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Caro Dinheiro

por Samy Dana

Perfil Samy Dana é Ph.D em Business, professor da FGV e escreve no caderno Mercado

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Mundo Econômico - 30 de Junho

Por Samy
30/06/13 10:00

Panorama Mundo

Essa semana mostrou a recuperação de muitas bolsas ao redor do mundo, as quais, em sua maioria, haviam caído na semana anterior. Fica em destaque o S&P500, um dos índices dos EUA, que teve uma alta de 1,18% na semana, ou de 3,5% em comparação ao nível mínimo dos últimos 5 dias, que foi justamente na segunda-feira.

A alta generalizada nas ações foi reflexo, em parte, da maior calma dos investidores em relação à especulação sobre a redução do estímulo monetário dos EUA e a situação econômica chinesa.

Vários mercados emergentes, ainda, tiveram um desempenho excelente nas suas bolsas. O índice de Hong Kong subiu 2,66%, o da Coréia do Sul, 2,22%, na Índia a alta foi de 3,3% e no México, a maior alta entre os emergentes, a bolsa subiu 6,3%.

Na Europa, houve um encontro de grandes nomes e líderes europeus, o Leader’s Summit, onde foram decididos pontos sobre o desemprego dos jovens e os bancos da Zona do Euro. Além disso, o sentimento econômico da Zona do Euro chegou ao maior nível dos últimos 12 meses.

É necessário destacar, ao tratar da Europa, a greve geral que ocorreu em Portugal na quinta-feira, cuja reivindicação era a retirada de medidas de austeridade no país. Além disso, a Croácia, país com elevadíssima taxa de desemprego, 18,1% em abril, passará a integrar a Zona do Euro a partir da próxima segunda-feira, dia 01/07.

Nos EUA, discursos de membros dos Fed foram o centro das atenções na semana, uma vez que os investidores estão buscando prever o momento da redução dos estímulos monetários do Banco Central dos EUA. Apesar de os discursos não levarem a nenhuma certeza, a maioria dos economistas acredita que o movimento começará em setembro.

Sobre a economia dos EUA, ainda, houve uma revisão para baixo do crescimento do PIB no primeiro trimestre de 2013. Anteriormente, estimava-se que a economia norte americana havia expandido 2,4%, em uma taxa anualizada, no primeiro trimestre do ano, mas o crescimento foi reduzido para 1,8%, devido a um consumo das famílias menor do que o esperado, após o aumento de impostos que ocorreu mais cedo no ano.

No entanto, nesta semana foram divulgados dados referentes ao consumo e a renda dos americanos, que vieram positivos, assim como números do mercado imobiliário e sobre o desemprego.

Finalmente, sobre a Ásia, na China, após o susto na semana anterior em relação às taxas de juros de empréstimos interbancários, que subiram demasiadamente em uma sessão, o mercado se acalmou e o governo continua a afirmar que o país não sofre com falta de liquidez. No Japão, por outro lado, a economia mostra sinais de recuperação e o iene voltou a se depreciar frente ao dólar, demonstrando que as medidas de Shinzo Abe estão funcionando.

Panorama Brasil

No Brasil, o Ibovespa recuperou-se levemente das quedas observadas nas últimas semanas, exibindo uma alta de 0,85% para retornar aos 47.457 pontos. As ações do grupo EBX, no entanto, do Eike Batista, continuam a perder valor, enquanto empresas vem sendo afetadas, sobretudo, pelas mudanças no câmbio. Com o resultado da semana, o Ibovespa consolidou a queda de 22,14% no primeiro semestre do ano.

O Banco Central do Brasil, ainda, mostrou-se incerto em relação ao futuro da economia do país ao publicar estimativas de superávit primário para três cenários distintos, sendo que é comum trabalhar apenas com uma ou duas possibilidades.

A grande notícia da semana, entretanto, foi a queda da popularidade da presidente Dilma Rousseff. A dificuldade de impulsionar o crescimento da economia, as preocupações com a inflação e as constantes intervenções do governo na economia, sem sucesso, contribuíram com o péssimo resultado da governante. A aprovação do público em relação às habilidades da presidente de conduzir a economia caiu de 49% para 27%.

Ainda sobre o governo, serão retiradas as medidas expansionistas de redução do IPI para os móveis e a “linha branca”. E, sobre a inflação, foi estabelecido que as metas desse indicador continuarão em 4,5% para os anos de 2014 e 2015.

