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Caro Dinheiro

por Samy Dana

Perfil Samy Dana é Ph.D em Business, professor da FGV e escreve no caderno Mercado

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O direito de greve acaba onde começa o do próximo

Por Samy
11/03/13 07:00

A Constituição de 1988 assegura o direito de greve ao trabalhador brasileiro que se sentir desconfortável com suas condições profissionais. Nos dizeres do artigo 9º, “É assegurado o direito de greve, competindo aos trabalhadores decidir sobre a oportunidade de exercê-lo e sobre os interesses que devam por meio dele defender.”.

Tal garantia legitima movimentos que visam atender às necessidades de uma minoria que possa estar em prejuízo por falta de proteção governamental, e por isso é essencial à sociedade.

A partir dessa segurança, surgem agitações do gênero nos mais diversos setores: correios em pé-de-guerra, motoqueiros indignados que páram o transito, servidores públicos insatisfeitos e muitos outros.

O caso mais recente ocorreu durante as últimas semanas no Rio de Janeiro, com um protesto de motoristas e cobradores de ônibus pelo aumento dos salários. O formato adotado para o movimento foi o mais comum: redução da frota de ônibus nas ruas.

Com a paralisação, o maior dano fica para a população, e não para o empresário que poderia flexibilizar o setor, já que conta com enormes margens de lucro. Neste momento, a insatisfação dos funcionários extrapola os limites e condena a todos os dependentes do serviço.

O trabalhador que acorda cedo e enfrenta horas de trânsito para ir e voltar de seu emprego é o que mais sofre sem transporte público. No entanto, ao que parece, a opinião deste cidadão não é tão levada em conta na tomada de decisão pelo protesto.

Em outros países, nos quais a greve também é garantida pela Constituição, há sempre a busca pela minimização do vazamento de consequências para agentes não relacionados com o problema principal –no jargão econômico, externalidades.

No caso de agentes rodoviários, por exemplo, o protesto consistiria na isenção de pagamento para utilização do serviço conhecido como catraca livre, e não em redução de frota. Desta forma, a única afetada seria a empresa responsável.

O protesto por melhorias em particularidades de pequenos grupos é um direito dos cidadãos. No entanto, deve-se sempre ponderar para que a justiça de uns não abrevie o poder e a integridade de outros.

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Mundo Econômico - 10 de março

Por Samy
10/03/13 07:00

Panorama Mundo

A semana passada foi positiva para o mercado acionário internacional. Todos os principais índices do mundo, com exceção do chinês, apresentaram variações superiores a 2%.

As altas internacionais foram impulsionadas pelos melhores indicadores nos Estados Unidos. O Beige Book* aponta que a economia americana cresce em ritmo “modesto a moderado” , além da melhora geral no mercado de trabalho .

Ainda nos EUA, o mercado imobiliário e de automóveis se fortaleceram, seguido por uma modesta melhora no setor industrial como um todo.

O grande destaque, entretanto, foi a taxa de desemprego dos EUA que caiu para 7,7%, menor valor em quatro anos.

No velho continente, o Banco Central Europeu manteve a taxa de juros básica da região inalterada. A instituição também previu que a economia da zona do euro começaria a se recuperar na segunda parte deste ano.

Na China, as notícias foram negativas. O governo tomou medidas para desestimular o mercado imobiliário da região, considerado superaquecido. Foram anunciados alta no valor da entrada para a compra do imóvel, aumento nas taxas na hipoteca da segunda casa e um imposto de 20% sobre o ganho de capital em imóveis usados.

O mercado entendeu que essa ação do governo chinês poderia desestimular a economia do país e diminuir sua demanda por commodities.

Panorama Brasil

No Brasil, o Ibovespa foi destaque positivo. Com expressivas altas da Petrobrás e das ações do grupo EBX, o índice registrou alta de 2,72% na semana.

Os motivos foram outro reajuste no diesel de 5% que impulsionou a Petrobrás e uma parceria entre o grupo EBX e o BTG Pactual que foi visto com otimismo pelos investidores.

É importante comentar que, apesar da forte alta, o Ibovespa continuou com movimentações tímidas em comparações com índices internacionais. Índices europeus, por exemplo, subiram pelo menos tanto quanto o Ibovespa.

Destaques, também, para a política monetária e a inflação. Na quarta-feira, o Copom anunciou a manutenção da taxa Selic em 7,25% a.a., no entanto, sinalizou possível alta.

