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Caro Dinheiro

por Samy Dana

Perfil Samy Dana é Ph.D em Business, professor da FGV e escreve no caderno Mercado

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Mundo Econômico - 21 de Julho

Por Samy
21/07/13 17:30

Panorama Mundo

As ações europeias tiveram a quarta semana consecutiva de ganhos, apesar de fecharem praticamente estáveis na sexta-feira, 19, pressionadas pela fraqueza do setor de tecnologia, depois de lucros decepcionantes da Microsoft e da Google.

Já as bolsas da Ásia fecharam fracas, com exceção das ações indianas, que atingiram máxima em sete semanas. O mercado foi impulsionado pelo rali na Tata Consultancy Services, um dia depois que a exportadora de serviços de softwares registrou resultados que superaram as estimativas.

Nos EUA, dados positivos. O número de novos pedidos de auxílio desemprego caiu mais do que o esperado para o menor nível em quarto meses, um possível sinal de que as contratações podem acelerar em julho.

Além disso, a atividade fabril na região do meio-atlântico dos EUA expandiu em julho no maior ritmo desde março de 2011, à medida que o nível de emprego e embarques acelerou, mostrou pesquisa do Federal Reserve* da Filadélfia nesta quinta-feira.

O FED* regional anunciou que seu índice de atividade empresarial subiu para 19,8, ante 12,5 em junho, ficando bem acima das expectativas de economistas da Reuters de 7,8.

Ademais, a Moody’s elevou a perspectiva do rating dos Estados Unidos de “negativa” pra “estável” também nesta quinta-feira. Com isso, a agência de classificação de risco retira a ameaça de rebaixar o rating norte-americano em breve.

O crescimento chinês desacelerou para 7,5% no segundo trimestre, colocando a economia rumo a seu ano mais fraco desde a década de 1990, em meio às iniciativas de seus novos dirigentes de concentrarem-se mais em profundas reformas do que em estímulos de curto prazo.

Com a queda nas exportações e um recuo nos investimentos, este foi o segundo trimestre consecutivo de crescimento mais fraco na segunda maior economia do mundo, o que confirma que a recuperação no fim do ano passado foi de curta duração.

A tendência de desaquecimento não mostra sinais de ceder, havendo, assim, riscos de que a China ficará abaixo da meta oficial do governo, de 7,5% de crescimento neste ano. Seria a primeira vez desde a crise financeira asiática, 15 anos atrás, que o governo chinês não atingiria a sua meta de crescimento anual.

Joerg Asmussen, membro do Banco Central Europeu, afirmou que a política monetária de tal instituição continuará expansionista por quanto tempo for necessário. Asmussen disse ainda que o BCE tem uma série de medidas padrão e não-padrão disponíveis que, se necessárias para garantir a estabilidade de preço no médio prazo, serão usadas em toda a zona do euro.

Na Grécia, o governo garantiu votos suficientes no Parlamento para aprovar uma lei de reforma do setor público na quinta-feira, abrindo caminho para receber a próxima parcela do resgate financeiro internacional.

Por fim, o G-20 quer obrigar as empresas multinacionais a revelar seus agressivos esquemas de otimização tributária para as autoridades fiscais de cada país onde operam e obtêm lucros, para forçá-las a pagar o imposto devido. Dentre outros assuntos discutidos na reunião do grupo das maiores economias do mundo, ministros do trabalho e das finanças do G20 prometeram adotar políticas destinadas a estimular a geração de empregos e os investimentos privados, a fim de promover o crescimento econômico global.

Panorama Brasil

No Brasil, o Ibovespa teve o melhor desempenho semanal do ano, alta de 4,10%. Dentre os principais motivos para o acontecimento, figuram-se as declarações de Ben Bernanke acerca do ciclo do aperto monetário, além dos dados da economia chinesa em consonância com as expectativas do mercado.