O dólar, nos últimos dias, manteve-se no patamar que chegou na semana anterior. Após fortes altas observadas no último mês – 4,15% só em junho e quase 10% desde o começo do ano – a divisa norte americana terminou a semana cotada em R$2,24, mesmo com pesadas intervenções do Banco Central e outras medidas para conter a alta da moeda.

Expectativas da Semana

A próxima semana será marcada pela divulgação de dados importantes e reuniões dos bancos centrais da Zona do Euro e da Inglaterra. Dados sobre os PMIs* da China, dos EUA e da Europa serão publicados, assim como números de desemprego da economia norte americana.

Os dados mais esperados, ainda, são os relativos à economia chinesa, a qual demonstra uma grande incerteza e, vem sendo negativos recentemente. A economia chinesa é de grande importância no cenário global, por isso, caso tenha um mau desempenho, muitos países sentirão os efeitos, sendo o Brasil um deles.

Mais especificamente no Brasil, será interessante observar a posição da presidente Dilma Rousseff frente à queda de popularidade e observar a tendência de movimentação do dólar, uma vez que não há dados importantes agendados para o mercado brasileiro.

*Dicionário Economês-Português

PMI – O Purchasing Managers Index, ou “Índice dos Gestores de Compras”, é um indicador econômico que procura prever a atividade econômica através de pesquisas junto ao setor privado.

Post em Parceria com Felipe Eiki Kawakami, graduando em Economia pela FGV-EESP e  Diretor de Projetos da Consultoria Júnior em Economia (CJE) da FGV, em nome da área de pesquisa da empresa.

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Pedágio Urbano... Sim ele pode ser uma saída.

Por Samy
25/06/13 07:00

Após as semanas de manifestações que marcaram a história do país, o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, declarou em reunião aberta com a sociedade: “quem deve financiar o transporte público é o transporte individual”. A declaração causou agitação e deixou a dúvida se isso seria possível.

A operação dos ônibus custa R$ 6 bilhões ao ano, dos quais R$ 1,5 bilhão é de subsídio público. O prefeito defende a tese da oneração do preço dos combustíveis, o que além de financiar investimentos no transporte público, reduziria o número de automóveis nas ruas, diminuindo o trânsito e trazendo benefícios ecológicos.

Uma alternativa ao aumento do preço do combustível, que pode ter um efeito ainda mais eficiente (respire fundo!): o pedágio urbano. A ideia é bastante simples: quem utiliza o espaço das vias com seu carro, subsidia investimentos em um transporte público de maior qualidade e como sabemos uma faixa de ônibus consegue transportar até dez vezes mais do que uma faixa comum para carros.

Esta medida foi adotada em cidades como Londres e Estocolmo; esta última tinha apenas 30% de aprovação da população antes de sua aplicação – hoje, a aprovação subiu para 70%. As pessoas pegam menos trânsito e o transporte público é referência mundial.

O pedágio urbano é de fato polêmico: a ideia de pagar para circular com seu carro não agrada a população em princípio. Mas será que já não pagamos por isso?

O paulistano amarga, em média, mais de 10% do seu dia no trânsito, este tempo poderia estar sendo usado para o lazer como estar com a família, visitar os amigos, praticar esportes, ou mesmo trabalhar horas-extra e aumentar sua renda.

Os economistas chamam este conceito de custo de oportunidade, ou seja, o que uma pessoa está abrindo mão quando toma alguma decisão. Aplicando ao caso, esse tempo no trânsito possui um valor e não é pequeno. Muitos pagariam para ter um tempo livre, seja para trabalhar ou para lazer ou até mesmo para não ter esse estresse diário

Um estudo realizado pelo Instituto de Ensino e Pesquisa – Insper mostra que se fossem cobrados uma tarifa de R$ 5,00 ao dia por carro que circula no centro expandido de São Paulo, o número de carros em circulação diminuiria em 28% (mais do que em Estocolmo, por exemplo).

No ano, nossas estimativas com base em dados públicos e nos números do Insper dizem que o pedágio iria gerar uma receita de aproximadamente R$ 1 bilhão, que poderia ser reinvestido em melhorias na qualidade do transporte público que passaria a atender a uma maior parte da população. Ou seja, tanto os usuários de transporte público quanto os usuários de carro iriam se beneficiar dessa medida.

Para se ter uma ideia, em Londres, no dia seguinte a implementação do pedágio, a velocidade média do tráfego dobrou e os atrasos de ônibus caíram 95%.