O mercado começou a ajustar para cima a curva de juros, precificando um aumento de 0,25% na SELIC na próxima reunião do Copom. O ajuste se intensificou quando, na sexta-feira, o IPCA divulgado apresentou uma alta de 0,60% para fevereiro, acima das expectativas, que fez com que o acumulado de 12 meses da inflação chegasse em 6,31%.

No mercado de câmbio, o dólar partiu de R$1,98, no fim de semana anterior, para R$1,947 na 6ª feira dia 08/03. O motivo da desvalorização foi o maior apetite externo por risco e a inflação nacional.

Com uma inflação maior, o mercado tanto espera que o Banco Central use o câmbio para segurá-la até a próxima reunião do Copom quanto prevê maior entrada de divisas externas com o possível aumento futuro dos juros.

Expectativas da Semana

Para a próxima semana, o mercado externo deve continuar atento às questões fiscais norte-americanas. Atenção também será dada para a nota da reunião do Banco Central Europeu e para a produção industrial e vendas do varejo da China.

A tendência deve continuar sendo levemente positiva já que os dados em relação as vendas do varejo serão divulgados e devem continuar indicando leve recuperação.

Ademais, dificilmente  o Congresso norte-americano decepcionará os investidores: qualquer ação para evitar os cortes de gastos será uma surpresa positiva.

No entanto, é provável que o começo da semana seja de quedas com a resposta do mercado ao rebaixamento do rating da Itália.

No ambiente nacional, destaque para o IBC-Br* e a ata do Copom. O resultado do IBC-Br* deve dar um rumo ao Ibovespa que seguirá sem tendência certa e dependente de notícias pontuais para sustentar fortes altas.

A ata do Copom deve orientar os investidores em relação às futuras decisões para a política monetária. Enquanto isso, as expectativas de juros e de inflação devem continuar voláteis, respondendo a qualquer sinal sobre o futuro dessas variáveis.

*Dicionário Economês-Português

Beige Book – O “Livro Bege” é um relatório publicado oito vezes ao ano pelo FED* que indica o estado da economia do país. A informação apresentada é baseada em dados, pesquisas e entrevistas.

IBC-Br (Índice de Atividade Econômica do Banco Central) – Índice calculado pelo Banco Central que tem como objetivo tentar prever o desempenho futuro da economia brasileira.

Post em Parceria com a Consultoria Júnior em Economia (CJE) da Fundação Getúlio Vargas de São Paulo.

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A briga pelo petróleo

Por Samy
09/03/13 07:00

No último dia 6, o Congresso derrubou o veto da presidente Dilma, autorizando a redistribuição, entre os estados, dos tributos arrecadados com a produção de petróleo mesmo para os contratos vigentes.

A presidente havia vetado a alteração dos contratos em vigor, prevendo mudanças somente nos novos acordos.

As bancadas parlamentares do Rio de Janeiro e do Espírito Santo, os estados mais prejudicados com a mudança, entraram com um mandado de segurança no Supremo Tribunal Federal, pedindo a anulação da sessão que derrubou os vetos.

Argumentam que o presidente do Congresso Nacional, Renan Calheiros (PMDB-AL), agiu com “ilegalidade e abuso de poder”, uma vez que, como houve alteração no texto presidencial no dia anterior à sessão, os parlamentares teriam 30 dias adicionais para estudar o novo texto e definir seu parecer.

Para se ter ideia do impacto das medidas no orçamento desses estados, estima-se que sua parcela de direito sobre os royalties cairia de 26,25% a 20%.

Estimativas do estado do Rio de Janeiro afirmam que as perdas de recursos serão de R$3 bilhões até o fim de 2013, e R$75 bilhões até 2020.

O governador fluminense, em resposta ao ocorrido, suspendeu os pagamentos do estado, com exceção da folha salarial dos servidores públicos, sob o argumento de  que a revisão dos contratos comprometeria 25% da receita líquida estadual.

Segundo ele, a suspensão dos pagamentos seria uma medida preventiva para evitar o desrespeito à Lei de Responsabilidade Fiscal.

Sérgio Cabral afirmou ainda que, caso a derrubada do veto não seja revista, o governo utilizará seus instrumentos para garantir a saúde econômica do território, ou seja, pode aumentar a tributação sobre o setor petrolífero e rever isenções fiscais concedidas anteriormente.

O governador do Espírito Santo, Renato Casagrande, também anunciou que o estado deverá tomar medidas especiais, como o congelamento de R$200 milhões do orçamento, estimando perda de arrecadação de R$400milhões até o fim desse ano.

