Folha de S.Paulo

Um jornal a serviço do Brasil

  • Assine a Folha
  • Atendimento
  • Versão Impressa
Seções
  • Opinião
  • Política
  • Mundo
  • Economia
  • Cotidiano
  • Esporte
  • Cultura
  • F5
  • Classificados
Últimas notícias
Busca
Publicidade

Caro Dinheiro

por Samy Dana

Perfil Samy Dana é Ph.D em Business, professor da FGV e escreve no caderno Mercado

Perfil completo

A ilusão da barganha pelo menor preço nas compras

Por Samy
24/09/12 08:22

Muitas pessoas gostam de barganhar e julgam ter sucesso na negociação. Mas será que existem tantos bons negociantes ou muitos se iludem com falsos ganhos?

Por definição, uma loja só concede descontos quando o preço de tabela está acima do valor mínimo em que o produto pode ser vendido. Do contrário, teria prejuízo.

O desconto só acontece quando a margem de lucro embutida no preço é grande o suficiente para que, mesmo com ele, seja possível lucrar.

Países árabes e chineses são os campeões nessa especialidade: a negociação é entendida como parte da venda e, em muitos casos, o preço é estipulado no ato da venda.

A partir do valor inicial ofertado, uma batalha de negociação começa. A cada rodada, o vendedor diz que o preço ofertado é o mínimo. Do outro lado, o comprador afirma que o valor está acima de sua disponibilidade.

Na maioria dos casos, o vendedor tem experiência de negociação muito superior à do comprador. Portanto, a chance de ter êxito e obter um preço que mantenha uma boa margem é enorme.

Sempre que o preço anunciado tem margem de negociação, fica difícil para o consumidor fazer uma comparação direta e imediata. Esse procedimento deixa o mercado menos competitivo e, consequentemente, os preços e as margens de lucro maiores.

Mercados em que não há barganha, como o preço de alimentos no supermercado, possibilitam ao consumidor uma comparação direta e torna a margem de lucro menor devido à competição.

Por incrível que pareça, a barganha mais atrapalha do que beneficia o consumidor. Por isso, quando o vendedor reduzir o preço, saiba que a margem embutida inicialmente é bem grande e pouco vantajosa para o cliente.

Mais opções
  • Google+
  • Facebook
  • Copiar url
  • Imprimir
  • RSS
  • Maior | Menor

Boas vindas da nova coluna – “Faz Sentido Isso???”

Por Samy
23/09/12 12:47

Por que não é eficiente ficar trocando de faixa quando estamos no trânsito?

Por que um carro vale sempre menos do que o preço que o vendedor pede?

Vale a pena o governo adotar políticas imediatistas sacrificando o longo prazo?

É diante dessas perguntas e com imenso prazer que apresentamos a nova coluna do Blog “Caro Dinheiro” chamada “Faz Sentido Isso?”. Nessa coluna vamos apresentar ao leitor algumas questões que produz resultados aparentemente sem sentido, mas que analisando de forma mais profunda encontramos algumas respostas e explicações

Além do já conhecido Samy Dana, a coluna apresenta mais dois autores:

*Daniel de Lima – Graduando em Economia pela FGV-EESP, que está em estudos na Northwestern University e fará suas publicações de Chicago.

*Leonardo de Siqueira Lima – Graduando em Economia pela FGV-EESP.

Autores

Aproveitamos o momento para publicar o nosso primeiro texto: explicando porque os brasileiros vêm apresentando um perfil de consumo diferente do esperado…

Sugestões e críticas são sempre muito bem vindas. Até breve!

 Samy, Daniel e Leonardo.

Mesmas medidas, novos comportamentos.

