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Caro Dinheiro

por Samy Dana

Perfil Samy Dana é Ph.D em Business, professor da FGV e escreve no caderno Mercado

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Vantagens e desvantagens do consórcio

Por Samy
20/05/13 07:00

Em busca de menos burocracia e mais acessibilidade para obter recursos, o brasileiro tem ampliado seu interesse em modalidades de compra diversificadas, e uma das alternativas mais requisitadas por conta de seus custos e risco menores tem sido o consórcio.

Dados da Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios (Abac) apontam um aumento significativo no volume de negócios no último ano: entre os meses de janeiro e fevereiro de 2013, foram negociados aproximadamente R$12,5 bilhões em consórcios, enquanto que no mesmo período em 2012 este volume ficou próximo de R$10,5 bilhões, indicando um crescimento de 19%.

As negociações não ficam mais restritas a imóveis e veículos. Consórcios de serviços como casamentos, festas e reformas começam a tomar espaço no mercado, e o crescimento tem sido bastante rápido dada a atratividade do negócio.

Com essa ampla gama de possibilidades, muitos indivíduos têm optado por utilizar a modalidade como forma de investimento, esperando altos rendimentos com a venda do produto adquirido a baixos custos. Contudo, uma breve análise é suficiente para mostrar que o retorno neste caso não é nem um pouco interessante.

Tomando como base a negociação de um veículo popular no valor de R$29.500,00, o cidadão poderia optar por parcelar sua aquisição em 80 vezes de R$447,00 (com um total de R$35.750,00 investidos por conta de taxas de administração cobradas pelo banco). Se, em vez de pagar o consórcio, o comprador decidir aplicar seu dinheiro, receberá a quantia para pagar o veículo em um período muito menor.

O investimento em CDB, por exemplo, gera os R$29.500,00 em 59 meses, e no Tesouro Direto em apenas 58 meses. Ao final de 80 meses, o CDB totaliza R$42.925,00, e o Tesouro paga R$43.750,00.

Como investimento, a efetividade do consórcio é baixa. No entanto, para a aquisição de bens, as vantagens em comparação com financiamentos são praticamente indiscutíveis, já que o dinheiro utilizado é pessoal, e não da instituição financeira.

Considerando o mesmo veículo no valor de R$29.500,00, temos parcelas de R$447,00 no consórcio, enquanto que financiamentos cobram aproximadamente R$925,00 ao mês. Após 80 meses, o consorciado terá pago R$35.750,00 em seu bem, e o financiamento custará mais de R$74.000,00 –uma diferença brutal.

Ainda assim, pode ser que a necessidade do bem seja muito grande, e neste caso não há como fugir das tenebrosas taxas de juros brasileiras, pois no consórcio, um plano para longo prazo, depende-se de sorteio ou de lances muito altos.

Administrar as finanças pessoais é parte do processo de poupança, mas para muitos pode ser uma prática bastante complexa. Por isso, se “dinheiro na mão é vendaval”, poupar em consórcios tendo que pagar uma taxa de administração irrisória se comparada com os juros de bancos pode ser uma boa opção.

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Mundo Econômico - 19 de Maio

Por Samy
19/05/13 07:00

Panorama Mundo

A semana passada foi, novamente, positiva para as principais bolsas mundiais. Os mercados acionários continuam a ter recuperações sólidas, mesmo com o cenário econômico não se mostrando tão otimista.

Os destaques da semana ficaram com os EUA. Já na segunda-feira, o “The Wall Street Journal” publicou uma matéria que indicava que o Federal Reserve já estaria estudando como reduzir o relaxamento monetário. Com isso o mercado começou a ficar receoso de uma desaceleração econômica.

No entanto, apesar dos dados norte-americanos não terem sido muito positivos durante a semana, os Leading Indicators* tiveram alta de 0,6%, maior que o esperado, o que animou investidores.

Entre as nações em desenvolvimento, a China apresentou crescimento de 9,3% no setor industrial, mas a notícia foi recebida de maneira negativa pelo mercado, o qual projetava um aumento de 9,5%.

Na Índia, a economia passa por uma onda de incerteza devido às dúvidas que surgem quanto à capacidade do primeiro-ministro, Manmohan Singh, de reviver a terceira maior economia asiática.

Por fim, dois países apresentaram crescimento econômico ruim no primeiro trimestre: a Rússia apresentou uma taxa de 1,2% e o México, apenas 0,8%.

