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Caro Dinheiro

por Samy Dana

Perfil Samy Dana é Ph.D em Business, professor da FGV e escreve no caderno Mercado

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Homo Sexualis Economicus

Por Samy
18/04/13 07:00

Que o consumo das famílias se difere por hábitos socioculturais e econômicos não é novidade para ninguém. Com a velocidade da transformação, ficou claro que as empresas que buscam o sucesso devem estar preparadas para atender a todos os públicos: solteiros, divorciados, famílias uniparentais, gays e heterossexuais.

Ao reconhecer as diferentes formas de família, é indiscutível que a sociedade obtém ganhos em termos econômicos.

Por exemplo, quando gays constituem famílias começam a demandar produtos como plano de saúde familiar, titularidade conjunta em clubes para esporte e lazer, imóveis maiores, seguros, acesso a mais produtos financeiros etc.

Assim como ocorre com um casal heterossexual, a somatória da renda permite o acesso a outro patamar de consumo.

Levando em conta que quanto mais tempo livre as pessoas tem, mais elas gastam e menos elas poupam, é possível explicar os resultados de 2010 expostos pela CMI (Community Marketing Inc.).

A pesquisa aponta que os gays fazem em torno de 6 viagens de longa distância ao ano enquanto ao héteros apenas 1,4. Essa diferença provavelmente advém do fato de que a maioria das famílias homoafetivas não possuem filhos e acabam tendo mais renda e tempo livre para gastar com lazer.

De acordo com a World Travel Market, o público gay movimenta, só na economia americana, aproximadamente USD 700 Bilhões. No Brasil, estima-se um gasto de USD 6,5 Bilhões, influenciando de forma significativa a arrecadação de impostos.

A Parada LGBT de São Paulo, além de ser uma das maiores do mundo, é o segundo maior evento econômico da principal cidade, perdendo apenas para a Formula 1 .

Segundo dados de 2012 da SPTuris, do público que esteve na cidade durante o evento, 39,5% era turista, sendo 63,3% homens, 36,7% mulheres. A média de estadias foi de 3,6 dias e um gasto de R$ 1.272,45 por pessoa.

Estudos como o do Instituto Great Place to Work mostram ainda que empresas que respeitam a diversidade entre seus funcionários são mais eficientes.

Destaque especial para Hotel Mercure que há duas semanas respondeu de forma criativa e divertida a uma piada feita por Rafinha Bastos referente ao casamento de Daniela Mercury, dizendo “O CANTO DESTA CIDADE SOMOS TODOS NÓS” posicionando-se assim a favor de tratamento igualitário a qualquer hóspede ou funcionário.

Apesar de ter uma postura tradicional, o mercado financeiro já abriu os olhos para este perfil de cliente. Em agosto de 2010, o produto BB Crédito Imobiliário passou a aceitar rendas compostas por casais homoafetivos criando, assim, um novo paradigma de análise de crédito.

Segundo matéria da revista Exame em 2013, inúmeras outras marcas como Ponto Frio, Itaú, Walmart Brasil, Sonho de Valsa, Halls Brasil, Bonafonte e Contigo, recentemente também se posicionaram a favor do casamento igualitário.

Seja por interesses financeiros ou morais, a economia parece ceder, mesmo que de forma retardatária, aos expressivos números – que entremos a era do homo sexualis economicus.

Post em parceria com Gabriel Armando Barreiros, Economista pela Fundação Armando Alvares Penteado.

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Cartão de crédito no Brasil e no mundo

Por Samy
17/04/13 07:00

Durante o dia de hoje, especialistas e analistas de mercado especularam sobre a decisão do Copom, a ser anunciada amanhã, de manter ou aumentar a taxa de juros básica da economia, a Selic.

Mas valeria tanto a pena, para o consumidor comum, conjeturar acerca da Selic quando, na verdade, os juros do crédito de mais fácil acesso a ele são tão abusivos? Quando se pensa na variação da primeira, fala-se geralmente em 0,25% ao ano. Já o patamar de juros incidentes sobre a modalidade de crédito mais utilizada gira em torno de 130% ao ano.

Que as taxas de juros do rotativo do cartão de crédito no Brasil estão entre as mais caras do mundo, todos já ouviram falar. Mas quão grande seria essa discrepância?

Em uma consulta ao Banco Central, obtivemos as taxas em questão para os 6 maiores bancos brasileiros. Como se pode ver, o Santander  lidera o ranking com a taxa mais alta , 207,21% ao ano.  A taxa mais baixa é a da Caixa Econômica Federal, de 60,37% ao ano

Vale nota que mesmo a Caixa, mesmo sendo lanterninha em nossa na pesquisa tupiniquim, possui uma taxa enorme quando  comparada as médias praticas em outros países.

