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Caro Dinheiro

por Samy Dana

Perfil Samy Dana é Ph.D em Business, professor da FGV e escreve no caderno Mercado

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Instrumentos Financeiros nº4: Certificado de Depósito Bancário (CDB)

Por Samy
09/10/12 08:45

Conheça um pouco mais do Certificado de Depósito Bancário (CDB). Um dos instrumentos de renda fixa mais populares das instituições financeiras.

O CDB é um título privado destinado a investidores pessoas físicas e jurídicas, podendo ser emitido por bancos comerciais, bancos de investimentos e bancos múltiplos.

Funciona como um empréstimo que o investidor faz a um banco público ou privado em troca de uma remuneração.

A remuneração do CDB pode ser pré-fixada ou pós-fixada. A maioria apresenta remuneração pós-fixada, indexada ao Certificado de Depósito Interbancário (CDI), que nada mais é que a taxa média dos empréstimos entre bancos.

A remuneração paga nas operações com CDBs varia entre 90% e 110% do CDI, dependendo basicamente do valor investido, prazo, tamanho do banco e rating de crédito.

Apesar de a maior parte dos bancos oferecer o CDB indexado ao CDI, é possível o vínculo com o IPCA, por exemplo, um CDB que remunera IPCA + 2% a.a. No atual cenário da economia, esta modalidade é interessante, pois garante ao investidor a correção da inflação mais uma remuneração que pode ser entendida como uma taxa real de juros.

O risco de aplicação no CDB pode ser considerado baixo em bancos que contam com boa reputação e alta solidez. O investidor só perderá o recurso aplicado caso a instituição financeira vá à falência. Assim como a poupança e a Letra de Crédito Imobiliário (LCI), o CDB conta com uma garantia adicional, do Fundo Garantidor de Crédito (FGC), até o valor de R$ 70 mil por CPF ou CNPJ.

O CDB é um instrumento financeiro destinado a pequenos, médios e grandes investidores. O valor mínimo para iniciar as aplicações depende da modalidade desejada pelo investidor e da instituição financeira. É comum encontrar aplicações mínimas que variam de R$ 200 a R$ 500 mil.

Uma importante vantagem do CDB está baseada na alta liquidez. A maioria das instituições financeiras ofertam CDBs prefixados e pós-fixados com liquidez diária. Ou seja, o investidor pode resgatar os recursos a qualquer tempo e sem prejuízo de rentabilidade. Algumas instituições oferecem liquidez diária sem perda de remuneração a partir de um prazo de carência. Instituições que exigem carência geralmente remuneram a taxas maiores.

Além da vantagem da liquidez, no CDB não existe cobrança de outras taxas como administração e negociação.

A tributação dos CDBs é semelhante à maioria das aplicações de renda fixa.

Existe incidência de imposto sobre operações financeiras (IOF) nos resgates realizados antes de 30 dias. A partir do 30o dia, a aplicação fica isenta da cobrança de IOF.

Há, também, incidência de imposto de renda regressivo (IR). A alíquota de IR é de 22,5% para operações com prazo de até 180 dias, 20% para operações de 181 dias até 360 dias, 17,5% para operações de 361 dias até 720 dias e 15% para operações de prazo superior a 720 dias. O imposto de renda sobre os rendimentos é retido na fonte por ocasião do resgate parcial ou total. Dessa forma, quanto mais tempo os recursos permanecerem aplicados, menor será a alíquota do imposto cobrado.

A seguir uma simples ilustração da rentabilidade dos CDBs frente à poupança (regra nova e regra antiga). Neste caso, poupança e CDBs possuem garantia do FGC até 70 mil.

Interessante notar que com a redução da taxa SELIC, a poupança antiga apresenta rentabilidade superior aos CDBs

Em relação à nova poupança, o CDB será interessante em prazos maiores de 180 dias por possuir uma alíquota decrescente conforme explicado acima.

Bons investimentos!

Post em parceria com Alex Del Giglio que é graduado em economia pela USP com extensão em finanças pela ESC Bordeaux e mestre em Administração pela FGV. Responsável pela área educacional da Prime Finance Investimentos AAI Ltda com sede em Manaus.

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Por que é tão difícil ganhar dinheiro na Bolsa

Por Samy
08/10/12 08:16

O mercado acionário é repleto de histórias de gênios com grande êxito. No entanto, são muito mais frequentes os casos de perdas. Por que é tão difícil acertar?