Enquanto que as expectativas de crescimento do PIB continuam a cair (agora em 2,31% para 2013 de acordo com o Boletim FOCUS), o Índice de Confiança do Empresário Industrial (Icei) caiu 4,9 pontos e chegou a 49,9 pontos em julho, o menor patamar desde abril de 2009.

A boa notícia da semana é a desaceleração da inflação. Com a ajuda da queda nos custos de transporte público, o IPCA-15 desacelerou para 0,07% em julho, ante 0,38% em junho.

No mercado de câmbio, o dólar saiu de R$ 2,2670 na sexta-feira, dia 12, para R$ 2,2405 no fim da última semana. Com as afirmações de Ben Bernanke de que o ciclo de estímulos monetários nos EUA não acabará tão cedo, o mercado não teve força para uma alta do dólar. Além disso, o BACEN interferiu no câmbio para impedir que essa alta ocorresse.

Expectativas da Semana

Na próxima semana, o principal motor interno para o mercado de ações é a divulgação de resultados de empresas, serão 9 no total. O motivo para tanto é a fraca agenda econômica nacional cujos destaques são a balança comercial, o IPC-S e o IPC-Fipe.

No mercado internacional, além dos PMIs* chinês e europeu, temos o comum destaque para os pedidos de seguro-desemprego nos EUA. O dado mais importante da semana, entretanto, é o PIB do Reino Unido que será divulgado na quinta-feira.

Enquanto isso, o mercado de juros deve ficar aquecido já que, se, realmente, houver desaceleração da inflação, o BACEN pode diminuir o ritmo do aumento dos juros.

Por fim, não há motivos para esperar maiores flutuações no câmbio, já que não haverá dados ou discursos muito importantes que afetem o dólar na próxima semana. Além disso, as intervenções estatais devem segurar parte de qualquer desvalorização do real.

*Dicionário Economês-Português

FED – O FED, ou Federal Reserve, é a maneira como se comumente se refere ao Banco Central dos Estados Unidos. Nesse sentido, o nome oficial do banco central é Federal Reserve e FED é uma abreviação utilizada normalmente.

PMI – O Purchasing Managers Index, ou “Índice dos Gestores de Compras”, é um indicador econômico que procura prever a atividade econômica através de pesquisas junto ao setor privado.

Post em Parceria com João Lídio Bisneto, graduando em Economia pela FGV-EESP e Presidente da Consultoria Júnior em Economia (CJE) da FGV, em nome da área de pesquisa da empresa.

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Entenda a diferença entre pirâmide financeira e marketing multinível

Por Samy
18/07/13 07:00

No primeiro post de pirâmides financeiras, abordamos como elas se constituem e de que forma caracterizam crime. Devido à grande repercussão entre os leitores, gostaríamos agora de esclarecer com quais modalidades as pirâmides gostam ser confundidas ou apresentadas ao público, para facilitar o engodo.

Vale destacar que existem empresas sérias que utilizam tais modalidades de negócio, e, portanto cabe também ao investidor a responsabilidade de julgar quais efetivamente usufruem dessas estratégias e quais utilizam-nas apenas como fachadas para pirâmides, resistindo à tentação do ganho fácil.

Uma dica é que as pirâmides geralmente se disfarçam sob essas máscaras, mas apresentam um produto não competitivo, cuja venda é difícil.

Mas por quê?

Não é de interesse de um criador de uma pirâmide que o produto seja vendido, porque, nesse caso, ele teria que se preocupar com as questões comuns às empresas verdadeiras, como distribuição, estocagem, qualidade, autenticidade  e custo do produto, funcionários e etc. Para ele, é interessante que os associados não consigam vender e assim, para recuperar seu investimento inicial, estejam propensos a atrair muitos novos associados.

Venda Direta

Um modelo tradicional de vendas consiste na venda direta, que nada mais é do comercialização de produtos porta a porta, sem um ponto comercial fixo. Tal modelo é bastante utilizado por empresas de cosméticos, por exemplo, e não carateriza um engano, é absolutamente legal.

