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Caro Dinheiro

por Samy Dana

Perfil Samy Dana é Ph.D em Business, professor da FGV e escreve no caderno Mercado

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Instrumentos Financeiros nº19: Fundos Private Equity ou Fundos de Investimento em Participações (FIP)

Por Samy
29/01/13 07:00

Fundos de alto risco, baixa liquidez, mas com excelente expectativa de retorno.

Os Fundos de Private Equity são constituídos sob a forma de condomínio fechado e investem em empresas que possuem bom potencial de crescimento e valorização. O objetivo desses fundos é capitalizar tais empresas, ajustar a administração e vender a participação por um valor substancialmente superior ao comprado.

O principal papel dos gestores dessa modalidade de investimento é o de mapear empresas atraentes para serem adquiridas, total ou parcialmente.

Esses fundos foram regulamentados e denominados oficialmente de Fundos de Investimento em Participações (FIP), pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), no ano de 2003.

Os investidores que aplicam nesse instrumento financeiro se tornam proprietários de cotas do fundo e participam do processo decisório da empresa investida, com influencia na gestão e política estratégica, uma vez que possuem a prerrogativa de indicarem membros do conselho de administração.

Como, normalmente, os fundos possuem uma primeira fase de pesquisa para detectar empresas atraentes para investimento, somente após profunda análise o cotista compromete o recurso financeiro, denominado de “capital comprometido”, que pode ser desembolsado em um tempo pré-acordado com o gestor.

São fundos que possuem baixa liquidez, horizonte de retorno de longo prazo e significativa assimetria informacional. Por essas razões, possuem riscos elevados, que devem ser avaliados e mensurados pelos investidores.

Os fundos de Private Equity são destinados aos investidores qualificados. O aporte mínimo para o investidor iniciar as aplicações é de aproximadamente R$ 100 mil. As negociações podem ocorrer em bolsa de valores ou mercados de balcão organizado.

A indústria de fundos Private Equity vem crescendo muito em nosso país. Esse sucesso de deve a alguns fundamentos macroeconômicos, como, a taxa básica de juros da economia em declínio, redução do risco pais, aumento substancial das reservas internacionais e redução da variabilidade da taxa de câmbio.

Grande parte das empresas investidas é de tecnologia, pela característica de precisarem de dinheiro no inicio, terem um risco alto e expectativa de retorno grande

Os custos para operar no mercado de Fundos Private Equity são compostos, fundamentalmente, por taxa de administração e performance.

A taxa de administração é o valor cobrado do cotista pela administração. Serve para remunerar o administrador pelos serviços prestados. A base para o cálculo da taxa de administração nos Fundos Private Equity é o capital comprometido.

A taxa de performance é uma percentagem paga caso os retornos dos investimentos superem uma referência pré-estabelecida. Nesses fundos, o benchmark é, em geral, o custo de oportunidade exigido pelo investidor ao comprometer os seus recursos em ativos com perfil de risco e iliquidez superior ao mercado público de ações.

Em relação à tributação, a rentabilidade obtida constitui a base de cálculo do imposto de renda devido. O tratamento tributário é distinto para pessoas físicas e jurídicas, residentes e não residentes.

Vale notar que os Fundos Private Equity destinam seus recursos para a aquisição de ações, debêntures, bônus de subscrição e demais valores mobiliários conversíveis ou permutáveis em ações.

Embora seja um investimento de alto risco, é vedada ao Fundo a realização de operações com derivativos, exceto quando tais operações sejam realizadas com finalidade de hedge (proteção).

Algumas das maiores gestoras de Fundos Private Equity do Brasil são: CRP Participações, GP Investimentos, Pátria Investimentos, Gávea e Angra Partners.

É possível acompanhar o mercado de fundos private equity por meio de revistas, jornais e sites especializados ou ainda contar com assessoria de profissionais de investimentos.

Bons investimentos!

Post em parceria com Alex Del Giglio que é graduado em economia pela USP com extensão em finanças pela ESC Bordeaux e mestre em Administração pela FGV. Responsável pela área educacional da Prime Finance Investimentos AAI Ltda com sede em Manaus.

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Margem de lucro menor de bancos pode ajudar a reduzir inadimplência

Por Samy
28/01/13 07:00

Existe, na crença popular, uma imagem mística sobre os bancos comerciais e seu funcionamento interno. Para alguns, dentro dos cofres dos bancos há mais dinheiro do que na casa do Tio Patinhas, e as moedas se multiplicam em árvores que geram milhares de reais diariamente.