Graças à alta volatilidade das ações, é possível obter enormes retornos em um curto período, mas há grande probabilidade de perdas. Tal fato se dá pela lógica de formação de preço.

Um investidor pode comprar um papel, ver que a empresa está lucrando, mas o preço de suas ações estar despencando. Assim como o inverso pode acontecer.

Este movimento ocorre por causa das limitações dos modelos para estabelecer o preço de uma empresa.

A maioria dos investidores busca avaliar empresas na tentativa de determinar o preço justo de sua ação, incorporando neste valor suas expectativas de ganhos futuros.

Com este valor definido, o investidor opta por comprar a ação quando o preço atual é inferior ao justo estimado; e por vendê-la no caso inverso. As expectativas quanto a ganhos futuros são criadas a partir de dados e notícias.

Quando uma notícia confirma a expectativa, diz-se que os eventos estão “precificados” e não há nenhuma alteração no valor das ações. Já quando ocorre um evento inesperado, há grandes variações. A Apple, em julho, divulgou um lucro de US$ 8,8 bilhões que decepcionou o mercado, que esperava mais. Resultado: as ações caíram 5% logo após o anuncio.

É neste momento de oscilação que o investidor pode obter grandes ganhos. Mas é extremamente difícil prever eventos não precificados.

Ao investidor desavisado, fica o conselho: deixe seu dinheiro com analistas que sejam totalmente dedicados ao acompanhamento do mercado, mas lembre sempre que esses profissionais também podem errar.

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Impostos e Taxas no Tesouro Direto

Por Samy
05/10/12 03:07

…as taxas e impostos que incidem sobre os títulos públicos

Antes de nos aprofundarmos em cada um dos títulos do Tesouro Direto, considerada uma das opções mais rentáveis entre as modalidades de baixo risco, faz-se necessário uma breve explicação sobre alguns itens que são comuns a grande parte dos investimentos de renda fixa no Brasil.

Os próximos textos farão referências a esta introdução, portanto deixe-a sempre a mão para uma eventual consulta. O intuito é deixar os fundamentos claros para que os textos seguintes fiquem menos repetitivos em definições comuns.

As informações a seguir são recorrentes nos títulos, sites e mercados de renda fixa no Brasil.

1)    Informações que o investidor se depara na hora da compra:

Um investidor, ao entrar no tesouro direto, encontra uma enormidade de informações, vale uma desmistificação para exorcizar eventuais assombrações que rondam os títulos:

Data da compra: como o nome diz é a data que o investidor efetivamente compra o título.

Quantidade de Títulos: o investidor pode comprar múltiplos dos títulos.

A quantidade mínima de compra é 0,1 do título (ou seja, 10%). O tesouro trabalha com múltiplos dessa quantidade mínima (0,1). Por exemplo: 0,1 título,  0,4 título; 0,8 título; 1,3 títulos e assim por diante.

Preço Unitário do Título para Compra: este é o valor que o investidor irá pagar se comprar o título. O preço unitário de compra varia de acordo com a oferta e procura. O valor atualizado pode ser encontrado no site do Tesouro Direto.

Preço Unitário do Título para Venda: este é o valor bruto que o investidor irá receber caso efetue a venda do título ao Tesouro Nacional antes de sua data de vencimento. O preço unitário de venda pode ser encontrado no site do Tesouro Direto somente nos dias de recompra de títulos (as quartas-feiras).

Taxa (a.a.) Compra: corresponde à rentabilidade bruta ao ano caso adquira o título naquele momento e o mantenha até sua data de vencimento. Esta taxa pode ser encontrada no site do Tesouro Direto.

Taxa (a.a.) Venda: corresponde à taxa bruta ao ano pelo qual o investidor poderá vender seu título ao Tesouro Nacional antes da data de vencimento (a questão da venda antecipada será abordada nos próximos textos). Esta taxa pode ser encontrada no site do Tesouro Direto somente nos dias de recompra de títulos (geralmente as quartas-feiras).

Data de Vencimento: é a data que o título vence, ou seja, o valor nominal (principal) é pago pelo governo ao investidor. A partir deste dia o título passa a não existir.