Essa questão pode ser analisada por sob outro prisma. Os royalties podem ser entendidos como uma ‘indenização’ pelos danos ambientais e sociais da exploração de recursos naturais em todo o Brasil.

E certa forma, eles acabam sendo um instrumento de fomentar o desenvolvimento por meio de uma riqueza natural nacional, investindo o capital arrecadado em setores estratégicos.

No caso, por exemplo, da bauxita do Pará, do manganês do Mato Grosso do Sul, do ferro de Minas Gerais e de diversos outros estados com abundância de recursos, os royalties ficam somente com o estado produtor.

Por que, então, especificamente para o petróleo deveria haver a redistribuição? Não seria justo, para garantir a isonomia dos estados brasileiros, redistribuir os royalties de todos os recursos naturais, então?

 Vale a reflexão…

Post em Parceria com Giovana Carvalho, graduanda em Economia pela FGV-EESP.

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O que nem todos sabem sobre as NTN-Bs e NTN-Fs

Por Samy
08/03/13 09:00

Depois de inúmeras dúvidas a respeito do reinvestimento dos títulos do Tesouro, assim como sua consequencia sobre a rentabilidade, decidimos retornar ao assunto.

Apesar de parecer um tema complicado, para entender o fundamento principal dos reinvestimentos, é necessário captar bem os mecanimos da TIR (Taxa Interna de Retorno).

Antes de aplicar aos cenários ilustrativos propostos em títulos públicos, vale um entendimento geral do conceito de TIR.

A fórmula pode ser entendida como:

Em que “Preço” é o valor que o investidor desembolsa na data de compra e “n” é o número de fluxos presentes.

Em caso de maiores dúvidas, indicamos a leitura de um artigo já publicado sobre a TIR.

Seguindo, então, aos exemplos.

  • Cenário 1

Suponha aqui o caso de um desembolso de R$ 100 com dois semestrais e consecutivos de R$ 10. O fluxo de caixa pode ser entendido como:

A ilustração pode ser traduzida da seguinte forma:

  • Fluxo 0:  – R$ 100
  • Fluxo 1:  + R$ 10
  • Fluxo 2:  + R$ 110

Os valores positivos indicam as entradas de caixa. Já os negativos, as saídas. Sendo assim, para descobrir a TIR desta operação, basta utilizar a fórmula:

Caso isso aconteça, pode-se dizer que os R$10 obtidos no fluxo 1 aumentam (10%) até o fluxo 2, totalizando R$ 11. Somando os R$11 aos R$ 110, o fluxo fica desta forma:

  • Fluxo 0:  – R$ 100
  • Fluxo 1:     R$ 0
  • Fluxo 2:  + R$ 121

Abaixo, um breve cálculo da taxa total no período e no semestre.

Os 21% referem-se, portanto, a taxa do investimento do seu início até seu vencimento/resgate. Já a taxa de 10% representa somente a taxa em determinado momento (neste caso, semestre) do investimento.

Ou seja, para que a TIR se iguale a do cenário A, é necessário que o cupom final seja 121. Na matemática simples, o investidor precisará, então, ganhar R$ 1 real a mais para que a TIR fique igual a do cenário 1.

  • Cenário 2:

Suponha agora que o detentor do título não reinvista o dinheiro, ou seja, os R$ 10 recebidos no fluxo 1 ficarão parados até o fluxo 2. Em outras palavras, o cupom de R$10 do fluxo 1 é reinvestido a 0% para o fluxo 2. Sendo assim, o fluxo pode ser entendido como:

  • Fluxo 0:  – R$ 100
  • Fluxo 1:     R$ 0
  • Fluxo 2:  + R$ 120

Repare que a taxa efetivamente obtida é 0,44 pontos percentuais menor que a TIR,  apesar dos valores serem os mesmos.

  • Cenário 3:

Em alguns casos, como assistimos no Brasil nos últimos anos, as taxas de juros da economia caem. Suponha, neste exemplo, que no dia que o detentor do título recebe o primeiro cupom (fluxo 1) as taxas vigentes estão no patamar de 5% e não 10% como na data inicial. Neste caso, o cupom de R$ 10  do fluxo 1 é reinvestido a 5% para o fluxo 2, ou seja, os R$ 10 do fluxo 1 viram R$ 10.5 no fluxo 2. Veja a ilustração: 

  • Fluxo 0:  – R$ 100
  • Fluxo 1:     R$ 0
  • Fluxo 2:  + R$ 120.5 

A taxa efetiva ficou 0,33% abaixo que a TIR . Esse fato é oriundo de uma queda nas taxas de juros da economia. Veja que isso pode acontecer com qualquer investidor, já que ele não consegue prever a taxa vigente na data de recebimento dos cupons futuros.