Panorama Brasil

No Brasil, o Ibovespa fechou em alta semanal de 0,10% aos 55.164 pontos. O mercado estava otimista com os dados melhores do que o esperado nos EUA e possíveis novos estímulos na China. Desse modo, as maiores altas ficaram com as mineradoras e siderúrgicas.

Em relação à inflação, foram divulgados o IPC-S e o IGP-10. O primeiro desacelerou de 0,45% para 0,38% da primeira para a segunda quadrissemana de maio. O segundo registrou deflação de 0,09%, em maio, ante alta de 0,18% em abril.

É importante destacar que foi anunciado que as passagens de metrô, ônibus e trem irão aumentar em São Paulo e Rio de Janeiro em 1º de Junho. Isso pode levar a outro período de pressões inflacionárias.

O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, reforçou que a instituição se encontra vigilante em relação à inflação. Com isso, o mercado começou a precificar, na curva de juros, um aumento de 0,50% na próxima reunião do Copom.

Quanto ao câmbio, o real passou por uma desvalorização na semana passada, saindo de R$2,02 no final da semana anterior para R$2,037. A dinâmica da moeda brasileira durante o acumulado da semana seguiu a tendência mundial devido à especulação sobre a diminuição dos estímulos monetários do FED*.

Expectativas da Semana

Nessa semana, o destaque mundial é a divulgação da ata do FOMC*, na quarta-feira. Com a especulação de que haverá reduções nos estímulos monetários nos EUA, o mercado foca toda sua atenção para o documento.

Na Europa, as referências serão a revisão do PIB da Alemanha do 1º trimestre e um discurso do presidente do BCE, Mario Draghi, na quinta-feira.

No Brasil, o destaque geral é a divulgação do IPCA-15, prévia da inflação oficial.

Enquanto isso, o dólar deve ter uma leve tendência de alta com riscos de uma intervenção do Banco Central.

*Dicionário Economês-Português

FED (Federal Reserve) – Banco Central norte-americano.

Leading Indicators – Os “indicadores líderes” norte-americanos procuram prever a atividade econômica do país através de dados que estão correlacionados com o atividade econômica futura do país.

FOMC – O “Federal Open Marketing Committee” é o equivalente norte-americano do Copom Brasileiro. O FOMC é o comitê que decide a política monetária do país do Tio Sam periodicamente.

Post em Parceria com João Lídio Bisneto, graduando em Economia pela FGV-EESP e Presidente da Consultoria Júnior em Economia (CJE) da FGV, em nome da área de pesquisa da empresa.

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Entenda a MP dos Portos

Por Samy
18/05/13 12:05

Aprovada pelo Senado a poucas horas de seu vencimento, a MP dos Portos tem mobilizado o país. No total, foram 41 horas de trabalho no Congresso, demandando forte articulação da base governista, e 9 horas no Senado, resultando em 150 modificações da medida provisória original.

Agora, a medida já foi encaminhada à presidente Dilma Rousseff, que tem até o dia 5 de junho para vetá-la ou sancioná-la.

Mas o que muda com uma eventual aprovação dessa MP?

Um dos fatores que mais tem incomodado a oposição, que critica a privatização dos portos, é a abertura, até o final do ano, de 159 terminais portuários para a iniciativa privada por chamada pública e não mais licitação.

A MP tem como escopo a melhoria da infra-estrutura logística do país, adequando-a aos padrões internacionais de eficiência, e modernizando uma legislação arcaica e obsoleta vigente até agora.

  • Critério de Seleção das Empresas nas licitações para novos terminais

Pela Lei dos Portos de 1993, vigente até agora, ganhava a licitação a empresa que pagasse maior valor pela outorga (concessão do serviço portuário).

Com a mudanças propostas, o critério  passa a ser de maior eficiência com menor tarifa (maior movimentação possível de carga pelo menor preço por tonelada).

  • Portos Públicos

Portos administrados pelo governo federal e pelos Estados são operados por empresas privadas que pagam aluguel e podem movimentar cargas de qualquer empresa.

Com as mudanças, os contratos em vigor podem ser renovados por 25, com a condição de que as empresas realizem investimentos.

  • Portos Privados

Atualmente, fora de portos públicos, empresas são autorizadas a operar terminais próprios, mas, geralmente, só podem movimentar carga própria.

Com a MP, passam a ser autorizadas a movimentar cargas de qualquer empresa.

  • Estivadores

Sua contratação necessitava da intermediação do Órgão Gestor de Mão de Obra (OGMO), um órgão público.