Entenda porque os brasileiros vêm apresentando um perfil de consumo diferente do esperado…

Por Samy Dana

Em 2008 o então presidente Lula disse que a crise dos subprimes nos Estados Unidos chegaria ao Brasil apenas como uma marolinha. Apesar da definição de “marolinha” ser um pouco subjetiva, o presidente estava correto de certa forma. Vale lembrar que tanto no final de 2008 como no começo de 2009 o governo anunciou alguns estímulos, como a redução do IPI para automóveis e eletrodomésticos, e o brasileiro aumentou o seu consumo.

O resultado de tais medidas foi que em 2009, no auge da crise, o PIB brasileiro diminuiu apenas 0.6% e em 2010 cresceu 7,5%. Parecia que a crise, que tinha demorado a chegar ao Brasil, havia desaparecido rápido.

Quatro anos depois a situação mudou. O foco da crise saiu dos Estados Unidos e migrou para a União Europeia, mas continua afetando todos os países ao redor do globo, inclusive o nosso.

Desde assumiu o cargo e mais veementente em 2012, a presidente Dilma mostra o poder de fogo do governo com inúmeros incentivos econômicos. No entanto, ao contrário do que se esperava ,a economia não responde da mesma maneira como em 2008.

Para ilustrar vale mencionar que, ao final de 2011 o mercado esperava que o PIB brasileiro crescesse mais do que 3% em 2012, mas agora reviu essas projeções e espera um crescimento por volta de 1,5%.

Mas se a crise da dívida na União Europeia, a princípio, é mais amena do que a de 2008 e se o Brasil possui condições macroeconômicas melhores que a anterior, porque a economia brasileira não responde aos constantes estímulos do governo? A resposta está no gráfico a seguir:

Na última década, a estabilidade macroeconômica possibilitou o alongamento no prazo das dívidas e, conjuntamente com a redução das taxas de juros, diminuiu o custo do crédito. O resultado foi uma enorme expansão do crédito pessoal. Entretanto, como se pode notar no gráfico, o endividamento vem crescendo rapidamente. Em sete anos passou de menos de 20% da renda para quase 45%. Além disso, o brasileiro tem gastado cada vez mais com osjuros de sua dívida.

O comprometimento da sua renda com o serviço da dívida passou de 15% para 22%. Ou seja, sobra menos espaço no orçamento mensal para aumentar o consumo.

Isto é um grande problema para a presidente Dilma, pois foi o aumento do consumo doméstico que permitiu que o Brasil passasse pela crise sem maiores dificuldades há alguns anos.

Como o mundo estava em recessão, as exportações brasileiras sofreram, mas o forte mercado doméstico brasileiro garantiu um crescimento razoável. Entretanto, esta fórmula parece ter sido totalmente gasta.

O próximo gráfico ilustra como o consumo não consegue mais manter o menos nível de crescimento, mesmo quando comparado a anos de crise.

A presidente Dilma e sua equipe econômica parecem ter percebido isso e alguns movimentos sugerem que a estratégia de crescimento deixa de focar no consumo. A diminuição dos encargos para alguns setores da indústria sinaliza dessa direção, mas o resultado é ainda bem tímido.

Mais importante, o recente anúncio da concessão à iniciativa privada de diversos projetos logísticos e de infraestrutura demonstra que o governo reconhece que precisa aumentar os investimentos, e que precisa da iniciativa privada para tal.

Assim, vendeu e venderá a concessão de grandes aeroportos e os últimos pacotes apontam também para os setores de ferrovia, portos e estradas.

Diante do endividamento das famílias, o mais apropriado para o governo é tentar aumentar a competitividade do país, através do investimento e da desoneração – processo que não se resolve de um dia para o outro.

Continuar tentado forçar os brasileiros a consumirem e se endividarem mais, escondendo os verdadeiros problemas da economia brasileira não é o caminho, mesmo que o crescimento em 2012 não seja significativo. Do contrário seria o mesmo que assumir que não aprendemos nada com a crise do subprime nos EUA…

Post em Parceria com Daniel de Lima e Leonardo de Siqueira Lima .