Países desenvolvidos como os EUA e Suiça possuem taxas na casa de 13% , já países emergente como China e África do Sul operam em torno de 19%.

A eventual elevação de 0,25% e 0,5% na Selic deveria incomodar muitos menos que o  spread bancário praticado pelos bancos no Brasil, o foco não deveria ser no custo Brasil e sim o Lucro.

Post em Parceria com Giovana Carvalho, graduanda em Economia pela FGV-EESP

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Casamento: um direito de todos

Por Samy
16/04/13 07:00

Seja pela expectativa de reforma na igreja com a chegada do novo papa, pela postura radical da bancada evangélica em nosso senado que está cada vez mais embrenhada na política, pelas declarações infundadas e preconceituosas de personagens como a cantora Joelma da Banda Calypso, pelas explicitas demonstrações de amor como a feita semana passada pela cantora Daniela Mercury à sua esposa , pela defesa ao respeito ao próximo independente de sua orientação sexual como demonstrado pelos atores como Alexandre Nero e Letícia Sabatella, a questão da legalidade do casamento de pessoas do mesmo sexo está sendo noticiada  diariamente nos grande veículos e mídia.

Interessante notar que há uma semelhança enorme com as problemáticas históricas ocorridas no início do século XX sobre o casamento entre brancos e negros.

Enquanto países democráticos se mostram inclinados a aceitar juridicamente os relacionamentos homoafetivos, outros se rebelam como, por exemplo, na Uganda, Emirados Árabes Unidos, Sudão, Nigéria, Mauritânia, Arábia Saudita, Iêmen e Irã onde gays estão sujeitos a pena de morte.

Na história, a discriminação contra casamentos entre negros e brancos foi absolutamente repudiada em alguns países, como na triste Alemanha de Hitler e na retrógada legislação antimiscigenação que África do Sul mantinha até 1950. Até mesmo nos EUA, em 2011, no estado de Kentucky, uma pequena igreja decidiu não aceitar o casamento inter-racial, causando muita polêmica em diferentes grupos cristãos.

Afinal, por que duas pessoas, independente da cor, credo, sexo, altura, classe social, tamanho da perna, signo e outros se unem em um matrimônio?

Pode-se se dizer que há um interesse no bom sentido, ou seja, os dois indivíduos possuem uma troca que resulta em uma soma positiva.

Essa troca passa por várias dimensões: caráter, família, companheirismo, amizade, empatia, nível sociocultural, consumo, beleza e interesse . Todas essa características pesam para fazer um  casal de sucesso. Se isso for verdade: porque não se pode encontrar algumas ou talvez todas estas características e mais algumas em uma pessoa do mesmo sexo? Qual o prejuízo para a sociedade?

Há praticamente 23 anos, a OMS (Organização Mundial da Saúde) tirou a homossexualidade da sua lista de doenças. No mesmo sentido, o CFP (Conselho Federal de Psicologia) no Brasil não permite que psicólogos tratem gays como doentes.

Recentemente a entidade se manifestou por meio de uma nota referente às  declarações do pastor Silas Malafaia no programa  “De frente com Gabi do SBT”, o CFP escreveu  “É lamentável que exista um profissional que defenda uma posição de retrocesso que chega a ser quase inquisitório, colocando como vertentes do seu pensamento a exclusão e o preconceito na leitura dos direitos humanos”

Infelizmente algumas vertentes religiosas, insistem em tratar casais do mesmo sexo como aberrações e ainda contestam a conduta moral de gays estabelecendo que há uma incapacidade de educar uma criança.

Não se pode esquecer que vivemos em um estado laico, livre e democrático –  antes de qualquer coisa devemos respeitar valores que são garantidos pela constituição.

Deixar os homossexuais à margem da sociedade faz com que, até mesmo por defesa, o grupo se porte em gueto. Esse tipo de atitude afasta o gay de sua família e em alguns casos, faz com que esse seja enrustido, assumindo uma segunda identidade.

Esse procedimento ocorre também no mundo de celebridades – Ricky Martin, Ellen DeGeneres e outros demoraram a se assumir. No Brasil, tivemos há pouco mais de um ano, um discreto posicionamento, Marco Nanini. Se existe preconceito em áreas artísticas, teoricamente mais abertas e modernas, pode-se se imaginar o quanto muitos indivíduos sofrem com isso

Esse fenômeno, lamentavelmente, realça ainda mais fantasias e pré-conceitos a respeito deste meio, hábitos e valores. Cria-se um irreal estereótipo fruto de inúmeros anos de afastamento social.

Também não são raros os casos de gays agredidos na rua, expulsos de restaurantes e centros comerciais, como foi o caso ocorrido há alguns anos no Shopping Frei Caneca que foram retirados e ofendidos por um segurança.

Para pessoas com este tipo de comportamento intolerante, o gay deve se esconder em bares próprios, dentro de suas casas e ficar literalmente no submundo e quando saírem às ruas devem adotar uma máscara a fim de passar despercebido.

