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Caro Dinheiro

por Samy Dana

Perfil Samy Dana é Ph.D em Business, professor da FGV e escreve no caderno Mercado

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Saiba como o título pós-fixado NTN-B Principal funciona, parte 4

Por Samy
08/02/13 06:00

Em sequencia à série NTN-B Principal, este post abordará aspectos sobre a rentabilidade deste titulo, como seus cálculos e mecanismos.

A rentabilidade é, muitas vezes, a primeira informação que o investidor analisa quando vai realizar algum investimento. É importante que o leitor saiba interpretar corretamente este conceito.

Pode-se dizer que há tipos de rentabilidade: bruta e líquida. A primeira representa uma taxa sem contar impostos e outras deduções. Já a segunda, e mais importante, representa a taxa efetivamente obtida com o investimento.

  • Rentabilidade Bruta

Antes de seguir, vale fazer uma consideração importante: a calculadora disponibilizada pelo próprio Tesouro indica, para estes dados, uma rentabilidade bruta de 9,51%, taxa esta diferente da que será apresentada aqui.

Esta diferença ocorre pois o Tesouro não utiliza os R$ 2.997,62 e sim os R$ 3.012,61. Nesta calculadora, será considerado o valor de R$ 2.997,62, uma vez que a taxa bruta não deve considerar taxas na entrada.

Por outro lado, ao realizar o cálculo da rentabilidade líquida, faz sentido utilizar o valor de R$ 3.012,61, já que nele se inclui as taxas de entrada.

Seguindo então aos cálculos. Para calcular a rentabilidade bruta, há que utilizar o valor total de compra do título, de R$2.997,62, e o valor bruto do resgate (sem dedução de impostos) que é R$8.592,49. Este valor é recebido no ato do vencimento do título de quando a venda ocorrer, o que pode, eventualmente, acontecer antes da data do vencimento (venda antecipada).

Matematicamente, a rentabilidade bruta segue a seguinte equação:

A Rentabilidade Bruta é, portanto, de 186,64%.

Para calcular a Rentabilidade Bruta Anual, basta usar a seguinte fórmula:

  • Rentabilidade Líquida

O cálculo da rentabilidade líquida é feito utilizando os valores efetivamente pagos e recebidos, deduzidos já de seus devidos impostos e taxas.

A Rentabilidade Líquida no período teria sido, portanto, de 140,49%. Vale notar a expressiva diferença quando o valor é comparado com os 186,64% de ganho bruto no período.

Para calcular a Rentabilidade Líquida Anual, basta aplicar a seguinte fórmula:

Rentabilidade Líquida anual = 7,90%, contra os 9,55% de rentabilidade bruta.

Desta forma, pode-se dizer que o investidor terá um ganho efetivo de 7,90% ao ano.

Artigo em parceria com Miguel Longuini, graduando em Administração de Empresas pela FGV-EAESP e Diretor Administrativo/Financeiro da CJE-FGV.

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Desoneração da cesta básica

Por Samy
07/02/13 07:00

O cenário econômico brasileiro iniciou o ano com diversas novidades e anúncios oficiais; alguns favoráveis aos cidadãos comuns, outros nem tanto.

Nesta semana, a presidente Dilma deu uma boa notícia: a União já estuda a desoneração integral da cesta básica de impostos federais.

Tal medida vai ao encontro da jornada para erradicar a miséria no país, favorecendo o acesso a itens básicos de subsistência. Vale lembrar que, como o peso de alimentação em classes menos favorecidas é maior, essa atitude diminuiria a desigualdade social.

De quebra, o corte de impostos ajudaria a retenção da inflação e até mesmo diminuição do nível de preços nos alimentos.

A ação só é torna possível porque o Brasil opera em um  sistema de impostos em cascata que, de tão absurdo que é, permite grandes cortes e ainda mantém uma boa arrecadação.

A promessa é de desoneração de um montante de R$ 53 bilhões em 2013, frente a um realizado de R$46 bilhões em 2012.

Resta ainda enfrentar a indefinição do que seria cesta básica. O pronunciamento da presidente enfatiza que o governo precisa determinar quais itens irão compor a cesta, o que precisa ser feito antes de qualquer desoneração.