Caso queira entender melhor a formação de preço em relação a taxa de juros, leia este artigo.

  • Cenário 4:

Neste cenário, o investidor é surpreendido com um aumento das taxas vigentes. Quando ele recebe o cupom, as taxas estão 5 pontos percentuais acima da taxa contratada, ou seja, passaram de 10% para 15%. Neste caso, os R$10 do fluxo 1 se transforam em R$ 11,5 no fluxo 2. 

  • Fluxo 0:  – R$ 100
  • Fluxo 1:     R$ 0
  • Fluxo 2:  + R$ 121.5 

Ao contrário do cenário anterior, a taxa efetiva realizada é superior a TIR. Isto ocorreu pois o fluxo 1, devido as condições de Mercado, foi reinvestido a uma taxa superior a contrata.

Nos Títulos Públicos 

Para consolidar o explicado até agora, vale uma aplicação no caso do Tesouro Direto. Perceba que apesar de serem apresentados exemplos simples, a regra e o conceito são exatamente os mesmos.

Em outras palvras, o reinvestimento é uma eventual  variação na taxa de juros que afeta diretamente a taxa efetiva obtida quando comparada a  TIR.

Vale dizer que a TIR é chamada de “taxa de compra” nos sites que operam o Tesouro Direto.

Para  simular exemplos mais próximos da realidade dos títulos públicos, suponha então que o investidor tenha adquirido um título de NTN-F pelo valor de R$ 750,00. Até o vencimento do título ele recebeu dois cupons intermediários mais o cupom final. Segue ilustração do fluxo de caixa da operação:

Os fluxos de caixa deste exemplo são marcados da seguinte forma:

  • Fluxo 0: – R$ 750
  • Fluxo 1: + R$ 48
  • Fluxo 2: + R$ 48
  • Fluxo 3: +R$ 1048

Estes valores podem ser substituídos nesta equação para, então, encontrar a TIR do investimento. Lembrando que, como já explicado neste artigo, deve-se igualar a equação a zero. Veja: 

A TIR é, então, 15,92%. Para poder calcular na HP12C, leia este artigo.

E se o investidor optar por não realizar o reinvestimento dos cupons?

Caso ele opte por não fazer o reinvestimento dos cupons desta NTN-F, se deparará com o seguinte fluxo:

Os fluxos de caixa deste exemplo são representados da seguinte forma:

  • Fluxo 0: – R$ 750
  • Fluxo 1:   R$ 0
  • Fluxo 2:   R$ 0
  • Fluxo 3: +R$ 1144

A taxa obtida é, então, 15,11%. Ou seja, ao deixar de fazer os reinvestimentos, o investidor deixa de ganhar a taxa de 15,92% (com reinvestimento).

Em suma, para a TIR se concretizar em taxa efetivamente obtida, o investidor precisa, necessariamente reinvestir TODOS os fluxos intermediários no mesmo título. Muitos investidores esquecem de reinvestir, amargando, depois, taxas bem menores que as contratadas ou anunciadas.

Ainda que o investidor opte pelo reinvestimento, ele fica sujeito as taxas de Mercado que nem sempre equivalem a TIR contratada. Caso essa taxa seja menor que a TIR, o investidor ficará com um retorno menor que o contratado.

Por outro lado, se a taxa for maior que a TIR, ele pode realizar uma taxa maior que a contratada. Em todo caso, a taxa vigente não depende da decisão dele e está sujeita as condições macroeconômicas.

Artigo em parceria com Miguel Longuini, graduando em Administração de Empresas pela FGV-EAESP e Diretor Administrativo/Financeiro da CJE-FGV.

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Banda larga no Brasil: Helicóptero no preço e Maria fumaça na qualidade

Por Samy
07/03/13 07:00

O acesso dos brasileiros à internet cresceu de forma quase exponencial nos últimos anos; o mesmo, porém, não pode ser dito da qualidade dos serviços. Para não ser completamente injusto, as empresas tiveram sim um gigantesco crescimento: em número de reclamações e clientes insatisfeitos.

Segundo dados do Comitê Gestor de Internet, o Brasil possui 44 milhões de internautas online via banda larga, dos quais 28 milhões acessam a rede de forma móvel e outros 16 milhões de forma fixa.