A sociedade, por mais moderna que se declare, ignora solenemente o artigo II da declaração universal dos direitos humanos – “toda pessoa tem capacidade para gozar os direitos e as liberdades estabelecidos nesta Declaração, sem distinção de qualquer espécie, seja de raça, cor, sexo, língua,  religião, opinião política ou de outra natureza, origem nacional ou social, riqueza, nascimento, ou qualquer outra condição.” Repare que a palavra sexo, assim está descrita por englobar não apenas gênero, mas também orientação sexual, desejo.

Já passou a hora de deixar velhas crenças para traz e aceitar que o gay é assim como o hétero um cidadão, que tem direito a ter um relacionamento reconhecido pela sociedade, casa própria, financiamento, herança, filhos etc.

Post em parceria com Gabriel Armando Barreiros, Economista pela Fundação Armando Alvares Penteado.

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Tomate sob controle, já a inflação...

Por Samy
15/04/13 08:02

Por muitas décadas o brasileiro conviveu com o temor da inflação, e não era para menos. O histórico do país exibe um controle relativamente recente sobre os preços, após períodos de instabilidade como as décadas de 80 e 90, nos quais as altas atingiram mais de 300% ao ano.

Desde a implementação do Plano Real, no entanto, a situação econômica passou a trilhar uma estrada de calmarias. Ainda assim, a preocupação com o fantasma dos preços, apesar de contida, nunca deixou os consumidores.

E, por pior que seja, parece que a assombração está de volta para perturbar os dias dos cidadãos brasileiros.

O caso mais recente de avanço nos preços é o de alimentos básicos, e a estrela da vez –que bombou na mídia nas últimas semanas— é o tomate, que quase dobrou de preço em uma semana, e logo depois caiu em mais de 40% no atacado.

Mas os efeitos não ficaram restritos aos alimentos. Outros produtos básicos, como os combustíveis, têm mostrado aumentos de preço desde o início de 2013. A gasolina e o diesel, por exemplo, subiram 6,6% e 5,4%, respectivamente, no começo de fevereiro, e não há previsões de baixa.

O governo federal já admite aumentos na taxa de juros para controlar os preços, dado que a inflação superou as metas para o começo do ano.

Apesar de contrastar com todas as políticas adotadas até então, a medida é válida. Contudo, é importante refletir sobre seus efeitos.

Até o momento, calcula-se uma queda de 0,4% nas vendas em supermercados, justificada pelos aumentos dos preços nos últimos 12 meses. A baixa é a primeira em quatro anos, evidenciando o momento de apreensão do mercado.

Com a elevação dos preços de medicamentos (tida como certa até o mês de maio), alimentos e combustíveis, o brasileiro ficará sem orçamento para sanar suas dívidas, e o aumento dos juros deve comprometer ainda mais a inadimplência.

A tensão já está instaurada, e não há volta. Cabe agora ao governo estudar desonerações e políticas de contenção de preços com efeitos no curto e médio prazos, pois dizer que está tudo sob controle já está se tornando um desrespeito à capacidade intelectual da população.

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Mundo Econômico - 14 de Abril

Por Samy
14/04/13 19:00

Panorama Mundo

A semana passada foi de alta, em geral, para os mercados internacionais. Somente a sexta-feira foi negativa para os mercados acionários.

Destaque para a alta de 5,08% da bolsa japonesa que vem mostrando bom desempenho após os estímulos monetários do país.

Não houve um motivo único para as altas durante a semana. Os investidores parecem estar um pouco otimistas e nenhuma notícia negativa foi capaz de trazer o rendimento semanal para o lado negativo

Nos EUA, por exemplo, onde as bolsas desempenharam bem, as notícias foram negativas no geral. Os pedidos de auxílio desemprego e o déficit público caíram, mas as vendas do varejo, os preços aos produtores e a confiança dos consumidores apresentaram resultados negativos.

Além disso, o FMI revisou para baixo a sua expectativa de crescimento para o país em 2013, agora de 1,7%.

Na Europa, o grupo de ministros de Finanças da União Europeia chegou, finalmente, a um acordo político para a criação de um supervisor bancário conjunto. Esse passo é importantíssimo para a união bancária pretendida pelo bloco econômico.

No entanto, o Chipre voltou a falar que precisará de auxílio da União Europeia. Dessa vez, segundo o país, não será mais auxílio financeiro e, sim, técnico e estrutural.

Panorama Brasil

No Brasil, o Índice Bovespa fechou a semana com uma leve queda acumulada de 0,16, apesar de ter apresentado altas até a quarta-feira. O destaque ficou com expressivas altas das imobiliárias, da Petrobras e da LLX, após o anúncio de que a Petrobras poderia se tornar seu cliente.