Dias úteis entre a data de compra e a de venda: é fundamental saber o número de dias úteis para efetuar as contas de rentabilidade. Esse número de dias pode ser encontrado pelos dias corridos descontados o número de sábados, domingos e feriados entre a data de compra e o vencimento.

Todas as taxas expressas no Tesouro Direto são capitalizadas por dia útil. Pode-se facilmente encontrar o número de dias úteis por meio de nossa calculadora. Disponibilizaremos ela nos próximos artigos da série.

Taxa de Administração do Banco/Corretora: as taxas variam de 0 a 1%. No site do tesouro direto o investidor pode acessar a lista de corretoras e fazer uma rápida busca.

Um ponto interessante é que a corretora é apenas um intermediário. Todas as corretoras são fiscalizadas pelo Banco Central  e pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários). Para a segurança dos investidores, os títulos públicos adquiridos são guardados (custodiados) na CBLC (Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia), em uma conta em seu próprio nome/CPF.

Por esse motivo, o nome técnico da corretora do Tesouro Direto é agente de custódia. No caso extremo da corretora falir, seus investimentos no Tesouro estarão a salvo: basta abrir uma conta em outra corretora e pedir para transferir a custódia para a nova conta.

O Valor a ser resgatado representa o valor líquido que o investidor receberá caso faça o resgate na data de vencimento do título.

2)    Quais são e como são cobrados os impostos:

Títulos do tesouro são aplicações financeiras de renda fixa, diante disso, há incidência do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) e Imposto de Renda (IR) sobre os rendimentos dependendo do prazo da aplicação.

Para aplicações de até 29 dias, é cobrado o IOF, de forma decrescente, conforme tabela abaixo:

Por exemplo, para uma aplicação com resgate após 7 dias, haverá incidência de 76% sobre o rendimento. Já no caso de um resgate após 25 dias, a alíquota será de 16%.

De 30 dias para frente, o investidor estará isento do IOF, porém, o Imposto de Renda (IR) continuará a ser cobrado, também de forma decrescente, ou seja, o IOF e o IR não são excludentes, independentemente do prazo da aplicação, sempre haverá incidência do IR.

O imposto de renda para renda fixa incide de forma decrescente sobre os rendimentos conforme tabela a seguir:


Além dos impostos (IOF e IR), as compras de títulos estão sujeitas ao pagamento de taxas operacionais referentes aos serviços prestados. São três tipos de taxas:

3)    As taxas cobradas:

  • Taxa de custódia: 0,3% ao ano referente aos serviços de guarda dos títulos e às informações e movimentações de saldos. Essa taxa é cobrada semestralmente (primeiro dia útil de janeiro e julho) ou na ocorrência de um evento de custódia (pagamento de juros, venda ou vencimento do título), o que ocorrer primeiro.
  • Taxa de administração: varia de 0 a 1% dependendo da corretora. O investidor deve confirmá-las no momento da contratação (vale lembrar que muitas corretoras não cobram corretagem).

A taxa de administração é cobrada na data de compra. Caso a venda seja feita após um ano da data de compra, a taxa é cobrada novamente na data do resgate.

Já a taxa de negociação passou a não ser mais cobrada pelo Tesouro. Para mais informações, leia este artigo.

Desta forma, no momento da operação de compra o investidor pagará o valor da transação (preço unitário do título vezes a quantidade adquirida) mais 0,3% ao ano pago semestralmente (ou quando houver um evento de custódia) e mais a taxa de corretagem (taxa do Agente de Custódia) referente ao primeiro ano de custódia.

Caso o título tenha vencimento inferior a um ano, a taxa de corretagem (ou custódia) será proporcional ao prazo do título.

No decorrer dos futuros textos, exemplos serão feitos para deixar estes cálculos e procedimentos claros e fáceis.

Dadas todas informações, você, caro leitor, já terá uma base para quando formos nos aprofundar em cada um dos títulos. E não se esqueça de voltar a ler estes apêndices caso não esteja entendendo alguma parte das explicações futuras.

Lembrando que o próximo artigo da série tratará da LTN – Letras do Tesouro Nacional.

Boa leitura e bons investimentos!

Artigo em parceria com Miguel Longuini, graduando em Administração de Empresas pela FGV-EAESP e Diretor Administrativo/Financeiro da CJE-FGV.

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Redução dos juros do cartão de crédito?