Agora, os terminais privados vão poder contratar trabalhadores pela CLT, sem essa intermediação, o que deve reduzir os custos operacionais.

  • Novos Contratos

Muitos portos públicos apresentam terminais operados por empresas privadas contratadas antes de 1993, ano da antiga Lei dos Portos e, assim, seus contratos nunca foram enquadrados nas regras em vigor.

O governo, inicialmente, propôs cancelar esses acordos e contratar novas empresas para operar os terminais. Mas o Congresso recuou e permite, na MP, que tais contratos sejam prorrogados por mais 20 anos.

Post em Parceria com Giovana Carvalho, graduanda em Economia pela FGV-EESP

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Cigarros, moral e respeito à vida

Por Samy
15/05/13 07:00

“O mais valioso entre todos os capitais é aquele investido em seres humanos.” A célebre frase de Alfred Marshall nem sempre é aplicada na prática. É comum escutar críticas aos economistas por preocupar-se demasiadamente com números e esquecer-se das pessoas.

A discussão moral que mais permeia a ciência econômica é motivada por questões como: seria a moral um problema passível de ser quantificado em custos e benefícios? Existem deveres e direitos humanos elementares, superiores a discussões do que gera maior benefício?

Respondendo a questões como essa, duas correntes de pensamento ganham relevância. O utilitarismo defende que a moral se destina a maximizar a felicidade, buscando o que gera maior prazer e evite o sofrimento.

Já a corrente libertária defende que as consequências sociais não são as mais importantes para a tomada de decisão, que antes há deveres e direitos que devem alicerçar as ações tomadas.

A Phillip Morris, uma empresa fabricante de tabaco de alta relevância mundial fez um estudo polêmico na República Tcheca,  país onde o tabagismo continua sendo bastante comum e arraigado na sociedade.

Incomodada com o aumento da taxação de seus produtos, a companhia realizou uma pesquisa evidenciando que pessoas dependentes de cigarro eram, liquidamente, benéficas para as contas públicas.

Isso porque, mesmo acarretando maiores despesas com tratamentos de saúde ao longo de sua vida e deixando de contribuir com impostos mais cedo, na média, os fumantes morriam prematuramente, permitindo ao governo economizar com gastos em saúde pública, previdência social, abrigos para idosos.

Assim, o estudo concluiu que a economia para o tesouro tcheco, com o tabagismo, era de US$147 milhões ao ano, ou seja, US$1227 por fumante.

Evidentemente, a tentativa de melhorar a imagem da empresa por meio desse estudo foi muito mal aceita pela sociedade e grupos anti-tabagistas apontaram que uma empresa de tabaco estava se gabando da confissão do fato de seu produto matar.

Posteriormente, um diretor executivo da companhia declarou que a pesquisa representava “um desrespeito absolutamente inaceitável pelos valores humanos básicos”. E, de fato, não se pode negar que a frieza da pesquisa acabou por afrontar, desrespeitar a vida humana.

No entanto, embora muitos acreditem que uma perspectiva utilitarista consideraria apenas os prós e contras fiscais, como feito no estudo retratado, isso não é verdade. A análise resultou de uma má aplicação do utilitarismo, uma vez que esse, quando bem aplicado, também consideraria o prejuízo a saúde como um todo, a diminuição do bem estar social, o sofrimento das famílias.

Post em Parceria com Giovana Carvalho, graduanda em Economia pela FGV-EESP

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Instrumentos Financeiros nº26: Fundo de Financiamento da Indústria Cinematográfica Nacional (FUNCINE)

Por Samy
14/05/13 07:00

Fundos de baixa liquidez, risco moderado e boa expectativa de retorno.

O Fundo de Financiamento da Indústria Cinematográfica Nacional (FUNCINE) é constituído sob a forma de condomínio fechado sem personalidade jurídica, destinado à aplicação em projetos e/ou programas aprovados pela Agência Nacional de Cinema – ANCINE.

A finalidade do FUNCINE é a obtenção de taxas de retorno diferenciadas, mediante a implementação de uma política de investimento que deverá visar o fomento da indústria cinematográfica e propiciar uma oferta diversificada de produtos com interesses e características diversas.