Mais opções
  • Google+
  • Facebook
  • Copiar url
  • Imprimir
  • RSS
  • Maior | Menor

Um Brasil com menos impostos

Por Samy
19/09/12 14:30

O Brasil assistiu, nos últimos dias, a uma série de desonerações e mudanças na cobrança de impostos. Seria o início de tão esperada reforma tributária em um país cujos impostos representam cerca de 34% do PIB?

Uma das desonerações mais comemoradas por empresas e também por trabalhadores foi a sobre a folha de trabalho. Com ela, deixa-se de pagar a contribuição previdenciária de 20% sobre os salários e passa a ser cobrada a parcela de 1 ou 2% sobre a receita bruta.

Além disso, na última segunda-feira, o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa, anunciou a simplificação do PIS-Cofins, o mais complexo dos impostos brasileiros, responsável por 90% das reclamações das pessoas e que, juntos, arrecadam 4,8% do PIB.

A partir de agora, tudo que a empresa comprar vai gerar um crédito e será cobrada uma alíquota única de 9,25% sobre o valor adicionado, que é a diferença entre o preço final e o preço da matéria-prima e do salário da mão de obra utilizada na produção.

Tramita também no governo a proposta de uma alíquota única de 4% do ICMS, cuja aprovação dependerá do sucesso da mudança do PIS-Cofins.

As reformas podem, eventualmente, não reduzir tanto os impostos quanto o contribuinte gostaria, mas pequenas iniciativas já ajudam bastante o brasileiro, que se sente sufocado por tantos impostos.A Receita também promete apertar a cobrança dos R$86 bilhões de impostos atrasados existentes no Brasil, como forma de compensar essas medidas recentes e não comprometer a arrecadação do governo.

Ainda uma reforma mais efetiva se faz necessária, sem contar o destino dos recursos. Pior que pagar muitos impostos é ter os serviços oferecidos pelo governo com saúde, educação, transporte e segurança com qualidade duvidosa.

Post em Parceria com Giovana Carvalho, graduanda em Economia pela FGV-EESP

Mais opções
  • Google+
  • Facebook
  • Copiar url
  • Imprimir
  • RSS
  • Maior | Menor

Instrumentos financeiros nº1: Letra de Crédito Imobiliário (LCI)

Por Samy
18/09/12 09:15

A Letra de Crédito Imobiliário (LCI) é um investimento de renda fixa em que os recursos são destinados ao fomento do crédito imobiliário. A LCI pode ser entendida como um empréstimo que o investidor faz a instituição financeira e para tanto, recebe uma remuneração, geralmente, atrelada ao CDI.

A LCI possui isenção do imposto de renda pessoa física, vencimento normalmente a partir de 60 dias, rentabilidade superior à poupança e, em geral, superior ao Certificado de Depósito Bancário (CDB) dos bancos.

É um investimento de renda fixa, garantido pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC) até o montante de R$ 70 mil; o FGC é um fundo formado por bancos privados e tem por objetivo atuar como uma seguradora no caso de uma instituição ir a falência. Desta forma, o investidor da LCI só não receberá seu dinheiro, até os R$ 70 mil, caso a instituição que ele investiu quebre e o FGC também.

A principal vantagem da LCI está baseada na isenção do imposto e na sua relativa liquidez. Quando o investidor aplica em instituições de boa reputação, a LCI pode ser entendida como um investimento conservador e com uma rentabilidade interessante.

As LCIs são emitidas por bancos que possuem carteira de crédito imobiliário e têm como lastro os recebíveis imobiliários da instituição emissora.

As instituições financeiras de grande porte como a Caixa Econômica Federal, por exemplo, somente disponibilizam as LCIs para investidores com aplicação mínima de R$ 50 mil. No entanto, normalmente, as instituições de pequeno e médio porte disponibilizam  LCIs a partir de R$ 1 mil.