A inflação continuou sendo destaque com o anúncio do IPCA de março. O índice apresentou alta de 0,47% no mês, abaixo do esperado. Entretanto, o valor permitiu que a alta acumulada em 12 meses chegasse em 6,59%, superando o teto da meta do Banco Central de 6,50%.

Como agravante dos preços, uma pesquisa da Dieese mostrou que a desoneração da cesta básica não trouxe efeito. O preço da cesta já voltou a subir em 16 das 18 capitais incluídas na pesquisa.

Diante desse cenário, o Ministro da Fazenda, Guido Mantega, reiterou os efeitos negativos da inflação e afirmou que o governo “não poupará a adoção de medidas para evitar que a inflação se propague”.

Assim, a curva de juros respondeu com altas. Ou seja, o mercado já começa a ver maior probabilidade de aumento da taxa de juros na próxima reunião do Copom.

No mercado de câmbio, dólar novamente apresentou um movimento de queda frente ao real e outras moedas no mundo, inclusive.

Cotado a R$1,987 na sexta-feira anterior, dia 05/04, no fechamento do mercado desta semana, a divisa valia R$1,969. Os motivos foram especulações relacionadas à flexibilização do IOF e a possível alta dos juros.

Expectativas da Semana

Na próxima semana, o mercado internacional deve estar atento à divulgação do PIB chinês e ao Beige Book*.

No Brasil, o Ibovespa deve refletir bastante o dado chinês e a decisão do Copom que sairá na quarta-feira.

Com isso, as expectativas de inflação e de juros devem se manter voláteis a tais acontecimentos. Se somarmos, ainda, a divulgação do IPCA-15 na sexta-feira, a próxima semana é extremamente importante para a ancoragem das expectativas do mercado.

Enquanto isso, o dólar deve se manter com tendência de queda com a curva de juros em patamar mais elevado. No entanto, a queda deve ser minimizada pela proximidade da taxa de câmbio com a banda inferior informal do BC, que se acredita ser de R$1,95.

*Dicionário Economês-Português

Beige Book – O “Livro Bege” é um relatório publicado oito vezes ao ano pelo FED* que indica o estado da economia do país. A informação apresentada é baseada em dados, pesquisas e entrevistas.

Post em Parceria com João Lídio Bisneto, graduando em Economia pela FGV-EESP e Presidente da Consultoria Júnior em Economia (CJE) da FGV, em nome da área de pesquisa da empresa.

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A importância do planejamento nas finanças pessoais

Por Samy
12/04/13 07:00

O brasileiro fica em média,  150 dias do ano para pagar impostos e taxas governamentais.  Ou seja, de janeiro ao final de maio trabalha paraco governo.

De acordo com o Ministério da Previdência, a aposentadoria por tempo de contribuição é de 35 anos para o homem e 30 anos para a mulher. Como resultado, assumindo os 365 dias do ano, o homem e a mulher trabalham aproximadamente 14  e 12 anos (respectivamente) somente para contribuir com seus deveres fiscais.

Além disso, enfrentamos ainda gastos mensais quase indispensáveis como aluguel, água, luz, condomínio e os vitais, como, alimentação.

Diante dos pífios serviços de educação e saúde, os mais favorecidos, ainda pagam escola particular, cursos de inglês e plano de saúde.

Além destes custos “obrigatórios” que deveriam exigir uma reflexão e planejamento das finanças pessoais das famílias brasileiras, ainda temos as outras despesas  como vestuário, lazer, transporte, comunicação, etc. Esses pagamentos são tão comuns e rotineiros que acabam sendo feitos de forma automática e passam despercebidos no orçamento mensal.

Desde a crise internacional revelada em 2008 , com a quebra do Lehman Brothers, assistimos um cenário econômico instável, queda no rating de grandes países e empresas, variações constantes no nosso PIB e uma inflação longe do centro da meta.

 A crise e as incertezas geradas parecem não intimar os brasileiros , continuamos consumindo de uma forma desenfreada. Uma pesquisa intitulada Educação Financeira do Consumidor Brasileiro que foi realizada pela CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas) e SPC Brasil em Fevereiro, revelou que dos 646 consumidores pesquisados em todas as capitais do país, 85% fazem compras sem planejamento, destes, 54% fazem compras por impulso.

Para piorar, o PIB não cresce , o crescimento brasileiro de aproximadamente 0,9% em 2012 e de uma projeção de 3% para o final de 2013 5,7% para o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo).

Uma demanda de consumo desacompanhada de uma oferta produtiva, acaba invariavelmente gerando mais inflação, endividamento das famílias e maior lucro dos empresários.

Em tempos de crise e instabilidades econômicas, o mais natural seria que as famílias gastassem mais nos bens e serviços de primeira necessidade e menos nos supérfluos, porém não é isso que tem acontecido.