Consideram-se projetos e/ou programas aprovados pela ANCINE aqueles que sejam destinados a:

  • projetos de produção de obras audiovisuais brasileiras independentes realizadas por empresas produtoras brasileiras;
  • construção, reforma e recuperação das salas de exibição de propriedade de empresas brasileiras;
  • aquisição de ações de empresas brasileiras para produção, comercialização, distribuição e exibição de obras audiovisuais brasileiras de produção independente, bem como para prestação de serviços de infra-estrutura cinematográficas e audiovisuais;
  • projetos de comercialização e distribuição de obras audiovisuais cinematográficas brasileiras de produção independente realizados por empresas brasileiras; e
  • projetos de infraestrutura realizados por empresas brasileiras.

No mínimo 90% dos recursos aplicados no FUNCINE deverão ser direcionados para projetos e/ou programas aprovados pela ANCINE. A parcela do patrimônio do FUNCINE não comprometida em tais projetos e/ou programas será constituída por títulos emitidos pelo Tesouro Nacional e/ou pelo Banco Central do Brasil.

As cotas do FUNCINE correspondem a frações ideais de seu patrimônio líquido. O valor da cota é resultante da divisão do valor do patrimônio líquido pelo número de cotas do FUNCINE, calculado com base nas correspondentes demonstrações contábeis. Na emissão inicial de cotas do FUNCINE, o valor da cota será estabelecido através da divisão do valor total da emissão pelo número de cotas emitidas.

A distribuição de cotas do FUNCINE somente pode ser realizada por instituições integrantes do sistema de distribuição de valores mobiliários e depende de prévio registro na CVM. Assim sendo, as cotas podem ser distribuídas ao público investidor por meio de Corretoras, Distribuidoras, Bancos de Investimentos e Bancos Múltiplos com Carteira de Investimento.

A subscrição total das cotas do FUNCINE deve ser encerrada no prazo máximo de 360 dias, a contar da data do início da distribuição, ficando vedada a sua negociação, alienação, cessão ou transferência a qualquer título pelos subscritores a terceiros até que a distribuição se encerre.

As importâncias recebidas na integralização de cotas, durante o processo de distribuição de cotas de FUNCINE, devem ser depositadas em banco comercial, ou múltiplo com carteira comercial, em nome do FUNCINE, sendo obrigatória sua imediata aplicação em títulos emitidos pelo Tesouro Nacional e/ou pelo BACEN até o enquadramento de sua carteira, na forma do regulamento.

Os investidores que aplicam nesse instrumento financeiro se tornam proprietários de cotas do fundo e participam do sucesso ou fracasso das produções cinematográficas. O FUNCINE possui horizonte de maturação de investimentos de longo prazo, com expectativa de rentabilidade diferenciada por meio da alocação de recursos no promissor mercado cinematográfico brasileiro.

Os custos para operar nesse mercado são compostos, fundamentalmente, por taxa de administração e performance.

A taxa de administração é o valor cobrado do cotista pela administração. Serve para remunerar o administrador pelos serviços prestados. A base para o cálculo da taxa de administração é o patrimônio líquido do FUNCINE.

A taxa de performance é uma percentagem paga caso os retornos dos investimentos superem uma referência (benchmark) pré-estabelecida.

De acordo com a legislação aplicável, os investidores que adquirirem cotas do FUNCINE terão incentivos fiscais na carga tributária. As pessoas físicas podem deduzir o valor aplicado até o limite de 6% do IR devido. As pessoas jurídicas podem deduzir o valor aplicado até o limite de 3% do IR devido quando forem tributadas pelo lucro real.

Bons investimentos!

Post em parceria com Alex Del Giglio que é graduado em economia pela USP com extensão em finanças pela ESC Bordeaux e mestre em Administração pela FGV. Responsável pela área educacional da Prime Finance Investimentos AAI Ltda com sede em Manaus.

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Proteção ao mercado interno gera aumento de margem de lucro no setor automotivo

Por Samy
13/05/13 10:30

O cheiro de carro novo faz parte do imaginário do consumidor. O desejo pela novidade repleta de conforto, tecnologia e desempenho superior é comum, e com cada vez mais modelos de carro, fica difícil não ter um que chame mais a atenção.

E o brasileiro tem ficado cada vez mais próximo de atingir seu sonho graças às saudáveis condições encontradas no mercado nacional em tempos atuais: IPI reduzido, facilidade de crédito e aumento do poder de compra do consumidor médio.

O desejo normalmente é saciado com a aquisição de um veículo 0km. Contudo, carros usados também devem sempre ser levados em consideração, afinal, os preços saem muito mais em conta.