Os brasileiros assistem, governo após governo, promessas da tão esperada reforma fiscal e redução da carga tributária. Há que ter esperanças e cobrar de nossos representantes o que, há tanto tempo, a população demanda.

Post em Parceria com Giovana Carvalho, graduanda em Economia pela FGV-EESP

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O mercado imobiliário no Brasil e o estado de natureza

Por Samy
06/02/13 07:00

Quem nunca ficou feliz por fazer um bom negócio, mesmo que o negócio nem fosse tão bom assim ou que aquele determinado produto nem fosse tão – ou nada – necessário? Todos já fizemos isso, mas poucas vezes colocamos toda nossa renda nesse tipo de transação. Porém, reza a lenda, isto pode acontecer e, quando estes bens são escassos, bolhas econômicas podem surgir.

A primeira bolha econômica, ao menos a que a maior parte dos economistas reconhece, ocorreu na Holanda do século XVII, através das lindas e imponentes Tulipas trazidas da Pérsia – um grande sinal de status para a sociedade da época. Sempre criando depressões e recessões que custam empregos e muita dor para as famílias, as bolhas são talvez um dos maiores símbolos da irracionalidade humana. Mas será que elas são inatas e fazem parte da nossa natureza?

Com o crescimento da classe média no Brasil, aliado ao aumento exponencial de crédito e alta liquidez no mercado, os novos ricos estão deixando de comprar ativos reais para comprar status – ou tulipas. Suas motivações deixaram de ser racionais para serem movidas por aquele sentimento inerente ao homem de sempre acharem que estão fazendo um excelente negócio.

Porém, não existe excelente negócio quando somos levados pela cegueira da paixão, do orgulho e das informações assimétricas do mercado. E por isso que o mercado imobiliário brasileiro está em seu próprio estado de natureza, movido pelo orgulho e pela vaidade dos agentes, que compram não o ativo em si, mas a simbologia e o status atrelado à ele, esperando que os preços sempre continuem a subir ou que aconteça aquilo que poder-se-ia chamar de “teoria do tolo maior”: quem ficar com a “batata quente” na mão por último perde.

Em 1651, Thomas Hobbes concebeu o conceito de estado de natureza, caracterizado pelas paixões universais do orgulho e medo predominantes do ser humano, em que todos viveriam em um estado de máxima insegurança e ansiedade, exigindo, portanto, a criação do Estado como regulador.

Como no dilema do prisioneiro, não haveria razão para que os agentes cooperassem entre si, pois o orgulho individual e a paixão pela superioridade, pelo desejo de ser o primeiro, e pela vontade de ser visto desta forma na corrida da vida impediriam qualquer forma de equilíbrio natural.

Mais além, este orgulho consiste também de uma vontade não somente em se dar bem, ser bem sucedido, mas também de demonstrar suas conquistas e vitórias como uma forma de buscar a glória através da exibição pessoal do seu sucesso.

E o medo do fracasso? Ninguém quer ser mal sucedido em tudo isto, ou ser visto por terceiros como perdedor . Ou seja, em um estado de natureza, todos têm direito a tudo e, por isso, não tem direito a nada. Ou em bom economês, laissez faire, laissez passer – a mão invisível do mercado resolve tudo.

No caso do preço dos imóveis no Brasil, a possibilidade de poder ter acesso a um bem escasso que a nova classe média antes não tinha é mais que a compra de um imóvel. É um símbolo de ascensão social, a compra de um novo status social.

Como no caso dos imóveis a oferta é escassa, pois não existe terra suficiente para todos no mesmo lugar, ter acesso a crédito que parece barato e parcelar seus apartamentos em dezenas de prestações fazem deste tipo de fenômeno uma bolha especial – a bolha do estado de natureza, movida não pela curva de demanda e oferta, mas pelo orgulho e status.

Quanto mais crédito e liquidez no mercado, maior a bolha. Mas o medo irá levar ao desespero quando os compradores perceberem que aquilo que compraram, e se endividaram para isto, vale muito menos do que esperavam – e que todos, de repente, estão percebendo a mesma coisa.

 Algo como comprar uma Ferrari no valor de uma casa e alguns meses depois descobrir que ela vale metade do preço. A diferença aqui é que estamos falando de várias Ferraris chamadas casas e apartamentos. Quem vai ficar com a batata quente na mão?