Por Samy
03/10/12 10:47

Desde semana passada tivemos uma enxurrada de notícias sobre as reduções dos juros do cartão de crédito, grande parte do alarde feito pelos próprios bancos que usaram a notícia como propaganda.

Alguns bancos reduziram à metade a taxa de juros do rotativo do cartão de crédito respondendo às pressões feitas pelo governo e banco públicos.

Fatos como esse devem sim ser comemorados. Mas valem ressalvas.

As taxas, mesmo após a redução, continuam absurdas. Aliás, elas só puderam ser reduzidas assim, porque seus patamares eram elevadíssimos anteriormente. O Brasil tem as maiores taxas de juros da América Latina, segundo o Proteste. O segundo colocado é o Peru, com um taxa de 55% ao ano, seguido do Chile, Argentina e México. Nos EUA, por exemplo, a taxa é de 16,89% ao ano.

Supondo, de forma muito simplista, que a taxa do rotativo caísse, como um todo, à metade, ainda sim, seria a maior da América Latina, como mostra o gráfico abaixo.

A média foi calculada com base nos valores cobrados pelos cartões dos seguintes bancos e financeiras: Itaú, Bradesco, Santander, HSBC, Banco IBI, Banrisul, Caixa Econômica Federal, Citibank, Losango, Panamericano, Banco do Brasil, Banco BMG e BV Financeira. Publicação de 17 de julho de 2012.

O cartão continua sendo uma das piores modalidades de crédito para o consumidor, portanto evite ficar devedor. Caso esteja endividado no cartão, procure com seu gerente uma modalidade mais barata como o crédito consignado ou CDC (crédito direto ao consumidor) para substituir a dívida. Trocar dívidas caras como o cartão de crédito e cheque especial é uma engenharia interessante.

Busque educação e informação sobre os produtos bancários, essa é a única forma de evitar levar uma vida financeiramente saudável. Nem sempre o gerente oferece o melhor produto sob a ótica do cliente.

Não se esqueça de que o custo bancário não se reduz apenas taxas do cartão, alguns bancos buscarão formas de garantir seus níveis anteriores de lucros, para tanto, é provável que busquem aumentar tarifas como a manutenção de conta, extratos, segunda via do cartão ou mesmo de saque.

Post em Parceria com Giovana Carvalho, graduanda em Economia pela FGV-EESP

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Instrumentos Financeiros nº3: Letra de Crédito do Agronegócio (LCA)

Por Samy
02/10/12 02:29

Entenda porque a Letra de Crédito do Agronegócio atrai cada vez mais investidores.

A Letra de Crédito do Agronegócio (LCA) é um investimento de renda fixa em que os recursos são destinados ao fomento do agronegócio.

A LCA pode ser entendida como um empréstimo que o investidor faz a uma instituição financeira pública ou privada e, para tanto, recebe uma remuneração, que pode ser um percentual do CDI, uma taxa prefixada ou ainda inflação mais juros prefixados.

A LCA possui isenção de imposto de renda (IR) sobre os rendimentos para pessoas físicas e isenção de imposto sobre operações financeiras (IOF) tanto para pessoas físicas quanto para pessoas jurídicas.

Por ser isenta de tributos, a LCA oferece, via de regra, uma rentabilidade superior às aplicações mais tradicionais como CDBs e Fundos Referenciados DI.

Pode-se dizer que a LCA é um instrumento financeiro de baixo risco. A chance do investidor não receber o dinheiro investido corrigido pelos juros está associada à quebra do banco emissor – ou seja, o mesmo risco do CDB e da Poupança.

Além da garantia do emitente, a Letra de Crédito do Agronegócio conta com a garantia adicional do lastro da operação de crédito rural à qual ela está vinculada. Por outro lado, a LCA não possui garantia do Fundo Garantidor de Crédito (FGC) até R$ 70 mil, diferentemente de outros instrumentos de renda fixa como o CDB e a Poupança, por exemplo.

Outra característica importante da LCA é o prazo de vencimento para resgate. Ao contrário de varias aplicações financeiras de renda fixa, que garantem liquidez diária, o investimento em LCA pode estabelecer um período de aplicação mais longo.

Em razão da liquidez, o investidor não deve aplicar os recursos destinados às reservas de emergência, pois no caso de imprevistos não será possível resgatar o dinheiro, obrigando-se a contrair empréstimos com juros superiores ao da aplicação.