Mas da solução surge uma preocupação: como atender a esse aumento súbito da demanda por transporte público se – mesmo hoje – há deficiências em seu funcionamento?

A melhor forma seria uma implementação parcial da tarifa. Por exemplo: ao invés de cobrar uma tarifa de R$ 5,00, tivéssemos uma tarifa de R$ 1,00, a grande maioria das pessoas iria preferir pagar a tal tarifa e continuar utilizando seu automóvel. Esta receita já poderia ser investida em melhorias nos ônibus e metrô, o que gradualmente iria atrair pessoas a utilizar um transporte público de maior qualidade.

Simultaneamente, com aumentos graduais no pedágio, os investimentos aumentariam e menos pessoas passariam a utilizar seus carros, reduzindo assim também o trânsito nas ruas. Em um dado momento, aqueles que continuam a utilizar seus automóveis pagam pelo privilégio de circular pela cidade com menos trânsito e aqueles que utilizam o transporte público, pagam a tarifa por um serviço de qualidade e – adivinhe – também chegando a seus destinos mais cedo.

A ideia central é quebrar o ciclo vicioso da mobilidade urbana: a tarifa é alta porque o transporte precisa de investimento, e sem investimento, os paulistanos não estão dispostos a pagar uma tarifa alta. O pedágio urbano pode ser uma boa solução se for visto como, ao invés de um gasto adicional, uma fonte de investimento no transporte de todos.

Post em parceria com Bruno Nogueira – Graduando em Administração pela FGV e Gabriel Della Nina – Graduando em Administração pela FGV e ex-presidente da RH Junior Consultoria

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Como se programar paras férias no exterior

Por Samy
24/06/13 07:00

Vai chegando ao fim o primeiro semestre. O mês de Julho está chegando, e traz consigo o vento frio do inverno. Para muitos, é hora de aproveitar o período de férias das crianças para realizar uma viagem e relaxar no verão dos países do hemisfério norte.

As viagens familiares para o exterior costumam ser custosas, e por isso o planejamento normalmente ocorre com bastante antecedência. Na hora do embarque, a maior parte dos gastos com estadia já deve estar sendo paga, mas é bastante provável que muitos ainda não tenham cumprido a tarefa mais perturbadora de todas: comprar moeda estrangeira.

Sempre surge a dúvida: é melhor comprar tudo de uma vez e contar com a sorte para pagar menos, ou vale a pena comprar de pouco em pouco?

Não há resposta infalível, mas um dos caminhos interessantes é diversificar, pois reduz-se o risco de variações na moeda. Vale a pena trocar aos poucos para evitar altas de última hora, afinal, trata-se de um passeio, e não de uma especulação cambial.

Em dezembro de 2012, quando a maior parte dos futuros viajantes optou por guardar uma parcela do décimo terceiro para poder sair do país, o dólar estava próximo de R$2,08, mas logo no início de janeiro de 2013 começou a cair, chegando a R$1,96 em fevereiro e permanecendo neste patamar até meados de março. Contudo, desde então o preço disparou, e já atingiu os R$2,24 na última semana.

O turista que dividiu sua compra de dólares em duas parcelas de R$5.000,00 e efetuou as transações em fevereiro e junho obteve, considerando um IOF de 0,38% e desconsiderando outros custos, US$4.879,89. Já aquele que comprou R$10.000,00 de última hora ficará com US$4.677,06 – US$202,83 a menos. Se essa compra de R$ 10.000,00 fosse feita durante a viagem pelo cartão, o resultado seria ainda pior, o viajante teria gasto apenas US$4.413,27 – ou seja, US$466,13 a menos.

Para evitar surpresas e desagrados, a melhor opção é estimar os gastos antecipadamente, pesquisando custos de hotéis, passeios, compras pretendidas e alimentação nas cidades de destino. Também não se deve esquecer que os preços das moedas estrangeiras variam muito entre as casas de câmbio, valendo a pena negociar ao máximo.

Viagens sempre envolvem gastos elevados, mas um bom planejamento pode ajudar a família a desfrutar da experiência sem arrependimentos futuros.

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O preço das passagens abaixou. E agora? A questão do transporte foi resolvida?

Por Samy
21/06/13 07:33

Com as sucessivas revoltas da população brasileira, os cidadãos conseguiram o que queriam, fazer com que o preço das passagens fosse reduzido. Mas após essa revogação dos preços, como fica a passagem nas cidades?