Infelizmente, não existe qualquer magia que faça o dinheiro brotar dentro dos bancos. Há, na realidade, uma série de técnicas meticulosamente estudadas que aumentam o lucro destas instituições, sendo a concessão de crédito uma das principais.

Oferecido em pele de cordeiro, o lobo mau conhecido como crédito bancário promete recuperar a saúde financeira do indivíduo, quando na realidade está pronto para abocanhá-lo a qualquer momento com elevadas taxas de juros. Para piorar, diferente da chapeuzinho vermelho, nenhum caçador vem ao resgate.

As taxas de crédito, como por exemplo a média de 9,38% cobrados no cartão e no cheque especial, chegam a ser 20 vezes maiores que os pobres 0,45% da poupança dos cidadãos mais precavidos.

A diferença entre a taxa cobrada pelo banco a seus tomadores de empréstimo e a taxa paga pelo banco a seus clientes poupadores – e que na realidade emprestam dinheiro ao banco – é conhecida no jargão econômico comospread bancário.

Há diversos fatores que compõem esta ferramenta, como a farta  margem de lucro do banco e os custos com os quais a instituição tem de arcar, como taxas, depósito compulsório, despesas administrativas e inadimplência.

Este último fator, inadimplência, é alvo de críticas do setor bancário junto ao governo, com alegações frequentes de que os altos níveis de inadimplência obstruem o crescimento da indústria e retardam o desenvolvimento do país.

A preocupação é válida, mas curiosa por vir dos bancos, já que o spread no Brasil é um dos maiores do mundo.

A relação entre inadimplência e spread é uma via de duas mãos: um aumento na inadimplência sugere a ampliação do spread; da mesma forma, uma elevação do spread põe a taxa de juros em patamares impraticáveis, gerando novamente um aumento da inadimplência.

Talvez uma redução nas margens colabore para a redução da inadimplência. No entanto, pelo histórico brasileiro, podemos apostar mais em um colapso financeiro do que em uma boa ação em prol dos cidadãos.

Por último, não podemos esquecer que os bancos decidem para quem vão conceder o crédito, e, dessa forma, acusar inadimplência é como um dono de restaurante justificar preços exorbitantes pelo fato de seus funcionários desperdiçarem comida descontroladamente.

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Mundo Econômico - 27 de janeiro

Por Samy
27/01/13 07:00

Panorama Mundo

A semana passada foi de alta para as bolsas internacionais. Com o acordo norte-americano sobre o teto de sua dívida* e alguns bons indicadores, as bolsas subiram  consistentemente.

O congresso americano chegou a um acordo para aumentar o teto de sua dívida* pelo período de três meses. A ideia é que o orçamento possa ser votado antes que haja cortes indesejados nos gastos do governo.

Ainda nos Estados Unidos, os preços dos imóveis apresentaram alta, o que indica sinais de recuperação, e os pedidos de auxílio-desemprego vieram abaixo do esperado.

Quanto à temporada de divulgação de resultados empresariais, a Apple apresentou números decepcionantes e perdeu o posto de companhia mais valiosa do mundo. No entanto, os resultados são positivos no agregado.

Na Europa, líderes da União Europeia aprovaram novos impostos sobre transações financeiras, o que afetou negativamente o mercado. Em contrapartida, índices de confiança vieram acima do esperado, especialmente, na Alemanha.

Na China, o PMI* preliminar foi de  51,9, valor mais alto desde janeiro de 2011. O número indica aceleração na recuperação chinesa.

Panorama Brasil

No Brasil, apesar de boas notícias advindas dos EUA e da China, o Ibovespa fechou a semana com queda de 1,27%.

O grande vilão desse desempenho ruim foi o feriado de sexta-feira. Com o aniversário da Cidade de São Paulo a caminho, os investidores ficaram temorosos de que dados ruins pudessem ser divulgados na sexta-feira e reduziram suas posições na bolsa.

No ambiente nacional, destaque para os preços. Com o IPC-S acelerando para 1,03% na terceira quadrissemana de janeiro e o IPCA-15 subindo para 0,88% em janeiro, ante 0,69% em dezembro, as preocupações com a inflação aumentaram.

Aliviando as tensões sobre os preços, a presidente Dilma anunciou que haverá redução de 18%, para residências, e de 32%, para indústrias, agricultura, comércio e serviços, na conta de energia elétrica.