Como vantagens, esse tipo de vendas favorece a flexibilidade de horários dos comerciantes, bem como sua possibilidade de obter maiores rendimentos em função de sua dedicação individual.

Destaca-se aqui que, nesse caso, o ganho provém de comissões pela venda de produtos. No caso da pirâmide, o ganho é oriundo de comissões pela adesão de novos vendedores.

Marketing Multinível ou Marketing de Relacionamento

Esse sistema é derivado do sistema de vendas diretas, a diferença consiste no incentivo que se dá aos revendedores de atrair mais associados.

Isso ocorre porque o crescimento no número de clientes é limitado pelo número de vendedores. Assim, para fazer crescer esse último, a empresa solicita aos associados que recomendem novas pessoas para a mesma função que a sua, oferecendo, como incentivo, um prêmio a cada recomendação e uma comissão sobre as vendas do indicado, de forma a atrair bons vendedores e impulsionar os associados a treiná-los bem.

A diferença nessa formação de uma rede de revendedores em relação a uma pirâmide é que, nesse caso, a empresa apresenta, sim,um produto competitivo, ou seja, os lucros não provêm somente da atração de novos parceiros, mas, principalmente, da venda do produto em si.

Portanto, esse modelo de negócio, é legal.

Do que foi apresentado aqui, percebemos que as diferenças entre esses modelos e pirâmides são bastante sutis, por isso, o investidor deve ser muito cauteloso. A maior recomendação é sempre não ceder à tentação do dinheiro fácil e desconfiar de modelos em que o lucro vem somente da atração de novos associados, pois, nesse caso, o dinheiro somente percorre a cadeia, caracterizando uma pirâmide e sendo, dessa forma, insustentável.

Post em Parceria com Giovana Carvalho, graduanda em Economia pela FGV-EESP

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Vai viajar para o exterior? conheça as melhores formas para comprar dólar

Por Samy
15/07/13 16:13

Graças à internet, é possível hoje obter boas estimativas das despesas com as viagens ao exterior, e calcular os gastos tem se tornado um problema menor. A forma de pagamento, porém, continua motivo de dúvida para a maioria dos brasileiros.

Há três modalidades predominantes para uso da moeda estrangeira, cada uma com seus custos e vantagens: o dinheiro, o cartão de crédito e os cartões pré-pagos.

O dinheiro envolve taxas de corretagem em alguns casos e 0,38% de IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), ambos pagos diretamente à casa de câmbio. Apesar de ser pouco cômodo, já que precisa ser carregado e escondido, é o meio de pagamento mais aceito, sendo interessante sempre portá-lo em pequenas quantidades.

No cartão pré-pago, são gastos os mesmos 0,38% de IOF, mas, a cada saque, paga-se, em média, US$ 2,50. Muitas lojas, sobretudo nos EUA, aceitam essa forma de pagamento e, nesse caso, a taxa não é descontada.

Com o cartão de crédito, a segurança e a praticidade são pontos a favor, mas o IOF assusta: 6,38%. Por isso, é melhor mantê-lo guardado na carteira em viagens.

Um indivíduo que deseja trocar R$ 10 mil por dólares terá um custo de R$ 138 caso opte pelo dinheiro (considerando uma taxa de corretagem de R$ 100), R$ 95 utilizando o cartão pré-pago em dez saques e R$ 638 apenas de IOF com o cartão de crédito –não sendo computada a taxa de câmbio menos vantajosa do cartão nesse cálculo.

A melhor opção talvez seja balancear: dinheiro para despesas miúdas, cartão pré-pago para valores maiores e cartão de crédito apenas em emergências.

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Mundo Econômico - 14 de Julho

Por Samy
14/07/13 07:00

Panorama Mundo

Na segunda semana de julho a maioria das bolsas pelo mundo subiram, com pequenas exceções. O índice da Alemanha, inclusive, o DAX30, teve alta de mais de 5%, o S&P500 e o Nikkei 225, algumas bolsas dos EUA e o do Japão, postaram altas de 2,96% e 1,37%.