Assim como Hobbes e John Nash teorizaram em suas obras, sem que haja intervenção do Estado para forçar a cooperação dos agentes e para criar mecanismos que façam o mercado atingir seu equilíbrio real, de forma racional e que fuja do orgulho gerador de medo e bolhas, uma hora as tulipas não serão mais imponentes nem belas.

Post em Parceria com Eros Nascimento, Mestrando e Graduado em Administração Pública pela EAESP-FGV, tendo cursado Ciências Sociais pela Universidade de São Paulo e Administração pela Marriot School of Management na Brigham Young University – EUA .

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Instrumentos Financeiros nº20: Mercado a Termo

Por Samy
05/02/13 07:00

O mercado a termo foi à primeira espécie de derivativo conhecida pela sociedade e é negociado, principalmente, sobre mercadorias, ações, moedas e títulos públicos.

É um acordo entre duas partes para comprar ou vender um ativo em determinada data futura, por preço certo e ajustado.

Quando negociado em bolsas de valores e mercadorias, possui características muito especificas em relação às outras espécies de derivativos, uma vez que é um acordo entre duas instituições financeiras e/ou seus clientes.

Este instrumento é liquidado integralmente no vencimento, não havendo possibilidade de sair da posição antes disso. Essa impossibilidade de recompra e revenda antes do vencimento (ausência de mobilidade de posições) torna o contrato a termo ilíquido.

Além da baixa liquidez, o risco de crédito no contrato a termo é substancialmente elevado, pois ocorre um único ajuste na data de vencimento, de maneira que uma das partes acumula todas as perdas para o último dia do contrato.

Para evitar a inadimplência dos contratos nas operações a termo, a bolsa exige um depósito de garantia e, ainda, há as garantias adicionais requeridas pelas corretoras de seus clientes.

As garantias podem se constituir nas modalidades de cobertura ou margem. O mais comum são as margens de garantia, estabelecidas por um percentual do valor do contrato dependendo da volatilidade e liquidez do ativo negociado.

Existem, basicamente, três tipos de operações a termo:

a) Operação simples: nesta modalidade, o comprador e vendedor acordam o vencimento e o preço do contrato. Na data acordada, o comprador entrega o dinheiro e recebe o ativo objeto do contrato.

b) Operação a prazo com prêmio: esta modalidade permite a desistência de uma das partes do contrato, comprador ou vendedor, mediante o pagamento de um prêmio (multa)  estipulado previamente.

c) Operação de report: esta operação funciona como se fosse uma concessão de um empréstimo-financiamento a taxa pré-fixada. O comprador adquire o ativo objeto à vista e realiza uma venda simultânea. Na prática, ele esta pagando a prazo com uma taxa de juros já estabelecida.

Os custos para operar no mercado a termo são constituídos em taxa de corretagem, registro, liquidação e emolumentos. A taxa de corretagem é livremente pactuada entre o investidor e a corretora de valores.

Nos contratos a termo não há incidência de imposto sobre operações financeiras (IOF), e o imposto de renda (IR) incide sobre todas as operações, sendo que os procedimentos são diferenciados para operações financeiras e não financeiras.

Segue, a título ilustrativo, um exemplo de operação a termo, adaptado do livro de John Hull, Opções, Futuros e Outros Derivativos. Neste exemplo, vale notar que não são considerados os custos operacionais e os tributos .

Cotações a vista e a termo do dólar em 8 de maio de 2012
a vista 1,6080
termo de 30 dias 1,6076
termo de 90 dias 1,6056
termo de 180 dias 1,6018

Um investidor realiza um contrato a termo para comprar 1 milhão de dólares em 90 dias. Suponha que a taxa de câmbio a vista suba para 1,6500 no final de 90 dias.

Pergunta: O investidor obtém êxito em termos financeiros?

Resposta: Sim, o investidor obtém êxito. O investidor acordou pagar R$ 1,6056 por dólar após 90 dias do contrato. Como, no vencimento do contrato, o dólar se valorizou ante ao real, o investidor pagará 1,6056 por uma moeda que vale R$1,6500.

A fórmula de cálculo é: St-K

Em que: St – preço a vista no vencimento do contrato;   K – preço de entrega.