No acesso fixo, os brasileiros azedam seus bolsos com um dos maiores custos do mundo. Segundo dados do relatório “The State of the Internet” (da consultoria AKAMAI) e do “Internet World Stats Broadband Penetration” (do Internet World Stats), um megabyte por segundo de conexão chega a custar 92 vezes mais caro do que no Japão, como mostra o gráfico a seguir, que relaciona as velocidades e os preços ao redor do mundo.

Além da baixa concorrência que favorece a ineficiência dos serviços, a lei não ajuda. As empresas são obrigadas a garantir apenas 20% da velocidade contratada, ou seja, o cidadão que contrata, por exemplo, 2MB, pode receber apenas 0,4MB – uma pechincha para os empresários do setor.

Há quem diga que viu, durante uma noite, um homem montado em um cavalo sem cabeça que afirmou que recebia 100% da velocidade contratada de sua operadora. É uma pena que o simpático senhor tenha desaparecido ao amanhecer do dia seguinte, e ninguém mais possa ter ouvido seu testemunho.

Para os que gostam do valor trabalho, o gráfico a seguir transforma o preço (em dólares), e mostra quais são as conexões mais caras do planeta.

Para não ser diferente de qualquer outro serviço oferecido em solos tupiniquins, amargamos a segunda conexão mais cara dos países avaliados, perdendo apenas para nossos hermanos argentinos. Para se conectar à rede, o brasileiro tem que trabalhar 2,71 horas, enquanto um japonês emprega apenas 0,015 horas de trabalho para acessar a internet.

Assim como os serviços de telefonia, os brasileiros sofrem não só com uma internet ineficiente, mas com uma das mais caras entres os países pesquisados.

Os impostos também fazem seu papel para atrapalhar nossa posição no ranking. Nós pagamos um imposto de 40% sobre os serviços de banda larga, enquanto no Japão é de apenas 5%, e, na Argentina, 27%.

A expansão da malha cibernética precisa ser acompanhada pela qualidade nos serviços, sem contar um preço internacionalmente competitivo – afinal, o indesejado Custo Brasil, que em muitos casos deveria chamar de Lucro Brasil, prejudica sensivelmente o poder de compra dos brasileiros.

A eficiência no serviço ainda faz parte da lista de milagres que muitos esperam que aconteçam até a COPA do mundo. Caso não haja uma mudança, vamos continuar pagando por voos de helicóptero e recebendo passeios de Maria fumaça.

Post em Parceria com Victor Candido, graduando em Economia pela UFV-MG (Universidade Federal de Viçosa)

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Governo Chávez chega ao fim

Por Samy
05/03/13 19:51

Na noite de hoje, faleceu o autoritário presidente da Venezuela, Hugo Chávez, aos 58 anos, vítima de um câncer na região pélvica diagnosticado em 2011.

Tal fato tem implicações mundiais e abre espaço para uma rediscussão da política econômica adotada no país.

Como o presidente faleceu antes de tomar posse novamente, em decorrência da eleição do ano passado, o país deverá passar, nos próximos dias, por uma nova eleição.

O candidato recomendado por Chávez é o vice presidente Nicolás Maduro, que compartilha de suas ideologias, baseadas principalmente na defesa do bolivarianismo, do esquerdismo e na repulsa ao neoliberalismo.

Maduro chegou a anunciar, mais cedo no dia de hoje, que ninguém poderia refrear a revolução bolivariana “nem pela via dos golpes, nem pela via eleitoral” fazendo jus ao discurso do comandante até então.

No campo econômico, Chávez havia se dedicado às tentativas de diminuir a pobreza nacional através das “Misiones Bolivarianas”, programas sociais voltados às populações carentes, que promoviam alfabetização e assistência médica.

Ao longo de seu governo, apesar de políticas de censura bastante discutíveis, houve diminuição da desigualdade social. O país aumentou de US$ 8,2 mil para US$ 13,2 mil o PIB per capita, correspondente a 3,37% ao ano , além de uma redução do desemprego de 8%.

No entanto, o governante não conseguiu reduzir a dependência do país de seu recurso natural mais abundante, o petróleo, que responde por 96% das exportações e favorece aos agentes econômicos mais próximos da sua petrolífera nacional – PDVSA.

Tal dependência torna o país muito vulnerável à cotação internacional do barril de petróleo. Em 2012, graças à alta cotação, o PIB venezuelano apresentou crescimento de 6%.

Alguns dados são alarmantes sobre a economia do país, como a inflação que gira em torno de 30% ao ano, e a dependência da importação de 60% da alimentação.

