava longe de acontecer, mas, mesmo assim, não conseguiram acalmar tanto os mercados.

Na Europa, a produção industrial subiu 0,7% em junho, menos que o esperado: 1,1%. No entanto, foi a primeira vez em seis trimestre que a zona do euro apresentou crescimento positivo, de 0,3%. Essa notícia estimulou as bolsas europeias.

Panorama Brasil

No Brasil, o Ibovespa teve um desempenho positivo. A variação semanal foi uma alta de 3,34%. A temporada de balanços e o atual baixo nível do mercado impulsionou o índice.

Destaques individuais para o lucro semestral e trimestral do Banco do Brasil, o maior na história do setor bancário, e para a Petrobrás, que teve seu papel impulsionado pela possibilidade de reajuste da gasolina.

Apesar do bom desempenho acionário, o IBC-Br* veio abaixo do esperado e mostrou desaceleração. A variação do índice foi de 0,89% no segundo trimestres.

Expectativas da Semana

Na próxima semana, destaques mundiais ficam com os EUA. Será divulgada a ata do FOMC*e haverá um evento intitulado Jackson Hole, em que presidentes e diretores do FED discutem o desempenho econômico. Nesse evento, novas decisões econômicas podem surgir.

Como de costume, teremos a divulgação de PMIs* na China e na Europa, ajudando o mercado a entender o atual cenário econômico.

No Brasil, o destaque fica com a divulgação do IPCA-15, prévia oficial da inflação, que pode indicar qual o futuro inflacionário do país após a inflação de julho ter sido chamada de “ponto fora da curva”.

*Dicionário Economês-Português

FED (Federal Reserve) – Banco Central norte-americano.

IBC-Br (Índice de Atividade Econômica do Banco Central) – Índice calculado pelo Banco Central que tem como objetivo tentar prever o desempenho futuro da economia brasileira.

FOMC – O “Federal Open Marketing Committee” é o equivalente norte-americano do Copom Brasileiro. O FOMC é o comitê que decide a política monetária do país do Tio Sam periodicamente.

PMI – O Purchasing Managers Index, ou “Índice dos Gestores de Compras”, é um indicador econômico que procura prever a atividade econômica através de pesquisas junto ao setor privado.

Post em Parceria com João Lídio Bisneto, graduando em Economia pela FGV-EESP e Presidente da Consultoria Júnior em Economia (CJE) da FGV, em nome da área de pesquisa da empresa.

]]>
0
Mundo Econômico - 11 de Agosto http://carodinheiro.blogfolha.uol.com.br/2013/08/11/mundo-economico-11-de-agosto/ http://carodinheiro.blogfolha.uol.com.br/2013/08/11/mundo-economico-11-de-agosto/#respond Sun, 11 Aug 2013 17:00:42 +0000 http://carodinheiro.blogfolha.uol.com.br/?p=3696 Continue lendo →]]>

Panorama Mundo

Na segunda semana de agosto, o movimento nos mercados foi de alta das bolsas nos países emergentes e queda nas três maiores economias do mundo, EUA, Japão e Alemanha. O índice Nikkei 225, japonês, teve uma expressiva queda de 5,88%, movimento impulsionado pela apreciação do iene.

Na Europa, apesar da bolsa alemã ter caído na semana, os mercados mostraram-se animados com a possível saída da recessão da zona do euro. Dados divulgados na semana, inclusive, revelaram bons indicadores para a Europa: a produção industrial alemã cresceu acima do esperado, o desemprego em Portugal caiu pela primeira vez em dois anos e o déficit comercial francês se reduziu. Além disso, a atividade combinada da indústria e serviços da zona do euro ultrapassou a marca de equilíbrio pela primeira vez desde janeiro de 2012, reforçando a ideia de recuperação da economia na região.

No entanto, não foram todos os dados dos países europeus que surpreenderam e alguns números ainda trazem questionamentos à possível saída da recessão da Europa. A produção industrial francesa se mostrou abaixo do esperado, o desemprego na Grécia voltou a bater recordes e as vendas no varejo contraíram.

Nos EUA, o foco continua sendo a especulação sobre a redução do estímulo monetário e a sucessão de Ben Bernanke, atual presidente do Federal Reserve*. Atualmente, os candidatos mais cotados para o cargo são Lawrence Summers e Janet Yellen.

A incerteza em relação ao quantitative easing está levando as bolsas americanas a perderem alguns pontos, mas ainda assim continuam muito próximas às máximas históricas e a grande maioria dos dados da economia do país vem sendo fortes. Nesse sentido, a crescente atividade do setor de serviços, a balança comercial menos deficitária, a retomada do acesso a crédito e a queda no nível geral de estoques são indicativos da robustez da economia dos EUA.

Nesta última semana, a Ásia mostrou um tom diferente daquele observado durante o ano, com a China surpreendendo e a bolsa japonesa em queda. A economia chinesa, que vinha trazendo incertezas ao mercado, trouxe um grande alívio ao divulgar dados fortes de comércio exterior e produção industrial. O Japão, por outro lado, sofreu uma forte queda da bolsa de valores, mas o movimento está mais relacionado ao câmbio do que a uma piora relevante nos fundamentos econômicos do país, que ainda estão sendo avaliados positivamente pelo governo local e o FMI.

Panorama Brasil

No Brasil, o principal dado divulgado foi o IPCA de julho que apesar de ter superado as expectativas de mercado, veio a 0,03% e trouxe a inflação acumulada em 12 meses para dentro do intervalo da meta, em 6,27%. No mercado de ações, o índice Ibovespa teve uma forte alta de 2,89%, fechando a semana próximo dos 50.000 pontos, sendo esse movimento relacionado ao otimismo em relação à economia chinesa.

A inflação veio baixa em julho graças aos preços de alimentos e transportes, além da sazonalidade dessa época do ano. Especialistas ainda veem a inflação e os juros em alta interferindo no desempenho industrial, mas ressaltam que o real enfraquecido pode ajudar a balança comercial e, consequentemente, a indústria. Nesse contexto, a previsão de crescimento da economia foi revisado para baixo no boletim Focus, caindo 0,04% para 2,24%.