Diante de todo esse cenário, a ata do Copom foi divulgada dando claros sinais de que o Banco Central possui maiores preocupações com a inflação. O BACEN afirmou que o cenário de preços piorou e que futuras decisões para a política monetária “serão tomadas com vistas a assegurar a convergência tempestiva da inflação para a trajetória de metas”.

A inflação também afetou o câmbio. Com a ata do Copom, o mercado começou a acreditar que o BC usaria o câmbio como forma de reduzir a inflação e atuou de forma a apreciar o real. O dólar caiu de R$2,043 para R$2,028 nessa sexta-feira.

Expectativas da Semana

As bolsas internacionais parecem já ter ditado o ritmo para as próximas semanas. As movimentações diárias devem ser pequenas até que o mercado descubra o verdadeiro caminho da economia mundial em 2013.

A vantagem é que os dados estão vindo ligeiramente positivos e a tendência, mesmo que leve, deve ser de alta no médio prazo.

Enquanto isso, o Brasil deve continuar em sua batalha para estimular o crescimento econômico e domar a inflação. Mesmo com a desaceleração dos preços de commodities agrícolas, o IPCA só deve parar de acelerar no fim de fevereiro. Além disso, se nada for feito, ele pode se manter em patamares elevados e ameaçar romper o teto da meta de 6,5%.

Para a próxima semana, as expectativas de inflação devem aumentar. Além disso, com a nova postura do Banco Central, a curva de juros deve aumentar nas maturidades médias, retirando qualquer probabilidade de corte na taxa SELIC que estava precificada.

Quanto ao câmbio, próxima semana pode prometer uma maior volatilidade, pois há o vencimento de contratos de swap cambial do Banco Central. Esses contratos tem o efeito de valorização do real. Se não forem rolados, o mercado entenderá que o BC não usará o câmbio como ferramenta no combate a inflação e o dólar deve se valorizar.

*Dicionário Economês-Português

Teto da dívida norte-americana – Nos Estados Unidos, há um limite para o tamanho da dívida pública. Esse limite, ou teto, é definido pelo Congresso. Se a dívida chega nesse patamar, o governo é obrigado a cortar gastos. Até a semana passada, os EUA se aproximavam de superar tal barreira, mas o Congresso votou por uma elevação temporária da mesma.

PMI – O Purchasing Managers Index, ou “Índice dos Gestores de Compras”, é um indicador econômico que procura prever a atividade econômica através de pesquisas junto ao setor privado.

Post em Parceria com a Consultoria Júnior em Economia (CJE) da Fundação Getúlio Vargas de São Paulo.

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Manobras nas contas públicas

Por Samy
26/01/13 08:00

O governo brasileiro vem sendo atacado de diversas formas nas últimas semanas, seja pela imprensa local, seja por mídias internacionais do mais alto impacto, como o Financial Times e a The Economist.

Questionam-se e criticam-se, em tais publicações, os artifícios utilizados pela equipe econômica do governo para fechar as contas públicas, manter a inflação controlada e afins. Mas como seriam essas jogadas?

No que tange, por exemplo, ao atingimento do superávit primário, o governo admitiu que tal feito só foi possível através da omissão de alguns gastos com infraestrutura, antecipação de dividendos de estatais e ataques ao fundo soberano.

Com relação à inflação, a The Economist, analisa que, caso o governo não tivesse contido os preços da gasolina, à revelia da rentabilidade da Petrobras e contido o aumento do preço de transporte público, ela não teria se aproximado de 6,5%, o limite máximo das metas que vigoram no país – preocupante perto do desastroso PI B de 1%.

O recém-empossado prefeito de São Paulo já revelou que Guido Mantega o pediu para não elevar o preço do transporte público na cidade, com o objetivo de conter a inflação.

Vale lembrar que esses meandros não são novidade no Brasil. Em 2010, por exemplo, o governo utilizou de uma troca de títulos entre o Tesouro e a Petrobras, e adicionou 0,9% do PIB ao superávit.

Com esses disfarces e manipulações, o governo brasileiro vai perdendo reputação e credibilidade, aproximando-se de um país vizinho, a Argentina, cujos dados oficiais possuem credibilidade de um sambista austríaco.

A Lei de Responsabilidade Fiscal, por exemplo, que tanto agregou em relação a probidade dos governos no Brasil, por exemplo, já começa a ter sua força questionada.