Ao sair da loja, o automóvel já tem seu valor reduzido significativamente. Com o passar de um ou dois anos, nos quais o desgaste do carro não é tão grande e a garantia permanece, o valor cai entre 20% e 30%, tornando-se muito vantajoso adquirir o modelo.

A depreciação, como é conhecida essa desvalorização do bem, ocorre como consequência da já não tão recente facilidade de acesso a automóveis novos. Em outros países, como os Estados Unidos, este fenômeno ocorre com tamanha intensidade que carros usados quase não têm valor.

No entanto, o mercado externo consome carros a preços muito abaixo dos praticados em terras brasileiras. Um Toyota Corolla, por exemplo, ofertado por aqui a R$59.400,00, é vendido nos Estados Unidos por R$24.400,00 e na Argentina por R$34.200,00 (dólares convertidos para reais).

No caso do Gol, produzido no Brasil, o modelo top de linha é comercializado internamente por R$46.000,00, e no Chile, país vizinho, o mesmo modelo é encontrado por R$29.000,00.

Mesmo com ampla pesquisa no mercado e negociação na hora da compra, buscando sempre o menor preço e descontos viáveis, o consumidor brasileiro incorre em custos abusivos para adquirir um automóvel.

A culpa por esse efeito normalmente é atribuída ao Custo Brasil, que impede o bom desenvolvimento da indústria nacional. Contudo, há outros fatores relevantes que parecem ser esquecidos, como as altas taxas e impostos incidentes, a baixa competitividade do setor e as margens de lucro exorbitantes aplicadas no país –ou o Lucro Brasil.

O IPI de 30% sobre carros produzidos fora do Mercosul e do México, por exemplo, indica a clara preferência do governo em proteger a produção interna. Contudo, sem produtos com preço e qualidade competitivos, o mercado permanecerá acomodado.

Repensar as taxas aplicadas e abertura do mercado podem ser saídas não tão distantes que tornarão o setor mais competitivo favorecendo o consumidor com a oferta de carros melhores com preços menores.

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Mundo Econômico - 12 de Maio

Por Samy
12/05/13 07:00

Panorama Mundo

As bolsas internacionais continuam a apresentar bons resultados. Com isso, os índices S&P500 e Dow Jones bateram recordes históricos.

Na Europa, o PMI* composto da zona do euro foi divulgado e, mesmo subindo levemente para 46,9, indicou contração da economia. Além disso, foi divulgada a produção industrial dos países: destaque para o Reino Unido e Alemanha, que tiveram crescimento industrial de 0,7% e 1,2%, respectivamente, dados bem acima dos esperados. A França e a Itália decepcionaram com recuo na produção.

É importante destacar que, nesta semana, os líderes europeus começaram a relaxar o entusiasmo com a austeridade fiscal na Zona do Euro. Com uma recessão duradoura, os países indicam que estão perdendo a paciência com a atual política econômica.

Nos EUA, poucos foram os dados divulgados. Apesar disso, o clima foi de otimismo e a bolsa continuou positiva.

Destaque para o discurso do presidente do FED*, Bem Bernanke, indicando que o sistema financeiro ainda possui imperfeições da crise e que deve ser monitorado. Ele chamou a atenção para instituições conhecidas como shadow banks.*

Na China, o PMI* caiu de 54,3 para 51,1 em abril. Apesar disso, houve um superávit comercial de US$ 18,16 bilhões em abril. Esse último dado estimulou suspeitas de que exportadores chineses estariam superfaturando suas vendas, pois dados de parceiros comerciais, como Hong Kong, foram contraditórios.

Ainda na terra do socialismo de mercado, o governo chinês deu sinais de que vai propor planos para permitir a livre circulação do yuan para dentro e fora do país, como uma medida para aliviar o controle sobre o câmbio e a taxa de juros.

Panorama Brasil

No Brasil, o Ibovespa não acompanhou o mercado externo e teve queda de -0,69% na semana. Os investidores brasileiros continuam preocupados com a recuperação econômica do país, com os resultados das empresas e com a inflação.

Quanto à inflação, destaques para o IGP-DI, que registrou deflação de 0,06% em abril, após alta de 0,31% em março, e o para o IPCA. O índice oficial de inflação acelerou para 0,55% em abril, resultado 0,08 ponto percentual acima da taxa de 0,47% registrada em março. Com o dado, Alexandre Tombini, presidente do Banco Central, afirmou que a instituição está vigilante e que fará o necessário para conter a inflação.