Para a próxima reunião do Copom, no entanto, o mercado continua a acreditar numa elevação 0,5% na taxa Selic, que a levaria para 9%. E finalmente, em relação ao câmbio, apesar de o dólar ter atingido o maior nível desde maio de 2009, ao chegar a R$2,31 na quarta-feira, no acumulado da semana a moeda americana perdeu um pouco de força e terminou cotada em R$2,27. A relação entre câmbio e inflação continua a preocupar o governo, dado que o real mais fraco aumenta o preço das importações.

Expectativas da Semana

Na semana que vem, as principais expectativas ficam para as prévias dos PIBs brasileiro, japonês, da zona do euro, da Alemanha e da França, além de dados fiscais dos EUA.

A China fica um pouco menos em destaque, dada a mínima divulgação de dados econômicos, mas obviamente qualquer reviravolta sobre a situação da economia local é de grande relevância para o globo.

Não estão programadas reuniões relevantes de bancos centrais, mas será divulgada a ata da reunião do Bank of Japan*.

Para o mercado brasileiro, o principal evento é o fim da divulgação de resultados de empresas listadas em bolsa, sendo que ainda faltam números de diversas companhias, o que promete trazer uma maior movimentação na bolsa local.

*Dicionário Economês-Português

Federal Reserve – O Fed, ou Federal Reserve, é a maneira como se comumente se refere ao Banco Central dos Estados Unidos. Nesse sentido, o nome oficial do banco central é Federal Reserve e Fed é uma abreviação utilizada normalmente.

Bank of Japan – O banco central japonês é conhecido por Bank of Japan, ou, como se usa comumente, pela suas siglas: BoJ.

Post em Parceria com Felipe Eiki, graduando em Economia pela FGV-EESP e Diretor de Projetos da Consultoria Júnior em Economia (CJE) da FGV, em nome da área de pesquisa da empresa.

]]>
0
Mundo Econômico - 04 de Agosto http://carodinheiro.blogfolha.uol.com.br/2013/08/04/mundo-economico-04-de-agosto/ http://carodinheiro.blogfolha.uol.com.br/2013/08/04/mundo-economico-04-de-agosto/#respond Sun, 04 Aug 2013 17:00:01 +0000 http://carodinheiro.blogfolha.uol.com.br/?p=3657 Continue lendo →]]>

Panorama Mundo

A semana foi de alta para as bolsas internacionais. As variações foram consistentes e não houve nenhum destaque individual de peso internacionalmente.

O bom humor foi causado por conta de bons dados divulgados, muitos concentrados na quinta-feira. Nos EUA, dados como pedidos de auxílio desemprego, atividade industrial e PMI* vieram melhores que o esperado.

Além disso, o PIB do segundo trimestre foi divulgado e mostrou crescimento anualizado de 1,7%, acima do esperado 1,1%. Assim, as expectativas para o crescimento norte-americano em 2013 subiram para 2,8%.

Na Europa, algumas boas notícias também. A taxa de desemprego se manteve inalterada ante seguidos aumentos. O PMI* da região indicou, pela primeira vez em dois anos, expansão ao invés de retração. Por fim, indicadores de confiança da região atingiram o maior valor em 15 meses.

Por fim, os bancos centrais internacionais poderiam ter causado alvoroço na semana, mas preferiram manter suas políticas inalteradas. Dentre eles, encontram-se o FED*, o Banco Central Europeu e o Banco da Inglaterra.

Panorama Brasil

No Brasil, o Ibovespa entrou na contra-mão dos mercados internacionais e teve uma variação semanal de -1,92%. No entanto, não houve nenhum dado macroeconômico que justifique todo esse movimento contrário da bolsa.

A queda parece ter sido motivada pelo pessimismo com a economia brasileira, pela saída de investidores estrangeiros e pelo ceticismo em relação ao desempenho das principais empresas do país.

Quanto à inflação, o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) a desacelerou de 0,75% em junho para 0,26%. O Índice de Preços ao Consumidor – Semanal registrou deflação de 0,17% na quarta quadrissemana de julho, após ter tido queda de 0,11% na terceira semana do mês, de acordo com a FGV.

Já o Índice de Preços ao Consumidor (IPC-Fipe) no município de São Paulo teve deflação de 0,13% na quarta quadrissemana de julho, depois de cair 0,16% na terceira prévia do mês.

No mercado de câmbio, a moeda brasileira perdeu 1,42% em relação ao dólar americano, terminando a semana cotado em R$2,288. O Banco Central continua tentando conter uma depreciação excessiva do real, mas há possibilidades de altas do dólar no futuro.

Expectativas da Semana

A próxima semana será menos agitada no sentido de divulgação de dados. Internacionalmente, haverá o PMI* de serviços chinês e europeu e os tradicionais dados de auxílio desemprego norte-americanos.

O que também pode movimentar os mercados são os discursos de presidente regionais do FED*. Indicações de redução de estímulos monetários sempre podem frear os mercados.

No Brasil, o destaque maior fica com a divulgação do IPCA de Julho. O índice de inflação indicará se o mercado pode esperar uma inflação decrescente no resto do ano.

Destaque, também, para a divulgação de balanços de várias empresas. Nessa semana, tanto a Petrobrás quanto a Vale divulgaram resultado.

Enquanto isso, espera-se que o dólar se mantenha entre R$2,25 e R$2,35.

*Dicionário Economês-Português

PMI – Purchasing Managers Index, ou “Índice dos Gestores de Compras”, é um indicador econômico que procura prever a atividade econômica através de pesquisas junto ao setor privado. Valores acima de 50 indicam expansão, enquanto abaixo de 50, contração.

FED – FED, ou Federal Reserve, é a maneira como se comumente se refere ao Banco Central dos Estados Unidos. Nesse sentido, o nome oficial do banco central é Federal Reserve e FED é uma abreviação utilizada normalmente.

Post em Parceria com João Lídio Bisneto, graduando em Economia pela FGV-EESP e Presidente da Consultoria Júnior em Economia (CJE) da FGV, em nome da área de pesquisa da empresa.

]]>
0
Mundo Econômico - 28 de Julho http://carodinheiro.blogfolha.uol.com.br/2013/07/28/mundo-economico-28-de-julho/ http://carodinheiro.blogfolha.uol.com.br/2013/07/28/mundo-economico-28-de-julho/#respond Sun, 28 Jul 2013 20:30:39 +0000 http://carodinheiro.blogfolha.uol.com.br/?p=3617 Continue lendo →]]>

Panorama Mundo

De um modo geral, as bolsas mundiais não apresentaram grandes variações essa semana. Destaque apenas para o índice Nikkei que fechou em baixa de 2,97% na sexta-feira e de 3,15% na semana.