Para responder essa pergunta, calculamos o preço das passagens nas capitais dos 26 Estados do País, mais o Distrito Federal. Além disso, calculamos o quanto cada cidadão precisa trabalhar em sua respectiva cidade para poder pagar o valor de uma passagem, considerando o salário médio de cada região de acordo com as estatísticas do último relatório de salário do IBGE.

Esse estudo é importante, pois, assim como fizemos no artigo citado e publicado na folha de 17/06/2013 (clique aqui para ver), quando comparamos o Brasil aos 11 países ao redor do mundo, esse estudo considera as discrepâncias existentes em cada região. Ou seja, o poder de compra que cada cidadão.

Como resultado, constatamos que Manaus é a cidade em que mais se precisa trabalhar para pagar o valor de uma passagem, cerca de 16,7 minutos, sendo que São Paulo é o Estado que apresenta a passagem mais cara, encontrando-se na 16º posição.

Isso acontece, pois, mesmo com uma passagem mais cara, o salário médio em Manaus é 3,4 salários mínimos, enquanto em São Paulo esse valor é de 4,6. Em outras palavras, São Paulo apresenta um salário médio maior do que em Manaus, ou seja, é mais difícil para o Manauara ganhar o valor da passagem do que para o paulista.

No lado oposto está Brasília, que, além de possuir uma tarifa de valor baixo, apresenta a maior renda do País. O salário médio é de 6 salários mínimos contra 3,8 da média nacional.

Quando comparamos o Brasil com 12 cidades do mundo, mesmo com a redução das tarifas, vemos que ainda temos as passagens mais caras do mundo.

Ainda que tivéssemos o mesmo preço da passagem de outras cidades ao redor do mundo, estaríamos em desvantagem, pois nesses diversos países o transporte público chega em mais lugares, funciona durante a madrugada e apresenta maior qualidade.

Para o nosso azar, além de perdermos em quantidade, pagamos por algo que não temos: um serviço de qualidade. E é por isso que o povo luta a partir de agora. O primeiro passo já foi dado!

Post em parceria com Leonardo de Siqueira Lima , economista pela FGV.

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Análise das tarifas de transporte público e dos salários

Por Samy
19/06/13 09:53

Fontes: INPC-IBGE, Sptrans- tarifas, Ipeadata- salário mínimo

 

Diversas análises econômicas foram feitas sobre a questão do transporte público em São Paulo. A maioria delas avalia qual deveria ser o valor da tarifa caso o valor inicial, de 1994, fosse corrigido pela inflação acumulada.

Optamos, então, por fazer uma análise diferente, considerando a relação entre o salário mínimo e as tarifas. Para tanto, devemos considerar ambas variáveis reais, ou seja, descontadas da inflação.

A medida de inflação escolhida foi o INPC, pois ele abrange as famílias com rendimentos mensais compreendidos entre 1 e 5 salários-mínimos, cujo chefe é assalariado em sua ocupação principal e residente nas áreas urbanas das regiões.

A estrutura do índice de preços era composta de 7 grupos: 1. Alimentação e bebidas; 2. Habitação; 3. Artigos de residência; 4. Vestuário; 5. Transportes e comunicação; 6. Saúde e cuidados pessoais; 7. Despesas pessoais. A partir de ago. 1999, passou a ser composta de 9 grupos: 1. Alimentação e bebidas; 2. Habitação; 3. Artigos de residência; 4. Vestuário; 5. Transportes; 6. Saúde e cuidados pessoais; 7. Despesas pessoais; 8. Educação, leitura e papelaria; 9. Comunicação.

Assim, acreditamos que essa seja a inflação que, de fato, incide sobre a maioria dos usuários de transporte público.

Da análise do gráfico apresentado no início, percebe-se que, ano a ano, em geral, as tarifas crescem mais, percentualmente, do que o salário mínimo. Em todo o período, a variação de 1994 a 2013 dos salários foi de 161,41%, enquanto a variação da tarifa real de metrô foi de 240,25% e a de ônibus foi de 308,29%.

Outro indicador interessante é analisar a relação entre as tarifas reais e o salário mínimo real ao longo do tempo. Intuitivamente, quando maior essa relação, pior a situação do trabalhador que utiliza transporte público.

Fontes: IBGE, Ipeadata, Sptrans

Como se observa, a tendência para o período é de alta dessa relação. Vale destacar que, em 2013, ela atinge seu valor máximo. Tanto para o metrô quando para o ônibus, essa relação é de  0,0046984 atualmente.