Discussões como a revisão da meta de superávit primário ganham espaço, nesse contexto, uma vez que tal mudança seria muito mais benéfica para o país do que o usufruto de uma contabilidade criativa.

É preciso uma vida inteira para se construir uma sólida reputação. Por outro lado, para destruí-la basta um momento

Post em Parceria com Giovana Carvalho, graduanda em Economia pela FGV-EESP 

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Saiba como o título pós-fixado NTN-B Principal funciona, parte 2

Por Samy
25/01/13 06:00

Para entender a lógica e o funcionamento da NTN-B Principal é imprescindível entender o significado de Valor Nominal Atualizado.

Funcionamento do Valor Nominal Atualizado

Como a NTN-B Principal é um título indexado ao IPCA, o governo corrige o valor nominal a ser pago (conhecido como VNA – Valor Nominal Atualizado). O VNA facilita o acompanhamento dos indexadores. Neste caso é o IPCA.

Em sua data-base (data de início da atualização do VNA, que é 15/07/2000) o VNA tinha  como valor R$ 1.000,00. Desde então, ele vem sendo atualizado conforme a evolução do IPCA.

O VNA atual da NTN-B Principal pode ser encontrado por duas fórmulas:

O VNA é atualizado uma vez por mês na data de divulgação do IPCA (dia 15 de cada mês).

Como o IPCA é divulgado apenas uma única vez, muitos investidores trabalham com a projeção do IPCA. Por exemplo, se estiver no dia 30 de janeiro, apesar do último VNA disponível ser do dia 15, os investidores projetam uma variação  do IPCA compreendida entre o dia 15 e 30. Neste caso, é comum utilizar o VNA projetado conforme fórmula:

Note que o VNA pago pelo Tesouro ao final do investimento, por depender do IPCA, só será conhecido no dia do resgate . No entanto, é possível acompanhar a evolução do IPCA pelo site do IBGE.

Na formula anterior, o “x” representa variações dos dias corridos desde a última divulgação do índice. É uma forma de projetar o VNA no decorrer do tempo, uma vez que o VNA exato é conhecido somente no dia da divulgação do IPCA (dia 15 de cada mês) . Matematicamente, o “x” pode ser expresso da seguinte forma:

De posse então do valor do VNA (ou VNA projetado), o investidor consegue encontrar, por exemplo, o preço de compra do título. Este cálculo será abordado no próximo post, quando for feita uma simulação de compra de uma NTN-B Principal.

Caso o IPCA sofra aumento durante o investimento, o valor do VNA será também aumentado e, por conseguinte, afetará o valor de resgate do título. Com esse mecanismo,  o Tesouro consegue indexar a inflação no título,

Desta forma, a variação do VNA entre duas datas (que no caso da NTN-B Principal 15052015 é de janeiro de 2013 até maio de 2015) indica qual a variação deste indexador (inflação). O histórico de valores do VNA está disponível no site do Tesouro Direto.

Exemplo de investimento

Veja um  exemplo prático de um investimento em NTN-B Principal.

Considere a compra do seguinte título: NTNB Principal 150824.

O investidor encontrará ao realizar a compra de um título NTN-B Principal as seguintes informações:

Data da compra: 15/01/2013

Data de vencimento: 15/08/2024

Quantidade de Títulos: 2,0

Preço Unitário do Título para Compra: R$ 1.498,81 (lembrando que neste valor já está incluída a taxa de compra).

Lembrando que, como os dados foram retirados no dia de divulgação do IPCA (15 de janeiro) , neste caso específico,  o VNA é conhecido, não havendo necessidade de trabalhar com o IPCA projetado. Será feito, nos posts futuros, um exemplo com IPCA projetado, ou seja , uma data de compra que não seja o dia 15.

Preço Total de Compra (Valor Investido Líquido): R$ 2.997,62 (este valor é encontrado multiplicando-se o preço unitário de compra pela quantidade de títulos).

Taxa (a.a.) Compra: 3,51% (taxa bruta anual). Esta taxa é o ganho real, ou seja, o investidor ganhará esses 3,51%  mais a variação do IPCA.

Dias úteis entre a data de compra e o vencimento: 2908 (ou seja, descontando finais de semana e feriados, o título ainda tem uma vida de 2908 dias até o vencimento).

Taxa de negociação: 0% (taxa extinta pelo Tesouro).

Taxa de custódia: 0,3% ao ano (pagos semestralmente).