A magia da publicidade, as novas tecnologias e os designs sedutores deixam a vida do consumidor mais difícil nessa tarefa. Uma simples reflexão pode ajudar, será que é necessário a troca de carro por um  carro novo? Este smartphone fará tanta diferença? Parcelar no cartão de crédito faz sentido? Meu orçamento comporta uma nova dívida?

O brasileiro parece não refletir muito já que o Indicador Serasa Experian de Inadimplência do Consumidor , que é atualizado e divulgado mensalmente pelo Serasa, aponta um crescimento de 14,9% na inadimplência pessoa física em 2012 em relação ao ano anterior. O índice foi impulsionado pelas dívidas em atraso com as financeiras, cartões de crédito e empresas não financeiras (telefonia, fornecedoras de água e luz).

Conhecer a real capacidade de pagamento é fundamental para um endividamento mais saudável, uma inadimplência menor, um consumo consciente e uma possibilidade maior de poupança.

A questão não é deixar de viver, mas sim gerar maior utilidade para dinheiro que foi trabalhado.

Post em parceria com Filipe Castiglioni – Especialista em Finanças pelo Insper

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A difícil senão impossível tarefa de prever o futuro...

Por Samy
11/04/13 07:00

Recentemente, publicamos um artigo contendo as razões pela qual não acreditamos no mito da análise técnica. Argumentamos que é impossível prever o preço de uma ação baseando-se apenas no histórico dos preços passados, já que eles não apresentam um padrão consistente ao longo do tempo, como comprovam  inúmeros testes empíricos.

Rivalizando com a análise técnica, existe a análise fundamentalista, que consiste na utilização de dados públicos econômico-financeiros para prever os preços de uma ação. Assim, este tipo de análise lança mão dos fundamentos da empresa para estimar seu valor justo.

Apesar dessa modalidade possuir mais adeptos do que os grafistas, os resultados empíricos também não são contundentes e a aderência e consistência com dados reais é passível de questionamentos.

Sendo assim, será que é possível prever o preço de uma ação, independentemente da técnica utilizada?

Em nossa opinião, não! É muito mais difícil prever o futuro do que imaginamos. Nassim Nicolas Taleb ilustra muito bem essa ideia em seu livro “A Lógica do Cisne Negro”, mostrando o impacto do altamente improvável.

Curiosamente, o livro recebe esse nome porque as pessoas achavam que todos os cisnes eram brancos, até que alguém descobrisse um cisne negro na Austrália. Conclusão: não se pode afirmar que algo não existe, só porque o desconhecemos.

Pois bem, os modelos fundamentalistas para estimar o valor justo de um ativo geralmente utilizam previsão de fluxo de caixa futuro das empresas e para tanto geralmente projetam cenários, na maioria dos casos, os três clássicos: otimista, realista e pessimista.

O problema desse procedimento é que os cenários mais improváveis, ou seja, os cisnes negros em finanças, acontecem com muito mais frequência do que gostaríamos e acreditamos acontecer! Para piorar, quando eles ocorrem, são extremamente relevantes.

Por exemplo, nos últimos 20 anos ocorreram inúmeras crises… Alguém imaginaria crises como a argentina, mexicana, russa e tigres asiáticos? E as bolhas pontocom e imobiliária? Tivemos também os eventos trágicos como 11 de Setembro e até os desastres naturais como tsunamis, terremotos e outras catástrofes naturais.

Não apenas eventos negativos, mas também eventos positivos acontecem com muita frequência. Alguém poderia prever o surgimento da máquina a vapor? O surgimento da internet?

Foram estes eventos altamente improváveis que mudaram a ordem natural das coisas. Diante disso, não adianta apenas prever o preço de uma ação com eventos prováveis, já que o que define a história são os eventos raros, o que não está em nossos modelos, aquilo que não enxergamos.

Por exemplo: em 31/07 de 2006 as ações da Blackberry estavam cotadas a U$$ 21.87, com um método de mensagens instantâneas que era um sucesso, o BBM. Muitos recomendavam os papéis da empresa e um ano depois as ações chegavam a U$$ 124.51, uma valorização de 600%. Hoje a empresa perdeu 90% do seu valor. Um dos principais motivos foi o surgimento do Whatsapp, um aplicativo que envia mensagens gratuitamente para qualquer aparelho com acesso à internet, ao contrário do restrito BBM. Literalmente um cisne negro que ninguém previu.

Outro exemplo está no setor petroquímico brasileiro, tanto a Petrobrás, uma das ações mais rentáveis no início dos anos 2000, como as ações do grupo EBX, que, quando entraram na Bolsa, tiveram uma valorização de aproximadamente 50%.

Hoje as ações da Petrobrás perderam mais de 50% de valor e o grupo EBX vê suas ações atingindo a mínima histórica. O que aconteceu? Os analistas são incompetentes? Despreparados?