Nesta semana, o discurso de Ben Bernanke, presidente do Federal Reserve*, declarações de Mario Draghi, líder do Banco Central Europeu e a economia chinesa foram os principais eventos da semana anterior.

Para a Europa, dados da produção industrial desapontaram, vindo menores do que a esperada queda de 0,2 %. Dessa maneira, a União Europeia acumula uma queda de 0,6% entre maio e abril deste ano e uma redução de 1,6% em relação a maio de 2012.

No cenário europeu, ainda nesta semana, houve o rebaixamento do rating de crédito da Itália e da França, além de dados que exibiram o agravamento do mercado de trabalho grego, que chegou a níveis recorde de desemprego. Em meio a esse sentimento negativo em torno da economia europeia, Mario Draghi, em seu último anúncio, reforçou que a política monetária permaneceria acomodatícia.

Em relação aos EUA, o principal acontecimento desta semana foi o discurso de Ben Bernanke, que fez questão de esclarecer suas intenções em relação às políticas monetárias agressivas do FED*, medida que acalmou os mercados. O presidente do FED*, em sua declaração, reforçou que as taxas de juros permanecerão baixíssimas inclusive por um período após a taxa de desemprego no país chegar aos 6,5%.

Dados da economia dos EUA, ainda, vieram um pouco desanimadores, com o índice de confiança dos consumidores levemente abaixo que o esperado e o número de pedidos de auxílio-desemprego acima das expectativas.

Sobre a Ásia, temos contrastes entre as duas principais economias do continente. Por um lado, o Japão continua a mostrar um bom desempenho econômico, mesmo que tenha reduzido alguma de suas previsões. O Banco Central japonês, inclusive, utilizou a expressão “em recuperação” pela primeira vez desde 2011 para caracterizar a atual situação econômica do país.

Por outro lado, no entanto, a China teve pioras em suas exportações e importações, mostrando um resultado abaixo do esperado para sua balança comercial, assim como dados sobre o nível de preços, os quais mostraram uma alta acima do esperado. Nesse sentido, o Ministro das Finanças da China, Lou Jiwei afirmou que a economia do país não deve crescer mais do que 7%, ainda que a previsão oficial do governo continue a ser 7,5%.

Panorama Brasil

No Brasil, esta semana foi marcada pela Reunião do Copom, que elevou a taxa Selic em meio ponto percentual, para 8,5%, na expectativa da grande maioria dos analistas, e pela divulgação de dados da prévia do PIB.

A bolsa brasileira teve uma alta pela segunda vez nas últimas sete semanas, aliviando levemente os investidores. O índice apresentava uma alta considerável na semana, até que caiu 2,34% na sexta-feira, sobretudo pela contínua piora das empresas do empresário Eike Batista. Dessa maneira, o índice teve uma alta de 0,71% na semana.

Entre outros dados importantes da economia brasileira, o índice IBC-Br*, considerado uma aproximação para a prévia do PIB, exibiu uma queda maior que a esperada, trazendo pessimismo para o mercado. Além disso, o FMI divulgou suas novas previsões para o crescimento da economia brasileira para 2013 e 2014, cortando-as para 2,5% e 3,2%.

O câmbio continua preocupando e, assim, levou o governo a flexibilizar ainda mais o mercado para incentivar a entrada de capital estrangeiro no país. O dólar nessa semana subiu para R$2,267.

Expectativas da Semana

Na semana que vem, as principais expectativas ficam, sobretudo, para dados chineses e o FED*, novamente.

Na China, logo no início da semana será divulgado o PIB do segundo trimestre, índice importantíssimo para a atual situação do país.

Nos EUA, o presidente do FED, Ben Bernanke, voltará a fazer declarações públicas, desta vez para o Congresso e o Senado norte-americanos. Será divulgado, também, o Beige Book* do Fed, que é um importante relatório sobre a situação econômica dos EUA.