Portanto: R$ 1.650.000 – R$ 1.605.600 = R$ 44.400

É possível acompanhar o mercado através da BM&FBovespa ou ainda contar com assessoria de profissionais de investimentos.

Bons investimentos!

Post em parceria com Alex Del Giglio que é graduado em economia pela USP com extensão em finanças pela ESC Bordeaux e mestre em Administração pela FGV. Responsável pela área educacional da Prime Finance Investimentos AAI Ltda com sede em Manaus.

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Os benefícios da traição na tv a cabo e internet

Por Samy
04/02/13 07:00

Com os avanços tecnológicos, internet e canais fechados são serviços acessados por grande parte da população. Basta ligar a televisão para se deparar com uma avalanche de comerciais de promoções fantásticas na utilização desses dois serviços. É uma metalinguagem comercial: os servidores se valem do serviço que vendem para buscar novos clientes por meio de promoções atraentes veiculadas em intervalos televisivos ou pop ups na internet. No entanto, essas maravilhosas promoções não valem para o contrato após o período de teste, e o plano passa a assumir um valor muito mais alto, pegando muitos usuários de surpresa: é comum esquecer que a promoção tem dia para terminar. Mesmo aturdidos, os contratantes decidem permanecer com o produto, já que não gostariam de ficar sem ver aquela nova série favorita ou sem assistir vídeos online em alta definição.

O problema começa aí: durante o período promocional, que dura, na maior parte dos casos, seis meses, o serviço prestado é novo e, como todas as descobertas da vida, parece excelente e extremamente útil. Mas o produto, que na época da contratação era o melhor a preços especiais, passa a ser oferecido em novos comerciais a um custo menor, apenas para novos clientes. Resignados, a grande maioria dos usuários simplesmente acata a determinação contratual e sequer tenta alterar o plano – desistem só de pensar em horas perdidas em SAC de qualidade discutível.  No entanto, aqueles que resistem e sobrevivem até o final da ligação conseguem uma boa redução nos preços, já que para a empresa contratada vale mais ter o cliente do que perdê-lo para a concorrência.

Uma boa estratégia é apelar para a desistência do plano. Nessa hora, o atendente que por tanto tempo soou indiferente quanto a suas reclamações oferece uma infinidade de vantagens e descontos tentando persuadí-lo a continuar com o produto. Ou seja, enquanto a lealdade à companhia é recompensada por preços extorsivos, a traição é premiada com vantagens competitivas. Apesar de absurdo, parece que no Brasil o segredo para não cair em nenhum tipo de prejuízo é não se deixar acomodar, nem mesmo quando se busca um pouco de conforto e comodidade.

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Mundo Econômico - 03 de fevereiro

Por Samy
03/02/13 07:00

Panorama Mundo

A semana passada foi de dados mistos sobre a economia mundial. Consequentemente, bolsas operaram com volatilidade, mas, no geral, lateralmente.

No mundo das ações, destaque para a bolsa chinesa que subiu 5,57% na semana. Os motivos foram o terceiro aumento mensal consecutivo nos lucros da indústria do país, que subiram 17,3% na comparação anual, e o PMI* do país que indicou expansão.

O destaque negativo ficou por conta da bolsa espanhola. A queda semanal foi de 5,67% com o estresse financeiro da zona do euro que fez com que o Banco Central Europeu anunciar que daria a liquidez necessária para auxiliar a fraca economia europeia.

Nos Estados Unidos, as bolsas fecharam a semana positivamente frente aos dados mistos do país. Decepcionando os investidores, o crescimento do PIB norte-americano foi revisado de 1% para queda de 0,1% no último trimestre. Além disso, a ata da reunião do FOMC* destacou que a economia norte-americana pode recuar após ter desacelerado no fim do ano passado.

Por outro lado, bons foram os dados de bens duráveis, de pedidos de auxílio-desemprego, do Chicago PMI* e da confiança do consumidor.

Na Europa, o desemprego da Alemanha surpreendeu ao cair para 6,8% em janeiro. O PMI* da região, apesar de apresentar retração em 47,9, veio cima do esperado também.

Panorama Brasil

No Brasil, o Ibovespa se descolou de boa parte das bolsas internacionais durante a semana. No fim, o índice fechou a sexta-feira de volatilidade com queda de 1,34%.