Em regra, é um instrumento financeiro destinado a médios e grandes investidores, pois o valor mínimo para investimento em bancos de grande porte pode variar entre R$ 100 mil e R$ 1 milhão. Entretanto, há algumas opções para os investidores menos abastados, em instituições financeiras de menor porte, a partir de R$ 10 mil.

O maior emissor de LCAs é o Banco do Brasil, que é líder no fomento de crédito ao agronegócio. Outros bancos de grande porte também distribuem em pequena escala este produto. Entre os bancos de menor porte, que distribuem as LCAs destacam-se o Banco ABC, Bonsucesso, Intermedium, Pine e Rabobank.

Sempre que a LCA for emitida por instituições de menor porte, é fundamental que o investidor se preocupe com a classificação de crédito atribuída pelas agências de rating, pois se a instituição financeira emissora quebrar e, ainda, o lastro não for suficiente para cobrir a dívida, o investidor perderá todo o recurso aplicado.

A maioria das LCAs é indexada ao Certificado de Depósito Interbancário (CDI), e costuma remunerar entre 85% e 100% do CDI a depender do porte da instituição financeira emissora.

É possível obter ainda remunerações mais atraentes se o investidor aportar um volume bem alto de recursos ou se estiver disposto a acolher um prazo de vencimento longo.

A seguir uma simples ilustração da rentabilidade das LCAs frente à poupança e aos CDBs. Neste caso, poupança e CDBs possuem garantia do FGC até 70 mil.

Interessante notar que a taxa de remuneração de uma LCA varia de acordo com o risco do investimento. Dessa forma, pode-se dizer que bancos menores oferecem maiores retornos e aceitam que o valor aplicado seja menor.

Além disso, os bancos oferecem remunerações distintas de acordo com os prazos e montantes, ou seja, o investidor interessado em adquirir uma LCA deve negociar com seu gerente ou assessor de investimento as melhores oportunidades de acordo com seu horizonte de investimento e valor disponível.

Bons investimentos!

Post em parceria com Alex Del Giglio que é graduado em economia pela USP com extensão em finanças pela ESC Bordeaux e mestre em Administração pela FGV. Responsável pela área educacional da Prime Finance Investimentos AAI Ltda com sede em Manaus.

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Compra parcelada é artifício para esconder juro embutido

Por Samy
01/10/12 08:43

Os juros nunca fizeram parte do grupo de palavras mais estimado pela população. Normalmente, quando o tema é abordado, uma aura de terror toma conta do diálogo, criando uma necessidade para que ele termine.

Os lojistas sabem do poder que o termo possui de assombrar e espantar seus clientes.

Diante disso, o marketing financeiro criou inúmeros artifícios para que o conceito seja evitado.

Para ilustrar, imagine que uma loja de eletrodomésticos anuncia a venda da maior parte de seus produtos em dez prestações sem juros.

Essa mesma loja oferece 20% de desconto aos clientes que pagarem à vista.

Uma análise dos valores indica que os preços a prazo e à vista não coincidem. Essa diferença sugere a presença de juros embutidos no preço de tabela do financiamento.

Muitos clientes acabam não tomando conhecimento dos efeitos da compra a prazo que, neste caso, possui taxa de juros implícita de 65,31% ao ano.

Há também casos de lojas que anunciam seus produtos a preços iguais para pagamento a prazo ou à vista.

Aos olhos de um consumidor que não realiza comparação entre os preços de diferentes lojas, parecerá que não há juros na transação.

Entretanto, é comum que os preços de lojas que vendem “sem juros” sejam maiores que nos concorrentes.

Por outro lado, nos casos em que, mesmo após uma pesquisa de mercado, o consumidor encontrar preços à vista e a prazo iguais, recomenda-se a compra parcelada e a aplicação do restante.

É importante que o cliente tenha cuidado com promoções de descontos, pois o artifício do preço de tabela que difere do à vista é uma das maneiras mais comuns para camuflar a cobrança de juros.

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Cerveja e Trabalho

Por Samy
29/09/12 10:40

Junto com futebol, cerveja é uma das paixões do brasileiro. Dependendo do grau alcoólico e do ambiente, recebe diferentes nomes como breja, gelada, cerva, loira, birra etc

Poucos são os que não apreciam desfrutar o “suco da cevada” nos momentos de relaxamento como praias, churrasco, jogos de futebol entre outros.