No Brasil, serão divulgados dados sobre a inflação, sendo o principal deles o IPCA-15, no qual se espera uma alta de apenas 0,04% para o nível de preços do país.

Em um âmbito mais global, no entanto, semana que vem inicia-se o período de divulgação de resultado das empresas no mundo, o qual é um período importantíssimo para as bolsas no mundo todo.

*Dicionário Economês-Português

FED (Federal Reserve) – Banco Central norte-americano.

PMI – O Purchasing Managers Index, ou “Índice dos Gestores de Compras”, é um indicador econômico que procura prever a atividade econômica através de pesquisas junto ao setor privado.

IBC-Br (Índice de Atividade Econômica do Banco Central) – Índice calculado pelo Banco Central que tem como objetivo tentar prever o desempenho futuro da economia brasileira.

FOMC –O “Federal Open Marketing Committee” é o equivalente norte-americano do Copom Brasileiro. O FOMC é o comitê que decide a política monetária do país do Tio Sam periodicamente.

Post em Parceria com Felipe Eiki, graduando em Economia pela FGV-EESP e  Diretor de Projetos da Consultoria Júnior em Economia (CJE) da FGV, em nome da área de pesquisa da empresa.

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Pirâmides Financeiras

Por Samy
13/07/13 15:44

Casos recentes de empresas suspeitas de crime financeiro têm ocupado a mídia e provocado dúvidas na população.

Atualmente, cerca de 18 empresas estão sendo investigadas pelo Ministério Público Federal e Estaduais de todo o Brasil. Duas delas, que têm sido mais comentadas, a TelexFREE e BBom, já tiveram suas atividades suspensas e bens bloqueados pela Justiça.

Mas qual seria o crime de que essas empresas estariam sendo acusadas?

Elas são acusadas de serem, no fundo, pirâmides financeiras, ou seja, usarem um produto, que supostamente sustenta o negócio, apenas como isca para o recrutamento de novos associados.

Essas empresas requerem geralmente, uma taxa de cadastro, outra de adesão, o pagamento de uma mensalidade por determinado período e , além disso, requerem que o associado atraia novos integrantes, sujeitos às mesmas obrigações.

No caso de uma dessas empresas investigadas, por exemplo, a associação demandava uma  taxa de cadastro de R$ 60, valor de adesão entre R$ 600 e R$ 3 mil e o pagamento de uma taxa de R$ 80 por 36 meses. O mecanismo de recompensa aos associados dependia de novas adesões. Quanto mais integrantes eles atraíssem, maior sua bonificação.

O esquema de pirâmide depende exatamente do recrutamento progressivo de novas pessoas, mas se trata de um esquema comercial insustentável, e, portanto, é considerado crime.

A remuneração dos integrantes provém das taxas pagas pelos novos membros, ou seja, não há geração de capital, de fato, o dinheiro apenas percorre a cadeia de pessoas. Logicamente, para alguém ganhar, outro tem que perder. Nesse caso, os que mais perdem são os membros da base da pirâmide, ou seja, os que pagaram todas as taxas mas não foram capazes de atrair novos membros.

Assim, o idealizador do golpe é quem mais lucra com ele, enganando as pessoas com a promessa de comissões generosas. No entanto, quando a pirâmide é descoberta ou para de sustentar-se, é, em geral, muito difícil encontrá-lo, pelo uso de identidades falsas e afins, de forma que os ludibriados acabam ainda mais prejudicados, sem a quem recorrer.