Obviamente não. No entanto, era muito difícil prever que o governo Dilma usaria a Petrobrás como instrumento para controlar a inflação, contendo os preços de seus produtos e prejudicando o balanço da empresa. Assim como também era quase impossível prever que a OGX encontrasse poços secos, frustrando as expectativas dos investidores.

É indiscutível que o preço de uma ação dependa do fluxo futuro de caixa, no entanto, as expectativas, em mercados mesmo que semi-eficientes, já estão incorporadas no preço. Em outras palavras, tudo que é previsível e público é computado, restando apenas o imprevisível e os eventos raros.

O que queremos dizer é, basicamente, o seguinte: não temos a mínima idéia do que vai acontecer de relevante nos próximos 2 anos, mas temos a certeza de que alguma coisa muito importante e inesperada, um cisne negro, acontecerá e mudará a ordem natural das coisas. E justamente esse imprevisível é o fator que terá maior relevância no mercado financeiro do que aquilo que já está precificado pelos analistas.

Portanto, antes de tentar começar a investir, lembre-se que diversos fatores não estão sob nosso controle. Os cisnes negros são responsáveis por fazer a nossa capacidade de previsão muito mais imprecisa do que gostaríamos.

Se déssemos alguns palpites sobre o futuro, saberíamos que estaríamos errados em praticamente todos eles. Porque temos a humildade de reconhecer que “é difícil fazer previsões, especialmente sobre o futuro“.

Post em parceria com Leonardo de Siqueira Lima, economista pela EESP e  Giovana Carvalho, graduanda em Economia pela FGV-EESP.

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As mulheres e o trabalho

Por Samy
09/04/13 23:29

Já faz quase 50 anos que ativistas do Women’s Liberation Movement protestaram, simbolicamente, no episódio da queima dos sutiãs, que se tornou mundialmente conhecido.

A queima, de fato, nunca aconteceu. Mas muitos paradigmas foram quebrados desde então.

No entanto, a ascensão feminina dá sinais de morosidade.

Das 195 nações independentes, somente 17 são governadas por mulheres, dentre elas, o Brasil.

Segundo o Núcleo de Direito e Gênero da Escola de Direito da FGV, mesmo representando 45% da força de trabalho brasileira, as mulheres, até 2011, ocupavam apenas 7,9% dos cargos de diretoria e 3,4% dos postos de CEOs.

Os dados tornam-se mais preocupantes diante do fato de que, mesmo trabalhando em período integral, as mulheres ainda ganham 13% a menos do que homens, no Brasil. Além disso, para 60% dos casos brasileiros, a mulher é o arrimo da família.

Para homens, o pressuposto básico é o de ter uma carreira bem sucedida e uma vida pessoal feliz. Para as mulheres, no entanto, tratam-se ainda como exceções admiráveis as profissionais que conciliam a carreira com os cuidados com a família.

Muitas mulheres não se arriscam a assumir determinados cargos ou novos projetos por medo de não dar conta de lidar com todas as atividades e tolhem suas oportunidades, por vezes, precipitadamente.

Por exemplo, recusam um cargo gerencial, porque planejam, em algum momento da vida, ter filhos, antecipando um problema que nem sequer surgiu.

Esse fenômeno sociopsicológico é conhecido como “ameaça do estereótipo”, segundo o qual, as pessoas expostas a determinado estereótipo negativo, no caso, o de mulher workaholic que negligencia a vida pessoal, provavelmente passem a se comportar como ele.

Outro motivo que limita algumas mulheres no exercício de sua profissão é o medo de serem mal julgadas por seus pares. É comum que, quando uma mulher se destaca no trabalho, seus colegas digam que ela é “agressiva demais” ou “masculinizada” ou ainda “difícil de lidar”.

Um exemplo dessa depreciação é a recém-falecida Margaret Thatcher, líder britânica de 1979 a 1990, que inspirou milhões de pessoas mundo afora. Ela era conhecida como “A Dama de Ferro” ou “Átila, a fêmea”.

Assim, por vezes, as profissionais tendem a minimizar a importância de suas conquistas ou o mérito de seu sucesso com o medo de gerar animosidade entre seus colegas e até mesmo seus líderes.

Na verdade, antes de mulheres ou homens, os profissionais são indivíduos. E como tal, deveriam ter o direito de escolher se querem cuidar da casa ou trabalhar, ou fazer ambos, tendo iguais oportunidades e reconhecimentos em todas as atividades.

Em especial para as mulheres, acreditamos ainda haver uma necessidade de usar sua feminilidade, sua sentimentalidade a seu favor. Não é preciso evidenciar apenas seu lado masculino para ser bem sucedida e realizada.