As economias da zona do euro, assim como os Estados Unidos, apresentaram melhora significativa no início de julho, com PMIs* preliminares divulgados na quarta-feira trazendo número melhores que o esperado. Em contra partida, a expectativa positiva para a indústria chinesa não se confirmou.

O índice referente ao setor industrial da zona do euro subiu de 48,8 para 50,1, atingindo sua máxima em 18 meses. Já nos EUA, o PMI industrial subiu para o maior patamar em 4 meses: 53,2 em julho, ante 51,9 em junho. Já na Ásia, o PMI preliminar do HSBC, de 47,7, foi o menor em 11 meses.

Também na quarta-feira, o governo chinês informou que eliminará impostos para pequenas empresas; oferecerá mais ajuda para os exportadores e ampliará os canais de financiamentos para acelerar o investimento em ferrovias. Tudo isso, com o objetivo final de impulsionar a economia em desaceleração.

Nos EUA, o número de novas solicitações de auxílio-desemprego subiu levemente, em um sinal de que a melhora do mercado de trabalho norte-americano ainda está em ritmo moderado. Já o número de encomendas de bens duráveis excluindo avião aumentou 0,7% em junho, sinalizando uma aceleração da atividade econômica.

O PIB britânico avançou 0,6 por cento no segundo trimestre na comparação com os três meses anteriores. Apesar do resultado ter sido o dobro do ritmo de crescimento apresentado no três primeiros meses do ano, a economia ainda permanece menor do que antes da recessão de 2008/ 2009. Mas, é interessante destacar que foi a primeira vez que todos os setores da economia cresceram desde o terceiro trimestre de 2010.

Na Espanha, a taxa de desemprego caiu inesperadamente pela primeira vez em dois anos. Uma forte temporada de turismo ajudou a taxa a cair de 27,2% para 26,3%, informou o Instituto Nacional de Estatísticas nesta quinta-feira. Todavia, o dado mascara um profundo problema estrutural: desemprego de longo prazo. Quase metade dos quase 6 milhões desempregados espanhóis não tem emprego há mais de um ano e o número de casas em que nenhuma pessoa trabalha permaneceu em 1,8 milhão.

Os preços ao consumidor japonês subiram em junho no ritmo anual mais rápido em quase 5 anos, em um sinal inicial do fim da persistente deflação e melhorando o prognóstico para o ousado plano de estímulo do banco central japonês.

O aumento de 0,4 por centro do núcleo do índice de inflação foi em grande parte devido à elevação nas contas de energia e a um iene mais fraco que inflacionou o custo das importações de gasolina.

Panorama Brasil

No Brasil, o Ibovespa fechou a semana em alta de 4,27%.

No primeiro semestre do ano, o governo central (Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central) registrou um superávit primário de R$ 34,371 bilhões. Esse foi o pior resultado para o período desde 2010, quando o saldo ficou positivo em R$ 24,9 bilhões.

Em 2013, o governo central tem de entregar um superávit de R$ 108 bilhões. Mas o governo já informou que contará com o abatimento de até R$ 45 bilhões de investimentos referentes ao Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e desonerações, entregando superávit equivalente a 2,3% do PIB.

O Índice de Confiança da Construção (ICST) da Fundação Getulio Vargas voltou a cair com mais intensidade, refletindo piora da avaliação das empresas do setor quanto à situação atual da economia e o futuro dos negócios. Após três meses de quedas menos acentuadas e uma melhora relativa, o indicador recuou 4,0% no trimestre terminado em julho, em relação ao mesmo período do ano anterior.

O dólar fechou em alta em relação do real nesta sexta-feira. A atuação do Banco Central, ao fazer intervenção no mercado, evitou que a desvalorização do real frente ao dólar americano fosse mais expressiva. O dólar fechou em alta de 0,73 por centro, para 2,2558 reais na venda.

Expectativas da Semana

Na próxima semana, a temporada de resultados no Brasil, dados chineses e norte-americanos.

Na quarta-feira, será divulgada a ata da reunião do Fomc*. Espera-se que o documento indique os próximos passos do Fed* em relação ao programa de estímulo à economia norte-americana.

Ainda nos EUA, será divulgado o PIB do segundo trimestre, que deve mostrar desaceleração em relação ao do primeiro.

Na quinta-feira, saíram dados da indústria brasileira e Zona do Euro e Reino Unido decidirão sobre a taxa de juros, atualmente em 0,5%.

Ao final da semana, a taxa de desemprego dos Estados Unidos deve trazer volatilidade ao mercado, além de indicadores industriais e de renda pessoal norte-americanos.

*Dicionário Economês-Português

PMI – Purchasing Managers Index, ou “Índice dos Gestores de Compras”, é um indicador econômico que procura prever a atividade econômica através de pesquisas junto ao setor privado. Valores acima de 50 indicam expansão, enquanto abaixo de 50, contração.

Fomc – O “Federal Open Marketing Committee” é o equivalente norte-americano do Copom Brasileiro. O FOMC é o comitê que decide a política monetária do país do Tio Sam periodicamente.

FED – FED, ou Federal Reserve, é a maneira como se comumente se refere ao Banco Central dos Estados Unidos. Nesse sentido, o nome oficial do banco central é Federal Reserve e FED é uma abreviação utilizada normalmente.

Post em Parceria com Helena Passeri, graduanda em Economia pela FGV-EESP e Consultora da Consultoria Júnior em Economia (CJE) da FGV, em nome da área de pesquisa da empresa.

]]>
0
Mundo Econômico - 21 de Julho http://carodinheiro.blogfolha.uol.com.br/2013/07/21/mundo-economico-21-de-julho/ http://carodinheiro.blogfolha.uol.com.br/2013/07/21/mundo-economico-21-de-julho/#respond Sun, 21 Jul 2013 20:30:01 +0000 http://carodinheiro.blogfolha.uol.com.br/?p=3589 Continue lendo →]]>

Panorama Mundo

As ações europeias tiveram a quarta semana consecutiva de ganhos, apesar de fecharem praticamente estáveis na sexta-feira, 19, pressionadas pela fraqueza do setor de tecnologia, depois de lucros decepcionantes da Microsoft e da Google.

