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Caro Dinheiro

por Samy Dana

Perfil Samy Dana é Ph.D em Business, professor da FGV e escreve no caderno Mercado

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Queda de preço vem por meio de descontos no mercado imobiliário

Por Samy
05/08/13 09:00

Em mais um sinal do desaquecimento imobiliário, dados do Creci-SP (Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Estado de São Paulo) mostram que os preços de venda e locação de imóveis paulistas caíram mais de 20% desde o começo de 2013.

Os números chamam a atenção principalmente na cidade de São Paulo, onde pequenos imóveis já estão sendo negociados com 8,5% a 15% de redução no valor total. Construtoras e corretoras não deixam de tratar a queda como “desconto”, mas já notam a dificuldade em vender ou alugar, que persiste pelo quarto mês seguido.

Consumidores mais precavidos, que aguardaram a estabilização dos preços, já conseguem comprar por valores bem abaixo dos encontrados há cerca de seis meses.

Contudo, o custo ainda é altíssimo e prejudica também quem depende de espaços comerciais. Restaurantes e lojas, por exemplo, estão sujeitos a aluguéis em patamares bastante elevados.

Suponha um restaurante que aluga um imóvel na região central de São Paulo, no valor de R$ 3 milhões. Considerando uma taxa de aluguel de 0,4%, o dono do estabelecimento deve pagar R$ 12 mil por mês por um espaço de tamanho adequado a suas necessidades –um custo, muitas vezes, insustentável.

Dessa forma, com o exagero dos preço imobiliários, comércios ficam restritos pelo alto custo e muitos acabam fechando as portas.

Empresas que não dependem de exposição, mas necessitam de um espaço físico, têm optado por alternativas mais baratas, como escritórios compartilhados.

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Mundo Econômico - 04 de Agosto

Por Samy
04/08/13 14:00

Panorama Mundo

A semana foi de alta para as bolsas internacionais. As variações foram consistentes e não houve nenhum destaque individual de peso internacionalmente.

O bom humor foi causado por conta de bons dados divulgados, muitos concentrados na quinta-feira. Nos EUA, dados como pedidos de auxílio desemprego, atividade industrial e PMI* vieram melhores que o esperado.

Além disso, o PIB do segundo trimestre foi divulgado e mostrou crescimento anualizado de 1,7%, acima do esperado 1,1%. Assim, as expectativas para o crescimento norte-americano em 2013 subiram para 2,8%.

Na Europa, algumas boas notícias também. A taxa de desemprego se manteve inalterada ante seguidos aumentos. O PMI* da região indicou, pela primeira vez em dois anos, expansão ao invés de retração. Por fim, indicadores de confiança da região atingiram o maior valor em 15 meses.

Por fim, os bancos centrais internacionais poderiam ter causado alvoroço na semana, mas preferiram manter suas políticas inalteradas. Dentre eles, encontram-se o FED*, o Banco Central Europeu e o Banco da Inglaterra.

Panorama Brasil

No Brasil, o Ibovespa entrou na contra-mão dos mercados internacionais e teve uma variação semanal de -1,92%. No entanto, não houve nenhum dado macroeconômico que justifique todo esse movimento contrário da bolsa.

A queda parece ter sido motivada pelo pessimismo com a economia brasileira, pela saída de investidores estrangeiros e pelo ceticismo em relação ao desempenho das principais empresas do país.

Quanto à inflação, o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) a desacelerou de 0,75% em junho para 0,26%. O Índice de Preços ao Consumidor – Semanal registrou deflação de 0,17% na quarta quadrissemana de julho, após ter tido queda de 0,11% na terceira semana do mês, de acordo com a FGV.

Já o Índice de Preços ao Consumidor (IPC-Fipe) no município de São Paulo teve deflação de 0,13% na quarta quadrissemana de julho, depois de cair 0,16% na terceira prévia do mês.

No mercado de câmbio, a moeda brasileira perdeu 1,42% em relação ao dólar americano, terminando a semana cotado em R$2,288. O Banco Central continua tentando conter uma depreciação excessiva do real, mas há possibilidades de altas do dólar no futuro.