A maioria das letras de crédito imobiliário emitidas é indexada ao Certificado de Depósito Interbancário (CDI), e costuma  remunerar entre 83% e 96% do CDI a depender do porte do banco emissor. Há também letras de crédito imobiliário prefixadas.

Quanto menor a instituição, maior a rentabilidade para compensar o investidor do risco. Vale lembrar que a rentabilidade oferecida, por ser isenta de imposto, é bastante atraente quanto comparada a outras modalidades de renda fixa.

A seguir uma simples ilustração da rentabilidade das LCIs frente à poupança e aos CDBs. Neste caso todas as modalidades, possuem garantia do FGC até 70 mil.

 Em épocas de taxas de juros mais baixas, as LCI´s podem ser modalidades interessantes para diversificação da carteira, basicamente quando o investidor escolhe o retorno em função do risco que está disposto a correr.

Vale lembrar que a capacidade da instituição e dos recebíveis deve ser sempre avaliada nesta modalidade de investimento, instituições que não contemplam eventuais oscilações de preços dos imóveis devem ser evitadas.

Post em parceria com Alex Del Giglio que é graduado em economia pela USP com extensão em finanças pela ESC Bordeaux e mestre em Administração pela FGV. Responsável pela área educacional da Prime Finance Investimentos AAI Ltda com sede em Manaus. 

Mais opções
  • Google+
  • Facebook
  • Copiar url
  • Imprimir
  • RSS
  • Maior | Menor

Série Instrumentos Financeiros

Por Samy
18/09/12 09:12

Você saberia responder quais são e como funcionam os instrumentos financeiros comercializados no mercado financeiro e de capitais?

Com o objetivo de auxiliá-lo na busca das respostas a esta pergunta, estreia hoje a Série: Instrumentos Financeiros. 

Com publicações semanais, serão abordados os cinquenta instrumentos financeiros mais acessíveis aos pequenos e médios investidores.

O primeiro número da série trata das Letras de Crédito Imobiliário.

Tenha uma excelente leitura! 

Mais opções
  • Google+
  • Facebook
  • Copiar url
  • Imprimir
  • RSS
  • Maior | Menor

Preços muito altos limitam ganhos no setor imobiliário

Por Samy
17/09/12 07:14

Os brasileiros aprendem desde pequenos que a compra de um imóvel é sinônimo de segurança e sossego. Mas será que, com o atuais preços, essa regra ainda vale?

Em primeiro lugar, deve-se verificar a taxa de aluguel, que é a divisão do valor do aluguel sobre o valor do imóvel. O valor do imóvel deve contemplar -além do preço pago- impostos e outros custos iniciais, como piso e acabamento, no caso de imóveis novos.

Pesquisas em sites e classificados apontam que a taxa de aluguel nas principais regiões de São Paulo gira em torno de 0,40%, valor extremamente baixo devido aos preços exorbitantes dos imóveis. Ao mesmo tempo, a Selic paga 0,60% ao mês.

Então por que um investidor aplica seu dinheiro em um mercado arriscado e de pouca liquidez para receber um retorno menor do que conseguiria em aplicações de menor risco?

Parte dessa irracionalidade pode ser explicada pelas expectativas criadas pelo investidor quanto a possíveis aumentos dos preços. Esta forma de especulação é uma característica da formação de bolhas, nas quais os indivíduos pagam valores absurdos por ativos com a esperança de que, no futuro, outro investidor aceite pagar um preço ainda mais irreal.

Há de se considerar, ainda, que o imóvel pode ser avaliado pelos retornos futuros que vai gerar. Este retorno é o aluguel, que alguns deixam de pagar e outros recebem.

O grande problema é que os preços subiram tanto que esse retorno ficou financeiramente desinteressante. É evidente que, se todos os investidores partilhassem da mesma visão, jamais seria formada a bolha. A distância da realidade e as expectativas de valorizações são tamanhas que já não há mais um caminho próspero para os preços.