Já as bolsas da Ásia fecharam fracas, com exceção das ações indianas, que atingiram máxima em sete semanas. O mercado foi impulsionado pelo rali na Tata Consultancy Services, um dia depois que a exportadora de serviços de softwares registrou resultados que superaram as estimativas.

Nos EUA, dados positivos. O número de novos pedidos de auxílio desemprego caiu mais do que o esperado para o menor nível em quarto meses, um possível sinal de que as contratações podem acelerar em julho.

Além disso, a atividade fabril na região do meio-atlântico dos EUA expandiu em julho no maior ritmo desde março de 2011, à medida que o nível de emprego e embarques acelerou, mostrou pesquisa do Federal Reserve* da Filadélfia nesta quinta-feira.

O FED* regional anunciou que seu índice de atividade empresarial subiu para 19,8, ante 12,5 em junho, ficando bem acima das expectativas de economistas da Reuters de 7,8.

Ademais, a Moody’s elevou a perspectiva do rating dos Estados Unidos de “negativa” pra “estável” também nesta quinta-feira. Com isso, a agência de classificação de risco retira a ameaça de rebaixar o rating norte-americano em breve.

O crescimento chinês desacelerou para 7,5% no segundo trimestre, colocando a economia rumo a seu ano mais fraco desde a década de 1990, em meio às iniciativas de seus novos dirigentes de concentrarem-se mais em profundas reformas do que em estímulos de curto prazo.

Com a queda nas exportações e um recuo nos investimentos, este foi o segundo trimestre consecutivo de crescimento mais fraco na segunda maior economia do mundo, o que confirma que a recuperação no fim do ano passado foi de curta duração.

A tendência de desaquecimento não mostra sinais de ceder, havendo, assim, riscos de que a China ficará abaixo da meta oficial do governo, de 7,5% de crescimento neste ano. Seria a primeira vez desde a crise financeira asiática, 15 anos atrás, que o governo chinês não atingiria a sua meta de crescimento anual.

Joerg Asmussen, membro do Banco Central Europeu, afirmou que a política monetária de tal instituição continuará expansionista por quanto tempo for necessário. Asmussen disse ainda que o BCE tem uma série de medidas padrão e não-padrão disponíveis que, se necessárias para garantir a estabilidade de preço no médio prazo, serão usadas em toda a zona do euro.

Na Grécia, o governo garantiu votos suficientes no Parlamento para aprovar uma lei de reforma do setor público na quinta-feira, abrindo caminho para receber a próxima parcela do resgate financeiro internacional.

Por fim, o G-20 quer obrigar as empresas multinacionais a revelar seus agressivos esquemas de otimização tributária para as autoridades fiscais de cada país onde operam e obtêm lucros, para forçá-las a pagar o imposto devido. Dentre outros assuntos discutidos na reunião do grupo das maiores economias do mundo, ministros do trabalho e das finanças do G20 prometeram adotar políticas destinadas a estimular a geração de empregos e os investimentos privados, a fim de promover o crescimento econômico global.

Panorama Brasil

No Brasil, o Ibovespa teve o melhor desempenho semanal do ano, alta de 4,10%. Dentre os principais motivos para o acontecimento, figuram-se as declarações de Ben Bernanke acerca do ciclo do aperto monetário, além dos dados da economia chinesa em consonância com as expectativas do mercado.

Enquanto que as expectativas de crescimento do PIB continuam a cair (agora em 2,31% para 2013 de acordo com o Boletim FOCUS), o Índice de Confiança do Empresário Industrial (Icei) caiu 4,9 pontos e chegou a 49,9 pontos em julho, o menor patamar desde abril de 2009.

A boa notícia da semana é a desaceleração da inflação. Com a ajuda da queda nos custos de transporte público, o IPCA-15 desacelerou para 0,07% em julho, ante 0,38% em junho.

No mercado de câmbio, o dólar saiu de R$ 2,2670 na sexta-feira, dia 12, para R$ 2,2405 no fim da última semana. Com as afirmações de Ben Bernanke de que o ciclo de estímulos monetários nos EUA não acabará tão cedo, o mercado não teve força para uma alta do dólar. Além disso, o BACEN interferiu no câmbio para impedir que essa alta ocorresse.

Expectativas da Semana

Na próxima semana, o principal motor interno para o mercado de ações é a divulgação de resultados de empresas, serão 9 no total. O motivo para tanto é a fraca agenda econômica nacional cujos destaques são a balança comercial, o IPC-S e o IPC-Fipe.

No mercado internacional, além dos PMIs* chinês e europeu, temos o comum destaque para os pedidos de seguro-desemprego nos EUA. O dado mais importante da semana, entretanto, é o PIB do Reino Unido que será divulgado na quinta-feira.

Enquanto isso, o mercado de juros deve ficar aquecido já que, se, realmente, houver desaceleração da inflação, o BACEN pode diminuir o ritmo do aumento dos juros.

Por fim, não há motivos para esperar maiores flutuações no câmbio, já que não haverá dados ou discursos muito importantes que afetem o dólar na próxima semana. Além disso, as intervenções estatais devem segurar parte de qualquer desvalorização do real.

*Dicionário Economês-Português

FED – O FED, ou Federal Reserve, é a maneira como se comumente se refere ao Banco Central dos Estados Unidos. Nesse sentido, o nome oficial do banco central é Federal Reserve e FED é uma abreviação utilizada normalmente.

PMI – O Purchasing Managers Index, ou “Índice dos Gestores de Compras”, é um indicador econômico que procura prever a atividade econômica através de pesquisas junto ao setor privado.

Post em Parceria com João Lídio Bisneto, graduando em Economia pela FGV-EESP e Presidente da Consultoria Júnior em Economia (CJE) da FGV, em nome da área de pesquisa da empresa.