O inesperado anúncio da Petrobrás do aumento de 6,6% na gasolina sel decepcionou o mercado que esperava uma alta maior e derrubou o o preços das ações . A notícia veio em uma data inesperada com uma alta menor que a esperada, o que fez as ações da empresa caírem. No mais, as expectativas para o crescimento do PIB brasileiro caíram na semana. O Relatório Focus mostrou que essas perspectivas caíram de 3,19% para 3,10% em 2013.

Ainda negativamente, o déficit da balança comercial de janeiro foi o menor da história. O déficit foi de US$ 4,035 bilhões.

Quanto à inflação, o IGP-M veio desacelerando, graças aos preços agrícolas, em 0,34%. No entanto, o IPC-S manteve o nível alto de 1,01% na 4ª quadrissemana de janeiro.

Em relação ao câmbio, o BC parece ter sinalizado que deseja um real mais valorizado para combater a inflação quando permitiu que o dólar caísse abaixo de R$2,00. No entanto, Guido Mantega declarou que o governo nõ deixará o câmbio desestimular a indústria.  O dólar encerrou a semana  em R$1,9890.

Expectativas da Semana

A tendência da próxima semana é de movimentos laterais nas bolsas internacionais.

O Ibovespa, no entanto, pode apresentar volatilidade enquanto os investidores continuam a criar expectativas para a economia no ano. Como o cenário interno está bastante incerto, o movimento da bolsa pode depender bastante dos preços das commodities.

Mantendo o nível de dúvida, as expectativas de inflação devem subir levemente junto com os juros por conta de incertezas.

Também em um cenário incerto, o dólar deve se manter praticamente estável em patamar abaixo de R$2,00. Os investidores esperam sinalização do governo se o câmbio será usado para combater a inflação ou não.

*Dicionário Economês-Português

PMI – O Purchasing Managers Index, ou “Índice dos Gestores de Compras”, é um indicador econômico que procura prever a atividade econômica através de pesquisas junto ao setor privado.

FOMC – O “Federal Open Marketing Committee” é o equivalente norte-americano do Copom Brasileiro. O FOMC é o comitê que decide a política monetária do país do Tio Sam periodicamente.

Post em Parceria com a Consultoria Júnior em Economia (CJE) da Fundação Getúlio Vargas de São Paulo.

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Apesar da cautela do governo, aumento de gasolina preocupa

Por Samy
02/02/13 07:00

No dia 30 de janeiro, os brasileiros receberam uma notícia nada agradável, a da alta no preço da gasolina.

Nas redes sociais não faltaram piadas: sugeriram esse aumento como uma compensação à redução em cerca de 18% da tarifa de energia e, em partes, isso é verdade.

O aumento dos preços era necessário e o governo já vinha contendo-o desde o ano passado, como forma de controlar a inflação, assunto abordado aqui no blog diversas vezes.

Analistas reconhecem esse aumento de 6,6% nas refinarias da Petrobras foi feito em momento bastante oportuno, uma vez que, ocorrendo no dia 30 de janeiro, ele não entra para o índice de inflação IPCA de janeiro, cuja contabilização termina antes de tal data.

Pesa o fato de que o mês de janeiro apresenta diversas cobranças de impostos, reajustes de mensalidades e de preços, de forma geral, o que contribui para apertar mais ainda o orçamento dos cidadãos.

Assim, o aumento se diluiria nos próximos índices e a redução da tarifa de energia mais que compensaria o efeito da alta da gasolina. Além disso, deve-se atentar para os alimentos, que não sofreram alta tão grande, o que ajuda a controlar a inflação.

O aumento final esperado, nas bombas para o consumidor, é de 5,3%, o que, sem dúvida, pesa no bolso do consumidor e, principalmente, do setor de transportes. Não se pode negar, no entanto, que o governo foi cauteloso com essa alta, mais cauteloso, até mesmo, do que os acionistas da Petrobras gostariam.

Como tentativa de controle do preço, espera-se um aumento, estimulado pelo governo, na mistura de álcool na gasolina em maio. O consumidor precisará fazer ainda mais malabarismos para não deixar nenhum prato cair e quebrar seu orçamento.