Por ora, com a proliferação dessas empresas, recomendações como a da procuradora da República em Goiás, Mariane Guimarães Oliveira são bastante pertinentes:

— Enquanto não soubermos quais empresas são legais, peço aos consumidores que não saiam investindo em marcas que não conhecem. E, ao receber alguma tipo de oferta para se tornar divulgador, que busque informações sobre a empresa em órgãos de defesa do consumidor”.
Post em parceria com Giovana Carvalho, graduanda em Economia pela FGV-EESP

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Renda fixa ganha da bolsa no longo prazo

Por Samy
08/07/13 23:06

O princípio de risco-retorno na teoria das finanças sugere que, quanto maior o risco assumido, maior a rentabilidade (ou o prejuízo) de determinado investimento. Em alguns casos, porém, essa suposição pode gerar confusão.

A maior parte dos analistas e investidores brasileiros defende que a rentabilidade da Bolsa supera a de títulos de renda fixa no longo prazo.

Muitos evocam o princípio acima para dizer que, por ser bem mais arriscada, a Bolsa produz retornos maiores. Sustentam ainda que a Bolsa pode ser volátil no curto prazo, mas no longo prazo seu risco é diluído e o lucro sobe.

Contrariando o que diz a maioria dos analistas, um estudo sobre a rentabilidade dessas duas formas de investimento em janelas de 1 a 18 anos no período pós-Plano Real mostra que a melhor forma de aplicação foi a renda fixa (nessa análise, o CDI, juros dos empréstimos entre bancos), com a Bolsa (Ibovespa incluindo dividendos e outros proventos) bem atrás.

De 4.010 simulações realizadas em um horizonte de três anos, em 43,69% dos casos a Bolsa se saiu melhor. Mas, ao contrário do que alegam os financistas, em um horizonte maior, de 12 anos, a Bolsa venceu em apenas 39,5% dos casos em 1.742 simulações realizadas.

A grande confusão é achar que a Bolsa nacional segue o modelo dos mercados desenvolvidos, como o dos EUA.

As realidades são distintas. Lá, os investidores conseguem prever melhor a fatia do lucro da empresa que será distribuída aos acionistas. Além disso, uma economia emergente oscila mais.
Com taxas de juros menores e o desenvolvimento, porém, o cenário pode mudar.

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Mundo Econômico - 07 de Julho

Por Samy
07/07/13 14:00

Panorama Mundo

A semana foi de alta para a maioria dos mercados internacionais. Com alguns dados positivos e declarações importantes do Banco Central Europeu, o mercado manteve certo otimismo.

Nos EUA, o feriado de 4 de Julho, dia da Independência norte-americana, não impediu que as bolsas tivessem altas semanais. O principal motor dessas altas foram os bons resultados no relatório de emprego, na sexta-feira. Enquanto que a expectativa era a criação de 165 mil vagas em Junho, o país criou 195 mil postos de trabalho.

O dado impactou positivamente nos EUA, mas levou à queda de outras bolsas mundialmente. Isso ocorre porque uma economia americana mais forte pode levar o FED* a reduzir os estímulos monetários, freando a alta nos mercados acionários.

Na Europa, apesar de uma sexta-feira bem negativa, o resultado total também foi positivo. O motivo foi o anúncio do Banco Central Europeu que manteria sua política e que a redução dos estímulos estaria muito longe de ocorrer. No Reino Unido, a autoridade monetária também manteve inalterada sua política.

Panorama Brasil

No Brasil, o Ibovespa apresentou, novamente, uma semana de queda. A variação semanal do índice foi de -4,73%.

A manutenção do PMI* brasileiro em patamar considerado baixo, 50,4, só fez reafirmar o cenário econômico incerto e de menor crescimento. Assim, os investidores se mantiveram pessimistas.

Nem mesmo uma certa desaceleração da inflação melhorou o humor dos investidores. O IPCA de junho veio abaixo do esperado, apresentando variação de 0,26% no mês. No entanto, a inflação acumulada em 12 meses chegou ao alto nível de 6,7%.

Diante desse cenário, o Ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que serão anunciados, cortes de até R$15 bilhões em gastos de custeio realizados pelo governo.

Por fim, o dólar teve leve apreciação de 1,21% na semana, finalizando a sessão de sexta-feira em R$2,25. O cenário econômico brasileiro pior e os riscos de redução dos estímulos monetários nos EUA pressionam a moeda americana para cima.