Assim, as curvas de juros subiram na semana. No último pregão, o DI com vencimento em janeiro de 2014 fechou em 7,87%, estando em 7,95%. Também, o de janeiro de 2015, avançou de 8,23% para 8,36%.

No mercado de câmbio, o movimento total do real em relação ao dólar foi baixo durante a semana: houve a depreciação da divisa brasileira em 0,75%. O fechamento, sexta-feira foi de R$ 2,024.

Expectativas da Semana

Com a semana passada apresentando poucos dados, essa semana promete agitação no mercado mundial:

  • A zona do euro divulgará o PIB preliminar do primeiro trimestre (devendo indicar retração econômica), número da indústria e da confiança.
  • O escritório de estatística chinês deve divulgar dados sobre produção industrial, vendas em varejo e investimento no primeiro quarto de 2013.
  • Nos EUA, haverá a produção industrial e o fim do prazo, na sexta-feira, para o congresso elevar o teto da dívida norte-americana*.
  • Por fim, no mercado doméstico, haverá a divulgação de 62 resultados de empresas e, como destaque, anúncio do IBC-Br*.

Dessa forma, dados diferentes do esperado podem levar volatilidade não só às bolsas mas também ao dólar.

Enquanto isso, sem nenhum índice de inflação a ser divulgado, a curva de juros não deve apresentar muita variação.

*Dicionário Economês-Português

PMI – O Purchasing Managers Index, ou “Índice dos Gestores de Compras”, é um indicador econômico que procura prever a atividade econômica através de pesquisas junto ao setor privado.

FED (Federal Reserve) – Banco Central norte-americano.

Shadow banks – São instituições financeiras que, mesmo sem pertencer a classificação de bancos, realizam atividades similares aos bancos comerciais. Como não pertencem a essa classificação, essas instituições são isentas da regulação mais acentuada do governo norte-americano.

Teto da dívida norte-americana – Nos Estados Unidos, há um limite para o tamanho da dívida pública. Esse limite, ou teto, é definido pelo Congresso. Se a dívida chega nesse patamar, o governo é obrigado a cortar gastos.

IBC-Br (Índice de Atividade Econômica do Banco Central) – Índice calculado pelo Banco Central que tem como objetivo tentar prever o desempenho futuro da economia brasileira.

Post em Parceria com João Lídio Bisneto, graduando em Economia pela FGV-EESP e Presidente da Consultoria Júnior em Economia (CJE) da FGV, em nome da área de pesquisa da empresa.

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Saiba como o título pós-fixado NTN-B funciona, parte 7

Por Samy
11/05/13 18:00

Para investidores que por algum motivo não desejam mais ficar até o vencimento com um título de NTN-B, o Tesouro abre, todas às quartas feiras, a possibilidade da venda antecipada.

Sempre que desejar fazer uma venda antecipada, o investidor deve tomar cuidado. Conforme já abordado em outro post, dependendo da taxa de juros no dia da venda, o investidor pode ser surpreendido com uma queda no preço e, por conseguinte,  na rentabilidade.

Para compreender a metodologia de cálculo para quando há a venda antecipada, deve-se entender primeiro o funcionamento do IPCA e verificar o VNA (Valor Nominal Atualizado) na data de venda desejada. Caso a venda não ocorra no dia 15 (data de divulgação do IPCA) o investidor deverá usar o IPCA estimado.

Para tanto, o VNA pode ser encontrado de duas formas:

1) Uma delas é bem simples. Basta acessar o site da ANBIMA – Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais e inserir a data desejada. O site projeta o VNA para data, conforme o indicado a seguir:

A ANBIMA é uma associação que, além de outras atividades, possui o intuito de oferecer informações aos investidores para que possam tomar decisões mais precisas.

2) É possível encontrar o VNA também pelo saudoso estilo “papel e caneta”. Para isso, é necessário se habituar com o cálculo do IPCA projetado.

Como o IPCA é um índice divulgado mensalmente (sempre no dia 15 de cada mês), analistas projetam o IPCA no decorrer do ano e assim, é possível encontrar períodos que não coincidem com o dia 15.

Por exemplo, suponha que um investidor queira vender seu título no dia 08/05/2013. Como dia 8 não é uma data de divulgação oficial do IPCA, deve-se projetar o IPCA , para então, estimar o VNA do título nesta data.

Supondo então a data de venda em 08/05/2013, o investidor deve ter em mãos a sua previsão de IPCA ou utilizar alguma projeção de mercado. Uma possibilidade interessante é a projeção feita pelos analistas que é reportada em relatórios, como a do Focus.