Post em Parceria com Giovana Carvalho, graduanda em Economia pela FGV-EESP 

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Saiba como o título pós-fixado NTN-B Principal funciona, parte 3

Por Samy
01/02/13 07:00

Em sequência a série sobre a NTN-B Principal, este post apresenta os cálculos que envolvem a compra de um título. Para que o investidor possa acompanhar a simulação de maneira simplificada, basta realizar o download de nossa calculadora. Esta já está dentro da nova regra do Tesouro, ou seja, não inclui a taxa de negociação.

Apesar de ter extinto a taxa, a calculadora disponível no site oficial do Tesouro Direto ainda não foi atualizada. Desta forma, pode haver divergência nos cálculos caso o leitor queira comparar as simulações.

A calculadora facilita a realização das contas, entretanto, o intuito é ser uma ferramenta capaz de facilitar o entendimento dos investimentos, além de descomplicar as operações matemáticas.

Primeiramente, será explicado o preço de compra da NTN-B Principal, cuja fórmula é a seguinte:

Preço de Compra = (VNA projetado)(Cotação)

Deve-se, então, encontrar, antes, o VNA e o valor da Cotação.

Como visto na parte 1, a data-base do VNA é 15/07/2000, nesta ocasião o valor era de R$ 1.000,00. Portanto, quando uma fórmula fizer referência ao VNA (data-base) significa dizer que o mesmo é R$ 1.000,00. Segue novamente a fórmula para cálculo do VNA:

O “x” representa variações dos dias corridos. Pode ser calculado da seguinte forma:

Neste caso,

Como o exemplo ocorre exatamente no dia de divulgação do IPCA, dia 15, não é necessário projetar o IPCA. Logo, (x=0) significa que o VNA é conhecido (não projetado). Em um post futuro, será feito um exemplo de compra em data diferente do dia 15 e, por isso, com necessidade de IPCA projetado.

Desta forma, conforme indicado pelo Tesouro, VNA = 2.231,71.

Já a Cotação, da seguinte maneira:

Note que a cotação será sempre igual a 100 quando o título estiver sendo vendido pelo seu valor de face.

A cotação pode ser entendida como a porcentagem do preço em relação ao último  VNA. Por exemplo, uma Cotação no valor de 67,16%, significa  que o preço corresponde a 67,16% do VNA. Em outras palavras, o preço é 32,84% menor que o VNA atual.

Pode-se, então, achar o Preço de Compra:

Preço de Compra = (VNA)(Cotação)

Preço de Compra = (2.231,71)(67,16%)

Preço de Compra = 1.498,81

O preço de compra do título é calculado e apresentado ao investidor no ato da compra.

O valor total que o investidor comprou em NTN-B Principal pode ser encontrado com a simples multiplicação da quantidade adquirida de títulos pelo  preço unitário do título para compra. De acordo com o exemplo, este valor é de R$ 2.997,62 (já que foram adquiridos dois).

De R$ 2.997,62, deve-se descontar 0,5% de entrada (taxa de administração suposta).

0,5% de R$ 2.997,62 = R$14,99

O Valor Investido Bruto passa a ser de R$2.997,62 + R$14,99 = R$3.012,61

O Valor Bruto de Resgate pode ser calculado da seguinte forma:

Do Valor Bruto de Resgate devemos deduzir os impostos (a), o valor da taxa de custódia (b) e o valor da taxa de administração do resgate (c):

a)      Impostos:

15% de (R$ 8.592,49 – R$2.997,62) = 839,23

Caso não se lembre, é cobrado 15% de imposto pois a aplicação ultrapassou o prazo de 360 dias (basta olhar novamente as tabelas de impostos).

b)      Valor da Taxa de Custódia do Resgate:

O impacto da taxa de custódia cobrada pela BM&FBovespa, de 0,3% ao ano sobre o valor aplicado nada mais é que a multiplicação do fator 0,3% pela quantidade de dias corridos da aplicação, dividido por 365 já que a taxa é anual, e por uma média aritmética entre o Valor Investido (campo preenchido pelo investidor na calculadora) e o Valor Bruto de Resgate.

Ou seja:

O valor. após as contas é, então, de R$ 201,43.

c)      Valor da taxa de administração do resgate:

Primeiramente, vale lembrar que esta taxa só é aplicada se o título for resgatado após um período de um ano.