Expectativas da Semana

Na próximo semana, o destaque interno deve ser da reunião do Copom. Apesar da desaceleração da inflação, o patamar incômodo pode levar a altas na taxa SELIC. O mercado espera que ela aumento em 0,50 p.p., chegando a 9,85% a.a. Outro destaque interno será a divulgação do IBC-Br* que pode impactar bastante nas previsões de mercado.

No exterior, a atenção também fica nas autoridades monetárias. Na Europa, um discurso de Mario Draghi, presidente do Banco Central Europeu, pode alterar as perspectivas e humores por lá.

Nos Estados Unidos, será divulgada a ata do FOMC* e, a qualquer sinal de redução de estímulos monetários, os mercados acionários podem responder com bruscas quedas.

*Dicionário Economês-Português

FED (Federal Reserve) – Banco Central norte-americano.

PMI – O Purchasing Managers Index, ou “Índice dos Gestores de Compras”, é um indicador econômico que procura prever a atividade econômica através de pesquisas junto ao setor privado.

IBC-Br (Índice de Atividade Econômica do Banco Central) – Índice calculado pelo Banco Central que tem como objetivo tentar prever o desempenho futuro da economia brasileira.

FOMC –O “Federal Open Marketing Committee” é o equivalente norte-americano do Copom Brasileiro. O FOMC é o comitê que decide a política monetária do país do Tio Sam periodicamente.

Post em Parceria com João Lídio Bisneto, graduando em Economia pela FGV-EESP e  Presidente da Consultoria Júnior em Economia (CJE) da FGV, em nome da área de pesquisa da empresa.

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Inflação estourando a meta... E agora?

Por Samy
06/07/13 06:00

A inflação oficial brasileira, medida pelo IPCA, provocou muitas discussões na tarde de ontem.

Isso porque o índice divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística mostrou aumento de 0,26% em junho, ficando abaixo da média de 0,33% esperada por consultorias e instituições financeiras.

Esse aumento aquém do esperado se deveu principalmente à baixa inflação de alimentos, por causa de boas e volumosas safras, o que acabou por elevar a oferta desse tipo de bem.

Vale destacar também o papel das tarifas de transporte público sobre a inflação. Embora o aumento da tarifa tenha sido derrubado em muitas capitais e cidades, o valor alterado vigorou, em média, por 20 dias, o que aumentou o nível de preços no período considerado.

Entretanto, mesmo apresentando-se abaixo do esperado, a inflação acumulada de 12 é de cerca de 6,7%, valor acima do teto da meta de 6,5% ao ano. Vale lembrar que é meta é auferida no final do ano , no entanto, o número preocupa bastante

Diante desse cenário, o governo viu a necessidade de fazer algumas declarações e comprometimentos públicos, para garantir o retorno à banda da meta no segundo semestre de 2013, conforme assegurou o ministro da Fazenda Guido Mantega.

Assim, o ministro afirmou que serão anunciados, na semana que vem, cortes de até R$15 bilhões em gastos de custeio realizados pelo governo, como passagens, viagens, alugueis, serviços terceirizados, material permanente.

Tal medida visa garantir o cumprimento da meta de superávit primário de 2,3% do PIB, para honrar os pagamentos de juros da dívida pública, mas também tem papel relevante sobre a inflação. Com menores gastos públicos e maior austeridade fiscal, o governo alivia a pressão sobre o nível de preços, aumentando as expectativas de inflação menor.

O governo sente, indubitavelmente, a pressão das ruas e das urnas (já que as eleições de 2014 se aproximam) e se alarma diante da necessidade de cumprir suas metas econômicas. Resta agora esperar que as medidas para esse cumprimento sejam tomadas de forma inteligente, sem comprometer o investimento público, principalmente em setores fundamentais ao bem-estar social, como saúde e educação.