Uma questão interessante, do ponto de vista econômico, é quanto custa esse prazer? Ou melhor, quanto o brasileiro, em média, teve que trabalhar para conseguir pagar aquela garrafa em cima da mesa?

A revista The Economist publicou em seu site, nessa semana, uma pesquisa muito interessante realizada pelo UBS.

Nessa pesquisa, foi estimado qual seria o tempo de labuta necessário para comprar 500 ml de cerveja em diferentes países, conforme gráfico a seguir.

Interessante notar que nós, brasileiros, em média, necessitamos de um pouco mais de 20 minutos de esforço para desfrutar uma única garrafa, esse tempo é muito próximo à média internacional.

No ranking das nações que mais devem se esforçar por uma cerveja, o Brasil está colocado em oitavo lugar.

Os americanos são os que menos precisam se esforçar para o prazer de um chopp gelado, são necessários somente 8 minutos de trabalho.

Os publicitários podem se valer da pesquisa, e na próxima propaganda utilizar, além dos costumeiros homens e mulheres com corpo perfeito, cenas de praia e outras paisagens, momentos de divertimento, perguntar ao espectador: Será que isso não vale 20 minutos de esforço?

Post em parceria com Giovana Carvalho, graduanda em Economia pela FGV-EESP.

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Em busca do Tesouro Direto

Por Samy
28/09/12 10:11

Olá caros leitores,

Estamos com mais uma novidade para vocês. A partir de hoje, o blog “Caro Dinheiro” inicia a série “Em Busca do Tesouro”.

Esta série trará artigos que abordarão uma das modalidades mais interessantes de investimentos, os títulos do Tesouro Direto.

A ideia da série é cobrir desde os princípios e conceitos básicos até os cálculos operacionais.

Cada post da série tratará de um aspecto distinto do tesouro, desta forma, os iniciados podem pular, eventualmente, os tópicos mais básicos.

Os artigos serão apresentados às sextas-feiras.

Além do Samy Dana, a coluna contará com a presença de mais um autor:

Miguel Longuini – Graduando em Administração de Empresas pela FGV-EAESP e Diretor Administrativo/Financeiro da Consultoria Júnior de Economia FGV.

                     Aproveitando, iniciaremos, então, o primeiro artigo da série.

Em busca do Tesouro Direto parte I

…Introdução  

O texto de hoje conta com uma breve introdução no estilo pergunta-resposta.

Tesouro Direto, o que é?

O Tesouro Direto é um programa desenvolvido pelo Tesouro Nacional em parceria com a CBLC (Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia) para compra e venda de títulos públicos para pessoas físicas.

Os Títulos Públicos podem ser entendidos como um instrumento que o governo utiliza para se financiar. Enquanto que do ponto de vista do investidor, a compra de um título público pode ser entendida como um empréstimo feito ao governo.

Quais os requisitos mínimos para investir?

O Tesouro além de ser uma das formas mais seguras de investimento, não exige do investidor grande quantia de dinheiro para investir, o valor mínimo da aplicação é de R$ 70,00.

Para estimular o investimento, o governo desceu o percentual da unidade do título 20% para 10%, ou seja, atualmente o investidor pode comprar um décimo do título.

Por ter um sistema online, o investidor pode agendar a compra e venda de títulos.

Caso o investidor opte pela compra agendada, o percentual mínimo é ainda menor: 1% do valor de um título ou o mínimo de R$ 30,00.

É possível reaplicar de forma automática o valor de resgate na data de vencimento e os cupons de juros pagos.

Como os investimentos podem ser feitos de R$ 70 até R$ 400 mil, muitos consideram, então, essa modalidade de investimento como uma das mais democráticas.

Quais são os títulos disponíveis?

Há 5 títulos disponíveis no mercado, cada título possui um mecanismo diferente de remuneração e forma de pagamento.

A tabela abaixo apresenta um resumo de todos os títulos disponíveis para compra assim como suas principais características.

Os próximos artigos da série abordarão, detalhadamente, cada um desses títulos individualmente.

Como funcionam e são cobradas as taxas e impostos?

Para responder a esta pergunta, o próximo artigo será dedicado exclusivamente a taxas e impostos. Fique de olho!

Quero começar a investir agora, o que devo fazer? 