Taxa de corretagem (administração do banco/corretora): 0,5%

A partir destes dados, o investidor pode estimar quanto receberá, em termos  reais, na data de vencimento do título. Para isso, basta jogar estes valores em nossa calculadora (download aqui) e verificar o resultado da simulação. Além do mais, a calculadora facilitará o entendimento dos conceitos que virão.

Lembrando que o leitor deve ter em mãos esta parte, pois os cálculos apresentados no próximo post farão referência aos conceitos utilizados aqui.

Artigo em parceria com Miguel Longuini, graduando em Administração de Empresas pela FGV-EAESP e Diretor Administrativo/Financeiro da CJE-FGV.

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A maldição das carteirinhas de estudantes em cartaz em todos cinemas do país

Por Samy
24/01/13 06:50

Quem não gosta de ir ao cinema ? Mas o preço das entradas desanima, principamente o do ingresso inteiro. Por isso, quem tem carteirinha de estudante não a esquece. E quem não tem quer ter! O surpreendente é que a famosa carteirinha não parece gerar um desconto, e sim uma maldição para o bolso dos cinéfilos.

Lembre-se que o empresário do cinema precisa pagar funcionários e custos como luz, água e outros de forma integral, independentemente da quantidade de meias entradas que vendeu. Para formar o preço, no entanto, o cinema leva em conta o percentual de vendas com carteirinhas e o público médio; afinal, a receita precisa cobrir os custos e oferecer uma margem de lucro razoável, como qualquer outro negócio.

Segundo dados do sindicato das empresas cinematográficas de Minas Gerais, 75% dos consumidores usam a carteirinha. Assim, para obter uma receita média por ingresso compatível com o custo, o cinema terá que aumentar significativamente o preço do ingresso regular. No caso mineiro, o aumento daria 60%.

Como agravante, ainda existem especulações de que grande parte das carteirinhas usadas é fraudulenta, ou seja, utilizadas por quem não teria, a rigor, esse direito. Na internet, é fácil encontrar softwares para confecção de carteirinhas e certificados estudantis. No final das contas, esse benefício acaba virando o vilão da história e impulsionando o preço para cima.

Para comprovar este enredo do preço, digno de um filme de terror, realizamos uma pesquisa sobre o valor do ingresso em mais de 15 grandes cidades do mundo, convertendo os preços em dólares e, na sequência, no número de horas que, em média, um cidadão teria que trabalhar para pagar o ingresso. Vale lembrar que a simples comparação de preço em dólares não é razoável, uma vez que o custo de vida e a renda da população variam muito.

O gráfico a seguir  mostra, em horas de trabalho, o preço dos ingressos de cinema nos países pesquisados:

Nota-se que o Brasil amarga a posição de ter o 4º cinema mais caro do mundo. Este resultado final é dramático, e faz os amantes brasileiros do cinema chorarem de raiva (só não mais que os amigos indianos, chineses e nigerianos).

Curioso notar que, dentre os países pesquisados, não por coincidência, apenas a Nigéria, detentora do posto de ingresso mais caro do mundo, possui uma política de meia entrada – aliás, bastante semelhante à nossa.

Em alguns países, são oferecidos descontos, em torno de 30%, para idades especificas como crianças, jovens e idosos.

Os dados merecem reflexão e, como em um filme de ação, uma revisão na política de incentivos à cultura, uma vez que estes estão servindo mais para aumentar os preços do que incentivar o cinema.

Os que não são estudantes e não fraudam a carteirinha acabam pagando mais do dobro do preço do que nos demais países – um verdadeiro drama.

Uma das possibilidades para mitigar o problema seria oferecer descontos de acordo com a idade – seria uma forma mais justa e que dificultaria a fraude .

Outro ponto é que a cultura deveria ser acessada por todos, e talvez estratificar não resolva o problema do setor.

Um cinema mais barato para todos, e não para uma parcela, é mais vantajoso tanto para o país quanto para as redes de cinema – afinal, cinema não tem idade –quem sabe ainda há tempo para um final feliz.

Obs : Os dados usados para o cálculo da média de horas trabalhadas e renda, foram obtidos a partir do banco de dados do World Bank. Os preços de ingressos foram obtidos a partir do filme “ O Hobbit“, em seções de Sexta ou Sábado, todos em caráter de estreia. A cotação do dólar usada na conversão de preços de moedas locais para dólar foi a do dia 09/01/2013.