]]>
0
Mundo Econômico - 14 de Julho http://carodinheiro.blogfolha.uol.com.br/2013/07/14/mundo-economico-14-de-julho/ http://carodinheiro.blogfolha.uol.com.br/2013/07/14/mundo-economico-14-de-julho/#respond Sun, 14 Jul 2013 10:00:57 +0000 http://carodinheiro.blogfolha.uol.com.br/?p=3562 Continue lendo →]]>

Panorama Mundo

Na segunda semana de julho a maioria das bolsas pelo mundo subiram, com pequenas exceções. O índice da Alemanha, inclusive, o DAX30, teve alta de mais de 5%, o S&P500 e o Nikkei 225, algumas bolsas dos EUA e o do Japão, postaram altas de 2,96% e 1,37%.

Nesta semana, o discurso de Ben Bernanke, presidente do Federal Reserve*, declarações de Mario Draghi, líder do Banco Central Europeu e a economia chinesa foram os principais eventos da semana anterior.

Para a Europa, dados da produção industrial desapontaram, vindo menores do que a esperada queda de 0,2 %. Dessa maneira, a União Europeia acumula uma queda de 0,6% entre maio e abril deste ano e uma redução de 1,6% em relação a maio de 2012.

No cenário europeu, ainda nesta semana, houve o rebaixamento do rating de crédito da Itália e da França, além de dados que exibiram o agravamento do mercado de trabalho grego, que chegou a níveis recorde de desemprego. Em meio a esse sentimento negativo em torno da economia europeia, Mario Draghi, em seu último anúncio, reforçou que a política monetária permaneceria acomodatícia.

Em relação aos EUA, o principal acontecimento desta semana foi o discurso de Ben Bernanke, que fez questão de esclarecer suas intenções em relação às políticas monetárias agressivas do FED*, medida que acalmou os mercados. O presidente do FED*, em sua declaração, reforçou que as taxas de juros permanecerão baixíssimas inclusive por um período após a taxa de desemprego no país chegar aos 6,5%.

Dados da economia dos EUA, ainda, vieram um pouco desanimadores, com o índice de confiança dos consumidores levemente abaixo que o esperado e o número de pedidos de auxílio-desemprego acima das expectativas.

Sobre a Ásia, temos contrastes entre as duas principais economias do continente. Por um lado, o Japão continua a mostrar um bom desempenho econômico, mesmo que tenha reduzido alguma de suas previsões. O Banco Central japonês, inclusive, utilizou a expressão “em recuperação” pela primeira vez desde 2011 para caracterizar a atual situação econômica do país.

Por outro lado, no entanto, a China teve pioras em suas exportações e importações, mostrando um resultado abaixo do esperado para sua balança comercial, assim como dados sobre o nível de preços, os quais mostraram uma alta acima do esperado. Nesse sentido, o Ministro das Finanças da China, Lou Jiwei afirmou que a economia do país não deve crescer mais do que 7%, ainda que a previsão oficial do governo continue a ser 7,5%.

Panorama Brasil

No Brasil, esta semana foi marcada pela Reunião do Copom, que elevou a taxa Selic em meio ponto percentual, para 8,5%, na expectativa da grande maioria dos analistas, e pela divulgação de dados da prévia do PIB.

A bolsa brasileira teve uma alta pela segunda vez nas últimas sete semanas, aliviando levemente os investidores. O índice apresentava uma alta considerável na semana, até que caiu 2,34% na sexta-feira, sobretudo pela contínua piora das empresas do empresário Eike Batista. Dessa maneira, o índice teve uma alta de 0,71% na semana.

Entre outros dados importantes da economia brasileira, o índice IBC-Br*, considerado uma aproximação para a prévia do PIB, exibiu uma queda maior que a esperada, trazendo pessimismo para o mercado. Além disso, o FMI divulgou suas novas previsões para o crescimento da economia brasileira para 2013 e 2014, cortando-as para 2,5% e 3,2%.

O câmbio continua preocupando e, assim, levou o governo a flexibilizar ainda mais o mercado para incentivar a entrada de capital estrangeiro no país. O dólar nessa semana subiu para R$2,267.

Expectativas da Semana

Na semana que vem, as principais expectativas ficam, sobretudo, para dados chineses e o FED*, novamente.

Na China, logo no início da semana será divulgado o PIB do segundo trimestre, índice importantíssimo para a atual situação do país.

Nos EUA, o presidente do FED, Ben Bernanke, voltará a fazer declarações públicas, desta vez para o Congresso e o Senado norte-americanos. Será divulgado, também, o Beige Book* do Fed, que é um importante relatório sobre a situação econômica dos EUA.

No Brasil, serão divulgados dados sobre a inflação, sendo o principal deles o IPCA-15, no qual se espera uma alta de apenas 0,04% para o nível de preços do país.

Em um âmbito mais global, no entanto, semana que vem inicia-se o período de divulgação de resultado das empresas no mundo, o qual é um período importantíssimo para as bolsas no mundo todo.

*Dicionário Economês-Português

FED (Federal Reserve) – Banco Central norte-americano.

PMI – O Purchasing Managers Index, ou “Índice dos Gestores de Compras”, é um indicador econômico que procura prever a atividade econômica através de pesquisas junto ao setor privado.

IBC-Br (Índice de Atividade Econômica do Banco Central) – Índice calculado pelo Banco Central que tem como objetivo tentar prever o desempenho futuro da economia brasileira.

FOMC –O “Federal Open Marketing Committee” é o equivalente norte-americano do Copom Brasileiro. O FOMC é o comitê que decide a política monetária do país do Tio Sam periodicamente.

Post em Parceria com Felipe Eiki, graduando em Economia pela FGV-EESP e  Diretor de Projetos da Consultoria Júnior em Economia (CJE) da FGV, em nome da área de pesquisa da empresa.

]]>
0
Mundo Econômico - 07 de Julho http://carodinheiro.blogfolha.uol.com.br/2013/07/07/mundo-economico-07-de-julho/ http://carodinheiro.blogfolha.uol.com.br/2013/07/07/mundo-economico-07-de-julho/#respond Sun, 07 Jul 2013 17:00:07 +0000 http://carodinheiro.blogfolha.uol.com.br/?p=3537 Continue lendo →]]>

Panorama Mundo

A semana foi de alta para a maioria dos mercados internacionais. Com alguns dados positivos e declarações importantes do Banco Central Europeu, o mercado manteve certo otimismo.