Focus é uma publicação semanal online, sempre às sextas-feiras, divulgada pelo Banco Central e existe desde janeiro de 2001. O relatório contempla diversas projeções de indicadores econômicos, entre eles, o IPCA.

Para realizar estas projeções, o Banco Central faz a pesquisa das previsões de instituições privadas, resume e divulga.

De acordo  com o último relatório em relação à data de fechamento deste post (liberado em 03/05, última sexta-feira), o IPCA projetado pelos analistas é de 5,59% ao ano.

Com base nestes 5,59% a.a. o investidor deve transformar a projeção ao dia para, então, encontrar o VNA estimado para a data de venda, dia 08/05/2013.

Para encontrar o IPCA diário, basta usar a fórmula a seguir:  

Ou seja, o IPCA diário vale aproximadamente 0,0149%. A partir deste valor, consegue-se então projetar o VNA para a data de venda (08/05/2013). Veja o cálculo:

O termo “d.d.c.” indica a diferença de dias corridos entre a data de divulgação do último VNA , neste caso, dia 15/04/2013 e a data de venda, neste caso, 08/05/2013.

A diferença de dias corridos entre 15/04 e 08/5 é de vinte três dias e pode ser encontrado em nossa planilha. Já a série de VNAs  pode ser encontrado diretamente pelo Tesouro Direto por meio deste link. Entretanto, a planilha do Tesouro está desatualizada.

Desta forma, para encontrar o valor dos VNAs mais atuais, deve-se seguir com a fórmula:

O “VNA anterior” é encontrado pelo site do Tesouro, como já indicado. Já o IPCA do mês,  no site do IBGE.

No caso, o último VNA conhecido, é do dia 15 é de abril e vale R$ 2.274,48. Segue, então, o cálculo do VNA projetado:

Ou seja, o investidor ao realizar a venda antecipada deste título em 08/05/2013 deverá usar o VNA de R$ 2.282,29 para fazer os cálculos.

Para encontrar o preço de venda do título, basta multiplicar agora o VNA pela Cotação conforme já abordamos em posts passados.

A taxa de venda é encontrada no próprio site do Tesouro às quartas-feiras. Lembrando que a taxa utilizada neste exemplo é referente a 08/05/2013. Já o número de dias úteis é facilmente encontrado pela calculadora e contempla a diferença entre a data de compra (15/03/13) e a data de venda (08/05/13). Neste caso, a cotação é de 99,45%/

 Encontrada a Cotação, é possível, então, encontrar o preço. Veja:

O investidor ao vender antecipadamente o título adquirirá R$ 2.812,70, amargando uma rentabilidade negativa, já que comprou este mesmo título quando o preço era de R$ 2.928,64.

É por essas e outras que é interessante o investidor entender as metodologias de cálculo envolvidas nos títulos do Tesouro Direto.

Artigo em parceria com Miguel Longuini, graduando em Administração de Empresas pela FGV-EAESP e Diretor Administrativo/Financeiro da Consultoria Júnior de Economia (CJE) da FGV.

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Cinema Nacional

Por Samy
10/05/13 19:15

O filme “Somos tão Jovens”, de Antonio Carlos da Fontoura, tem sido bastante comentado nos últimos dias.

A trama oferece um retrato da vida do vocalista da banda “Legião Urbana”, Renato Russo, e do desenvolvimento do rock em Brasília nas décadas de 70 e 80. Mas não é isso chamado atenção.

Os números da  da película impressionam,  foi a melhor estreia de um filme nacional no ano. Em seu primeiro final de semana em cartaz, levou mais de 471,5 mil pessoas ao cinema, arrecadando uma bilheteria de R$ 5.800.798.

Para se ter ideia de seu sucesso, o filme ocupa o sexto lugar no ranking de melhores bilheterias nacionais, que é liderado por “Tropa de Elite 2” (1,3 milhão de pessoas no primeiro fim de semana de exibição), seguido por  “Chico Xavier” (585.560 pessoas), “De Pernas pro Ar” (561.016), “Se Eu Fosse Você 2” (560.600) e “Nosso Lar” (541.853).

Analisando dados do setor cinematográfico, notamos que, no ano passado, o número de ingressos total de filmes brasileiros foi de 15.561.688, gerando renda de R$157.262.028, valores muito inferiores aos relativos a filmes estrangeiros. Respectivamente, 130.901.284 e R$1.455.643.853 como na tabela abaixo:

 

Historicamente, o ano de mais filmes nacionais lançados foi 2011. No ano passado, foram lançados 83 longas, sendo a maior parte deles de ficção.