Post em Parceria com Victor Candido, graduando em Economia pela UFV-MG (Universidade Federal de Viçosa)

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Instrumentos Financeiros nº18: Exchange Traded Funds (ETFs)

Por Samy
23/01/13 13:18

Um investimento pouco conhecido que está em larga expansão.

Os Exchange Traded Funds (ETFs) são fundos de investimentos negociados na BM&FBOVESPA e têm sua rentabilidade vinculada a índices de ações, como o IBOVESPA, IBRX ou índices setoriais. Na prática, eles replicam os vários índices acionários, uma vez que compram ações de empresas que compõem tais índices em sua exata proporção.

Esses fundos são muito interessantes para os investidores que desejam aplicar em ações, mas não possuem conhecimento para analisarem o mercado ou, ainda, tempo para acompanhá-lo.

É um instrumento financeiro do segmento de renda variável que foi distribuído pela primeira vez em 2004. Atualmente, existem 15 ETFs negociados no mercado brasileiro. Juntos, eles têm um patrimônio de cerca de R$ 4,5 bilhões, enquanto toda a indústria de fundos brasileira soma R$ 2,2 trilhões.

Assim como as ações, o risco de investir em ETFs está associado a diversos fatores. O investidor deve ficar atento, sobretudo, as perspectivas de desempenho das empresas que compõem o fundo. Diante disso, é considerado um investimento de alto risco, uma vez que o mercado brasileiro é emergente e possui importantes oscilações e grande volatilidade de preços.

Ao comprar cotas desses fundos, o investidor está apostando na média do mercado ou do setor, obtendo uma boa diversificação quando comparado à compra de um ou alguns papéis.

Entre as vantagens oferecidas pelos ETFs aos investidores, podemos destacar a comodidade de não precisar acompanhar o mercado para escolher as ações da carteira; os custos mais baixos relativamente aos fundos de ações; e forma de negociação simplificada na BM&FBOVESPA como se fosse uma ação.

Uma desvantagem importante desses fundos é a baixa liquidez, o que não torna evidente a venda no momento almejado pelo investidor. Alguns fundos registram pouquíssimos negócios por dia, por isso, pesquise a liquidez antes de optar por essa modalidade.

De forma geral, ETFs são destinados a pequenos, médios e grandes investidores. O valor mínimo para iniciar as aplicações varia muito dependendo da espécie do fundo. A maioria é negociada em lotes padrão de 10 cotas. O fundo mais popular é o BOVA11, que segue o índice Ibovespa. As cotas desse fundo custam hoje em torno de R$ 60,50. Logo, o investimento mínimo para esse ETF é de R$ 605,00.

Os custos para operar no mercado de ETFs são compostos por taxas de administração e corretagem.

A taxa de administração dos ETFs é o valor cobrado do cotista pela administração do fundo. Serve para pagar os serviços prestados. O valor da taxa é cobrado independentemente da rentabilidade obtida.

A corretagem é uma taxa devida por operação e é livremente pactuada entre o investidor e a corretora de valores.

Nos ETFs não há incidência de imposto sobre operações financeiras (IOF) e o imposto de renda (IR) incide a uma alíquota de 15% sobre os rendimentos no momento da venda, assim como as ações.

É preciso ter conta em uma corretora de valores para comprar e vender cotas desses fundos. As operações podem ser realizadas via mesa ou por meio do home broker

Código dos ETFs Listados na BM&F BOVESPA

XBOV11

BOVA11

BRAX11

CSMO11

ECOO11

MILA11

MOBI11

SMAL11

UTIP11

DIVO11

FIND11

GOVE11

MATB11

ISUS11

PIBB11

Bons investimentos!

Post em parceria com Alex Del Giglio que é graduado em economia pela USP com extensão em finanças pela ESC Bordeaux e mestre em Administração pela FGV. Responsável pela área educacional da Prime Finance Investimentos AAI Ltda com sede em Manaus

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Selic vs CDI

Por Samy
22/01/13 12:21

Recentemente, o Copom anunciou a manutenção da taxa se juros básica da economia, a Selic, em 7,25% ao ano.

A interpretação macroeconômica desse fato já foi abordada diversas vezes aqui, focamos, então, nossa atenção agora nos impactos desse fato para seus investimentos pessoais.

Com o passar do tempo, tem-se agravado a discrepância entre a Selic e o CDI, sendo que ambas refletem interações diárias da oferta e demanda de dinheiro no mercado financeiro, e, deveriam, portanto, ser estritamente relacionadas, muito próximas. A primeira remunera títulos do Tesouro e o segundo, operações interbancárias.