Nos EUA, o feriado de 4 de Julho, dia da Independência norte-americana, não impediu que as bolsas tivessem altas semanais. O principal motor dessas altas foram os bons resultados no relatório de emprego, na sexta-feira. Enquanto que a expectativa era a criação de 165 mil vagas em Junho, o país criou 195 mil postos de trabalho.

O dado impactou positivamente nos EUA, mas levou à queda de outras bolsas mundialmente. Isso ocorre porque uma economia americana mais forte pode levar o FED* a reduzir os estímulos monetários, freando a alta nos mercados acionários.

Na Europa, apesar de uma sexta-feira bem negativa, o resultado total também foi positivo. O motivo foi o anúncio do Banco Central Europeu que manteria sua política e que a redução dos estímulos estaria muito longe de ocorrer. No Reino Unido, a autoridade monetária também manteve inalterada sua política.

Panorama Brasil

No Brasil, o Ibovespa apresentou, novamente, uma semana de queda. A variação semanal do índice foi de -4,73%.

A manutenção do PMI* brasileiro em patamar considerado baixo, 50,4, só fez reafirmar o cenário econômico incerto e de menor crescimento. Assim, os investidores se mantiveram pessimistas.

Nem mesmo uma certa desaceleração da inflação melhorou o humor dos investidores. O IPCA de junho veio abaixo do esperado, apresentando variação de 0,26% no mês. No entanto, a inflação acumulada em 12 meses chegou ao alto nível de 6,7%.

Diante desse cenário, o Ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que serão anunciados, cortes de até R$15 bilhões em gastos de custeio realizados pelo governo.

Por fim, o dólar teve leve apreciação de 1,21% na semana, finalizando a sessão de sexta-feira em R$2,25. O cenário econômico brasileiro pior e os riscos de redução dos estímulos monetários nos EUA pressionam a moeda americana para cima.

Expectativas da Semana

Na próximo semana, o destaque interno deve ser da reunião do Copom. Apesar da desaceleração da inflação, o patamar incômodo pode levar a altas na taxa SELIC. O mercado espera que ela aumento em 0,50 p.p., chegando a 9,85% a.a. Outro destaque interno será a divulgação do IBC-Br* que pode impactar bastante nas previsões de mercado.

No exterior, a atenção também fica nas autoridades monetárias. Na Europa, um discurso de Mario Draghi, presidente do Banco Central Europeu, pode alterar as perspectivas e humores por lá.

Nos Estados Unidos, será divulgada a ata do FOMC* e, a qualquer sinal de redução de estímulos monetários, os mercados acionários podem responder com bruscas quedas.

*Dicionário Economês-Português

FED (Federal Reserve) – Banco Central norte-americano.

PMI – O Purchasing Managers Index, ou “Índice dos Gestores de Compras”, é um indicador econômico que procura prever a atividade econômica através de pesquisas junto ao setor privado.

IBC-Br (Índice de Atividade Econômica do Banco Central) – Índice calculado pelo Banco Central que tem como objetivo tentar prever o desempenho futuro da economia brasileira.

FOMC –O “Federal Open Marketing Committee” é o equivalente norte-americano do Copom Brasileiro. O FOMC é o comitê que decide a política monetária do país do Tio Sam periodicamente.

Post em Parceria com João Lídio Bisneto, graduando em Economia pela FGV-EESP e  Presidente da Consultoria Júnior em Economia (CJE) da FGV, em nome da área de pesquisa da empresa.

]]>
0
Mundo Econômico - 30 de Junho http://carodinheiro.blogfolha.uol.com.br/2013/06/30/mundo-economico-30-de-junho/ http://carodinheiro.blogfolha.uol.com.br/2013/06/30/mundo-economico-30-de-junho/#respond Sun, 30 Jun 2013 13:00:36 +0000 http://carodinheiro.blogfolha.uol.com.br/?p=3506 Continue lendo →]]>

Panorama Mundo

Essa semana mostrou a recuperação de muitas bolsas ao redor do mundo, as quais, em sua maioria, haviam caído na semana anterior. Fica em destaque o S&P500, um dos índices dos EUA, que teve uma alta de 1,18% na semana, ou de 3,5% em comparação ao nível mínimo dos últimos 5 dias, que foi justamente na segunda-feira.

A alta generalizada nas ações foi reflexo, em parte, da maior calma dos investidores em relação à especulação sobre a redução do estímulo monetário dos EUA e a situação econômica chinesa.

Vários mercados emergentes, ainda, tiveram um desempenho excelente nas suas bolsas. O índice de Hong Kong subiu 2,66%, o da Coréia do Sul, 2,22%, na Índia a alta foi de 3,3% e no México, a maior alta entre os emergentes, a bolsa subiu 6,3%.

Na Europa, houve um encontro de grandes nomes e líderes europeus, o Leader’s Summit, onde foram decididos pontos sobre o desemprego dos jovens e os bancos da Zona do Euro. Além disso, o sentimento econômico da Zona do Euro chegou ao maior nível dos últimos 12 meses.

É necessário destacar, ao tratar da Europa, a greve geral que ocorreu em Portugal na quinta-feira, cuja reivindicação era a retirada de medidas de austeridade no país. Além disso, a Croácia, país com elevadíssima taxa de desemprego, 18,1% em abril, passará a integrar a Zona do Euro a partir da próxima segunda-feira, dia 01/07.

Nos EUA, discursos de membros dos Fed foram o centro das atenções na semana, uma vez que os investidores estão buscando prever o momento da redução dos estímulos monetários do Banco Central dos EUA. Apesar de os discursos não levarem a nenhuma certeza, a maioria dos economistas acredita que o movimento começará em setembro.

Sobre a economia dos EUA, ainda, houve uma revisão para baixo do crescimento do PIB no primeiro trimestre de 2013. Anteriormente, estimava-se que a economia norte americana havia expandido 2,4%, em uma taxa anualizada, no primeiro trimestre do ano, mas o crescimento foi reduzido para 1,8%, devido a um consumo das famílias menor do que o esperado, após o aumento de impostos que ocorreu mais cedo no ano.

No entanto, nesta semana foram divulgados dados referentes ao consumo e a renda dos americanos, que vieram positivos, assim como números do mercado imobiliário e sobre o desemprego.