Post em Parceria com Giovana Carvalho, graduanda em Economia pela FGV-EESP

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Mundo Econômico - 08 de Abril

Por Samy
08/04/13 01:10

Panorama Mundo

A semana passada foi de queda para a maioria das bolsas internacionais. Os EUA apresentaram uma sequência de dados negativos, o que não incentivou os investidores.

No mês de março, o país do Tio Sam criou somente 88 mil vagas de emprego, segundo o Departamento de Trabalho. A expectativa do mercado era de 200 mil. Com isso, os investidores entraram em choque mesmo com o desemprego caindo de 7,7% para 7,6%).

Além disso, dados de serviços e manufatura mostraram certa desaceleração o país. Parecia que a recuperação havia começado bem, mas ela ainda continua lenta.

Na Europa, o pessimismo se manteve entre os investidores. Com os PMIs* da região vindo em níveis muito baixos, as expectativas de recuperação continuaram a cair. Enquanto isso, o Chipre se desdobra para evitar que haja um caos bancário no país.

A única bolsa que apresentou rendimento positivo no geral foi a japonesa. Para isso, existe um motivo em especial. Além dos EUA, o destaque da semana ficou com a política monetária japonesa.

Enquanto o Banco Central Europeu mantinha sua taxa de juros inalterada, o Banco do Japão fez mais que o prometido. Com um novo presidente, Haruhiko Kuroda, a instituição anunciou que fará o possível para atingir a meta de inflação de 2% no país em que deflação é extremamente comum.

O BoJ (Bank of Japan) planeja comprar 7,5 trilhões de ienes (US$78,6 bilhões) de títulos de dívida por mês e dobrar a base monetária* do país em dois anos. Tudo isso para estimular a economia e chegar ao processo inflacionário.

Panorama Brasil

No Brasil, o Ibovespa seguiu o ritmo externo e fechou a semana em baixa de 2,31% apesar de ter descolado do mercado internacional na terça e na quarta-feira.

Enquanto isso, o IPC-S desacelerou para 0,72% na quarta quadrissemana de março, de 0,78% na terceira semana do mês.

Ademais, o preço médio das commodities internacionais com impacto na inflação brasileira caiu 1,82% em março, segundo o Banco Central. Se essa queda chegar ao consumidor, podemos esperar uma desaceleração da inflação.

Ainda na semana passada, o presidente do BC, Alexandre Tombini, afirmou que a instituição irá analisar a inflação de março para ver se há necessidade de mudança na política monetária.

Por conta desse anúncio, o mercado, que projetava aumento da SELIC em Maio, começou a acreditar em mudanças em Abril. Consequentemente, a semana foi de alta para os juros.

No mercado de câmbio, o dólar se desvalorizou para R$1,987. A queda foi resultado da conjuntura externa e de boatos de que o IOF sobre investimentos estrangeiros em renda fixa poderia ser flexibilizado.

Expectativas da Semana

Para a próxima semana, podemos esperar volatilidade. Dados positivos nos EUA podem reviver o otimismo anterior e dados negativos podem levar a quedas bruscas dos índices acionários.

Enquanto isso, o investidor brasileiro ficará de olho na inflação seja ela brasileira seja ela chinesa. Os dois dados, entre eles o do IPCA de março, guiarão as perspectivas do mercado.

É de se esperar que a inflação do mês passado seja salgada. Portanto, as expectativas de aumento de juros em abril devem aumentar, os juros devem subir e o câmbio se valorizar levemente.

*Dicionário Economês-Português

PMI – O Purchasing Managers Index, ou “Índice dos Gestores de Compras”, é um indicador econômico que procura prever a atividade econômica através de pesquisas junto ao setor privado.

Base monetária – É o volume de dinheiro que corresponde à toda moeda em papel emitida e às reservas bancárias. É uma medida extremamente restrita de oferta de moeda em uma economia.

Post em Parceria com a Consultoria Júnior em Economia (CJE) da Fundação Getúlio Vargas de São Paulo.

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Saiba como o título pós-fixado NTN-B funciona, parte 3

Por Samy
06/04/13 17:39

Assim como a NTN-F,  a NTN-B é um título que realiza pagamento de cupons. Para tanto, este post será dedicado ao entendimento do valor do cupom assim como formação do preço do título.

Para melhor entendimento das informações apresentadas, recomendamos o link de nossa calculadora.

A parte 3 da série NTN-B será dividida basicamente em duas sessões. A primeira, mostrando como encontrar o valor bruto de cada cupom. Já a segunda, como achar o valor líquido de cada cupom.

a) Valor Bruto dos Cupons

O valor bruto do cupom na NTN-B depende do Valor Nominal Atualizado, que por sua vez, é indexado ao IPCA.

Dessa forma, para se projetar o fluxo de caixa nominal do título se faz necessário projetar o IPCA.