Expectativas da Semana

A próxima semana será menos agitada no sentido de divulgação de dados. Internacionalmente, haverá o PMI* de serviços chinês e europeu e os tradicionais dados de auxílio desemprego norte-americanos.

O que também pode movimentar os mercados são os discursos de presidente regionais do FED*. Indicações de redução de estímulos monetários sempre podem frear os mercados.

No Brasil, o destaque maior fica com a divulgação do IPCA de Julho. O índice de inflação indicará se o mercado pode esperar uma inflação decrescente no resto do ano.

Destaque, também, para a divulgação de balanços de várias empresas. Nessa semana, tanto a Petrobrás quanto a Vale divulgaram resultado.

Enquanto isso, espera-se que o dólar se mantenha entre R$2,25 e R$2,35.

*Dicionário Economês-Português

PMI – O Purchasing Managers Index, ou “Índice dos Gestores de Compras”, é um indicador econômico que procura prever a atividade econômica através de pesquisas junto ao setor privado. Valores acima de 50 indicam expansão, enquanto abaixo de 50, contração.

FED – O FED, ou Federal Reserve, é a maneira como se comumente se refere ao Banco Central dos Estados Unidos. Nesse sentido, o nome oficial do banco central é Federal Reserve e FED é uma abreviação utilizada normalmente.

Post em Parceria com João Lídio Bisneto, graduando em Economia pela FGV-EESP e Presidente da Consultoria Júnior em Economia (CJE) da FGV, em nome da área de pesquisa da empresa.

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A crise ainda nem chegou e o pior ainda está por vir...

Por Samy
03/08/13 13:54

Protestos e greves pelas ruas, crescimento sendo revisado para baixo a cada dia, popularidade da presidente despencando, rebaixamento de nota de dívida pela Fitch e o índice Bovespa atingindo o menor nível em quatro anos…

O Brasil vem apresentando um grande problema nos últimos anos, baixo crescimento e inflação elevada. O chamado voo de galinha já é responsável por fazer o governo Dilma apresentar um crescimento médio do PIB de apenas 1,8% e inflação de 6,2%. Sim, o pior desempenho desde o governo Collor…

Diante desse tenebroso cenário, fica uma pergunta: existe saída para se livrar dessa maldição que o assombra o Brasil há anos?

Sim, e os economistas, pelo menos dessa vez, parecem ter um consenso para solucionar: é necessário um ajuste fiscal urgente para combater a inflação!

A notícia triste é que já sabemos que esse ajuste não será feito… Reduzir gastos do governo significaria no curto prazo, desaquecer a economia. Tarefa indigesta já que amargamos um crescimento de 0,9% em 2012. As projeções também não nos dão motivos para animar: para 2013 e 2014 espera-se um crescimento do PIB de apenas 2%.

Além disso, não podemos esquecer que o governo já entrou em campanha eleitoral e medidas impopulares como corte de gastos não parecem ser politicamente viáveis nas atuais circunstâncias. Dessa maneira abre-se espaço para outras medidas menos impopulares como um aumento significativo dos juros, dessa vez para a casa dos dois dígitos.

O problema nessa segunda alternativa é que com juros maiores, o custo de captação das empresas aumenta e diversos investimentos deixam de ser viáveis. Investimentos esses que são extremamente importantes para melhorar a infraestrutura do país.

Para piorar, o cenário de baixo crescimento acabará desaquecendo o mercado de trabalho e direciona o país para uma situação das mais críticas: inflação alta, baixo crescimento e aumento do desemprego.

Ou se faz esse ajuste, ou podemos afirmar sem sombra de dúvidas que a crise ainda nem chegou e o pior está por vir. Se o governo continuar postergando a necessidade de reforma para depois das eleições em 2015, essa conta chegará com juros e correção monetária para toda sociedade. Nós não somos a prova de crise!

Post em Parceria com Leonardo de Siqueira Lima, Economista pela FGV-EESP.