Finalmente, sobre a Ásia, na China, após o susto na semana anterior em relação às taxas de juros de empréstimos interbancários, que subiram demasiadamente em uma sessão, o mercado se acalmou e o governo continua a afirmar que o país não sofre com falta de liquidez. No Japão, por outro lado, a economia mostra sinais de recuperação e o iene voltou a se depreciar frente ao dólar, demonstrando que as medidas de Shinzo Abe estão funcionando.

Panorama Brasil

No Brasil, o Ibovespa recuperou-se levemente das quedas observadas nas últimas semanas, exibindo uma alta de 0,85% para retornar aos 47.457 pontos. As ações do grupo EBX, no entanto, do Eike Batista, continuam a perder valor, enquanto empresas vem sendo afetadas, sobretudo, pelas mudanças no câmbio. Com o resultado da semana, o Ibovespa consolidou a queda de 22,14% no primeiro semestre do ano.

O Banco Central do Brasil, ainda, mostrou-se incerto em relação ao futuro da economia do país ao publicar estimativas de superávit primário para três cenários distintos, sendo que é comum trabalhar apenas com uma ou duas possibilidades.

A grande notícia da semana, entretanto, foi a queda da popularidade da presidente Dilma Rousseff. A dificuldade de impulsionar o crescimento da economia, as preocupações com a inflação e as constantes intervenções do governo na economia, sem sucesso, contribuíram com o péssimo resultado da governante. A aprovação do público em relação às habilidades da presidente de conduzir a economia caiu de 49% para 27%.

Ainda sobre o governo, serão retiradas as medidas expansionistas de redução do IPI para os móveis e a “linha branca”. E, sobre a inflação, foi estabelecido que as metas desse indicador continuarão em 4,5% para os anos de 2014 e 2015.

O dólar, nos últimos dias, manteve-se no patamar que chegou na semana anterior. Após fortes altas observadas no último mês – 4,15% só em junho e quase 10% desde o começo do ano – a divisa norte americana terminou a semana cotada em R$2,24, mesmo com pesadas intervenções do Banco Central e outras medidas para conter a alta da moeda.

Expectativas da Semana

A próxima semana será marcada pela divulgação de dados importantes e reuniões dos bancos centrais da Zona do Euro e da Inglaterra. Dados sobre os PMIs* da China, dos EUA e da Europa serão publicados, assim como números de desemprego da economia norte americana.

Os dados mais esperados, ainda, são os relativos à economia chinesa, a qual demonstra uma grande incerteza e, vem sendo negativos recentemente. A economia chinesa é de grande importância no cenário global, por isso, caso tenha um mau desempenho, muitos países sentirão os efeitos, sendo o Brasil um deles.

Mais especificamente no Brasil, será interessante observar a posição da presidente Dilma Rousseff frente à queda de popularidade e observar a tendência de movimentação do dólar, uma vez que não há dados importantes agendados para o mercado brasileiro.

*Dicionário Economês-Português

PMI – O Purchasing Managers Index, ou “Índice dos Gestores de Compras”, é um indicador econômico que procura prever a atividade econômica através de pesquisas junto ao setor privado.

Post em Parceria com Felipe Eiki Kawakami, graduando em Economia pela FGV-EESP e  Diretor de Projetos da Consultoria Júnior em Economia (CJE) da FGV, em nome da área de pesquisa da empresa.

]]>
0
Mundo Econômico - 16 de Junho http://carodinheiro.blogfolha.uol.com.br/2013/06/16/mundo-economico-16-de-junho/ http://carodinheiro.blogfolha.uol.com.br/2013/06/16/mundo-economico-16-de-junho/#respond Sun, 16 Jun 2013 15:30:57 +0000 http://carodinheiro.blogfolha.uol.com.br/?p=3423 Continue lendo →]]>

Panorama Mundo

As ações americanas encerraram a semana no negativo devido às persistentes preocupações sobre  possibilidade de os bancos centrais cortarem em breve os programas de estímulos. Já as outras bolsas ao redor do mundo fecharam majoritariamente em alta; destaque para o índice Nikkei que encerrou a semana em alta de 1,94%.

Na Europa, apesar de a atividade industrial de abril ter desacelerado em relação a março, esta veio acima do previsto por alguns analistas. Estes apostavam na estabilidade, quando, na verdade, subiu 0,4% em  abril.

Tal alta da produção industrial na zona do euro em abril alimenta expectativas de expansão do setor no segundo trimestres, contudo, isto não é garantia para a recuperação econômica da região.

Nos EUA, o setor industrial trouxe preocupação aos investidores. A produção industrial registrou estabilidade em maio, decepcionando as expectativas de alta de 0,1%.

Além disso, o sentimento do consumidor norte-americano piorou em junho, segundo o Michigan Sentiment, caindo de 84,5 em maio para 82,7 em julho; abaixo das expectativas de 83,0.

Ainda nos EUA, destaque para declarações do Fundo Monetário Internacional ao pedir que o país revogue o corte de gastos do governo, além de recomendar que o Federal Reserve continue o QE até pelo menos o final do ano.

A China dá sinais de que sua recuperação pode se enfraquecer no segundo trimestre. Além de um desaceleração inesperada nas exportações chinesas e queda nas importações no mês de maio, as expectativas de corte nas taxas de juros aumentam. Todavia, se  o crescimento não ficar muito abaixo de 7%, o governo não deve interferir demais.

Panorama Brasil

No Brasil, o Ibovespa fechou a semana em queda de -2,15% aos 49,332 pontos. Destaque para as ações da petrolífera OGX, do empresário Eike Batista, que encerrou o pregão no menor valor desde sua listagem na bolsa, cotada a R$ 0,97.

Expectativas de um crescimento menor que o esperado aumentaram entre investidores. O banco de investimento Morgan Stanley revisou suas projeções para o crescimento do PIB brasileiro de 2,8% para 2,5%.

Contudo, o índice IBC-Br* surpreendeu superando as expectativas. O índice registrou alta de 0,84%; mas, apresentou desaceleração se comparado a março.

No âmbito inflacionário, índices semanais aceleraram. O IPC-S subiu 0,48% e o IPC-Fipe, 0,13%. Além disso, o IGP-10 apresentou alta de 0,63% em junho ante deflação de 0,09% em maio, puxado, principalmente, pela alta dos produtos agropecuários. Ademais, Guido Mantega, Alexandre Tombini e Dilma Rousseff reforçaram em discurso que a inflação está sob controle.