Para se ter ideia dessa discrepância crescente, hoje em dia, a diferença entre as duas taxas é de cerca de 0,17%, enquanto que, um ano atrás, era de 0,02%.

O fato ganha relevância ao analisarmos o volume de títulos no Brasil remunerados através de certa indexação à CDI, sejam debêntures ou CBDs, cerca de R$ 1,45 trilhão.

Evidentemente, essa defasagem do CDI torna menos atrativos os investimentos em renda fixa, considerando a inflação relativamente alta e os juros baixos.

Para alguns economistas, essa diferença reflete a iniciativa do governo de desindexação da economia. O aumento da liquidez para os bancos teria reduzido a taxa de empréstimo de recursos entre eles.

Para outros, no entanto, como os analistas do renomado jornal Financial Times, em notícia do dia 16 de janeiro, esse seria um reflexos do famoso “jeitinho brasileiro”. Segundo ele, o governo anunciaria uma taxa de juros, diferente da que, na prática ocorreria, permitindo que os bancos cobrassem interbancárias mais baixas para estimular a economia, ainda que, oficialmente, não admitisse a redução dos juros.

Ainda segundo o jornal, tal ação estaria sob os conformes da legalidade, mas o Banco Central estaria usando de artifícios bem típicos dos jeitinhos a que os brasileiros estão acostumados.

Post em Parceria com Giovana Carvalho, graduanda em Economia pela FGV-EESP

 

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Triste fim do consumidor de telefonia móvel

Por Samy
21/01/13 06:45

O avanço tecnológico, o já não tão recente incentivo ao consumo em massa pelo governo e a capacidade inata e insaciável do brasileiro de se comunicar têm contribuído para a expansão do mercado interno de telefonia, que vem crescendo rapidamente nos últimos anos.

Em outubro de 2010, a quantidade de celulares no país ultrapassou o número de habitantes, com pouco mais de 194,4 milhões de contas. Dados mais recentes da Anatel, de novembro de 2012, apresentam aproximadamente 260 milhões de linhas ativas.

O crescimento impressiona, mas não chega a ser tão assustador quanto a qualidade dos serviços oferecidos. Com tamanha expansão, o setor não tem conseguido acompanhar a demanda, gerando serviços de baixíssima qualidade e o extraordinário aumento no número de reclamações.

Mensalmente, são registradas pela Anatel dezenas de milhares de queixas sobre as operadoras de telefonia celular. Punições são aplicadas, mas o mercado continua sofrendo constantemente com ineficiências operacionais.

Grande parte do problema está relacionada à baixa competição no setor. Apesar de aparentemente acirrada, a disputa não apresenta nenhuma empresa com serviços de destaque e melhor qualidade que impulsione suas rivais.

Para piorar ainda mais a situação, o consumidor fica restrito às opções internas, já que não pode contratar nenhum serviço de telefonia mais vantajoso de outro país.

Nos Estados Unidos, por exemplo, um plano mensal como o famoso “Fale Ilimitado” custa 70 dólares (aproximadamente R$143,00) para qualquer operadora, enquanto aqui paga-se mais de R$500,00 por plano semelhante e com qualidade de serviço muito inferior.

Desta forma, o usuário insatisfeito opta por não alterar sua triste condição; afinal, todas acabam sendo ruins. Os que já desejaram mudar de operadora precisaram manifestar sua vontade de desistir do plano a um exército de incansáveis atendentes, além de saberem que o serviço de outras companhias não será muito melhor. Pode-se dizer que há uma grande barreira para trocar menos seis por menos meia dúzia. Outra barreira dessa corrida de obstáculos é encontrada ao se tentar recorrer à Anatel. O contato por telefone é tão difícil, que ao consumidor só resta enviar reclamações por email, carta ou telepatia. E com reza brava para ter algum retorno.

Enquanto os esforços de do Governo não se voltarem ao consumidor, e multas severas não forem aplicadas, usuários amargurados e muitos outros –  namorados, amigos, pais e filhos – ficarão à mercê de empresas muito mais preocupadas em aumentar suas vendas hoje do que em manter seus clientes satisfeitos e leais no longo prazo.