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Preços de restaurantes: reclama, mas vai

Por Samy
02/08/13 07:00

O Datafolha mostra que os paulistanos não estão nem um pouco contentes com o valor desembolsado para comer fora de casa.

Não é de hoje que rankings apontam São Paulo como uma das cidades mais caras do mundo para lazer.

Cinemas, teatros, restaurantes, casas de show e até mesmo shoppings são sinônimos de custos altíssimos, do estacionamento à pipoca.

Curiosamente, a frequência de ida a restaurantes aumentou entre alguns dos entrevistados nos últimos seis meses. Tal fenômeno pode ser explicado pela análise dos preços relativos.

Na hora de avaliar as opções e comparar os gastos de diferentes serviços, o cidadão atesta que o custo do restaurante é tão alto quanto o dos demais e acaba por manter tal passeio.

Por mais que reclame dos preços e que estes aumentem cada vez mais, o paulistano aceita pagar caro por tudo.

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A importância da inteligência financeira

Por Samy
01/08/13 07:00

Gostando ou não, todos precisam lidar com dinheiro. As fontes de renda, as necessidades e os desejos variam muito ao longo da vida.

Mesmo os mais jovens, que ainda não ingressaram no mercado de trabalho e não possuem renda propriamente dita, têm contato com dinheiro (uma mesada, por exemplo) e precisam saber administrar de modo inteligente.

Assim, em cada fase, as pessoas precisam se adaptar para que os recursos disponíveis sejam empregados da forma mais adequada. Para que isso seja possível, é essencial o desenvolvimento de uma inteligência financeira.

Sendo todos administradores das nossas próprias finanças, devemos buscar cada vez mais informações de qualidade para utilizar melhor o nosso dinheiro e fazer com que a nossa empresa individual (nossas finanças pessoais) seja sustentável.

Mas então, o que é inteligência financeira? Em suma, é a capacidade de saber separar desejo de necessidade.

Ser inteligente financeiramente não significa comprar exclusivamente o necessário, mas estabelecer prioridades, atendendo primeiro aquilo que se mostra indispensável e somente depois os desejos.

O estabelecimento de prioridades faz com que sejam evitadas situações prejudiciais à saúde financeira, como contração de dívidas para, por exemplo, viabilizar o pagamento do aluguel, da escola dos filhos etc.

Ter inteligência financeira é, em última análise, usufruir o presente sem comprometer o futuro.

Post em parceria com Fernando Antônio Agra Santos é Economista graduado pela UFAL, Doutor em Economia Aplicada pela UFV, Economista da UFJF, Professor Universitário em Juiz de Fora – MG e palestrante nas áreas de Inteligência Financeira e Gestão de Pessoas e comanda o site www.fernandoagra.webnode.com

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Queda da Bolsa e aluguel de ações

Por Samy
31/07/13 07:00

O pessimismo  acerca do desempenho da bolsa brasileira e a queda abrupta das cotações das ações do grupo EBX, de Eike Batista, têm levado a forte aumento da demanda por aluguel de ações.

Esse tipo de operação apresentou crescimento de  24% em relação ao mesmo período de 2012, atingindo R$ 500,3 bilhões. A quantidade de operações chegou a  806,3 mil. Evidentemente, com maior procura, houve tendência à falta de alguns papéis e aumento da taxa de empréstimo das ações.

Mas o que seria um aluguel de ações?

Da mesma forma que um imóvel ou um automóvel,  no mercado de ações, também é possível emprestar seus papéis temporariamente para outro investidor, mediante certas garantias. Tal operação é regulada pela Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia e mediada pelas corretoras dos investidores em questão.

O locatário, geralmente, espera que haja desvalorização dos papéis, porque assim ele realiza venda das ações alugadas, recebendo seu valor atual e comprando as ações novamente quando necessitar devolvê-las ao locador, a um preço mais baixo, obtendo, assim, lucro.

É por esse mesmo motivo que a demanda por locação aumenta quando o desempenho da bolsa é negativo.