Queremos destacar, nessa análise, que o comprometimento do salário do trabalhador tem sido maior a cada ano, o que fere, fundamentalmente, seu direito de ir e vir.

Mais do que uma ciência, a economia é uma ciência humana, e, como tal, deve levar em consideração os direitos dos seres humanos, fundamentalmente.

Basicamente, o papel de todo governo democrático é assegurar o direito dos cidadãos à saúde, educação, segurança, emprego e suas liberdades, como, por exemplo, a de locomoção.

Estaria o governo assegurando esses direitos?

A isenção de PIS e Cofins e redução do ISS de 2,5% para 2% beiram a insignificância, pois diminuiriam em 4,15% os encargos das empresas. O subsídio de R$1,5 bilhão às passagens tem se mostrado insuficiente. É hora de redirecionar o orçamento. Mais sobre isso em posts  futuros.

Post em Parceria com Gisela Chulman e Giovana Carvalho, graduandas em Economia pela FGV-EESP.

 

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A passagem mais cara de todas...Claro é nossa!

Por Samy
18/06/13 07:00

A semana que passou for marcada pelos inúmeros protestos contra o aumento das passagens de ônibus ao redor do Brasil. Já conhecida como A Revolta do Vinagre, parece que manifestação originada na capital paulista está escrevendo um capítulo da história.

Embora o movimento tenha se difundido e hoje tenha diversos propósitos, ele se iniciou com o aumento das passagens. Mas será que nossa passagem de ônibus é tão cara assim?

Decidimos pesquisar o preço das passagens de ônibus em dez cidades ao redor do mundo e compará-los com Rio de Janeiro e São Paulo, onde os protestos foram mais intensos.

Muitas análises pesquisam o preço na moeda local de cada cidade e as transformam em dólar. Esses resultados chegam à mesma conclusão: o Brasil está longe de ser o local com passagens mais caras, como vemos na tabela abaixo.

Dados Retirados da Bloomberg. Taxa de câmbio considerada em 13/06/2013.

No entanto, esse tipo de análise é muito superficial, pois não considera o salário médio, ou seja, um dólar em um país ser mais fácil de ganhar do que em outro.

Para se fazer uma análise realista, resolvemos mostrar o preço das passagens em número de minutos trabalhados considerando portanto a renda média e número de horas trabalhadas em cada cidade.

Fazendo estes ajustes os resultados são incrivelmente diferentes. No ranking anterior, as cidades do Rio de Janeiro e São Paulo estavam, respectivamente, na oitava e nona colocação entre as doze cidades pesquisadas. Quando ponderamos os preços pelos salários, São Paulo e Rio ficam nas duas primeiras posições, ou seja, nossa passagem é a mais cara do mundo em termos de poder de compra.

Enquanto os paulistanos têm que trabalhar quase 14 minutos para pagar uma passagem, aos cariocas são demandados aproximadamente 13 minutos. Esses resultados são incrivelmente maiores que os cerca de 4 minutos dos chineses e os quase 2 minutos de nossos hermanos portenhos.

Talvez, as manifestações não sejam contra 20 centavos, mas contra um transporte que há tempos está entre os mais caros e não apresenta os mesmos serviços que os encontrados ao redor do mundo.

Não é por acaso que o trânsito aumenta dia após dia. Como diria o ex-Prefeito de Bogotá, Enrique Peñalosa, “A cidade avançada não é aquela em que os pobres andam de carro, mas aquela em que os ricos usam transporte público”. E o que está acontecendo aqui parece ser exatamente o oposto.

Post em parceria com Leonardo Siqueira , economista pela FGV.

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Depois de 5 meses trabalhando para pagar impostos, brasileiro começa a trabalhar para si

Por Samy
17/06/13 08:00

O consumidor brasileiro paga impostos a cada dia, mas os primeiros meses do ano são um período especialmente difícil, no qual o cidadão recebe o seu carnê do IPTU, os boletos do IPVA e ainda tem que saldar suas contas com o leão do Imposto de Renda (IRPF).

Tomemos como exemplo o caso de um trabalhador assalariado, na cidade de São Paulo, que ganhe R$4.000,00 por mês, trabalhando 8 horas por dia, possua um carro de R$30.000,00 e viva sozinho em um imóvel próprio no valor de R$300.000,00. Esse cidadão desembolsaria aproximadamente R$18.500,00 com pagamento dos três impostos acima citados. Esse valor representa 803 horas (considerando R$22,73 o valor de cada hora) ou cerca de quatro meses e meio de seu trabalho  – só para pagar o IPTU, o IPVA e o IRPF. Isso sem levar em conta nenhum outro imposto sobre bens ou serviços – um cenário bastante distante da realidade no Brasil.