A produção nacional dá, paulatinamente, mostras de seu poder, embora ainda gere retornos muito inferiores aos da produção internacional.

Post em Parceria com Giovana Carvalho, graduanda em Economia pela FGV-EESP

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O Brasil e o almoço grátis no comando da OMC

Por Samy
09/05/13 07:30

Edmar Bacha é do tipo de economista que, quando abre a boca, costuma dar declarações interessantes. Em entrevista ao programa do Jô , Edmar afirmou que acha engraçado o Brasil. Ele diz: “Sabe qual é o país que tem a menor razão de comércio em relação ao total de sua produção no mundo? Provavelmente é a Coreia do Norte, e o segundo somos nós, o Brasil.

Pois é, nós não participamos do comércio internacional, e queremos ser presidente da Organização Mundial do Comércio. Nós não estamos presentes no mundo e queremos ser membro do Conselho de Segurança da ONU. O Brasil tem que se abrir.” Bingo! O Brasil quer o almoço grátis. E parece que conseguiu.

A partir de setembro deste ano, Genebra vai ganhar um acento soteropolitano. Mesmo sem o apoio dos americanos e dos europeus, a diplomacia tupiniquim conseguiu emplacar o embaixador baiano Roberto Azevêdo no cargo de diretor-geral da Organização Mundial do Comércio. A partir de agosto, Azevêdo substituirá o francês Pascal Lamy na direção do supremo órgão de solução de controvérsias comerciais internacionais. .

Mas o fato de o Brasil desejar estar no comando da organização que regula – ou tenta – o comércio global, desperta no mínimo alguns questionamentos: será fizemos por merecer? Qual é nosso currículo no assunto?

O Brasil é, em média, mais protecionista do que seus pares. Segundo levantamentodo Banco Mundial, a tributação média do país com relação à importação em 2010 foi de 7,64%,contra uma média mundial de 2,69%. A comparação internacional mostra ainda que, mesmo entre os emergentes, o Brasil tem sido campeão da tributação aplicável à importação, enquanto no mundo inteiro esta vem caindo.

O governo mostra-se, ainda, particularmente simpático a exigências nacionais para a produção de bens manufaturados. Fez história com a elevação da alíquota do IPI em trinta pontos percentuais para automóveis importados e aqueles com menos de 65% de seus componentes produzidos no Mercosul.

O comércio internacional é um tema relevante para a governo de Dilma, só que do jeito errado: impõem-se sobretarifas às importações de insumos de produção, no afã de estimular o surgimento de uma indústria de base nacional competitiva.

Segundo levantamento do jornal O Estado de São Paulo em  6/01/13, 73% dos casos, essas sobretarifas protegem setores com até três, sendo que em 57%, protegem empresas monopolistas, em especial nos setores petroquímico e siderúrgico. Proteção a setores de pouca competividade acaba possibilitando margens de lucro exorbitantes

Para piorar o currículo brasileiro o Mercosul, mesmo passados mais de vinte anos de sua criação, ainda não conseguiu se afirmar como união aduaneira. A Tarifa Externa Comum, prevista para o bloco, é frequentemente desrespeitada, para não falar nas barreiras que os Estados membros impõem ao comércio intrabloco.

Chega a ser enfadonho, mas necessário, repetir as vantagens do comércio internacional. Se todos cooperam para o respeito às regras do jogo comercial, todos saem ganhando. Mas para um país individualmente, pode ser vantajoso no curto prazo proteger sua economia local, colhendo superávits e benefícios políticos.

Essa tendência a romper a cooperação é o que torna necessária a existência de um organismo supranacional como a OMC, de forma que haja ferramentas jurídicas capazes de solucionar controvérsias, mediar negociações, unificar padrões: tudo com o intuito de aprofundar e incrementar o comércio entre os povos.

O Brasil, apesar de um  currículo questionável, orgulha-se de ser o primeiro BRIC a chefiar uma organização multilateral. Claramente, regular comércio não é exatamente nossa especialidade histórica. Mas quem se importa com isso? Da mesma forma que demos o futebol para os suíços, chefiaremos o comércio global a partir de Genebra. E se começarem a exigir conteúdo nacional para relógios-cuco, é só chamar a Cruz Vermelha.

Post em parceria com Alípio Ferreira Cantisani, economista formado pela EESP/FGV.

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