O doador (o proprietário) de ações tem, assim a possibilidade de auferir uma remuneração extra, proveniente da taxa de empréstimo,que tem oscilado, na média, entre 2 e 5%. É, portanto, uma alternativa interessante para quem pretendia manter as ações paradas em sua carteira no período considerado.

A demanda por aluguel tende a aumentar num mercado de baixa, o que gera o encarecimento do custo da operação. Muitas vezes, o investidor olha apenas para isso e acha a taxa interessante, mas ele deve estar sempre atento ao prazo em que será o detentor daquela ação e qual sua expectativa para a cotação futura;

Post em Parceria com Giovana Carvalho, graduanda em Economia pela FGV-EESP

 

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Contos do vigário só funcionam quando o vigarista encontra alguém querendo ganho fácil

Por Samy
29/07/13 16:34

De tempos em tempos, empresas entram no mercado com propostas encantadoras que prometem milhões de reais, viagens, imóveis e carros de luxo a troco de pouco ou quase nenhum trabalho.

Tudo o que o participante precisa fazer é convidar amigos para o negócio e vender alguns itens mensalmente.

Práticas desse tipo, conhecidas como pirâmides, estão se espalhando.

De fato, a proposta é tentadora. Mas não é curioso que, em um mercado tão lucrativo, bancos –reconhecidamente milionários e rentáveis– efetuem uma série de avaliações de risco antes de conceder empréstimos a qualquer negócio?

Pela teoria das finanças, os bancos estão certos. A relação de risco-retorno sugere que, quanto maior o risco tomado, maior o retorno possível. Mas é importante ter claro que a chance de efetivar esse retorno cai conforme o risco aumenta, e por isso o mercado está repleto de analistas em busca de sua minimização.

No caso dos golpes, o risco proposto é baixíssimo, o esforço, relativamente baixo, e o lucro prometido, enorme. O fato é que essas estruturas insustentáveis acabam causando enormes prejuízos.

Por meios legais, enriquecer sem trabalhar ainda é uma realidade bastante distante, ou quase impossível.

“Quer ficar rico em menos de um ano?” É sempre bom desconfiar quando o ganho do recrutamento é maior que o das vendas do produto.

Esquemas de pirâmides e outros tipos de contos do vigário só funcionam quando o vigarista encontra alguém querendo ganho fácil e aparentemente sem risco. Qualquer proposta de dinheiro fácil é questionável e deve ser vista com muita cautela.

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Mundo Econômico - 28 de Julho

Por Samy
28/07/13 17:30

Panorama Mundo

De um modo geral, as bolsas mundiais não apresentaram grandes variações essa semana. Destaque apenas para o índice Nikkei que fechou em baixa de 2,97% na sexta-feira e de 3,15% na semana.

As economias da zona do euro, assim como os Estados Unidos, apresentaram melhora significativa no início de julho, com PMIs* preliminares divulgados na quarta-feira trazendo número melhores que o esperado. Em contra partida, a expectativa positiva para a indústria chinesa não se confirmou.

O índice referente ao setor industrial da zona do euro subiu de 48,8 para 50,1, atingindo sua máxima em 18 meses. Já nos EUA, o PMI industrial subiu para o maior patamar em 4 meses: 53,2 em julho, ante 51,9 em junho. Já na Ásia, o PMI preliminar do HSBC, de 47,7, foi o menor em 11 meses.

Também na quarta-feira, o governo chinês informou que eliminará impostos para pequenas empresas; oferecerá mais ajuda para os exportadores e ampliará os canais de financiamentos para acelerar o investimento em ferrovias. Tudo isso, com o objetivo final de impulsionar a economia em desaceleração.

Nos EUA, o número de novas solicitações de auxílio-desemprego subiu levemente, em um sinal de que a melhora do mercado de trabalho norte-americano ainda está em ritmo moderado. Já o número de encomendas de bens duráveis excluindo avião aumentou 0,7% em junho, sinalizando uma aceleração da atividade econômica.