Mais opções
  • Google+
  • Facebook
  • Copiar url
  • Imprimir
  • RSS
  • Maior | Menor

Credibilidade dos dados imobiliários

Por Samy
14/09/12 18:55

É cada mais recorrente escutar, em diversas regiões do país, comentários provenientes de especialistas e cidadãos comuns acerca das constantes valorizações do mercado imobiliário. O Índice FipeZap, por exemplo, apresenta valorização de 147,5% dos imóveis na cidade de São Paulo para o período de janeiro/08 a agosto/12.

Antes de traçar precisões sobre o futuro dos preços dos imóveis, é necessário entender bem como tem sido calculado o índice de abrangência nacional mais utilizado no mercado imobiliário, o Índice FipeZap criado em 2007.

O primeiro ponto é que o índice toma como base apenas os preços anunciados, que por sua vez, estão sob a ótica apenas da oferta. Apesar do difícil acesso, o ideal seria comtemplar valores de fechamento como escrituras, registros e avaliações feitas pelos agentes que financiam os imóveis. No estado de São Paulo, por exemplo, cerca de 57% dos imóveis vendidos foram financiados em junho[1] desse ano. Assim, considerar a avaliação feita pelas instituições financeiras seria uma ótima amostra dos preços de mercado.

O FipeZap opta por utilizar em seus cálculos, apenas o preço anunciado dos imóveis, tal procedimento ocorre também na Hungria, Inglaterra, Áustria e em Malta.

Evidentemente, esse preço anunciado é diferente do valor de fato transacionado, o que leva a certas distorções no índice para cima, ou seja, o índice é sempre superestimado.

No caso brasileiro, há ainda mais um agravante, o índice só considera o preço ofertado dos imóveis cadastrados no site Zap Imóveis, quer pelos proprietários, quer pelas imobiliárias, sendo as últimas a maioria dos anunciantes.

Existe um fator comportamental na oferta de preço das imobiliárias que as estimula a mostrar uma alta constante. Caso os proprietários ou locatários mais antigos vejam que o novo valor anunciado de um imóvel é inferior ao que foi pago por eles, a imobiliária responsável certamente será alvo de críticas e reputação, de modo que essa tem incentivos a elevar os preços ofertados e, assim, arrefecer tal problema. Muitas vezes o preço sobe e ocorre, concomitantemente, um desconto para compensar no preço final, no entanto, o comprador antigo fica com a impressão que fez um ótimo negocio e que os preços nunca descem.

O gráfico apresenta a comparação entre o IPCA e o índice FipeZap para o período de jan/08 a jul/12 em São Paulo
Fonte: Portal Zap

Uma alternativa, para o estado de São Paulo, seria o uso do índice CRECISP, existente desde 2010, que mede o comportamento do conjunto de preços médios de imóveis usados e de aluguéis residenciais no Estado de São Paulo mês a mês. É calculado pela média de todos os preços de venda dos imóveis usados e dos aluguéis residenciais contratados em imobiliárias credenciadas pelo Conselho Regional dos Corretores de Imóveis de São Paulo.

Para o mercado nacional, o IBGE anuncia que criará um índice de preços de imóveis conforme decreto de 2011, mas ainda não há previsões para sua divulgação.

De nossa experiência pessoal, sabe-se que os preços dos imóveis cresceram nos últimos anos, porém os dados estão superestimados e não são confiáveis. A análise só pode ser feita com as ressalvas pertinentes.

O gráfico apresenta a comparação entre o IPCA e o índice FipeZap para o período de jan/08 a jul/12 em São Paulo
Fonte: Portal Zap, Creci-Sp
Fonte: Portal Zap

Post em Parceria com Giovana Carvalho, graduanda em economia pela FGV-EESP

[1] Dado mais recente divulgado pelo Creci-SP

Mais opções
  • Google+
  • Facebook
  • Copiar url
  • Imprimir
  • RSS
  • Maior | Menor

“Ai seu foguista, bota fogo na fornalha, que eu preciso muita força, muita força, muita força”

Por Samy
12/09/12 18:22

Entenda o que o mais recente anúncio do governo de redução das tarifas de energia tem a ver com seu orçamento e com o crescimento nacional

Nenhum jornalista econômico pode reclamar de falta de pautas, praticamente toda semana o governo anuncia uma nova medida.