Apesar de Nicolás Maduro ser o sucessor mais provável, caso alguém da oposição vença, há a possibilidade de um plano mais aberto, no entanto, espera-se que o processo de “deschavinização” demore a ser concluído.

Post em Parceria com Giovana Carvalho, graduanda em Economia pela FGV-EESP

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Facilidade à vista dos inocentes

Por Samy
04/03/13 07:00

Abrir uma nova conta bancária sempre parece um bom negócio aos olhos do consumidor mais inocente. A quantidade de vantagens oferecida é tão sedutora que fica quase impossível não aceitar as propostas do cordial gerente.

Os benefícios variam nas mais diversas áreas: taxas mais baixas, internet banking, gerente sempre a postos, transferências imediatas, capitalização, seguros e muitos outros. Este conjunto de bens recebe o amigável nome de “Relacionamento”.

Muitas dessas assistências podem ser úteis dependendo das preferências do usuário. Talvez seja interessante para um comerciante ter facilidade para realizar a recarga de seu celular com menos obstáculos, por exemplo, já que utiliza este recurso o tempo inteiro.

No entanto, a maior parte dos serviços de relacionamento atrelados à conta não é aproveitada pela maioria dos consumidores, e muitos acabam até esquecendo que possuem estas vantagens com o passar do tempo.

No momento da abertura da conta, sempre é passada a relação de benefícios aos quais o cliente terá direito e o pacote é sempre fechado,

Além disso, o banco usa o termo relacionamento como condicional para taxas de juros mais baixas em empréstimos, como o caso do financiamento imobiliário. O problema está no fato de esse relacionamento se resumir em contratação, pelo cliente, de produtos e serviços que vão de seguro e previdência a capitalização Incluso neste conjunto, sempre está uma redução em alguma taxa básica que qualquer usuário terá de pagar, como a manutenção anual do cartão de crédito.

Mas os bancos, nada ingênuos, embutem taxas para qualquer tipo de serviço, independentemente de sua utilização, como cheque especial, extratos entre outros. Com isso, os inúmeros benefícios que ficam parados por muito tempo também acabam virando pequenos custos cobrados periodicamente.

Na prática, as ofertas de reduções em taxas de serviços utilizados com frequência são compensadas com o pagamento de outras relacionadas a funções às quais nem mesmo existe interesse. No dito popular, os bancos “não dão ponto sem nó”.

Felizmente, atualmente há instituições caminhando na direção oposta e reduzindo custos de manutenção se o plano selecionado incluir apenas serviços online. Mas é sempre bom ter cuidado, pois a qualquer momento uma vantagem aparentemente inofensiva pode se transformar em um relacionamento bastante desagradável.

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Mundo Econômico - 03 de Março

Por Samy
03/03/13 07:00


Panorama Mundo

Na última semana, as bolsas internacionais mantiveram a tendência de baixas movimentações. Mesmo com algumas notícias negativas, o viés foi positivo. Os destaques da semana foram os EUA e a Itália.

Nos EUA, o congresso ainda não chegou a um acordo e os cortes automáticos de gastos governamentais, programados para começar a ocorrer na sexta-feira passada, não foram evitados. O corte será de US$110 bilhões só em 2013.

Ainda nos EUA, a segunda prévia do PIB do 4º trimestre de 2012 foi divulgada e animou os investidores. A primeira prévia indicou queda de 0,1%, a segunda revisou o dado para crescimento de 0,1%.

Na Europa, a Itália foi destaque pelo resultado de sua eleição não ter dado maioria parlamentar a nenhum partido. Um governo de coalizão é possível, mas não desejado pelos políticos e pelos investidores. Se nada for feito, outra eleição terá que ser realizada e mais incertezas surgirão.

Panorama Brasil

No cenário interno, o Ibovespa apresentou uma alta semanal de 0,33%. Os motivos foram tanto um ajuste diante das recentes quedas do índice quanto alguns bons dados externos.

No entanto, na sexta-feira, com o problema nos EUA e com o a divulgação do baixo crescimento do Brasil em 2012 (0,9%), o Ibovespa voltou à tendência de queda e caiu 0,94%.

O destaque nacional continuou com a inflação. Mantega, Dilma e Tombini falaram da prioridade do controle da inflação no país. O Ministro da Fazenda, inclusive, afirmou que irá reduzir algumas tarifas de importação para ajudar na desaceleração da inflação.

Quanto aos índices, o IGP-M desacelerou para 0,29% devido aos preços dos produtos agrícolas e o IPC-S caiu para 0,26%, graças a redução da tarifa de energia.