Post em Parceria com Giovana Carvalho, graduanda em Economia pela FGV-EESP

 

 

 

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Alta do dólar, populismo cambial e produção industrial baixa

Por Samy
03/07/13 06:00

A recente alta do dólar pode ter surpreendido alguns brasileiros, que confiavam na tendência de apreciação do real e não se planejaram com antecedência para viajar, importar determinado produto ou mesmo investir.

O gráfico a seguir mostra a evolução da cotação dessa moeda no último mês.

Fonte: Valor Data

Como se pode perceber, há uma tendência de depreciação do real frente ao dólar. Esse movimento ocorre a despeito das tentativas do governo de segurar a cotação do real e impedi-lo, aumentando a oferta de dólares no mercado, gastando, para isso, boa parte de suas reservas internacionais.

Esse fenômeno poderia ser explicado através de uma eventual crença, por parte do mercado, de que o real estava, anteriormente, sendo comercializado por um valor maior do que os condizentes com fatores reais da economia, como a produtividade, eficiência…

Populismo Cambial

Mas por que estaria o governo tão preocupado em impedir essa depreciação, considerando-se a eterna pressão da indústria nacional por um câmbio mais depreciado, para aumentar a competitividade de suas exportações?

Seu interesse principal, nesse caso, é conter a inflação. Se o Real está apreciado, os produtos importados ficam mais baratos em moeda local. Como boa parte dos insumos das indústrias brasileiras e uma parcela significativa da cesta de consumo da população são importados, há um repasse para o nível de preços brasileiro desse “barateamento”, contribuindo para a manutenção do patamar dos preços ou até mesmo, sua redução.

Além disso, quando o Real está apreciado, o salário real dos trabalhadores, em moeda estrangeira, fica maior, de modo que a população tem sensação de maior poder aquisitivo.

Assim, quando consideramos a iminência das eleições de 2014, é de interesse do governo tentar manter o Real apreciado, para garantir esse “populismo cambial”.

Quanto à indústria, é (des)interessante constatar, que, mesmo nesse mês, com um câmbio mais depreciado, a produção industrial de maio apresentou queda de 2% em relação a abril, segundo dados publicados ontem. Desse modo, podemos pensar que os gargalos da indústria e do produção nacionais estão muito mais relacionados à infra-estrutura, à confiança e à facilidade do empresário para investir, problemas muito mais graves e de resolução mais demorada do que a cotação do câmbio.

 

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Minoritários devem cobrar transparência dos gestores

Por Samy
01/07/13 15:35

Um acionista majoritário ou gestor contratado pode optar por tomar decisões quanto ao rumo da empresa que desagradam à maior parte dos demais investidores.

As deliberações podem ser baseadas em informações restritas e utilizadas para melhorar as operações favorecendo a todos os sócios, ou beneficiar um grupo restrito levando ao chamado conflito de agência.

Por isso, é essencial que todos estejam totalmente a par das novas ações da empresa. Ser o acionista majoritário ou o gestor do negócio não é sinônimo de poder agir sem consultar os demais.

Sócios minoritários também têm direito a informações, fiscalização e voto em assembleias, conforme previsto na Lei das Sociedades por Ações.

Dados como datas e local das assembleias de empresas listadas podem ser acompanhadas pelo Boletim Diário da BM&FBovespa. O acionista, mesmo que minoritário, pode ir e debater assuntos como decisões de investimento, financiamento e política de dividendos.

Quanto mais minoritários participarem, maior a chance de as decisões tomadas não serem enviesadas para favorecer os majoritários. Esse tipo de acompanhamento pressiona o gestor.

Um paralelo pode ser feito em relação à recente onda de insatisfação no Brasil. Os “gestores” são eleitos e frequentemente tomam medidas sem consultar a opinião pública ou prestar contas.

Exigir mais transparência e outras formas de governança corporativa é um direito do acionista qualquer que seja seu nível de investimento, assim como de todos os cidadãos em relação ao governo.

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