Segundo dados do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT), o brasileiro gasta, em média, 150 dias do ano apenas para pagar seus impostos, sendo um dos países mais caros do mundo – à frente de França, Espanha e Estados Unidos, por exemplo, que oferecem serviços públicos consideravelmente melhores a seus cidadãos.

O imposto de renda do assalariado é debitado na fonte. Se houver recebimentos de mais de uma fonte pagadora, vale a pena deixar o acerto de contas para o final do ano e reinvestir a diferença em poupança ou outros fundos. Se for feito tal investimento, por incrível que pareça, ter imposto a pagar no final do ano pode ser melhor do que ter a receber.

Quanto aos demais impostos diretos, é necessário criar uma reserva para suportar a pesada carga tributária do nosso país. Uma parcela do 13º, por exemplo, pode ser destinada para o pagamento desses encargos à vista.

Anotar os gastos mensais, comparar preços e reduzir ao máximo os custos fixos são medidas que também podem contribuir para um melhor planejamento familiar, aliviando o sufoco do início de ano e dando maior flexibilidade para gastos com lazer em períodos de maior calmaria financeira.

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Mundo Econômico - 16 de Junho

Por Samy
16/06/13 12:30

Panorama Mundo

As ações americanas encerraram a semana no negativo devido às persistentes preocupações sobre  possibilidade de os bancos centrais cortarem em breve os programas de estímulos. Já as outras bolsas ao redor do mundo fecharam majoritariamente em alta; destaque para o índice Nikkei que encerrou a semana em alta de 1,94%.

Na Europa, apesar de a atividade industrial de abril ter desacelerado em relação a março, esta veio acima do previsto por alguns analistas. Estes apostavam na estabilidade, quando, na verdade, subiu 0,4% em  abril.

Tal alta da produção industrial na zona do euro em abril alimenta expectativas de expansão do setor no segundo trimestres, contudo, isto não é garantia para a recuperação econômica da região.

Nos EUA, o setor industrial trouxe preocupação aos investidores. A produção industrial registrou estabilidade em maio, decepcionando as expectativas de alta de 0,1%.

Além disso, o sentimento do consumidor norte-americano piorou em junho, segundo o Michigan Sentiment, caindo de 84,5 em maio para 82,7 em julho; abaixo das expectativas de 83,0.

Ainda nos EUA, destaque para declarações do Fundo Monetário Internacional ao pedir que o país revogue o corte de gastos do governo, além de recomendar que o Federal Reserve continue o QE até pelo menos o final do ano.

A China dá sinais de que sua recuperação pode se enfraquecer no segundo trimestre. Além de um desaceleração inesperada nas exportações chinesas e queda nas importações no mês de maio, as expectativas de corte nas taxas de juros aumentam. Todavia, se  o crescimento não ficar muito abaixo de 7%, o governo não deve interferir demais.

Panorama Brasil

No Brasil, o Ibovespa fechou a semana em queda de -2,15% aos 49,332 pontos. Destaque para as ações da petrolífera OGX, do empresário Eike Batista, que encerrou o pregão no menor valor desde sua listagem na bolsa, cotada a R$ 0,97.

Expectativas de um crescimento menor que o esperado aumentaram entre investidores. O banco de investimento Morgan Stanley revisou suas projeções para o crescimento do PIB brasileiro de 2,8% para 2,5%.

Contudo, o índice IBC-Br* surpreendeu superando as expectativas. O índice registrou alta de 0,84%; mas, apresentou desaceleração se comparado a março.

No âmbito inflacionário, índices semanais aceleraram. O IPC-S subiu 0,48% e o IPC-Fipe, 0,13%. Além disso, o IGP-10 apresentou alta de 0,63% em junho ante deflação de 0,09% em maio, puxado, principalmente, pela alta dos produtos agropecuários. Ademais, Guido Mantega, Alexandre Tombini e Dilma Rousseff reforçaram em discurso que a inflação está sob controle.

O mercado de câmbio apresentou uma volatilidade mais acentuada. O Banco Central atuou duas vezes durante a semana e o IOF de 1% sobre os derivativos foi retirado, mas, mesmo assim, a alta do dólar não foi contida, desvalorizando 0,70% e fechando em R$ 2,147.