Todo esse cenário fez com que tanto as expectativas de inflação quanto a curva de juros caíssem levemente.

Enquanto isso, com os problemas externos, o dólar apresentou leve valorização para R$1,982 na venda.

Expectativas da Semana

Para a próxima semana, o mercado deve ser um pouco cauteloso. Com o atual problema de cortes de gastos nos EUA, os investidores devem esperar a divulgação do Beige Book* para ajustarem suas projeções.

Entre outros dados importantes que podem afetar o humor dos investidores estão a Sondagem do PMI* chinês e europeu e a sondagem do PIB da zona do euro.

Enquanto isso, a situação do mercado interno dependerá da Reunião do Copom. A expectativa do mercado é que a taxa SELIC se mantenha em 7,25%,  mas o comunicado da reunião será importante para indicar o futuro da política monetária.

No mercado de câmbio, o dólar deve manter uma tendência de leve alta já que as incertezas externas com os cortes de gastos nos EUA e as eleições italianas se mantêm.

Por fim, a inflação deve continuar no centro das atenções com a divulgação do IPCA. O dado não deve surpreender ninguém, mas deve continuar em um patamar perigosamente elevado.

*Dicionário Economês-Português

Beige Book – O “Livro Bege” é um relatório publicado oito vezes ao ano pelo FED* que indica o estado da economia do país. A informação apresentada é baseada em dados, pesquisas e entrevistas.

PMI – O Purchasing Managers Index, ou “Índice dos Gestores de Compras”, é um indicador econômico que procura prever a atividade econômica através de pesquisas junto ao setor privado.

Post em Parceria com a Consultoria Júnior em Economia (CJE) da Fundação Getúlio Vargas de São Paulo.

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Greve no Rio e desequilíbrios em São Paulo

Por Samy
02/03/13 01:00

A greve que paralisou ontem 80% dos ônibus que circulam diariamente na cidade do Rio de Janeiro nos faz pensar sobre a situação do transporte público paulistano.

No caso do Rio, 75% das viagens são realizadas utilizando ônibus como meio de transporte, de modo que a sexta-feira foi caótica na cidade. Os pontos ficaram lotados, táxis abarrotados, cobrando R$20 por passageiro e muitas pessoas caminharam longas distâncias a pé.

A paralisação ocorreu devido às exigências por parte dos trabalhadores do setor de um aumento salarial de 15% e não 8%, como propunha a respectiva entidade patronal.

Exigiam também o fim da dupla função de motorista e cobrador, vale alimentação, cesta básica e plano de saúde.

Em São Paulo, o transporte viário também apresenta uma situação delicada, uma vez que a tarifa está congelada em R$3,00 artificialmente, para conter a inflação, a pedido do governo federal.

Tal medida implica um gasto imprevisto de R$50 milhões por mês à Prefeitura de São Paulo, que ainda estuda qual a melhor fonte desse capital agora necessário.

Ou seja, até junho, o prazo mínimo para realizar o reajuste da tarifa, quando serão renovadas as concessões das empresas responsáveis pelo transporte urbano, a Prefeitura arcará com R$300 milhões.

Estão previstos ainda subsídios de R$660 milhões às empresas que operam as linhas de ônibus, para que elas possam fechar suas contas.

Em resumo, o contribuinte arca com o dispêndio através dos impostos e não da tarifa em si, de modo que todos pagam pelo reajuste da tarifa e não somente os usuários.

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Saiba como garantir a rentabilidade de alguns títulos do Tesouro

Por Samy
01/03/13 10:36

Muitos investidores não sabem que a taxa de compra de um título só será realizada se todos os pagamentos intermediários forem reinvestidos pela taxa inicialmente contratada. Para isso, o Tesouro Direto abre esta possibilidade aos investidores por meio do programa de reinvestimento.

Lembrando que caso o investidor não queira realizar o reinvestimento, os juros pagos pelos cupons cairão ou no saldo dele em sua corretora ou em sua conta no banco. Neste caso, ele auferirá um retorno inferior ao contratado no ato da compra.

Com esta funcionalidade é possível programar, por meio de seu agente integrado de investimentos, para reinvestir os juros recebidos dos cupons semestrais dos títulos. Entretanto, só vale nos títulos do governo que pagam cupom, ou seja, as NTN-Fs e NTN-Bs.

Para tanto, verifique se sua corretora oferece esta opção. Em caso afirmativo, basta abrir a página ou programa de investimentos que ela oferece e entrar na área de reinvestimentos. Selecione então, dentre os títulos que pagam cupons, NTN-F ou a NTN-B, a opção de reinvestimentos.