Ontem, nossa presidente Dilma Rousseff anunciou que, a partir de janeiro de 2013, haverá um corte nas tarifas de energia de 16,2% para consumidores residenciais e de até 28% para as indústrias, notícia que tem grande impacto no cenário nacional.

Segundo a Confederação Nacional das Indústrias (CNI), os gastos com energia correspondem a, em média, 4% dos gastos totais das empresas, de tal forma que o corte possibilitaria a realização de novos investimentos.

No caso das famílias, gastos com energia geram uma folga no orçamento, que pode ser destinado a consumo de outros bens ou à poupança.

Associando essa medida de desoneração energética com as recentes quedas nos juros, que atingiram o menor patamar histórico, 7,5%, o Brasil caminha para uma diminuição do seu custo e risco.

Vale notar que o anúncio é bastante oportuno, pois a expectativa dos analistas de mercado financeiro divulgada no boletim Focus mais recente do Banco Central é pessimista, esperando um pífio crescimento de, apenas, 1,62% do PIB e ainda um tímido crescimento de 4% para 2013. Essas projeções, que vinham caindo, devem ser revistas após o informe feito pela presidente.

Outro impacto dessa redução está na inflação. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou acreditar que possa haver redução de 0,5 a 1% na inflação do ano que vem devido à desoneração. Provavelmente os analistas irão rever os 5,54% projetados para 2013. Vale lembrar, que este valor é bastante alto quando comparamos ao PIB esperado deste e do próximo anos.

As expectativas atuais dos analistas revelam uma descrença, por parte do mercado, na capacidade do governo de atingimento das metas de inflação e em um crescimento grande.

Essa redução da tarifa energética já era esperada e cobrada há muito tempo, uma vez que a tarifa tupiniquim é uma das maiores do mundo e não leva a uma eficiência energética comparável a de países como mais desenvolvidos como Reino Unido, a Alemanha ou o Japão.

De forma geral, a notícia soará harmonicamente nos ouvidos dos analistas. Espera-se que, com ela, não só o país torne-se mais eficiente, como tenha mecanismos facilitadores de seu crescimento, em um contexto mundial marcado por desaquecimento econômico e incertezas.

Intuitivamente, como retrata bem um poema de Manuel Bandeira, é como se o país tivesse pedido ao governo “Ai seu foguista, bota fogo na fornalha, que eu preciso muita força, muita força, muita força”.

Post em Parceria com Giovana Carvalho, graduanda em economia pela EESP – FGV

Mais opções
  • Google+
  • Facebook
  • Copiar url
  • Imprimir
  • RSS
  • Maior | Menor

Economicamente Viável

Por Samy
12/09/12 18:05

Preços de produtos, quantidades produzidas, dívidas, carteiras de investimentos, inflação, taxa de juros, guerras, leilões ou até mesmo um simples jogo de joquempô.

Você saberia dizer o que todas essas coisas têm em comum?

 

Todas podem ser explicadas através da economia. Nossa missão aqui será não só explicá-las, como mostrar que a Economia não é nenhum bicho de sete cabeças e está extremamente relacionada com o seu dia-a-dia, daí a importância de compreender seu funcionamento.

Com um blog novo, nada mais justo do que ter uma coluna nova. A “Economicamente Viável” estreia hoje e terá novas publicações a toda semana. Ela conta com dois autores: Samy Dana, autor do blog e já conhecido da maioria de vocês e Giovana Carvalho, estudante de Economia da FGV-EESP, que já foi gerente de projetos na Empresa Junior FGV e, atualmente, desenvolve pesquisas de finanças quantitativas.