Quando é feito o fluxo com valor projetado do IPCA igual a zero, encontra-se o fluxo real e, a partir disso, a taxa real de juros. Por exemplo: se o IPCA gerar um taxa de compra de 3% , pode-se dizer que o investidor ganhará 3% mais a variação do IPCA, uma vez que as variações serão incorporadas ao VNA.

Para começar, considere:

  • Cenário A (IPCA = 0%)

Neste caso, como o IPCA equivale a zero, os cupons não sofrem atualização no preço. Desta forma, o valor bruto de todos cupons  são iguais.

Para encontrar, então, o valor do cupom, basta utilizar a seguinte fórmula:

A taxa de 6% é fixa em todas NTN-B’s . Como a taxa é anual, e deseja-se encontrar o valor da taxa semestral (já que o pagamento dos cupons são feitos semestralmente), eleva-se a taxa anual a 0,5 (meio), que é a mesma coisa que fazer a raiz quadrada. Caso não se lembre, veja a parte 1 da NTN-B, pois explica melhor estes valores.

O VNA utilizado pode ser encontrado pelo próprio site do Tesouro. Até o fechamento deste post, o site do Tesouro estava apresentando problemas e o VNA estava desatualizado. Para contornar este contratempo, montamos uma planilha (link) com a lista de VNAs atualizados até a data presente.

Como a data de compra da simulação é 15 de março de 2013 (veja parte 2), deve-se utilizar o VNA de março de 2013.

Conforme planilha, o VNA é de R$ 2.265,00.

Prosseguindo com a fórmula:

Ou seja, sem dedução de custos e taxas, o cupom vale R$ 66,96. E como este cenário está considerando IPCA no período como sendo 0%, o VNA se manterá em 2.265 por todo o período que o investidor estiver com o título. Consequentemente, todos os cupons valerão, em valor bruto, R$ 66,96.

  • Cenário B (IPCA = 5,84% ao ano).

Para encontrar o valor do cupom, segue a mesma formula:

A diferença deste cenário para o anterior está no VNA, que agora sofrerá mudanças, já que ele está acompanhando a evolução do IPCA no tempo.

Para encontrar o VNA mês a mês, deve-se, primeiro, saber o VNA atual, que pode ser obtido de duas maneiras:

1. Incluindo a variação do IPCA no mês em cima do último VNA. Os valores mensais do IPCA podem ser encontrados no site do IBGE.

Após encontrar o valor do último IPCA mensal,  basta fazer a fórmula do VNA atual, conforme fórmula já apresentado na parte 2 da série NTN-B Principal.

VNA atual = (VNA do mês anterior)(1+IPCAmensal)

Exemplo: Supondo VNA de fevereiro no valor de R$2.254,32 e o IPCA anual de 5,84% (0,474% mensal). Sendo assim, o VNA de março é encontrado utilizando a fórmula:

VNA atual = (VNA do mês anterior)(1+IPCAmensal)

VNA atual = (2.254,32)(1+0,474%)

VNA atual = 2.265

Ou seja, o VNA do mês de março é R$ 2.265,00.

Agora utilizando o outro método:

VNA atual = (VNA data-base)(fator de variação IPCA entre data-base e a data corrente)

Sabendo que o VNA na data-base (15/07/2000) vale R$ 1.000,00, basta identificar o fator de variação, que é encontrado no site do IBGE. No caso, em março o fator de variação foi 2,265.

VNA atual = (VNA data-base)(fator de variação IPCA entre data-base e a data corrente)

VNA atual = (1.000)(2,265)

VNA atual = 2.265

Ou seja, o VNA do mês de março é R$ 2.265,00.

2. Pegar o valor direto no site do Tesouro Direto.

Basta acessar o site do Tesouro e identificar o VNA do mês desejado. Encontrado o valor do VNA atualizado com o IPCA, basta seguir com a fórmula para cada um dos cupons.

b) Preço Líquido dos Cupons

De posse do valor bruto dos cupons, basta descontar os custos para o valor líquido de cada um deles, ou seja, o valor que o investidor vai efetivamente receber. Sendo assim, do valor bruto de cada cupom é necessário deduzir os impostos e taxas presentes (imposto de renda, taxa de administração e taxa de custódia).

O imposto de renda é deduzido de forma regressiva dependendo da quantidade de dias. A taxa de administração depende do que foi acordado com o banco ou corretora. Já a taxa de custódia, fixa no valor de 0,3% ao ano. Entenda aqui.

Repare que esse procedimento é similar a parte 3 da série NTN-F, já que os cálculos utilizados para encontrar o valor líquido dos cupons da NTN-B são os mesmos.

O próximo artigo da série NTN-B explicará como encontrar o Valor Bruto e Líquido total de um título NTN-B.

Artigo em parceria com Miguel Longuini, graduando em Administração de Empresas pela FGV-EAESP e Diretor Administrativo/Financeiro da CJE-FGV.

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