O PIB britânico avançou 0,6 por cento no segundo trimestre na comparação com os três meses anteriores. Apesar do resultado ter sido o dobro do ritmo de crescimento apresentado no três primeiros meses do ano, a economia ainda permanece menor do que antes da recessão de 2008/ 2009. Mas, é interessante destacar que foi a primeira vez que todos os setores da economia cresceram desde o terceiro trimestre de 2010.

Na Espanha, a taxa de desemprego caiu inesperadamente pela primeira vez em dois anos. Uma forte temporada de turismo ajudou a taxa a cair de 27,2% para 26,3%, informou o Instituto Nacional de Estatísticas nesta quinta-feira. Todavia, o dado mascara um profundo problema estrutural: desemprego de longo prazo. Quase metade dos quase 6 milhões desempregados espanhóis não tem emprego há mais de um ano e o número de casas em que nenhuma pessoa trabalha permaneceu em 1,8 milhão.

Os preços ao consumidor japonês subiram em junho no ritmo anual mais rápido em quase 5 anos, em um sinal inicial do fim da persistente deflação e melhorando o prognóstico para o ousado plano de estímulo do banco central japonês.

O aumento de 0,4 por centro do núcleo do índice de inflação foi em grande parte devido à elevação nas contas de energia e a um iene mais fraco que inflacionou o custo das importações de gasolina.

Panorama Brasil

No Brasil, o Ibovespa fechou a semana em alta de 4,27%.

No primeiro semestre do ano, o governo central (Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central) registrou um superávit primário de R$ 34,371 bilhões. Esse foi o pior resultado para o período desde 2010, quando o saldo ficou positivo em R$ 24,9 bilhões.

Em 2013, o governo central tem de entregar um superávit de R$ 108 bilhões. Mas o governo já informou que contará com o abatimento de até R$ 45 bilhões de investimentos referentes ao Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e desonerações, entregando superávit equivalente a 2,3% do PIB.

O Índice de Confiança da Construção (ICST) da Fundação Getulio Vargas voltou a cair com mais intensidade, refletindo piora da avaliação das empresas do setor quanto à situação atual da economia e o futuro dos negócios. Após três meses de quedas menos acentuadas e uma melhora relativa, o indicador recuou 4,0% no trimestre terminado em julho, em relação ao mesmo período do ano anterior.

O dólar fechou em alta em relação do real nesta sexta-feira. A atuação do Banco Central, ao fazer intervenção no mercado, evitou que a desvalorização do real frente ao dólar americano fosse mais expressiva. O dólar fechou em alta de 0,73 por centro, para 2,2558 reais na venda.

Expectativas da Semana

Na próxima semana, a temporada de resultados no Brasil, dados chineses e norte-americanos.

Na quarta-feira, será divulgada a ata da reunião do Fomc*. Espera-se que o documento indique os próximos passos do Fed* em relação ao programa de estímulo à economia norte-americana.

Ainda nos EUA, será divulgado o PIB do segundo trimestre, que deve mostrar desaceleração em relação ao do primeiro.

Na quinta-feira, saíram dados da indústria brasileira e Zona do Euro e Reino Unido decidirão sobre a taxa de juros, atualmente em 0,5%.

Ao final da semana, a taxa de desemprego dos Estados Unidos deve trazer volatilidade ao mercado, além de indicadores industriais e de renda pessoal norte-americanos.

*Dicionário Economês-Português

PMI – O Purchasing Managers Index, ou “Índice dos Gestores de Compras”, é um indicador econômico que procura prever a atividade econômica através de pesquisas junto ao setor privado. Valores acima de 50 indicam expansão, enquanto abaixo de 50, contração.

Fomc – O “Federal Open Marketing Committee” é o equivalente norte-americano do Copom Brasileiro. O FOMC é o comitê que decide a política monetária do país do Tio Sam periodicamente.

FED – O FED, ou Federal Reserve, é a maneira como se comumente se refere ao Banco Central dos Estados Unidos. Nesse sentido, o nome oficial do banco central é Federal Reserve e FED é uma abreviação utilizada normalmente.