Caso o leitor tenha se interessado, segue um breve passo a passo para seu primeiro investimento no Tesouro:

1-    O investidor deverá se cadastrar em algum Banco ou Corretora que seja habilitado pelo Tesouro Direto.

2-    Após realizar o cadastro, para ter acesso à área exclusiva do Tesouro, o investidor deve fazer o login no sistema por meio de seu CPF e senha.

3-     Com o sistema acessado, o investidor observará quais são os títulos disponíveis para compra.

4-    Após selecionar o título de interesse, seu Agente de Custódia (Banco ou Corretora que você havia escolhido) deverá ser inserido junto com a quantidade e o valor total que deseja investir.

5-      Assim como em sites de compras, é possível inserir mais títulos na “cesta”.

6-   Após decidir toda “compra”, o cliente deve finalizar clicando em “Confirmar Compra”.

7-     Feito isso, o número de protocolo e a data-limite para a transferência do dinheiro serão enviados ao seu Agente de Custódia.

Caso ainda tenha dúvidas ou queira saber um pouco mais a fundo como começar a investir, acesse o site explicativo do próprio Tesouro.

Fique atento! Nos próximos posts trataremos, com maior profundidade, cada um dos títulos!

Até no próximo post!

Artigo em parceria com Miguel Longuini, graduando em Administração de Empresas pela FGV-EAESP e Diretor Administrativo/Financeiro da CJE–FGV.

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Endividamento Brasileiro Recorde

Por Samy
27/09/12 07:02

Diante de um resultado pífio do PIB em 2012, o governo brasileiro tem estimulado o consumo por meio de crédito e outros incentivos.

Os estímulos, apesar de não ter impactado de forma significativa no PIB, foram tão bem recebidos pela população que muitos consumiram o que podiam e o que não podiam.

A Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil receberão, respectivamente, créditos de até R$13 bilhões e R$8,1 bilhões para ampliar sua capacidade de empréstimos.

Tal notícia deve ser vista com cuidado pelo consumidor. Maior volume de créditos não significa que ficou mais fácil quitá-los posteriormente, nem que o caminho será mais brando, financiamentos imobiliários, de 35 anos, por exemplo, duram mais que a maioria dos casamentos no Brasil.

Principalmente, após o nível de endividamento dos brasileiros ter atingido nível máximo, correspondente a 40% dos rendimentos anuais do trabalho e da Previdência Social.

O que mais assusta é a parcela das dívidas originada de cartão de crédito, cerca de 70%, vale destacar que este é o tipo de financiamento mais caro, com taxas de juros que chegam a 300% ao ano.

Os bancos estão sendo pressionados pelo governo para reduzi-las e, silenciosamente, já procuram atacar o famoso “parcelamento sem juros” brasileiro, que surgiu para substituir o cheque pré-datado, e que julgam ser, hoje, a causa das absurdas taxas de juros do país. Há quem diga que essas taxas são uma consequência de um setor pouco competitivo combinado a falta de educação financeira no país, muitos só olham a parcela e esquecem os custos incorridos.

Não surpreende que a inadimplência do cartão de crédito, mesmo com atrasos acima de 90 dias seja de quase 30%. Por isso, pense bem antes de comprar qualquer coisa utilizando seu cartão de crédito ou algum parcelamento “sem juros”, publicitários e vendedores sempre “douram a pílula” fazendo com o que tenhamos a impressão que o caminho para quitar os compromissos seja mais fácil do que parece.

Muito provavelmente nas promoções desse tipo, haverá juros, a diferença é que eles já estão embutidos no preço e, por fim, esse tipo de financiamento acaba elevando as taxas de juros cobradas pelos bancos em geral. Sem contar que quando o consumidor não consegue honrar o valor integral da fatura, ele é cobrado literalmente pela maior taxa de juros do mundo segundo pesquisa do Instituto PROTESTE.

Caso você já esteja endividado, a solução é negociar com seu banco um outro financiamento para quitar a divida do cartão .

Sempre que contrair crédito tenha certeza que as parcelas irão caber no seu bolso e tome cuidado com a impulsividade na hora da compra.

 

Post em Parceria com Giovana Carvalho, graduanda em Economia pela FGV-EESP

 

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Instrumentos financeiros nº2: As Debêntures

Por Samy
25/09/12 13:58

Apesar de ser uma modalidade ainda pouco conhecida, já se transformou em um dos mais importantes instrumentos de obtenção de recursos das empresas brasileiras.