Vale destacar que os cupons podem ser reinvestidos no mesmo título ou em títulos diferentes. A partir disto, sua corretora passará a realizar a operação automaticamente.

Para ilustrar melhor, será utilizado dois exemplos (cenários). No primeiro, será feito o cálculo do valor líquido final de uma NTN-F quando se resgata os cupons do título. No segundo caso, haverá, também, o cálculo do valor líquido final, mas, desta vez, supondo que o investidor faça o reinvestimento normalmente dos cupons neste mesmo título.

  • Cenário A: Sem Reinvestimento 

Neste exemplo, suponha que o investidor tenha feito o resgate de todos os cupons pagos pela NTN-F, ou seja, não realizou os reinvestimentos. O fluxo de caixa da NTN-F deixa de ser então representado por várias entradas de caixa e passa a ter somente uma. Abaixo segue uma ilustração quando isto ocorre:

Ou seja, assim como o indicado pelo fluxo de caixa, houve, na teoria, um único pagamento.

Para ilustrar, foi utilizado o mesmo exemplo de título da série NTN-F. Para quem não  recorda, o preço de compra do título foi de R$ 1.033,65. Considerando apenas o pagamento líquido final, o investidor recebe no vencimento o valor de R$ 1.037,28.

Este valor de R$ 1.037,28 representa a soma do valor nominal da NTN-F (R$ 1.000,00) com o cupom final líquido, no valor de R$ 37,28.

Realizando o cálculo da rentabilidade líquida, encontra-se uma taxa de 0,03% ao ano (caso não lembre como calcular, clique aqui).

Verifica-se, portanto, que não realizar o reinvestimento parece ser o mesmo que acabar nem investindo neste títulos, já que a taxa é de apenas 0,03% ao ano.

  • Cenário B: Com Reinvestimento 

Neste cenário, considerando que todos os cupons semestrais sejam reinvestidos no mesmo título, tem-se a rentabilidade completa do título (taxa contratada).

Diferentemente do fluxo de caixa apresentado no cenário A, agora o fluxo apresenta as entradas de caixa normalmente. Segue ilustração abaixo:

Os Total Investido representa a saída de caixa, ou seja, a quantia que o investidor utilizou comprando o título. As setas intermediárias indicam as entradas de cupons que foram reinvestidos. Já a seta marcada por “Valor a ser resgatado” representa a entrada do último cupom somado ao valor nominal do título.

De acordo com os dados já apresentados, o valor final líquido passa a ser de R$ 1.786,61. Realizando os cálculos, encontra-se uma rentabilidade líquida de 7,45% ao ano, ou seja, uma diferença de mais de 7% em relação a rentabilidade apresentada no cenario A – sem considerar os reinvestimentos.

Em resumo, para  que a taxa acordada na compra (TIR) seja realizada é fundamental que todos os fluxos sejam reinvestidos pela taxa inicial. Segue exemplo:

A taxa de compra do título utilizado aqui era de 9,87%. Esses 9,87% devem ser entendidos como uma TIR. Eles só vão se realizar caso todos os fluxos intermediários, cupons, sejam reinvestidos a essa taxa. Caso queira entender melhor este conceito de TIR, acesse este artigo.

A partir deste conceito da TIR, o investidor pode encontrar três possibilidades dentro do reinvestimento. São elas:

  1. Os cupons são reinvestidos a 9,87% e o investidor consegue manter a TIR.
  2. O investidor reinveste a outra taxa. Caso reinvista a uma taxa menor que 9,87%, ficará com uma TIR menor que a contratada na compra, ou seja, ganho menor que 9,87%
  3. Entretanto, caso reinvista a uma taxa maior, auferirá um ganho maior que 9,87%.

Por meio desta planilha o investidor conseguirá entender melhor o funcionamento do reinvestimento. Nela estão expressos exemplos de utilizações da TIR.

Cabe portanto, ao investidor, identificar suas necessidades, verificando se realmente é mais vantajoso a ele estar resgatando os cupons pagos pelo título. Entretanto, vale lembrar que com o valor dos cupons pode-se comprar outros títulos do Tesouro, o que pode acabar sendo mais vantajoso. Para isto, deve-se estar atento as taxas oferecidas e as expectativas do investidor sobre o mercado.

Artigo em parceria com Miguel Longuini, graduando em Administração de Empresas pela FGV-EAESP e Diretor Administrativo/Financeiro da CJE-FGV.

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