Versão ampliada do artigo publicado no dia 2q de janeiro no caderno Mercado da Folha  de São Paulo

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Mundo Econômico - 20 de janeiro

Por Samy
20/01/13 07:00

Panorama Mundo

A semana foi, novamente, de movimentos laterais nas principais bolsas mundiais. Com os agentes formando expectativas para o ano e com o impasse do teto da dívida norte-americana*, a cautela dominou os investidores.

Com resultados positivos de bancos norte-americanos e alguns bons indicadores (dados do varejo e do mercado imobiliário, assim como o número de pedidos de auxílio-desemprego, que foram melhor que o esperado, a tendência foi de leve alta. Com isso, boa parte das bolsas internacionais fechou a semana no azul.

Destaque para a bolsa chinesa que subiu 3,3% na semana. O desempenho puxado pelo crescimento maior que esperado do PIB. O dado foi de alta de 7,9% a.a. no último trimestre. O número é pequeno para padrões históricos, mas mostra tendência de recuperação e surpreendeu os analistas de mercado.

Apesar das do tom positivo , a semana também tev algumas preocupações. As negociações em relação ao problema da dívida a norte-americana não avançaram e a agência de rating Fitch ameaçou cortar o rating do país se nada for feito para combater o alto déficit orçamentário atual. Além disso, o Beige Book* indicou que a economia dos EUA continua em ritmo lento.

Panorama Brasil

No Brasil, o Ibovespa manteve a tendência externa. O índice andou de lado, mas fechou a semana com alta de 0,75%.

O destaque para informações do Banco Central. O IBC-Br* de novembro indicou alta de 0,4%, acima das expectativas do mercado, o que pode sugerir um início de recuperação do crescimento.

Além disso, houve a reunião do Copom. Como previsto pela CJE-FGV, a taxa SELIC se manteve inalterada em 7,25%, o Bacen sinalizou a precupaçnao com a inflação.

No mais, deve-se dar importância as recentes ações do governo federal. Houve especulações sobre o aumento da gasolina, insistência na redução da tarifa de energia e pedidos para que Rio de Janeiro e São Paulo não aumentassem as tarifas de ônibus em janeiro. Essa última medida tem como objetivo impedir uma inflação sazonal de início de ano.

Falando em inflação, o IGP-10 recuou de 0,63% para 0,42% graças à queda dos preços agrícolas. Enquanto isso, o IPC-S acelerou de 0,77% para 0,89% entre a primeira e a segunda quadrissemana deste mês.

Quanto ao câmbio, o dólar apresentou leve valorização, fechando a semana em R$2,0434 na venda. O motivo da alta foi, também, o clima de cautela.

Expectativas da Semana

Na próxima semana, o mercado deve manter o ritmo de incertezas. Com dois feriados (21/01 – Dia de Martin Luther King; 25/01 – aniversário de São Paulo), só haverá movimentações bruscas no Ibovespa se houver um acordo sobre o teto da dívida pública norte-americana.

A tendência da semana será ditada, então, pelo resultado de diferentes indicadores. Destaque para a divulgação do PMI* preliminar da Zona do Euro e dos leading indicators* dos EUA.

Enquanto isso, o dólar deve se movimentar pouco em relação ao real e as expectativas de inflação devem continuar subindo vagarosamente.

*Dicionário Economês-Português

Teto da dívida norte-americana – Nos Estados Unidos, há um limite para o tamanho da dívida pública. Esse limite, ou teto, é definido pelo Congresso. Atualmente, os EUA se aproximam de superar tal barreira. Se isso ocorrer, haverá diversos cortes de gastos. Uma das soluções é aumentar o teto da dívida, mas é necessário acordo partidário para tanto.

Beige Book – O “Livro Bege” é um relatório publicado oito vezes ao ano pelo FED* que indica o estado da economia do país. A informação apresentada é baseada em dados, pesquisas e entrevistas.

FED (Federal Reserve) – Banco Central norte-americano.

IBC-Br (Índice de Atividade Econômica do Banco Central) – Índice calculado pelo Banco Central que tem como objetivo tentar prever o desempenho futuro da economia brasileira.

PMI – O Purchasing Managers Index, ou “Índice dos Gestores de Compras”, é um indicador econômico que procura prever a atividade econômica através de pesquisas junto ao setor privado.

Leading Indicators – Os “indicadores líderes” norte-americanos procuram prever a atividade econômica do país através de dados que estão correlacionados com o atividade econômica futura do país.

Post em Parceria com a Consultoria Júnior em Economia (CJE) da Fundação Getúlio Vargas de São Paulo.

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