Debênture é um título de dívida que confere ao seu detentor um direito de crédito contra a empresa emissora. Em outras palavras, ao comprar uma debênture o investidor está emprestando dinheiro a uma empresa.

Esse instrumento de captação de recursos pode ser utilizado por qualquer empresa sociedade por ações (S.A.), não-financeira, de capital fechado ou aberto. No entanto, apenas as empresas S.A. listadas de capital aberto podem realizar emissões públicas de debêntures.

Do ponto de vista da empresa, esse instrumento é interessante como alternativa aos empréstimos e financiamentos bancários, pois a taxa de juros paga é, via de regra, menor do que a aplicada por um banco. Já do ponto de vista do investidor, a taxa de retorno, ajustada ao risco, é maior do que a recebida nos investimentos tradicionais dos bancos.

Diferentemente dos investimentos mais conhecidos do público em geral, como a caderneta de poupança e os CDBs, nas debêntures, você não empresta recursos para bancos e sim para empresas. Nesse sentido, o investidor deve se preocupar com a capacidade de crédito da empresa tomadora. Hoje em dia, há inúmeras agências de rating que sinalizam seu julgamento sobre a qualidade da dívida e da empresa.

Interessante notar que essa modalidade apresenta remuneração superior a maioria dos títulos emitidos por bancos e pode ter remuneração pré ou pós-fixada ou até uma combinação de ambas. Existem papéis com preço unitário a partir de R$ 1.000,00.

Uma característica importante é que as debêntures geralmente são ativos de médio e longo prazos. Entretanto, muitas apresentam liquidez diária uma vez que podem ser negociadas em mercados organizados.

O investidor ao comprar esse título deve atentar se existe um número grande e frequente de compradores e vendedores para o título que pretende adquirir.

Mesmo não havendo, algumas corretoras de valores oferecem liquidez diária ao papel, independentemente do interesse do mercado, a fim de estimular essa modalidade de investimento, uma vez que a corretora sempre ganha quando o título é transacionado.

Em relação à tributação, as debêntures possuem isenção de imposto sobre operações financeiras (IOF), porém há incidência de imposto de renda (IR) regressivo sobre os rendimentos auferidos. A alíquota de IR é de 22,5% para operações com prazo de até 180 dias, 20% para operações de 181 dias até 360 dias, 17,5% para operações de 361 dias até 720 dias e 15% para operações de prazo superior a 720 dias. O  imposto de renda é retido na fonte por ocasião do recebimentos dos rendimentos ou no resgate.

Resumindo, debêntures são instrumentos de renda fixa que apresentam graus diferenciados de risco, de acordo com a qualidade de crédito da empresa emissora. A seleção entre uma ou outra debênture dependerá da disposição que cada investidor tem em relação a exposição ao risco.

Vale lembrar que, como quase tudo no mundo financeiro, há sempre uma relação de risco com o retorno esperado. Em outras palavras, empresas de melhor qualidade prometem uma taxa menor, pois o investidor correrá pouco risco ao emprestar o seu dinheiro. Em contrapartida, empresas mais endividadas prometem taxas de juros mais altas para compensar e atrair o investidor. Além da avaliação do risco de crédito, é importante atentar ao risco de liquidez e ao grau de sensibilidade da empresa às oscilações do mercado.

Para investir em debêntures, é preciso ser cliente de uma corretora que negocie esse produto. Os relatórios de bancos sobre empresas, as agências de rating e os analistas de corretoras podem auxiliar o investidor na análise da empresa a ser investida.

A seguir uma simples ilustração da rentabilidade das debêntures frente à poupança e aos CDBs. Neste caso, poupança e CDBs possuem garantia do FGC até 70 mil.

É importante salientar que a rentabilidade dos instrumentos de renda fixa é sempre ancorada no vencimento do título (juros + amortizações). Caso o investidor venda o título, antes do vencimento, poderá ter perdas ou ganhos com a aplicação, dependendo das taxas de juros presentes, bem como das expectativas das taxas de juros futuras.

Post em parceria com Alex Del Giglio que é graduado em economia pela USP com extensão em finanças pela ESC Bordeaux e mestre em Administração pela FGV. Responsável pela área educacional da Prime Finance Investimentos AAI Ltda com sede em Manaus.

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