O mercado de câmbio apresentou uma volatilidade mais acentuada. O Banco Central atuou duas vezes durante a semana e o IOF de 1% sobre os derivativos foi retirado, mas, mesmo assim, a alta do dólar não foi contida, desvalorizando 0,70% e fechando em R$ 2,147.

Expectativas da Semana

A forte volatilidade do mercado é consequência, principalmente, de alterações em indicadores americanos. Desta forma, a reunião do FOMC* e o discurso de Ben Bernanke, após a reunião, terão importante papel na terceira semana de maio. Ademais, os EUA contarão com dados da indústria, que ajudam a indicar o ritmo da produção do país.

Na zona do euro, principal destaque para os diversos PMI* que serão apresentados e para o discurso do presidente do BCE, Mario Draghi. Além disso, haverá divulgação da Confiança na Economia e preliminar da Confiança do Consumidor.

No Brasil, forte pessimismo contradiz declarações da presidente Dilma Rousseff e do presidente do BC, Alexandre Tombini. Isto pode indicar que o governo talvez não esteja preparado para melhorar a situação brasileira.

Além dos indicadores semanais de inflação, a semana conta com a segunda prévia do IGP-M e a divulgação do IPCA-15.

*Dicionário Economês-Português

IBC-Br (Índice de Atividade Econômica do Banco Central) – Índice calculado pelo Banco Central que tem como objetivo tentar prever o desempenho futuro da economia brasileira.

FOMC – O “Federal Open Marketing Committee” é o equivalente norte-americano do CopomBrasileiro. O FOMC é o comitê que decide a política monetária do país do Tio Sam periodicamente.

PMI – O Purchasing Managers Index, ou “Índice dos Gestores de Compras”, é um indicador econômico que procura prever a atividade econômica através de pesquisas junto ao setor privado.

Post em Parceria com Helena Passeri, graduanda em Economia pela FGV-EESP e consultora da Consultoria Júnior em Economia (CJE) da FGV, em nome da área de pesquisa da empresa.

]]>
0
Mundo Econômico - 09 de Junho http://carodinheiro.blogfolha.uol.com.br/2013/06/09/mundo-economico-09-de-junho/ http://carodinheiro.blogfolha.uol.com.br/2013/06/09/mundo-economico-09-de-junho/#respond Sun, 09 Jun 2013 17:30:29 +0000 http://carodinheiro.blogfolha.uol.com.br/?p=3379 Continue lendo →]]>

Panorama Mundo

Os mercados acionários não apresentaram bons retornos durante a semana. Enquanto que as bolsas norte-americanas fecharam com leve alta, mercados europeus e asiáticos apresentaram quedas.

Nos Estados Unidos, dados não mostraram um única tendência e houve destaque para o mercado de trabalho. Na quarta-feira, dados do trabalho no mercado privado vieram abaixo do esperado e derrubaram bolsas. No entanto, o relatório de emprego, divulgado na sexta-feira, mostrou maior criação de empregos e reanimou as bolsas norte-americanas.

Ainda nos EUA, houve a divulgação do Beige Book*. O relatório indicou que a economia americana continua em recuperação moderada, mas que ela deve ganhar força no próximo semestre quando os efeitos do corte de gastos diminuírem.

Na Europa, foi divulgado o PIB do primeiro trimestre da zona de euro que apresentou queda de 0,22%, indicando recessão. Além disso, o PMI* da região aumento de 46,9 para 47,7, porém ainda indica retração.

Na China, PMIs* dos setores industriais e serviços mostraram dados mistos, mas o principal destaque é o discurso do governo que informa que haverá empenho para que a China torne-se um país baseado em demanda interna e para que haja mais importações.

Panorama Brasil

No Brasil, o Ibovespa fechou com queda semanal de 3,53%. Até a quinta-feira, o índice seguiu a tendência dos mercados internacionais, mesmo que acentuando as quedas.

Na sexta-feira, a Standard & Poor’s (S&P) rebaixou a perspectiva de rating do Brasil de “estável” para “negativa”. A notícia derrubou os mercados nacionais e colocou-os na contramão internacional com uma queda diária de 2,39%. A notícia também causou aumento da ponta longa da curva de juros.

Outro destaque foi a desaceleração da inflação, o IPCA teve alta de 0,37% em maio frente a 0,55% em abril. No entanto, o índice acumula, em 12 meses, alta de 6,50%, no teto da meta do Banco Central.

No mercado de câmbio, o dólar apresentou volatilidade maior que a comum e depreciou de R$2,1412 para R$2,1379. Um dos motivos para tanto foi a retirada do IOF para aplicações de estrangeiros em renda fixa local. No entanto, com a informação da S&P, o dólar voltou a ter uma tendência de alta.

Expectativas da Semana

Nessa semana, a volatilidade deve continuar alta no mercado de ações brasileiro.  Haverá divulgação de dados da indústria brasileira, números do varejo e o IBC-Br*. Além disso, haverá vencimento de opções sobre o Ibovespa no dia 17, o que pode aumentar a agitação do mercado.

Ainda há espaço para atenção ao mercado externo. Haverá dados industriais da China e da Europa. Além disso, será divulgado o PIB japonês.

Enquanto isso, o cenário brasileiro deve se manter de inflação alta e juros em alta. Além disso, temos a incerteza cambial, já que o fator que mais afeta o dólar, ainda, é a possibilidade de retirada dos estímulos monetários nos EUA.

*Dicionário Economês-Português

Beige Book– O “Livro Bege” é um relatório publicado oito vezes ao ano pelo FED* que indica o estado da economia do país. A informação apresentada é baseada em dados, pesquisas e entrevistas.

PMI – O Purchasing Managers Index, ou “Índice dos Gestores de Compras”, é um indicador econômico que procura prever a atividade econômica através de pesquisas junto ao setor privado.

IBC-Br (Índice de Atividade Econômica do Banco Central) – Índice calculado pelo Banco Central que tem como objetivo tentar prever o desempenho futuro da economia brasileira.

Post em Parceria com João Lídio Bisneto, graduando em Economia pela FGV-EESP e Presidente da Consultoria Júnior em Economia (CJE) da FGV, em nome da área de pesquisa da empresa.

]]>
0