Post em Parceria com Helena Passeri, graduanda em Economia pela FGV-EESP e Consultora da Consultoria Júnior em Economia (CJE) da FGV, em nome da área de pesquisa da empresa.

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Visita do Papa - custos e ganhos

Por Samy
23/07/13 07:00

Como se sabe, a Jornada Mundial da Juventude teve início ontem, dia 22 de julho, e termina no dia 28 desse mês, recebendo a visita do Sumo Pontífice da Igreja Católica as cidades do Rio de Janeiro e  Aparecida do Norte (SP).

Segundo o último censo do IBGE (2010), 64% da população brasileira é católica, informação a partir da qual se entende a proporção que o evento tem tomado.

Estima-se que 1,5 milhão de peregrinos participarão do evento nas duas cidades. Para garantir a segurança do Papa Francisco e de tantas pessoas, foram convocados mais de 30 mil integrantes das Polícias Civil e Militar, da Força Nacional, da Polícia Federal e das Forças Armadas, constituindo um dos maiores esquemas de segurança já montados no Brasil.

Por fatores como esse, a estimativa é de que a visita do Papa custe R$ 118 milhões aos cofres públicos. O governo federal arcará com R$ 62 milhões, dos quais R$ 30 milhões destinam-se a segurança e defesa;  e o Estado e o município darão R$ 28 milhões cada. Cabe à Igreja arcar com as despesas de hospedagem dos peregrinos e de estrutura do evento.

A justificativa do governo para sediar o evento é de que a arrecadação superará os gastos incorridos. Segundo o secretário nacional interino de Políticas de Turismo do Ministério do Turismo, Sandro Fernandes, a JMJ 2013 “deve trazer impacto para o Brasil de mais ou menos R$ 1,2 bilhão na economia”, ao atrair de 1,7 milhão a 2 milhões de pessoas ao país. Estima-se que a despesa de turistas nacionais e estrangeiros com gastos diretos, como hospedagem e alimentação atinja R$660 milhões, além de, obviamente, movimentar o comércio local, principalmente o religioso.

Ainda assim, são esperadas manifestações durante a Jornada Mundial da Juventude, uma vez que os gastos públicos foram significativos e destinados a apenas uma parcela da população, a de religião católica.

 

Post em Parceria com Giovana Carvalho, graduanda em Economia pela FGV-EESP.

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Previdência privada pode representar desvantagem

Por Samy
22/07/13 17:45

O investimento em planos abertos de previdência privada como forma de seguro para o planejamento familiar tem se tornado mais comum.

Segundo associação do setor, no primeiro semestre foram arrecadados R$ 18,9 bilhões, 26,8% a mais que no mesmo período de 2012.

Duas categorias predominam: o PGBL (Plano Gerador de Benefício Livre), que permite deduzir até 12% no Imposto de Renda e é tributado só no resgate com uma alíquota menor, e o VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre), que também tem alíquota reduzida, incidente sobre rendimentos, e serve para o investidor que já ultrapassou os 12% do PGBL ou para quem faz a declaração simplificada de IR.

Para obter as vantagens fiscais dos planos de previdência, o investidor paga taxas de administração, que variam de 0,8% ao ano a 2,5% ao ano, e taxas de carregamento sobre os aportes, em torno de 3%.

Uma breve análise considerando custos e taxas mostra que o resultado no longo prazo pode não ser bom.

Suponha alguém com renda mensal de R$ 10 mil que queira guardar 10% desse valor por 40 anos para passar as duas últimas décadas de vida sem preocupação. Tem três opções: PGBL, VGBL ou cuidar do dinheiro sozinho.

No mercado, pagará 2,5% de taxa de administração e 3% de taxa de carregamento.

Uma simulação que considera declaração simples de IR e tributação regressiva mostra que, em um caso como esse, as taxas tornam a previdência menos interessante do que o cuidado pessoal dos investimentos.

Talvez para quem não tem controle dos gastos a previdência seja interessante. Para os demais, é válido refletir um pouco mais sobre o tema.

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