Expectativas da Semana

A forte volatilidade do mercado é consequência, principalmente, de alterações em indicadores americanos. Desta forma, a reunião do FOMC* e o discurso de Ben Bernanke, após a reunião, terão importante papel na terceira semana de maio. Ademais, os EUA contarão com dados da indústria, que ajudam a indicar o ritmo da produção do país.

Na zona do euro, principal destaque para os diversos PMI* que serão apresentados e para o discurso do presidente do BCE, Mario Draghi. Além disso, haverá divulgação da Confiança na Economia e preliminar da Confiança do Consumidor.

No Brasil, forte pessimismo contradiz declarações da presidente Dilma Rousseff e do presidente do BC, Alexandre Tombini. Isto pode indicar que o governo talvez não esteja preparado para melhorar a situação brasileira.

Além dos indicadores semanais de inflação, a semana conta com a segunda prévia do IGP-M e a divulgação do IPCA-15.

*Dicionário Economês-Português

IBC-Br (Índice de Atividade Econômica do Banco Central) – Índice calculado pelo Banco Central que tem como objetivo tentar prever o desempenho futuro da economia brasileira.

FOMC – O “Federal Open Marketing Committee” é o equivalente norte-americano do CopomBrasileiro. O FOMC é o comitê que decide a política monetária do país do Tio Sam periodicamente.

PMI – O Purchasing Managers Index, ou “Índice dos Gestores de Compras”, é um indicador econômico que procura prever a atividade econômica através de pesquisas junto ao setor privado.

Post em Parceria com Helena Passeri, graduanda em Economia pela FGV-EESP e consultora da Consultoria Júnior em Economia (CJE) da FGV, em nome da área de pesquisa da empresa.

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Brasil com S e não com Z...

Por Samy
13/06/13 07:44

Na semana passada, a última edição da prestigiada revista The Economist dedicou um artigo inteiro ao Brasil. Mais uma vez, claro, não foi para nos elogiar. As políticas econômicas foram duramente criticadas e não faltaram ironias sobre a manutenção do cargo do nosso Ministro da Fazenda, Guido Mantega.

Até aí tudo bem… O problema é que em um artigo anterior, a revista chegou a pedir a saída do ministro da Fazenda. O trecho a seguir foi tirado da própria revista: “Foi amplamente noticiado no Brasil que nossa impertinência teve o efeito de tornar o ministro da Fazenda intocável. Agora, vamos tentar um novo caminho. Pedimos que a presidente (Dilma Rousseff) mantenha-o a todos os custos: ele é um grande sucesso”.

Esse fato nos faz lembrar um recente comercial das sandálias Havaianas no qual dois brasileiros estão reclamando dos problemas do Brasil que, apesar de suas belezas, apresenta diversos problemas… Quando um argentino que está acompanhando a conversa resolve se juntar a eles para também falar mal do país, os brasileiros logo se retraem e dizem “Que problema o que, rapaz? Esse país é maravilhoso, não tem problema nenhum!”

Pois bem, é esse mesmo tipo de sentimento que acho que esses artigos como esses incitam em nós brasileiros.

Rex Features e The Economist

Nós mesmos somos críticos assíduos do governo na tentativa de gerar debates construtivos e demonstrar opiniões adversas que nos tornam uma democracia. É obvio que temos os nossos problemas. É claro que por vezes fazemos políticas precipitadas. A queda da popularidade da presidente Dilma, o rebaixamento da perspectiva da dívida pela agência Standar & Poor´s e as recentes manifestações nas ruas, não nos deixam dúvidas de que temos que trabalhar. Mas o que é estranho é uma revista britânica ter a pretensão de interferir nas nossas políticas econômicas.

Nesse sentido, a presidente Dilma foi feliz e firme em seu comentário “nenhum jornal pode propor a queda de um ministro… O governo brasileiro eleito pelo voto direto e secreto não vai ser influenciado por uma opinião de uma revista que não seja brasileira”.

Mas estranho ainda é que a própria The Economist em Novembro de 2009 fez do Brasil o tema de capa que contou com 14 páginas de enormes elogios. A matéria intitulada Brazil Takes Off (“Brasil decola”) expunha as qualidades da “maior história de sucesso na américa latina”.

O país havia sido recém-escolhido como sede das Olimpíadas de 2016 e passado praticamente incólume pela crise econômica de 2008. Por ironia, a matéria, incluía até um perfil da, então, ministra Dilma Rousseff.