O cálculo desse custo é muito semelhante ao da taxa de custódia, apenas deve-se levar em conta, duas diferenças. A primeira é que na parcela referente ao tempo de aplicação, o valor total em dias corridos deve ser subtraído de 365 (número de dias do primeiro de aplicação). Caso a aplicação seja inferior a 1 ano, esse desconto não precisará ser feito, pois a taxa já foi descontada no momento da aplicação.

O segundo ponto é que, ao invés do 0,3% ao ano da taxa de custódia, cada instituição financeira cobra uma taxa específica por seus serviços. A simulação leva em conta o valor que o investidor preencher no campo “taxa de administração do banco/corretora”.

Ou seja:

O valor, após as contas é, então, de R$ 306,74.

Já o Valor Líquido de Resgate é encontrado subtraindo do Valor Bruto de Resgate as taxas e o imposto. Segue a fórmula para realizar o cálculo:

Valor Líquido de Resgate = Valor Bruto de Resgate – Imposto (a) – Valor da Taxa de Custódia do Resgate (b) – Valor da Taxa de Administração no Resgate (c)

Valor Líquido de Resgate = 8.592,49 – 839,23 – 201,43 – 306,74

Valor Líquido de Resgate = R$ 7.245,09.

O valor que o investidor efetivamente receberá após comprar este título de NTN-B Principal é de R$ 7.245,09.

A seguir, o desenho do fluxo de pagamento líquido deste título:

O investidor desembolsa em 15/01/2013 a quantia de R$ 2.997,62 para receber R$ 7.245,09 em 15/08/2024 (2908 dias úteis após a compra).

Interessante notar que cálculos foram feitos supondo que não há variação do VNA; portanto, a taxa de compra encontrada é de juro real, ou seja,  acima da inflação. Uma eventual variação do IPCA faria com que o valor de resgate do título fosse atualizado.

Os próximos posts da série NTN-B Principal farão referência ao cálculo da rentabilidade, venda antecipada e simulação de cenário quando há variação no IPCA.

Artigo em parceria com Miguel Longuini, graduando em Administração de Empresas pela FGV-EAESP e Diretor Administrativo/Financeiro da CJE-FGV. 

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Custo para ter cachorro chega a R$ 30 mil

Por Samy
31/01/13 07:00

O melhor amigo do homem rosna para o seu bolso.

Ter um cão é o sonho de muita gente pequena ou grande. Quem já viveu a experiência sabe o prazer que é ter um amiguinho de quatro patas em casa.

No entanto, o ente canino requer cuidados e atenção, além de incluir uma série de custos para garantir seu bem estar.

Os itens analisados para formar o custo foram baseados nas recomendações que veterinários fazem para que o querido amigo tenha uma vida saudável. No entanto, alguns extrapolam esses valores, pois incluem mimos como rações especiais, terapias e até banhos de hidromassagem.

O primeiro gasto ocorre quando o cachorro, normalmente filhote, chega em seu novo lar. Este custo varia de 0 a até R$10.000 dependo, basicamente, seu o cachorro foi adotado ou não, da raça e do pedigree.

Gastos Iniciais

Logo que entra na casa, o novo membro é acolhido com carinho e atenção, afinal, todos se fascinam com a doçura de um filhote. Já do ponto de vista financeiro, essa época é marcada por gastos acentuados, uma vez que o animal tem que tomar vacinas, ir com mais frequência ao veterinário, comer mais, tomar banhos, bem como outros gastos, como a castração, caso optada. Em média, foram encontrado os seguintes preços:

Gastos mensais

a) Pequeno Porte

O cão adulto de pequeno porte se alimenta duas vezes ao dia com 50g de ração, totalizando 1500g mensais. Diante disso, um pacote de ração de ração 3Kg custa em média R$50,00 e dura em torno de 2 meses, logo nosso custo mensal de ração é de R$25,00.