Esperamos, sinceramente, que você goste dos temas abordados e que eles possam contribuir para sua vida, em geral. Gostaríamos que nos enviassem dúvidas, críticas e sugestões!

 

Até breve,

Samy e Giovana

 

Mais opções
  • Google+
  • Facebook
  • Copiar url
  • Imprimir
  • RSS
  • Maior | Menor

Gerente nem sempre faz o melhor para o cliente

Por Folha
11/09/12 10:45

Você já parou para pensar…?

Que o gerente do banco é um funcionário da instituição, e é remunerado por seu desempenho?

Leia:

Quando pensamos em empréstimos ou investimentos, a figura que vem à mente é a do gerente de banco, com seu simpático sorriso, cabelo e roupas alinhados, sempre disposto a buscar as melhores opções. Para muitos, os gerentes são como “gurus”, responsáveis pela maior parte das decisões dos clientes.

Parte do trabalho deles é a criação de laços de amizade, sendo que alguns viram confidentes fiéis e recebem até presente de Natal do cliente.

Mas o cliente é um consumidor e deve sempre refletir se o que o gerente oferece é mesmo o mais vantajoso.

Não se pode esquecer que os gerentes são funcionários do banco e recebem por suas atividades e desempenho.

A remuneração -que inclui bônus- varia de acordo com seus resultados. Além do salário variável, os bancos recompensam os gerentes que superam as metas, com gratificações e prêmios.

As metas sinalizam aos gerentes as estratégias e expectativas do banco. Como eles são instituições com fins lucrativos, os produtos mais interessantes e com maior pontuação são os que têm maiores margens de lucro.

Por isso, ao pedir alguma sugestão a seu gerente, tenha em mente que ele estará fazendo o que a sua função exige -pensar no melhor para seu empregador.

Vale refletir e indagar pessoas neutras sobre os reais benefícios e custos de cada produto oferecido.

O amigável relacionamento contendo sorrisos, piadas e outros artifícios pode ser, como em outros negócios, apenas para fidelizar o cliente e fazer com que suas indicações pareçam mais atraentes do que de fato são.

Mais opções
  • Google+
  • Facebook
  • Copiar url
  • Imprimir
  • RSS
  • Maior | Menor
Posts anteriores
Posts seguintes
Publicidade
Publicidade
  • RSSAssinar o Feed do blog

Buscar

Busca

Categorias

  • Caro Dinheiro Impresso
  • Economicamente Viável
  • Em busca do Tesouro Direto
  • Faz sentido isso???
  • Instrumentos Financeiros
  • Mundo Econômico
  • Perfil Econômico
  • Recent posts Caro Dinheiro
  1. 1

    Estamos de mudança

  2. 2

    Mundo Econômico - 18 de Agosto

  3. 3

    Inteligência financeira em família

  4. 4

    Por que os juros são tão altos no Brasil?

  5. 5

    Vantagens e desvantagens das compras coletivas

SEE PREVIOUS POSTS

Categorias

  • Caro Dinheiro Impresso
  • Economicamente Viável
  • Em busca do Tesouro Direto
  • Faz sentido isso???
  • Instrumentos Financeiros
  • Mundo Econômico
  • Perfil Econômico
Publicidade
Publicidade
Publicidade
  • Folha de S.Paulo
    • Folha de S.Paulo
    • Opinião
    • Assine a Folha
    • Atendimento
    • Versão Impressa
    • Política
    • Mundo
    • Economia
    • Painel do Leitor
    • Cotidiano
    • Esporte
    • Ciência
    • Saúde
    • Cultura
    • Tec
    • F5
    • + Seções
    • Especiais
    • TV Folha
    • Classificados
    • Redes Sociais
Acesso o aplicativo para tablets e smartphones

Copyright Folha de S.Paulo. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress (pesquisa@folhapress.com.br).