Sem dúvidas, temos grandes desafios pela frente, seja do ponto de vista político ou econômico ou até para o milagre da copa do mundo não se transformar em pesadelo. No entanto, hoje somos uma democracia consolidada com estabilidade econômica, atingida após o plano real.

Além disso, o Brasil tem se mostrado politicamente forte em grupos econômicos e em órgãos conhecidos internacionalmente. A máxima que é mais fácil encontrar um belga na rua do que uma multinacional brasileira já não é mais válida…

Hoje os controladores do Burguer King são brasileiros. A JBS é a maior produtora mundial de carnes. Temos a Embrapa, principal centro de tecnologia agrícola no hemisfério Sul, responsável por transformar o Brasil em uma das maiores potencias rurais do mundo. Ao mesmo tempo temos Embraer que vem superando empresas americanas e canadenses. Além disso, temos um brasileiro comandando a Organização Mundial do Comércio – OMC…

Criticas devem ser refletidas e são sempre bem-vindas. Opiniões diversas e fora de consenso contribuem para uma sociedade mais evoluída. No entanto, não cabe a uma revista proclamar programas econômico-sociais ou nomear ministros.

Como bem disse nosso próprio ministro Fernando Pimentel “no dia em que a Economist nomear ministro no Brasil, deixaremos de ser uma República Federativa”. Felizmente hoje ainda escrevemos Brasil com S…

 

Gabriel Lancha – Administrador de Empresas e Leonardo Siqueira – Economista, ambos pela FGV.

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O que é risco de um investimento?

Por Samy
12/06/13 07:00

Risco em investimentos pode ser facilmente compreendido pela probabilidade de alguma incerteza ou variável imprevista impactar nas operações de mercado.

Essa interferência pode levar à possibilidade de perda de parte, todo o valor investido originalmente ou até mesmo um valor superior a ele, caso haja alavancagem.

Para evitar esses acasos e as perdas decorrentes dele, há a necessidade, por parte do investidor, de conhecimento amplo das características das operações,  e também da compreensão dos riscos implícitos a estratégias operacionais de investimentos.

Os principais riscos em que um investidor pode incorrer estão citados abaixo, para conhecimento de nossos leitores:
Risco de Crédito

Risco geralmente conhecido da população, de não cumprimento das obrigações financeiras por parte do tomador de recursos, nos termos e prazos combinados. Tal descumprimento dos acordos pode gerar inadimplência ou atraso na liquidação de suas obrigações, resultando em perda financeira para o credor.
Risco de Liquidez

Está associado à possibilidade de o agente não possuir recursos financeiros líquidos suficientes em uma data determinada para honrar seus compromissos.

Geralmente, a falta de liquidez se associa ao descasamento entre fluxos de recebimento e pagamento, que pode ser originado por dificuldade de negociar ativos por falta de liquidez no mercado; ou por dificuldade de obtenção de financiamento.

Risco de Mercado

Associa-se à probabilidade de perda por mudança nos preços de ativos diante das condições do mercado como um todo. Um bom exemplo para esse risco ocorreu durante a crise econômica de 2008, em que a instabilidade financeira como um todo levava à maior volatilidade de todos os ativos.

Esse risco é mais notório em operações realizadas nos mercados de ações, câmbio, taxa de juros e commodities, que podem ser feitas diretamente através de operações com derivativos.

Risco decorrente do uso de Derivativos

O uso de derivativos pode ter duas finalidades:

Hedge ou proteção

Nessa modalidade, utilizam-se os derivativos para reduzir exposições ao risco de determinado ativo/passivo ou mesmo de uma carteira.

O risco, nesse tipo de operação, está associado a possíveis dificuldades de realização de uma proteção perfeita, uma vez que nem sempre as alternativas disponíveis no mercado apresentam exatamente as características da exposição que se deseja proteger, como prazo, indexador e outras razões que provoquem descasamento de preços.

Alavancagem

Assume-se uma exposição financeira maior que o investimento realizado ou patrimônio líquido em carteira. Dessa forma, as oscilações de mercado atingem o investidor de forma mais significativa.

Glossário

Derivativos são instrumentos financeiros cujas características e, principalmente, preços estão vinculados a outros títulos, ativos, ou instrumentos que lhe servem de referência. Como exemplo de derivativos, podemos mencionar: opções sobre ações, contratos futuros sobre o dólar comercial, sobre o índice BM&FBOVESPA ou sobre a taxa DI, swaps, termos, opções flexíveis, dentre outros.

Post em Parceria com Giovana Carvalho, graduanda em economia pela FGV-EESP

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