Os veterinários indicam para a maior parte das raças de pequeno porte um banho por semana, que custa, em média, R$30,00, totalizando R$120,00 mensais. Além do banho e da ração, reservar uma verba de R$ 50 por mês é recomendável para eventuais as idas ao veterinário e gastos com saúde

Dessa forma, o cão de pequeno porte possui um gasto mensal de R$195,00.

b) Médio Porte

Um cão de porte médio consome 300g por dia, ou seja, 9Kg de ração por mês. Considerando o preço do quilo para este porte, o total mensal fica em aproximadamente R$ 70,00

Recomenda-se dois banhos por mês, e nesse porte cada banho sai em média R$50,00; logo, o dispêndio mensal com higiene fica torno de R$100,00. No total, levando em conta os R$ 50 para saúde, a média mensal de um cão desse tipo aproximadamente  R$220,00.

c) Grande porte

Já os cães de grande porte, que pesam mais de 50kg, consomem 500g de ração por dia, ou um saco de 15Kg de ração por mês. Nesse caso o gasto fica por R$100,00. Para seguir a recomendação de um banho por mês, o dono irá gastar R$100,00 por conta do porte do animal e do tempo demandado para os cuidados. Logo, os cutos mensais, também, incluindo os gastos com saúde, totalizam R$ 250,00.

Gasto no decorrer da vida

Para calcular o gasto durante a vida do cão, foi considerado uma média de 14 anos para os pequenos, 12 para os médios e 9 para os grandes.

As contas foram feitas considerando que os valores gastos poderiam render , descontando a inflação, 0,25%

Conforme apontado, os custos de se ter um amigo canino e trata-lo com dignidade ultrapassa a casa dos R$ 30.000,00. Os gastos variam de cidade para cidade para cidade, de cão para cão e de dono para dono. Incentivamos o leitor a refazer as contas usando seus dados.

É fundamental lembrar que ter um animal é maravilho, mas, como quase tudo, o benefício tem um custo que vai além de tempo e cuidado – que são os gastos financeiros. Portanto, pense bem antes de comprar ou adotar, pois nem todos tem o bolso preparados para tal decisão.

Bons latidos!!

Post em Parceria com Victor Candido, graduando em Economia pela UFV-MG (Universidade Federal de Viçosa)

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Insistência do governo no consumo implica em preços altos e déficit primário

Por Samy
30/01/13 07:00

Ou “Já conheço os passos dessa estrada, sei que não vai dar em nada…”

Não é fácil entender como as mais diversas variáveis macroeconômicas se conjugam, ainda mais na situação atual brasileira, que é nebulosa até mesmo para os já iniciados.

Mais complicado ainda é entender como um país que segue metas inflacionárias e diz ter uma economia estável apresenta altas e indesejáveis taxas de inflação.

Acontece que o governo vem mantendo a mesma política de incentivos desde a crise de 2008, sem se dar conta da mudança dos cenários nacional e internacional.

No momento mais grave da crise, os elevados índices de desemprego, de fato, incorreram em níveis de demanda mais baixos e incentivos a ela eram realmente eficazes.

No entanto, o governo parece ignorar que essas medidas perderam o efeito após 2010 – quando tivemos o último “pibão” (apesar de ter uma base pequena em 2009).

Cada vez que o governo estimulava o consumo, o milagroso remédio se tornava um veneno que encarecia a mão-de-obra , refletindo um aumento de preços.

Esse aumento provocou um serviços com honorários pela hora da morte, combinados com uma indústria não competitiva e obsoleta.

Esse fenômeno ocorre porque os serviços são bens não transacionáveis, ou seja, não podem ser substituídos pelos oferecidos no exterior, ou até mesmo em outros estados. Já os bens industrializados, podem ser facilmente substituídos por bens importados, mais baratos e talvez de maior qualidade.

Com essa medidas, a indústria nacional amarga as políticas de incentivo do governo brasileiro e perde a competitividade frente às concorrentes. Quanto aos serviços, quem paga a conta é o trabalhador.

O alicerce do plano real, que é o tripé econômico do câmbio flutuante, das meta de inflação e da responsabilidade fiscal, está comprometido. Este ano, por exemplo, o superávit primário é uma missão impossível.

Que a economia brasileira precisa se reajustar, disso não restam dúvidas. Parece, contudo, que o governo a tem medicado de forma equivocada, sem se dar conta de que os tempos mudaram.

Post em Parceria com Giovana Carvalho, graduanda em Economia pela FGV-EESP 

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